Em Santa Maria da Boa Vista, conforme pesquisa também do Opinião, o prefeito George Duarte tem quase 70% de avaliação positiva, em números reais 68,6%. Por isso, aparece como favorito nas eleições municipais de outubro, com 48,6%, enquanto Humberto Mendes, seu principal adversário, patina com 14,9% das intenções de voto.
Trindade, no Sertão do Araripe, também se encaixa a essa realidade. A prefeita Helbinha Rodrigues (UB) é aprovada por 64% da população, e tem mais de 50% das intenções de voto como pré-candidata à reeleição.
Na outra ponta está Salgueiro, um dos municípios mais importantes do Alto Sertão.
Ali, o prefeito Marcones Sá (PSB) é o mais rejeitado entre os pré-candidatos porque sua gestão é aprovada por apenas 41% da população, sendo rejeitada pela maioria – 52%. Terá que fazer malabarismos para reverter a tendência do eleitorado em optar pela mudança, representada pelo empresário Fabinho Lisandro (PRD), que lidera todos os levantamentos, abrindo uma média de dez pontos de frente.
O sentimento de harmonia da população com o gestor em campanha para mais um mandato é um alento, mas não se pode bobear ou ficar de sapato alto. Até porque nenhum governo pode ser sólido por muito tempo se não tiver uma oposição temível, que pense, que crie e que explore bem os pontos falhos da gestão.
Outro lado da moeda – Já em Belém do São Francisco, o Opinião identificou provavelmente a eleição mais disputada do Sertão, onde o prefeito Gustavo Caribe (MDB), que vai à reeleição, aparece empatado com o empresário Calby Cruz (Republicanos). A distância que os separa de 1 ponto percentual para o prefeito, que está neste sufoco justamente porque não tem percentuais de aprovação tão excelentes quanto os dos colegas de Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria da Boa Vista e Trindade.
Razão da popularidade – Há tempo não vou a Santa Cruz do Capibaribe, mas pelo que levantei de informações, o prefeito Fábio Aragão tem 80% de aprovação, não por causa de grandes obras, mas simplesmente pelo fato de manter os serviços públicos de qualidade, não atrasar pagamento de servidores nem tampouco de fornecedores. Também é trabalhador, sem falsas promessas e comprometido com políticas sociais.
Marília abraçada com Mandacaru – A ex-deputada Marília Arraes, presidente estadual do Solidariedade, está bem próxima de se vingar do deputado Luciano Duque, que foi eleito no campo da oposição e aderiu ao Governo Raquel Mandacaru: vai negar-lhe legenda para tentar a Prefeitura de Serra Talhada. Além de ficar de fora da disputa, Duque ainda vai ter que engolir Marília no palanque da prefeita Márcia Conrado (PT), que terá o apoio da governadora. Se a ex-candidata ao Governo brigou com Duque pela traição, revela igual incoerência ao se abraçar com a governadora no mesmo palanque de Conrado em Serra.
Sebá se abraça também? – Por falar em Raquel Mandacaru, que não dá sombra nem encosto a ninguém, ela cumpre agenda hoje em Serra Talhada ao lado da prefeita. Vai prestigiar a festa de emancipação política da terra de Lampião, Agamenon Magalhães e Inocêncio Oliveira. Novo aliado da prefeita, o presidente estadual do Avante, Sebastião Oliveira, está em Serra participando da agenda festiva, mas não é dada como certa a sua presença no mesmo evento oficial no qual a tucana estará presente.
Cachimbo da paz – O presidente Lula não quer esticar a corda nos desentendimentos do seu Governo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Tanto que se apressou em chamá-lo para uma conversa olho no olho no Palácio da Alvorada. O encontro, na última sexta-feira, colocou uma vírgula no desgaste, mas existem pontos a serem trabalhados nas próximas semanas. As reclamações de Pacheco vão desde a falta de atenção do governo aos senadores até a demora na apresentação de projetos de seu interesse.
CURTAS
DESONERAÇÃO 1 – O estopim da crise na relação, que já estava se desgastando havia semanas, foi a decisão do governo de recorrer ao Supremo Tribunal Federal para suspender trechos da lei que prorrogou até 2027 a desoneração da folha de prefeituras e empresas.
DESONERAÇÃO 2– Pacheco ficou irritado com a atitude do Planalto, tomada logo após ele concordar em adiar a sessão conjunta do Congresso para análise de vetos presidenciais, que previa grandes derrotas para o governo federal. Com o adiamento, os líderes da base ganharam mais tempo para tentar estabelecer acordos.
DERROTA – O governo segue confiante em acordos para manter os vetos do presidente Lula (PT) a trechos da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e da LOA (Lei Orçamentária Anual). O veto às “saidinhas”, do projeto de lei aprovado em março, que limita as saídas temporárias de presos, é visto como derrota certa para governistas no Congresso.
Perguntar não ofende: Os policiais militares vão encher o plenário da Alepe amanhã na votação do projeto das faixas salariais?
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