Aliado do PT, ele escreveu recentemente uma carta aberta ao presidente Lula apontando o isolamento político do presidente. Foi na ferida dos petistas e divulgado por bolsonaristas. Agora, Antônios Carlos de Almeida Castro, o Kakai, um dos mais badalados advogados criminalistas do Brasil, inverteu a provocação. Ele revelou durante entrevista à Rede TV que, pelas suas contas, o ex-presidente Jair Bolsonaro deve pegar uma condenação de 28 anos de prisão pelo crime de tentativa de golpe e atentado ao estado democrático de Direito.
Ele prevê ainda que a condenação seja unânime entre os ministros da 1ª Turma. O Supremo Tribunal Federal começa a julgar a partir desta terça-feira, 25, Bolsonaro e mais sete denunciados pela Procuradoria Geral da República no inquérito que acusa o ex-presidente de conduzir uma tentativa de golpe de Estado. As informações são do blog do Luís Tôrres.
Kakai aponta que o julgamento, além de unânime, deve ser rápido e que, “como líder e maior beneficiário do golpe”, Bolsonaro não pode ficar com pena menor do que alguns responsabilizados no 8 de janeiro. “Fiz um cálculo aproximado e Bolsonaro deve ser condenado a 28 anos. Se uma tiazinha do 8 de janeiro pegou 14, 17 anos, ele (Bolsonaro), o líder e maior beneficiado da trama, não pode ter pena menor ou igual aos demais”, declarou.
O advogado, que atua na advocacia criminalista há 40 anos, boa parte desse tempo junto ao STF, explicou ainda que as penas tem sido altas porque a legislação impõe penas maiores para os crimes de atentado ao estado democrático de direito. “Se são muito pesadas, precisa mexer na legislação. Não no julgamento”, disse.
A matéria de capa da The Economist de 22/03/2025 analisa a ascensão dos super-humanos. Pessoas com muitas posses que podem lançar mão de ferramentas e substâncias que permitem atuar no corpo humano para otimizar suas capacidades. Alguns já flertam com a “juventude eterna”, como Bryan Johnson, hoje com 47 anos, CEO da Kernel, uma empresa que desenvolve interfaces cérebro-máquina.
Apresentando-se como um “atleta do rejuvenescimento”, Johnson fez da sua vida um experimento. Dorme às 20h30, acorda às 5h, ingere um coquetel de 100 suplementos e remédios indicados por uma equipe de cientistas. Um regime no qual despende US$ 2 milhões por ano. Faz uma hora de exercícios físicos e se alimenta de uma dieta vegana. A partir das 11h não come mais nada. Fez uma transfusão com o sangue de seu filho, depois de verificar o sucesso com ratos. E outra para substituir o plasma de seu sangue por uma proteína chamada albumina.
Outros superbilionários como Peter Thiel e Elon Musk têm-se ocupado de implantes cerebrais e uso de drogas que amplificam a mente e o corpo. A ciência e a medicina vistas não apenas como restauradores do corpo diante da doença. Mas como instrumentos para ampliar o poder físico e cognitivo. E a própria longevidade. Esses tratamentos são de três categorias: suplementos, terapias genéticas e implantes neurais.
Tome-se o caso da epidemia atual da obesidade. Os ricos já dispõem de medicamentos como o Mounjaro, que foi aprovado pela Anvisa para o diabetes tipo 2. O Monjauro é mais eficaz do que um outro remédio também muito usado para reduzir a obesidade, o Ozempik. A versão do Mounjaro para reduzir peso estará nas farmácias brasileiras a partir de junho. A um preço em torno entre R$ 4 e 6 mil o frasco. Enquanto isso os pobres cada vez mais padecem de obesidade. Inclusive, porque consomem mais os alimentos ultraprocessados.
Outras drogas, como a Ritalin, a NAD+ e a metformin são vistas como amplificadoras do ciclo de vida e da capacidade mental. Já existem clínicas que inserem genes nas células. Algumas incentivadas por bilionários como Peter Thiel. Outros já se aventuram com equipamentos concebidos para transferir sinais diretamente para o cérebro humano a partir de chips de silicone. Sejam externos, sejam implantados no cérebro. Elon Musk fundou a Neuralink para desenvolver esses mecanismos. Há experimentos com implantes cerebrais para mover membros ou para restaurar a visão de quem a tenha perdido. Para Musk, somente um cérebro humano capaz de atingir simbiose com a inteligência artificial pode ter esperança de permanecer relevante num mundo de máquinas inteligentes.
Impossível não comparar o potencial dessas tecnologias com a realidade dos nossos indicadores econômicos e sociais. Elas já começam a produzir resultados ainda incipientes. Mas em pouco tempo podem escalar. E daí surge a questão de como fomentar o acesso aos não-ricos. A história da tecnologia mostra que ela sempre foi apropriada pelos privilegiados. Às vezes seus benefícios são negados a grandes contingentes por séculos. O saneamento, por exemplo. A ONU estabeleceu o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 6, que visa garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água e do saneamento para todos até 2030. Não obstante, metade da população do planeta ainda não tem acesso a serviços adequados de saneamento. No Brasil, esse número chega a 24,3 milhões de pessoas.
Em Pernambuco, 66% da população não tem acesso à coleta de esgoto. No Recife, 50,5%. Ou 751 mil pessoas. O acesso a medicamentos básicos é muito restrito para a população de baixa renda. Por isso, o governo federal criou o Programa Farmácia Popular. Os medicamentos mais sofisticados permanecem uma quimera para muita gente. Imagine-se o acesso a equipamentos que ampliem as capacidades cognitivas e retardem de verdade o envelhecimento. O contraste torna-se ainda mais aviltante quando se observam outros indicadores. Como o acesso à educação de qualidade. Ricos e pobres frequentam escolas que em nada se parecem. Delas saem jovens com capacitações tão desiguais que dificilmente permitirão alguma competição menos injusta pelas oportunidades de renda e desenvolvimento profissional.
O desenvolvimento tecnológico nessa área do aprimoramento humano (o chamado human enhancement) deve ser elogiado. O retardamento do envelhecimento e a ampliação de capacidades físicas e cognitivas já são realidade. Infelizmente, para muito poucos. O desafio é duplo. Primeiro, como criar regras e instituições que viabilizem o acesso também dos não-ricos a essas tecnologias. O segundo é como induzir que os investimentos e a competitividade possibilitem novas conquistas na área e o barateamento desses medicamentos e equipamentos.
*Advogado formado pela FDR da UFPE, professor de Direito Constitucional da Unicap e PhD pela Universidade Oxford
Em vídeo publicado no Instagram, o deputado federal Coronel Meira (PL) fez uma grave denuncia sobre como se encontra o Hospital da Restauração, maior unidade de saúde do Estado. “Após nossa fiscalização no Hospital da Restauração, fomos procurados por um funcionário que fez denúncias estarrecedoras. Além da superlotação, a UTI está operando com temperaturas elevadíssimas, fora dos protocolos, favorecendo a proliferação de bactérias e aumentando o risco de contaminações”, disse o parlamentar. Confira!
Após ser ignorada na escolha das duas vagas no Tribunal de Contas do Estado (TCE), a governadora Raquel Lyra (PSD) poderá ter a chance de indicar um conselheiro para o órgão de controle, onde não tem boas relações políticas. O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar uma ação direta de inconstitucionalidade que discute a vaga do conselheiro Valdecir Pascoal, que tomou posse em 2005.
É que a Procuradoria Geral da República (PGR) ingressou com a ação questionando a forma como a lista tríplice, formada por auditores substitutos de conselheiro, foi escolhida na vaga de Pascoal. O Blog teve acesso a ação com um advogado que acompanha o caso, em Brasília.
Uma emenda na Lei Orgânica do TCE, incluída pouco antes de surgir a vaga, previu que, em caso de empate na antiguidade dos auditores, o desempate seria feito por votação secreta dos conselheiros do órgão. Segundo a PGR, esta votação secreta, que fez parte do procedimento para a escolha de Valdecir Pascoal, foi inconstitucional.
Pascoal foi escolhido pelo então governador Jarbas Vasconcelos, em 2005. “O Procurador-Geral da República sustenta inconstitucionalidade do dispositivo por afronta ao princípio da simetria. Diz que, ao fixar critério subjetivo – votação secreta pelos membros da própria corte de contas – para o desempate em relação a parâmetro de natureza objetiva, como o da antiguidade, a lei estadual violou o disposto nos arts. 73, § 2º, I, e 75 da Lei Maior”, informa o relatório do ministro Nunes Marques, relator da ação.
O voto de Nunes Marques aponta que houve um “aspecto político” na escolha de Valdecir Pascoal. “O aspecto político da votação se afigura inegável. Ainda que limitados a optar por três nomes dentre aqueles já predefinidos na lista de antiguidade, é certo que a modalidade de votação pressupõe uma escolha, por parte dos membros da Corte de Contas, pautada em preferências pessoais, preterindo-se o caráter cronológico e objetivo pretendido pelo constituinte”, disse Nunes Marques em seu voto.
O processo foi protocolado em 2015 no STF. O julgamento de forma virtual começou em 14 de março. O relator Nunes Marques, ao votar, proclamou a inconstitucionalidade da votação secreta, mas também votou por modular os efeitos da decisão do STF, ou seja, por manter a nomeação de Valdecir Pascoal.
O julgamento estava sendo feito em plenário virtual, mas o decano do STF, ministro Gilmar Mendes, pediu vistas, indicando que pode não concordar com o voto do relator. Até agora, somente o relator e o ministro Flávio Dino votaram. Dino, que é o ministro mais novo no STF, acompanhou o relator no voto, mas pode mudar o posicionamento até o final do julgamento. Agora, o julgamento aguarda o ministro Gilmar Mendes devolver as vistas.
Caso a escolha de Valdecir Pascoal seja anulada, deverá ser formada uma nova lista tríplice para a vaga, dentre os auditores substitutos de conselheiro do órgão. Raquel então nomearia o novo conselheiro dentre os auditores da lista. A governadora está entrando para a história como a única que governou Pernambuco e não teve influência na escolha de conselheiros do órgão.
A primeira vaga no mandato de Raquel coube ao advogado Eduardo Porto, sobrinho do presidente da Assembleia Álvaro Porto. A segunda vaga ficou com o deputado estadual Rodrigo Novaes, que era da oposição, mas derrotou o candidato da governadora em votação na Assembleia.
Dedico este artigo ao meu colega o fogueteiro bilionário Elon Musk, cuja nave Falcon Freedom está na pista do Vermelhão
Por José Adalbertovsky Ribeiro*
MONTANHAS DA JAQUEIRA – O Lunário número 3 está fora de órbita. O Véio do Pastoril do Cordão Encarnado caiu num buraco afrodescendente. Os olhos dele estão situados no toitiço e ele só vê o passado. Galípolo, o galo de briga do Copom, Comitê de Política Econômica do BC, segue a receita e aumentou a taxa de juros Selic conta das galinhas poedeiras.
(Eu não falo “buraco negro” porque um bicho da caterva vermelha me disse que esta é uma expressão politicamente incorreta).
Os pés do Véio do Cordão Encarnado também são colocados atrás do calcanhar, por isso ele caminha de marcha à ré feito meu ídolo o finado Michael Jackson em sua dança “Moonwalk” ao som da canção Billie Jean. Michael era um negrinho genial abençoado por Deus e bonito por natureza, Zeus me livre de compará-lo com essas trepeças da caterva vermelha. O Lunário-3 mergulhou no buraco afrodescendente do populismo e do retrocesso institucional.
No tempo dos marimbondos de fogo e da inflação galopante, os bois sumiram dos pastos para boicotar o Plano Cruzado de Ribamar Sarney. Hoje as galinhas poedeiras fazem greve para aumentar o custo de vida e conspirar contra a popularidade do guru da seita vermelha. Faz parte da revolução dos bichos, preconizada por George Orwell para implantar o socialismo animalesco.
Os buracos afrodescendentes começaram a se formar no espaço sideral por influência de uma senhora que estocava ventos uivantes em Brasília. No silêncio da noite no Planalto ouvia-se o zumbido da cruviana, a deusa dos ventos no lendário indígena.
O fogueteiro Elon Musk mandou sua nave Falcon Freedon (Liberdade do Falcão) para resgatar os astronautas que estavam no céu há 287 dias no céu. Dizei-me, Elon, você seria capaz de resgatar a Estação Espacial do Lunário-3 do buraco afrodescendente do populismo e da demagogia? Esta é uma missão heroica e quase impossível. O Véio está feliz ao reencontrar-se com o Dilmário número 2. Eles são o criador e a criatura.
Há uma sentença histórica de que eles não esquecem nunca e não aprendem nunca. Os dois seguem o mesmo caminho no espaço e fora do tempo. Quem vier depois haverá de pagar a conta. Se for da mesma patota joga a sujeira para baixo do tapete e inventa uma lorota tentar iludir os otários.
O furacão Dilma devastou a economia do País, gerou a maior recessão da história, gerou mais de 13 milhões de desempregados, faliu o sistema elétrico e arruinou as estatais. Ainda hoje os funcionários do Postalis, dos Correios, pagam a conta pelo rombo do Fundo nos tempos do Furacão. Os fanáticos ideológicos praticam o autoengano e continuam fiéis à seita vermelha.
Assim como os furacões devastam os países do Caribe, o furacão vermelho devastou esta Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira Cruz.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) julga, hoje, uma representação, com pedido de cautelar, contra o prefeito interino de Goiana, Eduardo Batista (Avante), e outros gestores do município. Todos eles acusados de improbidade administrativa por contratações diretas de funcionários de forma irregular, que somam mais de R$18 milhões por mês.
A ação, movida pelo vereador do município Carlos Viegas Júnior (PP), indica que as contratações se configuram como “flagrante ato ilícito porque, segundo o parlamentar, ferem frontalmente a Lei das Licitações e o Princípio da Transparência e da Publicidade, pilares constitucionais da Administração Pública”.
O pedido é de suspensão urgente e imediata dos contratos a fim de salvaguardar o interesse público e evitar prejuízos ao erário. O caso está sob a responsabilidade do conselheiro Rodrigo Novaes.
Uma eleição suplementar está prestes a se iniciar em Goiana. O candidato de oposição Marcílio Régio lidera as pesquisas e as contratações milionárias podem impactar de forma positiva a campanha de Eduardo Batista que sai atrás no pleito.
Não houve, de acordo com a ação, qualquer abertura de processo administrativo formal que viabilizasse tais contratos. A denúncia vai além. Destaca, ainda, que “não foram observadas as exigências previstas na Constituição e na Lei das Licitações e Contratos, no tocante a fase preparatória, a exemplo da necessidade do documento de formalização da demanda, a existência mínima de um Termo de Referência Simplificado, responsável por orientar o modelo de contratação e regulamentar o processo”.
As irregularidades são apontadas em várias secretarias, em áreas estratégicas da gestão de Eduardo Batista, tais como Saúde, Educação, Gestão, Manutenção e Serviços Públicos, além de Políticas Sociais.
Os contratos, seis ao todo, foram assinados entre fevereiro e março e têm o mesmo objetivo – aumentar o número de servidores. Outro detalhe que foi evidenciado na denúncia é que os fornecedores estão centralizados em apenas duas empresas.
São elas: Gestão de Terceirização em Serviços, Seleção e Agenciamento de Mão de Obra Eireli – CNPJ 11.457.039/00001-59; e a Solimp Terceirizações de Mão de Obra Ltda – CNPJ 07.868.353/0001-57.
O mais caro dos contratos, que chega a R$7,1 milhões por mês, é o de número 158/2025, da Secretaria de Saúde. A empresa contratada é a Gestão de Terceirização em Serviços, Seleção e Agenciamento de Mão de Obra Eireli.
Já o contrato de número 159/2025, da Secretaria de Educação e Inovação, tem valor mensal de R$4,2 milhões. Dessa vez, a fornecedora é a Solimp Terceirizações de Mão de Obra Ltda.
O terceiro maior contrato, 157/2025, supera R$3,7 milhões. Foi firmado pela Secretaria de Segurança Cidadã, Trânsito e Transportes Urbanos. A empresa também é a Solimp, mesma da Secretaria de Educação.
A ação também alerta para a “injustificada” urgência das contratações. “O reforço da equipe, por dispensa de licitação, não se sustenta, uma vez que não foram criados novos programas ou novos serviços no município”. O que afasta, portanto, algum risco de descontinuidade do serviço público. “Cria-se uma nova folha de pagamento”, sem a realização de um processo licitatório, pregão eletrônico, ou mesmo a adesão a uma Ata de Registro de Preço”.
O julgamento do TCE acontece um dia antes do início oficial da campanha para eleições suplementares em Goiana. O prefeito interino, Eduardo Batista (Avante), é candidato à reeleição e deve enfrentar novos processos por promover demissões e contratações em período vedado pela Lei Eleitoral.
Marcílio Régio (PP), que é o candidato de Eduardo Honório e adversário de Batista, tem alertado para o clima de perseguição e irregularidades administrativas no município. “Verdadeiras aberrações administrativas”, diz ele. Os eleitores de Goiana voltam às urnas no dia 4 de maio. Confira abaixo o arquivo da representação.
No sábado passado, tornei público o estado de horror e barbárie implantado na Secretaria de Educação por chefes de setores importados de Caruaru pela governadora Raquel Lyra e a secretária de Administração, Ana Maraíza. Denúncias gravíssimas de assédio moral e psicológico.
Imaginei tratar-se de algo isolado, mas estava enganado. No mesmo dia e ao longo do dia de ontem, recebi vários telefonemas de servidores graduados, de altíssimo nível e carreiras consagradas no serviço público estadual, narrando situações inacreditáveis de perseguição em outras secretarias, como Justiça, Administração, Saúde e Agricultura.
Isso sem falar do segundo escalão. Ontem, uma senhora com mais de 40 anos de serviços prestados ao Estado narrou o drama vivido por ela e vários servidores estatutários do Condepe, partindo de um coronel que não tem o menor preparo para a função nem sentimentos humanitários.
“O Condepe virou o corredor da Gestapo”, disse, chorando ao telefone, esta mesma senhora, já idosa, referindo-se à polícia secreta nazista chefiada por Hitler. Pelas redes sociais, um leitor chegou a informar que uma servidora da Educação havia sofrido um infarto e morrido em consequência dos maus tratos pela chefia imediata.
Ouvi de outro servidor que a turma de Raquel, como se refere aos auxiliares que a governadora trouxe de Caruaru, trata os funcionários públicos no geral, em sua grande maioria concursados e que serviram com presteza a governos passados, como se fossem bichos. O modelo é tão desumano que muitos estão adoecendo, trabalhando sob efeito de tranquilizantes. A maioria chorou nas narrativas.
“O problema é que esse povo acha que nós, servidores, temos partidos, somos do PSB, que a governadora odeia. Nada disso! Eu, por exemplo, estou há mais de 30 anos na Educação, faço meu trabalho técnico, mas pela primeira vez perdi minha gratificação, fui rebaixada e escanteada. Tenho uma colega de trabalho que está acompanhada por um psiquiatra”, disse uma outra servidora.
Todo esse pessoal, claro, pede sigilo temendo represálias. E com razão! O que constatei é muito mais grave do que isso. Muitos já prestaram queixas nas ouvidorias e até no Ministério Público, mas, infelizmente, sem ressonância alguma.
ESTADO OMISSO – A postagem relatando assédio moral e psicológico na Secretaria de Educação já foi vista no Instagram do blog por 40 mil pessoas até ontem. Está com quase mil curtidas, mais de 100 comentários e mais de 900 compartilhamentos. Aos que tiverem a curiosidade de darem uma passadinha pelo Instagram do blog, vão se deparar com revelações incríveis de assédio. “Esse tipo de gente prospera por conta da omissão da chefia superior. Mais de 100 denúncias sem a governadora tomar providências”, relatou um dos leitores.
Com a caneta carregada – De férias no Canadá, onde acompanha os estudos do filho primogênito, a governadora Raquel Lyra (PSD) deu carta branca para a governadora em exercício Priscila Krause (PSDB) dar posse, hoje, aos novos secretários de Turismo, Kaio Maniçoba, e de Empreendedorismo, Emanuel Fernandes, o Manuca, ex-prefeito de Custódia. No segundo escalão, também prestigia a posse do jovem Miguel Duque, filho do deputado estadual Luciano Duque, na presidência do IPA. As mudanças têm tudo a ver com 2026. São eleitoreiras. Raquel sonha acordada com a reeleição.
Rabo de cavalo – A chegada do jovem Miguel Duque ao IPA foi bancada pelo Podemos e não pelo pai, o deputado estadual Luciano Duque, segundo o presidente do diretório estadual da legenda, Marcelo Gouveia. “Os quatro deputados eleitos pelo Solidariedade vão se transferir para o Podemos em abril, na janela partidária”, diz Marcelo. O SD é controlado no Estado pela ex-deputada Marília Arraes. Pelo visto, na sua gestão o partido está crescendo feito rabo de cavalo — para baixo.
Quem está com a razão? – A prefeita de Sertânia, Pollyanna Abreu (PSDB), tem batido boca com o ex-prefeito Ângelo Ferreira (PSB) por causa do bloqueio judicial das contas do município. Segundo a gestora, a culpa é do antecessor, que repassou uma herança maldita sem precedentes para administrar e sanear. Já o socialista diz que ela foi advertida sobre o problema e, apesar de gastar R$ 60 mil por mês com escritórios de advocacia, não tomou as medidas corretas em tempo hábil. Na cidade, o tempo fechou e não há mais diálogo entre eles. Aliás, nunca houve, nem mesmo na transição.
Pé na estrada, olho em 26 – Candidatíssimo a governador nas eleições de 2026, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), volta ao Sertão do Pajeú no próximo domingo para participar de um seminário regional do partido. O evento é só o pretexto para o socialista dar o start da pré-campanha no Interior, tendo em vista que a governadora Raquel Lyra, que vai à reeleição contra ele, já ter deflagrado a campanha desde janeiro. O encontro do PSB vai atrair lideranças de outros partidos que andam pelo Sertão reclamando do tratamento a pão e água dispensado pela governadora.
CURTAS
ARREPENDIDO – No segundo turno da eleição para governador em 2022, o prefeito de Afogados da Ingazeira, Sandrinho Palmeira, anfitrião do seminário do PSB, apoiou Raquel, embora seja socialista. Mas se arrependeu e o discurso que fará no evento será de alinhamento à candidatura de João.
COISA DO DIABO – Nomeado como representante da Adepe no Agreste, o ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Fábio Aragão, fechou com o projeto de reeleição do deputado federal Felipe Carreras, umas das principais lideranças do PSB que adora bater nas fragilidades e contradições do Governo Raquel. A política tem dessas coisas. Segundo Roberto Magalhães, o jogo da política é diabólico.
SUJEIRA – Embora o prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (Podemos), tenha feito uma dispensa milionária em benefício de uma empresa importada, a cidade continua suja. Em alguns bairros, o lixo não tem sido recolhido em tempo hábil, provocando uma enxurrada de reclamações.
Perguntar não ofende: Qual será o próximo partido adesista a cair na rede de Raquel?