O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (18), que se não disputar a eleição presidencial de 2026, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atual chefe Executivo do Brasil, será reeleito.
“O Lula, sem eu, ganha a eleição. Ele tem a máquina na mão e usa a máquina”, disse em entrevista à Reuters.
Bolsonaro, que está inelegível por oito anos, após decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou ainda que considera uma “injustiça” não poder disputar o pleito do próximo ano.
“Querem nos condenar, via lawfare, para nos tirar do jogo político”, declarou, acrescentando que é o “único que pode ganhar do Lula”, disse.
Ele reiterou que se considera candidato, mesmo impedido pelo TSE.
“Eu, apesar de tudo que está acontecendo contra mim, sou um candidato”, expôs Bolsonaro, que também é réu na ação que apura um golpe de Estado para garantir sua permanência à frente do Palácio do Planalto após as eleições de 2022.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), usou as redes sociais para criticar a situação do Brasil e defender um “movimento antipolarização”. O chefe do Executivo gaúcho se disse “com profunda tristeza institucional e com indignação política” pelo cenário atual.
“Em maio desse ano eu afirmei que o Brasil precisa de um movimento antipolarização. E eu vou continuar defendendo isso antes que o nosso Brasil fique sem caminho e sem futuro”, afirmou o governador em um vídeo publicado nas redes sociais.
Leite criticou atos da esquerda e da direita e comentou a tensão envolvendo o governo dos Estados Unidos. “A gente já teve um ex-presidente preso. Hoje a gente tem outro ex-presidente com tornozeleira eletrônica. Uma torcida vibrou lá atrás, a outra vibra agora”, disse.
Em relação ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que passará a aplicar uma taxa de 50% sobre os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, o governador afirmou que espera que a administração federal “deixe de lado as suas narrativas eleitorais e negocie com maturidade, equilíbrio, com o governo americano”.
“Sendo firme na nossa defesa, na defesa da soberania, e independência, mas sem colocar a sua ideologia acima dos nossos interesses, dos nossos negócios, dos nossos empregos”, acrescentou.
Para o governador, o que vem acontecendo no país são sintomas da polarização — que, na sua avaliação, trata-se de uma “doença”.
“As tarifas de 50% que os EUA aplicaram ao Brasil é reflexo dessa polarização, que só nos divide. Mas ela também é consequência de um governo brasileiro que sempre apostou na mesma polarização. E, enquanto eles vivem nesse cabo de guerra, a corda vai arrebentar no lado das empresas e trabalhadores brasileiros”, afirmou.
“Há tempos eu sou criticado quando eu digo que não aceito e não ficarei refém dessa polarização. Me chamam de ‘isentão’, como se isso fosse uma acusação, mas eu repito que essa polarização não é um mal necessário que nós somos obrigados a suportar ou, pior ainda, a ter que escolher um dos lados que só alimentarm uma briga em que só quem apanham são as pessoas que só querem tocar a sua vida sem uma guerra politica atrapalhando”, completou.
A Prefeitura de Toritama realizou, ontem, a 7ª edição do Casamento Coletivo, a primeira sob a gestão do prefeito Sérgio Colin (MDB). Ao todo, 60 casais em situação de vulnerabilidade social tiveram suas uniões oficializadas gratuitamente, mantendo viva uma iniciativa que começou em 2017, durante o mandato do ex-prefeito Edilson Tavares (PP).
O projeto é fruto de uma parceria entre a Prefeitura, o Cartório de Registro Civil e o Poder Judiciário. Além do registro civil, os noivos são contemplados com uma cerimônia completa, incluindo buffet, bolo, doces, decoração, banda, fotografia, filmagem e trajes de casamento, tudo sem custos. A ação é coordenada pela Secretaria Municipal de Assistência Social.
Durante a cerimônia, o prefeito Sérgio Colin destacou a importância de manter vivo o projeto iniciado na gestão anterior. “É uma alegria imensa dar seguimento a algo tão bonito e transformador. Ver a felicidade dos casais nos motiva ainda mais. Parabenizo a Elaine Tavares, idealizadora desse projeto que segue mudando vidas em nossa cidade”, afirmou.
O evento contou com a presença de autoridades como o juiz Marcos José de Oliveira, a oficiala de Registro Civil Maria Eugênia Albuquerque, o vice-prefeito Gil Custódio, vereadores, secretários municipais e membros do Conselho Tutelar. O ex-prefeito Edilson Tavares também esteve presente e celebrou a continuidade da ação: “Esse projeto nasceu para promover amor e dignidade. É gratificante ver que ele continua forte.”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ser “inaceitável” a revogação de visto de entrada dos Estados Unidos dos ministros do Supremo Tribunal Federal pelo presidente Donald Trump. Em nota oficial da presidência da República divulgada na manhã de hoje, Lula se solidarizou com os ministros da Corte, chamou a medida de “arbitrária e completamente sem fundamento”.
Lula também afirmou que “nenhum tipo de intimidação ou ameaça” irá comprometer “a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito”. As informações são do jornal O Globo.
Na sexta-feira, o secretário de Estado dos EUA, o republicano Marco Rubio, anunciou nas redes sociais ter determinado a revogação dos vistos americanos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, familiares e “aliados no tribunal”. A sanção também foi estendida aos ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.
A medida imposta por Donald Trump é mais um passo na escalada de tensão entre o governo americano e o Palácio do Planalto. Há dez dias, Trump comunicou por carta ao governo brasileiro que iria impor uma sobretaxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados pelos EUA a partir de 1º de janeiro. Já nesta semana, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA abriu uma investigação sobre o Brasil devido a supostas práticas comerciais desleais, incluindo o Pix. O objetivo é averiguar se elas estão restringindo de forma injusta as exportações americanas ao Brasil.
Leia a nota oficial de Lula:
“Minha solidariedade e apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal atingidos por mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos. A interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações. Estou certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito.”
Ao justificar a revogação dos vistos, Marco Rubio afirmou que presidente Donald Trump “deixou claro que seu governo responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos”.
“A caça às bruxas política do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos”, disse o secretário de Estado na publicação feita no X.
A medida foi anunciada após Moraes impor medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que passou a usar tornozeleira eletrônica ontem. A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de Bolsonaro e na sede do PL em Brasília.
Leia abaixo a publicação de Rubio na íntegra:
“(Trump) deixou claro que seu governo responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos. A caça às bruxas política do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos. Portanto, ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados no tribunal, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato”
Lula e Trump estão com o mesmo problema, embora isso às vezes não seja percebido. Precisam recuperar a popularidade para seguir em frente. Trump foi eleito depois de aplicar uma surra nos democratas, ganhando a Presidência e a maioria no Congresso. Sua política tarifária trouxe inflação. Qualquer um que ande pelas ruas de Nova York ou qualquer grande cidade dos Estados Unidos e converse com as pessoas perceberá que a maioria reclama dos preços.
Em São Paulo, ou qualquer outra metrópole brasileira, o sentimento é igual. Os preços sobem, o poder aquisitivo cai. A culpa é sempre de quem está no poder. Lula e Trump não conseguiram sucesso até agora. O norte-americano acredita que o aumento de tarifas trará o dinheiro de volta e que seu país será grande novamente. O brasileiro também é um crente do aumento de impostos e taxa o cidadão comum, empresas, nada escapa.
Ambos viveram maus momentos, encurralados pela Justiça. Lula foi condenado e preso, Trump escapou por pouco de ir para a cadeia. Os dois voltaram ao poder. Mas parece que ambos não tiraram lições de tudo o que passaram. São homens movidos pela vingança. Perdem a oportunidade de unir e pacificar seu país fazendo uma guerra do “nós contra eles”.
Lula voltou ao poder depois de ir ao inferno. Encontrou um país dividido e polarizado. Fará 80 anos em outubro. Poderia escolher um legado de união e paz, mas preferiu investir no confronto. Imagina que assim será reeleito presidente, mas, se isso acontecer, o único beneficiado será o próprio Lula. O PT, sem renovação, acabou entrando no labirinto da decadência, cujo maior símbolo é a volta ao passado com a ressurreição de símbolos do atraso como o imposto sindical e o abandono das agências reguladoras, cujo maior exemplo é o orçamento minguado da ANP, que mal consegue operar com o básico.
Trump completou 79 anos em junho. Deixará o governo com 82 anos em janeiro de 2029. Abriu uma guerra comercial com o mundo. Em vez de escolher o adversário principal e batê-lo, preferiu brigar com todos ao mesmo tempo. Isso tem mais chances de dar errado do que certo. Anunciou punições ao Brasil com tarifas de 50% por causa do julgamento de Jair Bolsonaro e acabou dando um tiro no pé, favorecendo os adversários do ex-presidente, abrindo caminho para uma condenação mais dura ainda.
A menos que os Estados Unidos invadam o Brasil, nada disso prosperará. É terrível para nossa economia qualquer tipo de sanção dessa natureza, especialmente vindo de um dos nossos maiores parceiros comerciais. Mas nada impede que o Brasil busque mercados alternativos para seus produtos, embora isso não se dará no curto prazo. Trump cometeu uma trapalhada e ela terá consequências ruins para Bolsonaro e todos os envolvidos no julgamento do STF.
Em vez de prejudicar Lula, ajudou a resgatar parte da popularidade perdida, assim como ajuda a esquerda norte-americana, prestes a eleger prefeito de Nova York, o imigrante muçulmano Zohgan Mamdani, socialista de 33 anos. Caso eleito, será uma pedra no sapato do presidente, governando sua terra natal.
No Brasil, o ministro Alexandre de Moraes, embalado pelo embate com Trump, decidiu a favor do governo e abriu caminho para mais um aumento de impostos, anulando os votos de 384 deputados e da maioria do Senado. A decisão de Moraes castrou o Congresso e não haverá reação. Foi um recado para que não votem mais nada que incomode Executivo ou Judiciário. Se vier anistia, será declarada inconstitucional, se vier uma PEC acabando com decisões monocráticas, também.
Trump e Lula irão perseguir até o último minuto a hegemonia sobre a oposição, custe o que custar. Trump abriu guerra interna contra universidades e a acusa de aparelhamento no setor de educação pública. Cortou verbas, quer desmontar tudo e recomeçar do zero. É uma briga dura, porque envolve muita gente e muita capilaridade. Ele conta com a Suprema Corte, que até agora o favoreceu.
Lula também tem o Supremo como aliado e parte para cima de quem ousar confrontar, como acaba de acontecer com o Congresso, onde a maioria não é de esquerda.
O problema é que tanto Lula quanto Trump, cada um do seu jeito, apostam no confronto – e só nele – como meio de sobrevivência política. O confronto e a polarização marcaram o início das guerras no século 20. Foi assim antes da primeira e da segunda guerras mundiais. Antes da Guerra Fria e da guerra contra os muçulmanos radicais liderados por Bin Laden e o Irã, que derrubaram as Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001.
Se o século 20 foi definido por Eric Hobsbawn como a Era dos Extremos, este século 21 pode ser chamado de era dos confrontos entre extremos. O risco diante de tanta insensatez é sairmos disso muito pior do que quando entramos.
A zona rural de Serra Talhada viveu um momento histórico ontem, com a assinatura do contrato do programa Minha Casa Minha Vida Rural. A ação vai beneficiar 49 famílias do Quilombo Ponta da Serra com a construção de moradias dignas. A cerimônia contou com a presença da prefeita Márcia Conrado, do deputado federal Fernando Monteiro e de representantes da Caixa Econômica Federal, responsável pela formalização e execução do projeto.
Durante o evento, a prefeita destacou a importância simbólica e social da iniciativa, que garante não apenas moradia, mas também reconhecimento e dignidade a uma comunidade tradicional do campo. “Hoje não estamos apenas assinando um contrato. Estamos assinando um compromisso com a dignidade, com a vida e com a história de cada uma das 49 famílias”, declarou Márcia Conrado. Ela reforçou ainda o papel da zona rural nas prioridades da gestão: “Não existe desenvolvimento verdadeiro se a zona rural for esquecida”.
O projeto é fruto da articulação entre a Prefeitura de Serra Talhada, a Secretaria de Assistência Social e o Governo Federal. As novas moradias devem oferecer mais conforto, segurança e qualidade de vida para os moradores do quilombo, fortalecendo a política de inclusão social no município.
Fernando Monteiro elogiou a iniciativa e ressaltou a importância da presença dos representantes públicos nas áreas mais afastadas. “O político precisa sair do gabinete e vir ver de perto a realidade do povo. Na ponta, tem gente que ainda sofre sem água, sem luz, sem casa”, afirmou o parlamentar. A assinatura do contrato representa um avanço concreto na luta por justiça social no Sertão pernambucano.
O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a ficar proibido de se comunicar com os demais réus das ações penais da trama golpista por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Isso inclui, por exemplo, o ex-ministro Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid. Moraes também determinou que Bolsonaro não pode se comunicar com o seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Além disso, há vedação de contato com “embaixadores ou quaisquer autoridades estrangeiras”, assim como restrição de se aproximar de embaixadas. As informações são do jornal O Globo.
No mês passado, Alexandre de Moraes havia liberado o contato entre os réus do chamado “núcleo crucial” da trama golpista. A medida foi tomada após o fim do interrogatório dos acusados, momento em que o processo entrou em sua reta final de tramitação.
Fazem parte desse grupo, além de Bolsonaro, Braga Netto e Cid, os ex-ministros Augusto Heleno, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos.
A proibição de contato entre eles estava valendo desde fevereiro de 2024. quando ocorreu a Operação Tempus Veritatis, para investigar a suposta tentativa de golpe de Estado.
Agora, contudo, Bolsonaro voltou a ser proibido de falar com eles, além dos 23 integrantes dos outros três núcleos da trama golpista, réus em outras ações penais. Estão nessa lista seus ex-assessores Filipe Martins e Marcelo Câmara, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques e o general da reserva Mario Fernandes.
A proibição vale também para Eduardo Bolsonaro, que já era investigado por sua atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiros.
As medidas foram determinadas por Moraes devido à suspeita de que Bolsonaro e Eduardo cometeram os crimes de obstrução de Justiça, atentado à soberania e coação no curso do processo. Os dois são suspeitos de atuarem para que o governo dos Estados Unidos pressione o Brasil, em troca do fim da ação da trama golpista.
O ex-presidente também precisou colocar uma tornozeleira eletrônica, não poderá sair de casa de noite e nos fins de semanas e está proibido de utilizar redes sociais.
Na sessão de ontem da Câmara de Vereadores de Arcoverde, uma moção de aplausos à edição do meu livro ‘Os Leões do Norte’, pela editora Eu Escrevo, de autoria do presidente da Casa, Luciano Pacheco, foi aprovada por unanimidade. Confira o momento neste vídeo!
Neste sábado (19), o município do Bom Jardim, localizado no Agreste de Pernambuco, comemora com grande orgulho os seus 154 anos de Emancipação Política. Conhecida por muitos como a “Terra do Pau D’Arco”, a “Terra dos Músicos” e também a “Terra do Granito Marrom-Imperial”, Bom Jardim celebra não apenas uma data, mas um legado de luta, cultura, fé e identidade.
Para marcar esse momento especial, a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cultura, organizou uma programação festiva e cultural repleta de atividades. Shows musicais, apresentações artísticas, manifestações populares e homenagens a personalidades locais fizeram parte das comemorações, com encerramento nesta data. Este ano, as professoras Eva Souto Maior e Severina Alves, carinhosamente conhecida como Dona Nina, foram escolhidas como homenageadas, em reconhecimento às suas contribuições à educação e ao desenvolvimento humano da cidade. Com informações do Blog Dimas Santos.
“Preparamos uma programação especial que celebra nossas raízes, valoriza nosso povo e olha com esperança para o futuro. É tempo de celebrar nossa história, valorizar o presente e acreditar no futuro. Viva Bom Jardim!”, declarou o prefeito Janjão, entusiasmado com as festividades. A programação deste sábado é a seguinte:
Breve histórico: raízes que florescem há mais de um século
A história de Bom Jardim remonta ao século XIX, quando o povoado foi desmembrado do município de Limoeiro, ganhando autonomia administrativa em 19 de julho de 1871. Ao longo dos anos, seu extenso território originou outros importantes municípios pernambucanos, como Surubim, Orobó, João Alfredo, Machados, Salgadinho, Casinhas e Vertente do Lério, além de ter contribuído territorialmente para a formação de São Vicente Férrer.
Ao contrário de outros municípios com o mesmo nome espalhados pelo Brasil, o Bom Jardim pernambucano se destaca por sua história vibrante e por suas riquezas naturais e culturais. Entre elas, a exuberância do Pau D’Arco (árvore símbolo do município), o cultivo da musicalidade popular — que rendeu a cidade o título de “Terra dos Músicos” — e a exploração do granito Marrom-Imperial, que deu ao município projeção econômica na indústria da mineração e construção civil. Bom Jardim dos músicos, poetas, escritores, artesãos, do carnaval e da destacada culinária.
O município também é conhecido pelo seu casario colonial, pelos engenhos centenários, pela feira livre tradicional e pela hospitalidade do seu povo. Destaque especial para o Parque Municipal Pedra do Navio, Museu de Bom Jardim, Gruta de Nossa Senhora de Lourdes (no Distrito de Umari), Pedra do Caboclo e Cachoeira do Poço Verde (Sítio Paquevira). Com uma economia baseada na agricultura, comércio, indústria moveleira e serviços, Bom Jardim continua a crescer com os olhos voltados para o desenvolvimento sustentável e a preservação de sua história.
Fé e tradição: Festa de Sant’Ana
Além da programação festiva de aniversário, a cidade vivencia com fé e devoção a tradicional Festa de Sant’Ana, sua excelsa padroeira. Entre os dias 17 e 26 de julho, a Paróquia de Sant’Ana recebe fiéis de toda a região para um intenso calendário religioso com missas, novenário e recitação do terço.
Na abertura das festividades, ocorrida no dia 17, a comunidade também testemunhou um momento marcante: a posse dos novos padres da paróquia, Hugo Estevão (administrador paroquial) e Edivan Vasconcelos (vigário), ambos empossados sob a bênção do bispo diocesano Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, da Diocese de Nazaré.
Celebração com identidade
Celebrar os 154 anos de Bom Jardim é, sobretudo, reconhecer a trajetória de um povo resiliente, criativo e acolhedor. É fortalecer a identidade de uma cidade que mantém vivas suas tradições, investe no presente e sonha com um futuro ainda mais promissor.
Parabéns, Bom Jardim! Que os próximos anos sejam de ainda mais conquistas, desenvolvimento e união.
Depois da fábula definitiva e esclarecedora intitulada “A formiga e o elefante, a prepotência dos fracos…” narrada com maestria, aqui em “O Poder”, por Emanuel Silva, (localizável fácil pelo título no Google), devíamos excluir fábulas da nossa pauta. Mas não resisto. Vamos a mais uma. De Esopo, que foi escravo na Grécia Antiga. Para expressar as injusticas do mundo sem ser punido, criou um genero literário conhecido por fábulas. Contou histórias com animais que possuem características humanas e ensinam lições morais. Uma das mais famosas é ‘O Lobo e o Cordeiro’. Um texto clássico sobre as injustiças e o abuso de poder. Ilustra como os poderosos inventam qualquer desculpa para oprimir os mais fracos e como a força bruta prevalece sobre a razão e a justiça. Vamos relembrar, com pequenas adaptações.
Era uma vez
Um cordeiro amorenado que estava bebendo água no riacho. Nisso, chegou um lobo, grande, malvado e usando uma peruca loura ridícula. E começou a beber água a montante, ou seja, antes do local onde o cordeiro bebia. Aí, o lobo gritou para o cordeiro dizendo que ia devorá-lo. O cordeiro perguntou o porquê. Porque você está sujando a água que estou bebendo, disse a fera. O Cordeiro argumentou que era um equívoco do lobo, pois a água que ele bebia já havia passado pelo lobo. Argumento irrespondível.
Mas eu vou devorá-lo assim mesmo, devolveu o lobo. O seu pai sujou a água que o meu pai bebeu. E encerrou o assunto.
Nisso, acorreram os cordeiros e ovelhas do rebanho. Protestando contra a agressão sem base do lobo. Argumentando que era um absurdo inaceitável. Que não iriam ficar calados. Que no pasto dos cordeiros mandavem eles. O pasto é dos cordeiros, berrou um. Usaram todos os adjetivos de protesto cabíveis e esgotaram os argumentos racionais para tentar convencer o lobo. Até uma carta fizeram, para deixar bem claro que o lobo não tinha razão, a razão estava com eles. Nada feito. O lobo devorou o cordeiro e escolheu outros para devorar nos dias seguintes.
Moral da história de Esopo
Contra a força, não há argumentos. Quando alguém está determinado a fazer o mal, argumentos e explicações racionais não são suficientes.
Não sei o porquê mas quando vejo o Congresso formando uma comissão de cordeiros, digo senadores, para ir à terra do lobo, digo Trump, tentar dialogar. Quando vemos cordeiros com pele de lobo vociferando contra o lobo de verdade. Quando vejo ovelhas tresmalhadas berrando em vão. Quando vejo o lobo péssimo dizer “vou devorá-los porque posso” a fábula original de Esopo não me sai da cabeça.
A moral dessa historinha
O cordeiro mais frágil é o que entra na briga fingindo ou achando que tem a mesma força do lobo. E parte para discutir com ele de igual para igual.
*Mestre em História. Publicitário, especializado em marketing político. Da Academia Pernambucana de Letras.
O livro “Os Leões do Norte”, do jornalista e escritor Magno Martins, já está disponível nas principais livrarias e pontos estratégicos de Pernambuco, alcançando grande aceitação entre o público-leitor. Publicada pela Editora Eu Escrevo, a obra reúne minibiografias de 22 ex-governadores de Pernambuco, desde Carlos de Lima Cavalcanti (1930) até Paulo Câmara (2022), revelando bastidores da política e retratos humanos do poder.
Na capital, o livro pode ser encontrado na livraria Leitura do Shopping Riomar, onde ocupa lugar de destaque no estande dos “Mais vendidos”, logo na entrada da loja — um dos pontos de maior circulação literária do Recife. Também está disponível nas tradicionais redes Imperatriz e Jaqueira, em diferentes unidades.
No Agreste, o livro já é sucesso de vendas na cidade de Caruaru, à venda na livraria Leitura e, com destaque absoluto, na loja de conveniência do Posto Cruzeiro, em Arcoverde, além do Restaurante Cruzeiro, em Tacaimbó, que se tornou um ponto inesperado de recorde de comercialização.
No Sertão, a obra chega aos leitores por meio da livraria Universitária, localizada no Shopping Serra Talhada, garantindo acesso também à população do interior que acompanha de perto a história política do estado.
Para quem deseja adquirir a obra de forma rápida e segura, o livro também está disponível para compra online, diretamente no site da Editora Eu Escrevo. Basta acessar: www.euescrevoeditora.com/os-le%C3%B5es-do-norte
Ao clicar no ícone do PagBank, ao lado da capa do livro, o leitor será redirecionado para concluir a compra de forma prática e segura.
“Os Leões do Norte” também está disponível na plataforma Amazon, ampliando ainda mais o alcance da obra que já desperta interesse nos meios políticos, acadêmicos e entre leitores atentos à história contemporânea de Pernambuco.
A força dos bastidores e da memória ganha agora as ruas, estantes e livrarias, um verdadeiro tributo aos homens que moldaram, com glórias e contradições, os caminhos do poder no estado.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
Planos bolsonaristas dão errado e capitão se complica
Por Larissa Rodrigues Repórter do blog
O plano da família Bolsonaro deu errado. Mais uma vez. Primeiro, houve a tentativa de se manter no poder após perder as eleições, em 2022, por meio de um golpe de Estado. Deu errado. O Exército não aderiu, as instituições reagiram, a democracia venceu.
Desta vez, o plano era “alvejar” o Supremo Tribunal Federal (STF) por meio da interferência dos Estados Unidos (EUA). Deu errado novamente e a consequência foi uma tornozeleira eletrônica para o maior líder do grupo, Jair Messias Bolsonaro (PL).
A coisa complicou ainda mais para o capitão e pode antecipar seu encarceramento. Se antes era difícil vislumbrar uma prisão preventiva, depois da operação da Polícia Federal, ontem (18), essa possibilidade tem chance real de acontecer.
O problema é que os Bolsonaros (pai e filhos) queriam que o presidente dos EUA, Donald Trump (Republicano), atingisse o ministro do STF Alexandre de Moraes. A “bomba estadunidense”, no entanto, foi “detonada” contra o Brasil inteiro. Resultado: união contra os agressores.
Nesse caso, são percebidos como agressores, tanto pelas instituições quanto pela população, além do setor produtivo, o presidente Donald Trump e os Bolsonaros, apontados como conspiradores contra a nação, agindo em prol de seus interesses particulares.
As iniciativas de Donald Trump de taxar em 50% produtos brasileiros e investigar o Pix, estimuladas pelos Bolsonaros, exigindo que a Justiça brasileira pare de fazer o seu trabalho, motivaram reações da indústria, do empresariado, da política e, claro, do próprio Poder Judiciário.
É óbvio que o Supremo estava de olho na movimentação de Jair Bolsonaro e de seus filhos e na colaboração deles nas ações trumpistas, principalmente no caso do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, que coordena pessoalmente o lobby contrário ao Brasil na Casa Branca.
A operação da Polícia Federal na casa de Bolsonaro, ordenada pelo STF, foi a reação da Justiça em um momento no qual também reagem todos aqueles prejudicados pelas medidas estadunidenses contra o Brasil.
O que disse Moraes – O ministro Alexandre de Moraes, ao autorizar a operação da Polícia Federal realizada ontem contra Jair Bolsonaro, afirmou que “lamentavelmente” o ex-presidente e o filho Eduardo Bolsonaro instigaram os Estados Unidos a tomar “novas medidas e atos hostis contra o Brasil”, inclusive para “submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado, com clara afronta à soberania nacional”.
Todos pela soberania e interesses do Brasil – O STF agiu para evitar uma eventual fuga de Jair Bolsonaro e conter os estímulos do ex-presidente às iniciativas de Donald Trump contra o Brasil. O presidente Lula (PT) vem levantando a bandeira da soberania nacional e disse, ontem, que não vai “entregar o país de volta a um bando de malucos”. O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), lidera o diálogo com o empresariado e as associações que podem sofrer prejuízos com o tarifaço. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) emitiu uma nota em defesa do Pix.
O que disse a Febraban – A nota da Federação dos Bancos ressalta que “o Pix favorece a competição e o bom funcionamento do sistema de pagamentos”. A entidade ressaltou ainda que o modelo de atuação da ferramenta é aberto e não discriminatório, com participação de bancos, fintechs e instituições nacionais e estrangeiras. “O Pix é uma infraestrutura pública de pagamento, e não um produto comercial, que favorece a competição e o bom funcionamento do sistema de pagamentos e consequentemente da atividade econômica, sendo um modelo aberto”, disse a entidade, em nota.
E Bolsonaro? – O ex-presidente afirmou que acredita que a sua prisão pode ocorrer a qualquer momento por decisão do ministro Alexandre de Moraes. “O sentimento é de que vai acontecer, até mês que vem. O julgamento vai ser mais ou menos em vinte de agosto. Nunca se viu processo tão rápido como o meu. Eu estou com 70 anos de idade, tenho vasta experiência de vida”, disse Bolsonaro em entrevista à agência de notícias Reuters. O capitão também negou que tivesse planos de sair do país e considerou a tornozeleira eletrônica como “suprema humilhação”.
TJPE lança ferramenta para mulheres – O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) lançará, na próxima segunda-feira (21), a Medida Protetiva Eletrônica, uma inovação para agilizar a proteção às mulheres vítimas de violência doméstica. Com a nova ferramenta, a vítima de violência doméstica poderá requerer diretamente pelo celular ou por um computador uma Medida Protetiva de Urgência (MPU) para se proteger de seu agressor. Imediatamente o pedido chegará a um juiz ou uma juíza. Com a nova ferramenta, não será necessário sair de casa para ir a uma delegacia ou contratar advogado ou advogada. Tudo será de forma direta, fácil e sigilosa entre a vítima e o Judiciário. O objetivo é proteger a vítima no menor tempo possível.
CURTAS
Parceria Recife/Garanhuns – O prefeito do Recife, João Campos (PSB), firmou ontem um Acordo de Cooperação Técnica entre a Empresa Municipal de Informática do Recife (Emprel) e a Prefeitura de Garanhuns. O objetivo é ampliar a transformação digital nos serviços públicos, fortalecer a modernização administrativa e impulsionar a oferta de soluções tecnológicas para o Agreste.
Parceria Jaboatão/Ademi – A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE) vai receber representantes da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na próxima terça-feira (22), a partir das 12h30, para uma edição especial do “Almoço com Associados”. O encontro será uma oportunidade para associados conhecerem de perto os planos da prefeitura para o futuro do mercado imobiliário na cidade.
Estiagem – O Governo de Pernambuco decretou situação de emergência em 102 municípios do Estado devido à estiagem prolongada. A medida, publicada no Diário Oficial, tem validade de 180 dias a partir da data de publicação e permite a adoção de ações emergenciais para minimizar os impactos da seca. Mas o deputado Waldemar Borges (PSB) disse que está de olho, porque tem cidades que não estão sofrendo com a estiagem e integram a lista dos 102 municípios.
Perguntar não ofende – Qual será a próxima “bomba” de Trump contra o Brasil?
A governadora Raquel Lyra (PSD) afirmou que a safra de frutas e os produtos da indústria sucroalcooleira de Pernambuco deverão ser exportados com êxito mesmo com as novas tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em evento de entrega de viaturas e equipamentos para forças de segurança no Palácio do Campo das Princesas, a governadora explicou que um grupo de trabalho foi montado para cuidar do assunto.
“A gente tem representantes de Pernambuco e eu trabalhando junto com o grupo de trabalho montado com o setor canavieiro, de frutas, trabalhando para garantir a continuidade das exportações. Somos o maior exportador de frutas do Brasil e vamos continuar sendo. A gente acredita que a safra que vem para agosto vai ser exportada. Não vamos falar de prejuízo, vamos falar de futuro”, declarou a governadora.