Em relação à postagem em sua coluna, sobre dificuldades na transição administrativa em Belém do São Francisco, informo que houve de fato, mas logo no início, conforme relatei numa entrevista ao seu programa Frente a Frente.
Mas nos últimos 15 dias, tudo mudou e a transição está se processando sem atropelos. Infelizmente, a forma como a matéria foi redigida deu a entender que a entrevista havia sido concedida recentemente, o que gerou interpretações equivocadas e causou um mal-estar entre as partes envolvidas.
Após os esclarecimentos fornecidos pelo atual prefeito Gustavo Caribé (MDB) e pela comissão de transição, fica evidente que as informações solicitadas estão sendo repassadas em conformidade com os prazos e exigências legais.
Atenciosamente,
Calby Carvalho – prefeito eleito de Belém do São Francisco
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu que vai trabalhar normalmente em janeiro, período de recesso e férias coletivas no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele e sua equipe continuarão a analisar o inquérito que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. O caso é tratado como prioridade na PGR. As informações são do blog da Andréia Sadi.
A expectativa de ministros do STF é que Gonet tome providências, como a eventual apresentação de denúncia contra Bolsonaro e os outros 39 indiciados, ainda em janeiro. Segundo um auxiliar do procurador-geral, essa possibilidade passou a ser considerada na PGR, sobretudo depois da prisão do general Walter Braga Netto no sábado (14). A legislação prevê que processos com investigados presos sejam mais céleres.
Relator da investigação no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes também continuará trabalhando em janeiro. Desde 2019, Moraes tem enviado todos os anos ofício à Presidência do tribunal informando que vai trabalhar normalmente no período de recesso e férias. Assim, caso alguma manifestação seja apresentada por Gonet no inquérito do golpe nesse período, o próprio relator estará na Corte para recebê-la.
O recesso no Supremo começa em 20 de dezembro e vai até 6 de janeiro. Depois, os ministros têm férias coletivas até o final do mês. No início de fevereiro é realizada a abertura do Ano Judiciário, quando o STF retoma as atividades normais.
A expectativa de parte dos integrantes do tribunal é que o processo sobre a tentativa de golpe seja julgado em 2025. Após a PGR fazer a acusação, as defesas terão um prazo para se manifestar e, em seguida, a Primeira Turma deverá apreciar o recebimento da denúncia. Só então os investigados se tornam réus e passam a responder a uma ação penal.
Moraes é um dos cinco membros da Primeira Turma, ao lado dos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.
Uma pesquisa Datafolha, divulgada hoje, pelo jornal “Folha de S.Paulo”, aponta que 69% dos brasileiros consideram a democracia como a melhor forma de governo. Outros 8% julgam que, em certas circunstâncias, é melhor uma ditadura. Para 17%, tanto faz.
Em relação ao levantamento anterior, feito em março, esses números variaram dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos:
· 69% dizem que a democracia é sempre melhor que qualquer outra forma de governo (eram 71% no levantamento anterior);
· 17% dizem que tanto faz se o governo é uma democracia ou uma ditadura (eram 18%);
· 8% dizem que em certas circunstâncias, é melhor uma ditadura do que um regime democrático (eram 7%);
· e 6% não souberam responder (eram 5%).
O levantamento foi feito nos dias 12 e 13 de dezembro com 2.002 eleitores em 113 municípios do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.
A parcela que diz preferir a democracia neste levantamento é a menor desde outubro de 2022, quando era 79% — ano com maior apoio ao regime democrático desde 1989, quando houve a primeira eleição presidencial após a ditadura militar.
Não havia participado ainda de nenhuma confraternização política de fim de ano. Saí impressionado com o volume da festa promovida pelo presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), segunda-feira passada, no Armazém 14, no Recife Antigo. Reuniu tanta gente que estava mais evento de candidato majoritário nas eleições de 2026.
Isso sem falar na sua capacidade de aglutinar contrários, como a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que devem travar nas próximas eleições um duelo histórico pelo Governo do Estado, provavelmente um dos pleitos mais interessantes de cobrir, como jornalista, pelas próprias nuances que se apresentam pela frente.
Observei, entretanto, que Raquel evitou dividir o mesmo ambiente com João, chegando ao convescote apenas depois que João já havia se despedido de Porto. Talvez pelo mesmo motivo, a governadora não tenha ido ao ato de diplomação de quatro prefeitos eleitos no Grande Recife – além de João, Mirela Almeida (PSD), de Olinda, Mano Medeiros (PL), de Jaboatão, e Ramos (PSDB), de Paulista. Lá, foi João quem falou em nome dos demais gestores.
Embora tenha evitado se encontrar com João, Raquel ficou bem à vontade na festa. Depois de dar uma circulada para cumprimentar os convidados, ocupou espaço destacado na mesma mesa do anfitrião, com quem já andou lá atrás, numa primeira etapa, trocando mais beijos do que tapas. Deu a impressão de que estão vivendo agora uma “lua de mel”.
A governadora chegou acompanhada dos seus principais auxiliares, entre eles o secretário da Casa Civil, Túlio Villaça, que tem feito a articulação com o Legislativo num estilo que caiu na graça dos parlamentares. Pelo menos, foi o que ouvi de vários deputados presentes à confra, inclusive da oposição.
O PRIMEIRO – João Campos chegou mais cedo do que Raquel à confra de Álvaro Porto, acompanhado do vice-prefeito eleito Victor Marques (PCdoB), do ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, do irmão Pedro Campos (PSB), deputado federal, e do secretário de Governo, Aldemar Santos, o Dema. Com Porto, João criou uma relação muito próxima e foi um dos que o aconselharam a ingressar do Republicanos, partido de Silvio, tão logo abra a janela partidária para as eleições de 2026.
Silvio cotado para Articulação Política – É provável que não se confirme, mas o ministro Sílvio Costa Filho pode ser remanejado na reforma ministerial que o presidente Lula fará, não se sabe se em janeiro, ou somente após a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, no dia 1 de fevereiro. Nos bastidores, seu nome está cotado para assumir o Ministério da Articulação Política, no lugar de Alexandre Padilha, que não deu certo. Com estilo muito parecido com o do ex-senador Marco Maciel, o que se diz em Brasília é que Silvio seria o nome ideal para melhorar a articulação do Governo com o Congresso.
Quase 12 mil obras sem continuidade – O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou 11,9 mil obras públicas paralisadas pelo País. O número corresponde a 52% dos contratos em execução, segundo relatório aprovado pelo plenário da corte. “Essa quantidade revela um cenário emblemático, em que, a cada dois empreendimentos contratados com recursos federais, um encontra-se paralisado”, afirmou o relator do processo, ministro Vital do Rêgo, agora também novo presidente da corte. De acordo com o TCU, essas obras já consumiram cerca de R$ 9 bilhões em recursos federais. Seriam necessários mais R$ 20 bilhões para terminar a execução dos projetos. As áreas de saúde e educação concentram o maior número de obras paradas. São aproximadamente 8,7 mil projetos paralisados –cerca de 72% do total.
Pernambuco tem 624 obras paradas – O Estado que mais tem obras paradas é o Maranhão, que tem 1,2 mil projetos sem conclusão. Veja por estado: Maranhão: 1.232, Bahia: 972, Pará: 938, Minas Gerais: 895, São Paulo: 728, Ceará: 717 e Pernambuco: 624. O relatório do TCU também aponta melhora nos indicadores de obras paradas. A área técnica constatou que 1.169 obras que estavam paralisadas em 2023 já foram retomadas em 2024. Outras 5.463 obras foram finalizadas desde o último levantamento do TCU, no ano passado. A Corte de Contas também destaca que a proporção de projetos parados cujos recursos são repassados pela Caixa Econômica saiu de 46,5% para 38,9% em 2024.
O mais paparicado – Um dos políticos mais festejados na confra do presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), foi o deputado Francismar Pontes (PSB), eleito recentemente primeiro-secretário da Casa, derrotando Gustavo Gouveia (SD), integrante do grupo Gouveia. Da escola mineira de Tancredo Neves, Francismar é tão amplo e plural que não tem um só colega de parlamento que torça o nariz para ele. Médico cardiologista dos bons, nasceu, verdadeiramente, para o ramo da política.
CURTAS
SAINDO DA TOCA – Aos poucos, o secretariado de Raquel está deixando o gabinete refrigerado e pondo a cara nas ruas. Fiquei surpreso na confra de Álvaro Porto em observar a presença até do chefe de gabinete da tucana, Eduardo Vieira, que circulou com muita desenvoltura no ambiente.
EM CATENDE – Reeleita em Catende, na Zona da Mata, a prefeita tucana Dona Graça será diplomada hoje, evento que deve ser bastante concorrido e comemorado pelos seus aliados. Na semana que vem, anuncia seu novo secretariado.
A MAIS APLAUDIDA – Já em Salgueiro, o nome mais comemorado no secretariado do prefeito Fabinho Lisandro (PRD) foi o da vereadora eleita Paizinha Patriota (PSD), sobrinha do ex-deputado federal Gonzaga Patriota. Vai tocar projetos de grande relevância na pasta de Desenvolvimento Social.
Perguntar não ofende: Quando o Governo Lula vai deslanchar?