O fortalecimento das relações comerciais entre Goiás e os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) ganhou um novo impulso com a criação da Frente Parlamentar Brasil-Asean. O secretário de Indústria, Comércio e Serviços de Goiás, Joel Sant’Anna, destacou a importância estratégica do bloco para a economia goiana. “A Asean se consolida como o segundo maior parceiro econômico de Goiás nas exportações, ficando atrás apenas da China. Em 2024, China e Asean juntas representaram 54,13% das exportações goianas”, afirmou. O secretário ressaltou que a parceria reforça a posição do estado no comércio internacional e amplia as oportunidades para os produtores locais.
Durante o lançamento da frente, nesta quinta-feira (13), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, enfatizou que o mercado asiático não se restringe apenas ao agronegócio, mas também pode ser uma via de intercâmbio tecnológico. “Ainda somos analógicos. Precisamos entrar na era da digitalização, da desburocratização na saúde, na educação e na infraestrutura. É por isso que é muito bom fazer parte dessa frente e colocar o Brasil na rota”, declarou. Ele também adiantou que, em 2025, um dos focos será atrair investimentos asiáticos para o setor de construção civil, com destaque para concessões de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias.
Leia maisO presidente da frente, deputado Waldemar Oliveira (Avante-PE), destacou que, em 2020, o comércio entre o Brasil e os países da Asean superou US$ 22 bilhões, um crescimento de 30% em relação aos anos anteriores. “É uma região de grande relevância para o Brasil, especialmente em termos de oportunidade para exportação de bens industriais e serviços”, pontuou. Ele defendeu a diversificação das exportações brasileiras, reduzindo a dependência de mercados tradicionais e ampliando a inserção do país no comércio global.
Atualmente, a pauta de exportações brasileiras para o bloco é dominada por produtos agrícolas, como soja, café, carne bovina e frango. No entanto, há expectativa de crescimento da participação de bens industriais e serviços nos próximos anos.
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