Os candidatos aprovados no concurso público da Prefeitura de Arcoverde para o cargo de Guarda Civil Municipal aguardam, até hoje, a realização do curso de formação, última etapa do certame. O concurso, organizado pela banca IGEDUC, teve suas provas realizadas em 19 de maio de 2024, com 100 questões do tipo verdadeiro/falso.
Após as etapas subsequentes, que incluíram Teste de Aptidão Física (TAF), Avaliação Psicológica, Exame de Saúde e Investigação Social, os resultados foram divulgados em 11 de dezembro de 2024. A última fase, o curso de formação, será de caráter eliminatório e é fundamental para a conclusão do processo seletivo.
A assessoria da IGEDUC informou que o cronograma do curso está em desenvolvimento, mas ainda não foram divulgados mais detalhes sobre a nova etapa, que também depende da autorização da gestão municipal para ser iniciada.
O concurso oferece um total de 50 vagas, sendo 30 efetivas e 20 para formação de cadastro de reserva para o cargo de Guarda Civil Municipal. Os aprovados seguem aguardando a definição da data e das condições para o início do curso de formação, que marcará o passo final para a integração dos novos agentes à corporação.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Roberto Barroso, disse, hoje, que, em um momento de “ascensão das redes sociais e das plataformas digitais”, o Brasil “nunca precisou tanto de imprensa de qualidade”. O magistrado participou da abertura do Brazil Economic Forum Zurich 2025, organizado pelo grupo Lide, na Suíça. As informações são do portal Poder360.
“A imprensa que confere fatos, que separa fato de opinião e que, sobretudo, tem esse papel importantíssimo que é criar um conjunto de fatos comuns sobre os quais as pessoas formam a sua opinião. Esse é o grande papel da imprensa, sobretudo nesse mundo em que se formaram tribos polarizadas e cada uma acha que pode criar a sua própria narrativa”, afirmou.
Barroso afirmou ser preciso fazer com que “mentir volte a ser errado” e que se volte “a trabalhar sobre fatos comuns”, sobre os quais as pessoas consigam formas suas opiniões. Segundo ele, a imprensa é “decisiva” para isso. O magistrado falou em “novas lideranças” e “fatos novos”. Não citou nomes ou mencionou ações como o fim da checagem de fatos nas plataformas da Meta, como Facebook e Instagram.
“Não adianta nós fugirmos da realidade. Mas, com todas as mudanças, nós precisamos conservar nossos valores, que são o bem, a Justiça, a civilidade e a dignidade de todas as pessoas”, disse o ministro do STF. “Na adaptação que o mundo vai fazer, essa é uma concessão que nós não podemos conceder”, declarou.
O advogado e procurador de carreira Orlando Morais Neto foi nomeado para comandar a Procuradoria Geral do Município do Jaboatão dos Guararapes. Especialista, mestre e atualmente doutorando em Direito Público pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) e pela renomada Universidade de Pisa, na Itália, Orlando traz uma sólida trajetória acadêmica e profissional ao novo desafio.
Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco
O presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Alex Campos, em entrevista à Folha de Pernambuco, esclareceu a dúvida de muitos pernambucanos com relação ao decreto de situação de emergência emitido pelo Governo Estadual.
Na determinação, a governadora Raquel Lyra (PSDB) decretou situação de emergência em 117 cidades devido à seca. Porém, desde o início do mês, Pernambuco tem sido atingido por fortes chuvas, especialmente no Sertão, o que causou confusão no entendimento da população.
Em resposta a esse questionamento, Alex explicou que as chuvas que atingem Pernambuco neste período do ano não estão caindo nas regiões de coleta de água dos mananciais.
“Apesar de sabermos que está chovendo em várias regiões do Estado, o fato é que Pernambuco é dividido em pequenas microrregiões, do ponto de vista das precipitações pluviométricas em relação às quadras chuvosas e, nem sempre, essas chuvas elas caem onde é necessário. Aliás, se você pegar o decreto que foi publicado, ele se divide em duas partes, uma parte do decreto ele reconhece decretos municipais que já existiam, documentos que remontam dos meses de agosto, setembro, outubro e novembro. A maioria dos municípios que estão em situação de emergência estão concentrados na região do Agreste, mais precisamente abastecidos pela barragem de Jucazinho, onde as fortes chuvas não chegaram”, afirmou o presidente.
Ainda segundo Alex, o grande desafio da Compesa no momento é acelerar as obras da Adutora do Agreste e a distribuição da água entre os municípios durante a estiagem, visto que a barragem de Jucazinho se encontra com apenas 5,7% do seu potencial de acumulação.
“Para 2025, nós teremos três grandes sistemas. O primeiro é a Adutora do Agreste, em seguida temos a Adutora do Serro Azul, que traz água da barragem de Palmares, na Mata Sul, até o miolo do Agreste, em Gravatá. E, por fim, a Adutora do Alto Capibaribe, que já está levando água até Santa Cruz. Então, quando esse sistema funcionar, inclusive de maneira integrada, a gente vai poder ter um conforto, digamos assim, depender menos do regime de chuvas”, explicou.
Questionado sobre a privatização da Compesa, outro assunto que intriga os pernambucanos, Alex afirmou categoricamente que a companhia não será privatizada. O que se pensa para a companhia é na concessão parcial dos seus serviços.
“Atualmente, todos os serviços ligados à água e esgoto em Pernambuco são feitos pela Compesa. No caso da concessão parcial, a Compesa ficaria somente com a primeira parte deste serviço, que é a produção e tratamento de água. É bom que as pessoas entendam que a empresa continuará sendo 100% pública. Não vamos vender nada da companhia”, disse o presidente.
Sobre a empresa concessionária que partilhará os serviços com a Compesa ter autonomia para definir o valor da conta, Alex negou que isto pudesse acontecer porque tudo será contratualizado e definido pela Agência Reguladora de Pernambuco (ARPE). Neste processo da concessão parcial dos serviços da Compesa à iniciativa privada, as audiências públicas com o objetivo de atender às necessidades de água e esgoto da população, vão até o dia 7 de fevereiro. Na sequência, o governo, junto com a Microrregião de Água, protocola o resultado no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e, em seguida, os editais são publicados.
“Hoje, a concessão é uma instituição que todo mundo conhece. Transporte público é concessão. Já existem creches com modelo de concessão, rodovias, aviação civil, e agora o saneamento pernambucano está indo para o modelo de concessão. Temos a grande chance de atrair um volume de investimentos fundamentais para universalizarmos água e esgoto”, concluiu o presidente.
Mesmo em baixa, com índices de desaprovação preocupantes, a governadora Raquel Lyra (PSDB) tem amplas chances de se recuperar e ser reeleita, porque está com muito dinheiro em caixa. Este é o principal argumento, que virou um mantra recorrente entre os que tentam desestimular a pré-candidatura de João Campos (PSB) a governador nas eleições de 2026.
Mas se, verdadeiramente, a tucana nada em dinheiro, por que não repassou em dia o subsídio das empresas de ônibus responsáveis pelo transporte coletivo na Região Metropolitana, gatilho da greve de motoristas do sistema, que deixou 1,1 milhão de trabalhadores sem condições de bater o ponto nas suas empresas? Se há tanta grana porque, igualmente, a governadora está há seis meses sem pagar aos hospitais conveniados ao Sassepe?
Alguma coisa está errada, o que só coloca em xeque o poder de gestão da governadora. E gestão é o que não existe neste governo. Uma prova disso é que a Secretaria de Educação está vaga há 14 dias, depois da demissão do secretário Alexandre Schneider por motivos até hoje não esclarecidos. Isso, em plena fase de matrícula na rede estadual de ensino, algo que nunca aconteceu em nenhum governo.
Há quem diga que a dinheirama seja carimbada, ou seja, só para usar em áreas específicas, projetos ou obras direcionadas. É possível e compreensível, mas nenhum governo deixou de repassar em dia o subsídio do transporte público. Também é inadmissível que o sistema Sassepe, responsável pelo plano de saúde dos servidores estaduais, fique praticamente inoperante porque a governadora não paga os hospitais conveniados desde julho do ano passado.
A greve dos motoristas de ônibus, ontem, deixou Raquel em maus lençóis, tudo que não contava para o início do seu terceiro ano de gestão. Trata-se do ano que antecede as eleições de 2026, o último que tem para mostrar resultados. O tempo é muito curto e com atropelos desta natureza o cenário da reeleição da tucana tende a ficar cada vez mais sombrio.
SÓ DUROU 12 HORAS– Diante do clamor público pela greve surpresa dos motoristas de ônibus, o Governo fez o repasse do subsídio, logo cedo, para as empresas do sistema que opera o transporte coletivo na Região Metropolitana. Por volta das 11h30, o Sindicato dos Rodoviários informou que todas as empresas pagaram os salários e a paralisação foi encerrada. Com isso, os coletivos voltaram a circular de imediato, segundo o sindicato da categoria. O protesto durou apenas 12 horas, mas poderia muito bem ter sido evitado.
A pauleira de Sileno– A reação da oposição foi instantânea. Em nota, o líder do PSB na Alepe, Sileno Guedes, disse que o Governo Raquel Lyra gosta de fazer propaganda do bilhete único e de outras supostas melhorias no transporte público, mas, com a greve, as ruas ficaram cheias de passageiros com o bilhete único na mão, sem ter ônibus para usar. “O transporte é um direito social garantido na Constituição, mas este governo não leva isso a sério quando atrasa o repasse de recursos para um serviço essencial e que não é inteiramente custeado pela tarifa. Não bastava o sistema já ter 200 ônibus a menos circulando e estar cada dia mais sucateado. Agora, até a regularidade do serviço está afetada por falta de organização do Estado”, disparou.
Falta de pagamento – Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco, a Urbana-PE, explicou que o atraso no pagamento do salário dos rodoviários foi causado por um atraso no repasse dos subsídios pelo Governo do Estado, que deveria ter ocorrido na segunda. “As empresas permissionárias do transporte coletivo foram obrigadas a postergar, de forma excepcional, o calendário de adiantamento salarial para os seus colaboradores”, destacou. Na verdade, o Estado estava devendo três meses de subsídio, no valor mensal de R$ 15 milhões e ontem, para acabar a greve, só pagou um mês, o de dezembro, conforme este blog antecipou na sua edição de ontem com exclusividade.
Mais uma marcha – A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) já abriu as inscrições para a 26ª Marcha dos Prefeitos em Brasília, marcada entre os dias 19 e 22 de maio. O presidente da instituição, Paulo Ziulkoski, está fazendo um direcionamento a todos os prefeitos, principalmente aos novatos. “É um momento único de estarmos ainda mais unidos e pedir o avanço das nossas pautas. Tradicionalmente, a Marcha é marcada por conquistas históricas, que só são possíveis pela presença significativa dos gestores”, disse.
Lulinha abre paradigma– Com apenas 24 anos e no primeiro mandato, o deputado Lula da Fonte (PP), filho do presidente estadual da legenda, Eduardo da Fonte, ganhou o aval da bancada federal para ocupar a segunda-vice-presidência da Câmara dos Deputados. A eleição da nova Mesa Diretora da Casa, sem disputa, está marcada para 3 de fevereiro. A chapa de Lulinha, como é mais conhecido, é liderada pelo candidato a presidente, Hugo Motta (Republicanos-PB). Lulinha abre um paradigma: o mais jovem parlamentar a ocupar cargo de tamanha dimensão no Congresso Nacional.
CURTAS
PACHECO MINISTRO – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, está sendo cotado para o Ministério da Indústria no lugar de Geraldo Alckmin, caso este seja remanejado para a Defesa no lugar de José Múcio, que pediu a Lula para encerrar sua missão na Esplanada dos Ministérios.
BANCADA INDICA – Ainda sobre reforma ministerial, o que se diz em Brasília é que o PSD, de Gilberto Kassab, vai garfar uma pasta mais robusta do que a de Pesca, ocupada pelo pernambucano André de Paula. Mas a indicação seria da bancada e não do próprio Kassab, que bancou André.
FICA EM PORTOS – Quanto ao também pernambucano Silvio Filho, ministro de Portos e Aeroportos, está descartado o remanejamento dele para Articulação Política, no lugar de Alexandre Padilha. O que se ouve nos bastidores é que Lula está extremamente satisfeito com o desempenho de Silvio Filho na pasta.
Perguntar não ofende: Se a governadora gerisse as finanças com mais competência, a greve de ônibus teria sido evitada?