Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco
Em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco, o ex-ministro do Turismo no governo Bolsonaro, Gilson Machado Neto (PL), expressou indignação com a denúncia protocolada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Gilson, é impossível haver qualquer tentativa de golpe quando o ministro da Defesa do atual Governo, José Múcio, pediu ajuda ao ex-chefe do Executivo na transição entre os mandatos e ele colaborou.
“Como é que este homem (Bolsonaro) quer armar um golpe se ele ajuda na transição entre os governos? Isto é uma narrativa que estão impondo ao povo brasileiro. É muito difícil o que o Brasil está passando hoje e o mundo está vendo isso”, disse Gilson.
Indagado a explicar como a denúncia é uma narrativa, se o procurador-geral da República, Paulo Gonet, arrolou mais de 300 páginas nas provas da queixa, Gilson diz que ele pode até ter protocolado todos esses documentos, mas a ‘minuta do golpe’ não existe.
“Isso é a invenção de um golpe tabajara, que nunca aconteceu. Nós sabemos que Bolsonaro saiu do Brasil naquela época porque ele já estava sentindo que seria perseguido. Se ele estivesse aqui no 8 de janeiro, ele teria sido usado como boi de piranha”, afirmou o ex-ministro completando que não tem dúvidas que essa denúncia não passa de “pura perseguição”.
O ex-ministro também alega que essa notícia veio como uma cortina de fumaça para a pesquisa divulgada nesta semana. O levantamento, segundo Gilson, mostra que Bolsonaro derrotaria Lula (PT) no primeiro e no segundo turno. “Nós temos em Pernambuco dois pré-candidatos ao Governo do Estado, a atual governadora Raquel Lyra (PSDB), e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), o candidato que abraçar Bolsonaro, estará no segundo turno”, cravou.
Questionado se ele seria este candidato, Gilson desconversou e disse que seria candidato “até a montar na burra que o presidente (Bolsonaro) está comprando, pra poder amansar ela”. Em outras palavras, Gilson está disposto a enfrentar qualquer candidatura no pleito de 2026 em nome do bolsonarismo.
Ainda sobre a denúncia da PGR, Gilson diz que não tem dúvidas de que Bolsonaro irá conseguir reverter esse quadro, com o apoio do povo brasileiro e de fatores internacionais, que o mesmo não quis entrar em detalhes, alegando que não pode falar sobre isso no momento.
Sobre os atos convocados por Bolsonaro para o próximo mês, Gilson afirma que o motivo das manifestações continua sendo pela anistia, pela liberdade na internet e “Fora Lula em 2026”. “Não tem sentido tirarmos o Lula e colocarmos o Alckmin lá”, concluiu.
No próximo domingo (23), a CNN Brasil se antecipa à cobertura do ciclo eleitoral de 2026 com a estreia do programa ‘CNN Eleições – 2026 Já Começou’. Comandado pelo cientista político Antonio Lavareda, fundador do Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), e pela analista Clarissa Oliveira, o programa mensal combinará análises detalhadas e discussões sobre os temas que estarão em pauta na próxima campanha.
A cada edição, Lavareda apresentará um painel com as pesquisas de aprovação presidencial compiladas pelo Ipespe e oscilações na popularidade do governo, analisando-as à luz dos acontecimentos políticos e econômicos recentes. Haverá também um quadro com a dinâmica das redes sociais, considerando a percepção dos eleitores, o desempenho dos presidenciáveis e o impacto das plataformas na corrida eleitoral.
Além disso, o programa oferecerá um resumo das ações mais relevantes do Congresso Nacional e do Judiciário, das estratégias de situação e oposição e um debate aprofundado sobre as agendas e perspectivas na tramitação de projetos de interesse do público nas Casas legislativas.
Lavareda também assinará uma coluna mensal no site da CNN Brasil, com análises e insights sobre a política brasileira. O objetivo será ampliar as discussões e complementar as análises apresentadas na televisão.
Maior especialista brasileiro em eleições, Lavareda comandou em 2024 a análise do Índice CNN, agregador de pesquisas eleitorais compiladas pelo Ipespe Analítica que integrou os resultados de 100 cidades brasileiras com mais de 200 mil eleitores, incluindo capitais. O agregador foi o que chegou mais perto do resultado do 2º turno das eleições de 2024 em nove das 15 capitais onde foi realizado.
Já Clarissa Oliveira acumula passagens por alguns das principais redações do País. Começou a carreira em empresas como Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. No Estadão, trabalhou por quase 12 anos em duas passagens, como redatora, repórter e editora, nas coberturas de Economia e Política. Também trabalhou no portal iG, onde chegou à diretora da sucursal de Brasília e colunista de Política. Na TV, começou como repórter especial da TV Band na capital federal. Antes de se juntar ao time da CNN Brasil, em agosto de 2023, foi colunista de Política na Veja e apresentadora em projetos de vídeo da revista.
Em entrevista ao portal Farol de Notícias, de Serra Talhada, o secretário de Turismo, Cultura, Desenvolvimento e Eventos do município de Triunfo, André Vasconcelos, falou sobre a alta procura por hospedagem na cidade durante o período de Carnaval. A data tem como um dos personagens principais, o Careta, por isso, acaba atraindo muitos visitantes que querem prestigiar os desfiles, bem como os blocos e outras atrações da programação local neste período.
“Isso tem acontecido nos eventos de Triunfo, de ocupar os quase 1.500 leitos que nós temos na cidade, em 28 meios de hospedagem e estes leitos, nos períodos de eventos, são insuficientes”, afirmou.
“Então, geralmente, são locadas várias casas, a gente faz este apoio, temos o Centro de Atendimento ao Turista e a gente passa estas informações também. Existe uma cobrança, em cima da programação, mas todos os anos, a EMPETUR, realiza uma pesquisa e o que mais o turista busca em Triunfo, é o careta, este clima de hospitalidade do povo e a segurança pública. Estes itens tem aparecido constantemente nas pesquisas, como atrativos, para se escolher Triunfo para passar o Carnaval”, explicou Vasconcelos.
“Na cidade, há uma ferramenta para melhor orientar os visitantes que buscam por hospedagem. Há um cadastro das casas disponíveis para locação e os interessados podem entrar em contato através do email: turismo@triufo.pe.gov.br ou presencialmente, no sobrado da Rua Padre Ibiapina, que fica localizado na antiga Casa de Caridade.
“Em Triunfo, no ano passado, entre eventos corporativos, foram mais de 30 eventos e todos eles têm participação da prefeitura municipal de Triunfo. Agora no Carnaval e na Festa dos Estudantes, a gente conta com apoio do Governo do Estado, a contratação de Priscila Sena e Fulô de Mandacaru, foi pelo governo de Pernambuco, somando o montante que a prefeitura investe, passa de R$ 1 milhão, é um investimento alto para um município pequeno mas, tudo é realizado com muita responsabilidade” finalizou André.
Solicitei à Claro a instalação de internet na minha casa. O técnico da operadora ao se deparar com abelhas no poste da rua ficou sem condições de atender à minha demanda e me orientou para ligar no serviço 193, dos Bombeiros.
Os bombeiros disseram que só podiam fazer algo se houvesse registro de alguém que tivesse sido picado e fui orientado a procurar a Prefeitura.
Na Prefeitura, por sua vez, me disseram que eu teria que recorrer a Associação de Apicultores, entidade conveniada para casos dessa natureza. A referida associação alegou não ter convênio e me indicou uma alma caridosa, que ajudaria mediante pagamento de seu deslocamento.
A alma caridosa era uma empresa que me cobraria quase um milhar para resolver a situação. Analisando as fotos do poste, essa pessoa constata que a casa das produtoras de mel está ligada a um fio de alta tensão, sendo da Neonergia, antiga Celpe, a responsabilidade de efetuar a limpeza.
A Neonergia me remete de volta aos bombeiros. Verdadeiro Ouroboros!
Por sorte, ao final do dia, outro técnico, que não era nem João nem Raquel, veio e resolveu com uma eficiência que está em falta entre os socialistas.
Concluindo, só posso lamentar essa tamanha incompetência ambiental no Recife e no Estado.
A denúncia da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai adiar as mudanças da reforma ministerial de Lula (PT). A avaliação de aliados do presidente é de que o petista vai esperar o noticiário da denúncia esfriar antes de fazer qualquer modificação em seu time na Esplanada. As informações são do colunista Lauro Jardim.
A denúncia serve como uma espécie de pretexto para Lula, que costuma ter dificuldade para resolver mexidas em seu governo – é assim desde o seu primeiro mandato. Reformas ministeriais com Lula são sempre sinônimos de novela. Há a possibilidade de o presidente anunciar Gleisi Hoffmann como ministra no encerramento, sábado, da festa de 45 anos do PT. Mas não passará disso.
Hoje, em pronunciamento ao lado do primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, Lula disse estar “contente” com o desempenho da sua equipe e que eventuais mudanças no governo são íntimas dele. O presidente afirmou ainda que “muda quando quiser e quem quiser”.
A denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro e seus aliados por tentativa de golpe lidera os assuntos mais comentados nas redes sociais desde ontem à noite, conforme mostram dados inéditos da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados.
Ao todo, o episódio soma 355 mil mensagens publicadas no X (antigo Twitter), tendo mobilizado 95 mil usuários. Dos cinco tópicos que mais agregaram publicações no período, quatro estão conectados a Bolsonaro: o líder é “Grande Dia”, uma ironia com um dos jargões do próprio Bolsonaro. Depois, vêm as hashtags “Bolsonaro na Cadeia”, “Vai Ser Preso” e “Bolsonaro Preso”.
No Governo Paulo Câmara (PSB), a quem a governadora Raquel Lyra (PSDB) atribui todos os males do Estado, alegando ter recebido uma herança maldita incalculável, a Compesa assinou um contrato de Parceria Público Privada (PPP) com a empresa BRK, destinada a ampliar a cobertura de saneamento em todas as regiões e tentar cumprir a Agenda 2030, que é da ONU, levando em conta os critérios do ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).
Mesmo tendo R$ 4 bilhões em caixa, o Governo do Estado decidiu fazer um processo de concessão parcial dos serviços da Compesa, que é uma sociedade anônima de economia mista, conforme a Lei nº 18.139/2023. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal declarou a validade do Novo Marco Legal do Saneamento Básico, questionado em quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade.
Em decisão majoritária, com voto condutor do ministro Luiz Fux, o colegiado do STF concluiu que a nova regulamentação para o setor foi uma opção legítima do Congresso Nacional para aumentar a eficácia da prestação desses serviços e buscar sua universalização, reduzindo as desigualdades sociais e regionais. Ficaram parcialmente vencidos os ministros Edson Fachin e Ricardo Lewandowski, além da ministra Rosa Weber.
Para essa corrente, parte dos dispositivos questionados violam a autonomia municipal para escolher a melhor forma de contratação e de prestação do serviço de saneamento básico. As ações foram ajuizadas por vários partidos, entre eles PDT, PCB e PT, pela Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento e a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento.
Contudo, tal lei, que sofreu forte influência das empresas do mercado, privilegia uma forma de concessão em que o Estado fica com o osso e a nova concessionária com o filé, ferindo o princípio da autonomia municipal e da moralidade pública. Na realidade, é uma privatização com prazo certo, do filé, ficando o Estado com o osso, beneficiando a gestão em vigor e a empresa, que pega a concessão, joga o problema para um futuro ainda incerto.
Ouvi alguns especialistas e o que me dizem é que a questão é de gestão e existem outras formas de capitalizar a empresa, como emissão de debêntures ou abertura de capital. Alguns aspectos dessa lei certamente serão objeto de novas ações no Supremo Tribunal Federal, na defesa da chamada tese da mutação constitucional, segundo esses especialistas em Direito.
Com o retardamento da Transnordestina no trecho Salgueiro/Suape, a concessão parcial dos serviços da Compesa é o assunto estrutural mais importante, no momento, do Governo do Estado, e passa pelo Governo Federal, através do BNDES, o que amarra, por enquanto, Raquel ao Governo Federal.
COM AVAL OU NÃO DA ALEPE?– Para que essa concessão parcial seja efetivada pelo Governo do Estado, segundo esses mesmos especialistas, seria necessário que a proposta fosse submetida e aprovada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), embora haja uma corrente que entenda e defenda que o processo pode correr à revelia do parlamento. A previsão é que o processo de concessão ocorra entre junho e julho de 2025, após a adesão dos municípios ao novo modelo de contrato. O projeto estava disponível para consulta pública até 7 de fevereiro de 2025 no site da Secretaria de Recursos Hídricos.
Exemplo sergipano não é parâmetro – Pelo modelo de concessão ou privatização proposto, a Compesa continua sendo responsável pelo processo de captação, tratamento de água e transporte até o reservatório. Já os serviços de distribuição de água e de coleta de esgoto serão de responsabilidade da empresa vencedora. Há quem critique o modelo de concessão ou privatização parcial, uma vez que os custos de captação de água devem se elevar ainda mais e que haveria outras formas de capitalização da Compesa, como emissão de debêntures. A concessão de serviços da empresa de água de Sergipe, por exemplo, gerou muitos debates e até hoje não se sabe se resultou em algo positivo para os sergipanos.
Quase R$ 20 bi em 35 anos – A proposta do Governo prevê investimentos de R$ 18,9 bilhões por até 35 anos. Desse valor, R$ 8,1 bilhões se referem à distribuição de água e R$ 10,8 bilhões ao esgotamento sanitário. É provável que entre no caixa do Estado cerca de R$ 9 bilhões, segundo estudiosos, o que faria a atual gestão tucana avançar na distribuição de água e se capitalizar, cacifando ainda mais o poder do Estado. Quanto à Sabesp, a concessionária de água de São Paulo, o que houve foi uma abertura de capital, com venda de parte das ações, pois se trata de uma empresa bem diferente da situação da Compesa, que captou cerca de R$ 7,9 bilhões.
Água pode ficar mais cara – Tal modelo, embora previsto na Lei do Saneamento, na prática uma concessão parcial, deverá aumentar o valor da tarifa para uma maioria dos consumidores, mesmo que se alegue impossibilidade momentânea prevista na modelagem, ante a possibilidade de reequilíbrio econômico-financeiro. A alegação de subsidiar a tarifa social beneficia apenas uma parte dos usuários, enquanto a maioria vai ter uma conta mais cara. É um dos principais calcanhares de Aquiles do projeto. Além de modelar, o BNDES deverá financiar parte da concessão a uma empresa privada.
Empresa de olho – Embora a BRK tenha uma PPP com a Compesa, o comentário, no mercado, é que a AEGEA, segunda maior empresa do Brasil em Saneamento, está fortemente interessada em participar do processo de concessão. Estaria assessorando juridicamente o assunto um conhecido advogado especialista em licitações, ex-diretor jurídico da antiga Queiroz Galvão, que seria figura presente em muitos assuntos relevantes do Governo do Estado. A EQUIPAV, sócia da AEGEA, no passado, esteve envolvida no escândalo do ex-deputado Geddel Vieira (foto), na Bahia.
CURTAS
NEGÓCIO DA CHINA – A concessão parcial dos serviços da Celpe tem um valor econômico maior que a venda da Celpe, hoje Neoenergia, em termos comparativos. O valor em 2000 foi de cerca de R$ 1,7 bilhão. É sabido que Arraes tentou uma operação financeira com o BNDES de parte das ações da Celpe, em garantia, o que a Justiça Federal não deixou. A venda da Celpe viabilizou um primeiro Governo de Jarbas, em céu de brigadeiro, ante os recursos obtidos com a Celpe. À época, houve contestação do preço da venda ante o momento econômico e a avaliação.
FIDELIDADE A LULA – Se comparar o valor da venda da Celpe (R$ 1,7 bilhão) com a perspectiva da concessão parcial da Compesa (cerca de R$ 9 bilhões entra no caixa de imediato, afora outros aportes), esse último será o maior negócio do século em Pernambuco, ante o tamanho dos valores envolvidos. Raquel está amarrada ao Governo Federal até finalizar o processo no BNDES liderado por Mercadante. Certamente, fortalecerá o Governo de Raquel Lyra. Dizem que ela vai manter a fidelidade a Lula, que anda mal das pernas, até a consolidação do processo no BNDES.
EXTREMOS POLÍTICOS – Dizem que o jogo principal entre situação e oposição começará com a entrega da modelagem da concessão no Tribunal de Contas do Estado. Haverá contestações, segundo comenta-se no meio político. Há informações de que a Procuradoria do Estado já tem um núcleo especial só para tratar e acompanhar esse assunto ante a sua relevância. No Nordeste e em Pernambuco, a questão da água sempre esteve no centro das atenções e no calendário eleitoral, seja por excesso ou por escassez. Agora, ainda mais relevante ante a concessão parcial da Compesa e os recursos gerados, no maior negócio do século em Pernambuco, em época de extremos políticos.
Perguntar não ofende: A Assembleia Legislativa vai abrir mão da avaliação, discussão e votação do projeto de concessão da Compesa?