PRF diz ao Supremo ter identificado e multado 40 pessoas e 10 empresas por organizar bloqueios bolsonaristas em estradas

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou ao Supremo Tribunal Federal ter identificado e multado 40 pessoas físicas e 10 empresas por organizarem bloqueios golpistas feitos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em todo o país. O mapeamento vai de 30 de outubro, data do 2º turno da eleição presidencial, até 6 de novembro.

Em ofício enviado no dia 6 de novembro e assinado pelo diretor-geral da corporação, Silvinei Varques, a PRF detalha quem são os proprietários dos veículos identificados como responsáveis pelos bloqueios com teor antidemocrático e a favor de intervenção federal contra a vitória de Lula (PT). Rodovias em diversos estados foram atingidas pela ação.

Vasques é alvo de inquérito que investiga possíveis crimes de prevaricação e violência eleitoral durante o 2º turno da eleição presidencial. O Ministério Público apontou irregularidades nas blitzes feitas pela PRF no domingo da eleição e, também, na demora em desfazer bloqueios em rodovias provocados por atos de caráter golpista.

A PRF aplicou 55 multas com o código 76090, destinada a quem “organizar a conduta prevista” no artigo 253-A do Código de Trânsito Brasileiro – trecho da lei que trata sobre protestos que bloqueiam o trânsito e o direito de ir e vir das pessoas.

O valor de cada multa é de R$ 17.608,20 para esse tipo de infração de trânsito, considerado gravíssimo – e que gera ao motorista a suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Em caso de reincidência, a multa tem valor dobrado, de acordo com o texto da lei. Somadas, as punições contra organizadores de bloqueios bolsonaristas, de 30 de outubro até 6 de novembro, totalizam R$ 968.451,00.

A lista da PRF aponta que os organizadores dos bloqueios foram multados pelo uso de 31 caminhonetes, oito automóveis, sete caminhões, cinco caminhões-trator, três ônibus e um semi-reboque na interdição de estradas. Além de multa para quem organizou os bloqueios, a PRF também puniu 2.423 motoristas que usaram veículos para “interromper, restringir ou perturbar a circulação de veículos”. O valor chega a R$ 14,2 milhões.

O ofício faz parte de uma investigação no STF para apurar se houve irregularidade na atuação da PRF para desfazer os bloqueios bolsonaristas e ao promover blitz durante o domingo do 2º turno, mesmo proibida pelo TSE. Clique aqui e confira a matéria completa do portal G1.

Circula na internet a foto de uma suposta nota que teria sido publicada pelo PSDB informando a morte do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC). A imagem é falsa, de acordo com a assessoria do partido. As informações são do portal Metrópoles.

A informação foi compartilhada por um perfil verificado no Twitter e passou a ser replicada por outras contas. O homem alegou que a postagem foi publicada e apagada logo em seguida. No entanto, a assessoria da legenda negou que houve qualquer nota nesse sentido.

O PSDB se manifestou na rede social na noite de hoje. Sem mencionar o assunto, o partido pediu que os internautas “evitem compartilhar notícias falsas”. “Chequem antes”, alertou.

A coordenadora da equipe de transição da governadora eleita Raquel Lyra (PSDB), a vice-governadora eleita Priscila Krause (Cidadania), protocolou, no início da tarde de hoje, no Palácio do Campo das Princesas, o primeiro ofício solicitando uma série de informações e documentos ao governo de Pernambuco, incluindo todos aqueles listados pela lei complementar estadual nº 260, de 2014, que regulamenta a transição de governos.

O ofício foi dividido em cinco seções, detalhando demandas nas áreas de finanças públicas; planejamento e gestão; controle; estratégia governamental e, por fim, estrutura administrativa e de gestão de pessoas. No conjunto, são listadas 71 demandas.

Segundo Priscila Krause, o objetivo da equipe de transição é fazer um trabalho baseado nas premissas da transparência e do diálogo, sendo os dados requeridos fundamentais para a construção do diagnóstico por parte do novo governo.

“Enviamos esse primeiro ofício reunindo um conjunto de informações relevantes para a construção do diagnóstico que necessitamos para o início do governo. A recomendação da governadora é aprofundarmos o estudo sobre a situação do estado para que o novo governo se inicie com o máximo de informações possível”, registrou Priscila, acrescentando que a equipe trabalha para apresentação em breve de solicitações temáticas mais específicas.

Além da programação de reuniões internas da equipe de transição da governadora Raquel Lyra, a programação de trabalho de amanhã inclui uma visita da coordenadora do grupo ao presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), conselheiro Ranilson Ramos.

A Polícia Federal abriu inquérito, hoje, para apurar se o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, cometeu crimes de prevaricação e violência política. A investigação foi aberta a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

A investigação, que é mantida sob sigilo, será comandada pela superintendência da Polícia Federal em Brasília já que Vasques não tem foro privilegiado. A PF vai apurar suspeitas de crimes diferentes, relacionados a episódios distintos das últimas semanas indicados pelo MP. Os policiais vão investigar:

  • se a fiscalização de ônibus com eleitores durante o segundo turno das eleições, com ênfase desproporcional na região Nordeste e contrariando decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, respeitou a legislação – e se houve ofensa ao livre exercício do direito de voto;
  • se Silvinei Vasques cometeu crime de prevaricação, por omissão, ao não orientar medidas mais enérgicas para a PRF desobstruir rodovias bloqueadas por atos de caráter golpista após as eleições, nas últimas semanas.

O crime de prevaricação acontece quando um funcionário público age contra a lei – ou deixa de agir por conta própria – para obter algum benefício pessoal. A pena é de detenção de três meses a um ano, e multa.

Em ofício encaminhado à PF no início do mês, o MP já havia sinalizado uma suspeita de que Silvinei Vasques tivesse incorrido nesse crime frente aos bloqueios nas rodovias.

Os procuradores também defendem que o diretor-geral da PRF, que declarou apoio a Bolsonaro no dia do segundo turno de votação, seja responsabilizado por “crimes praticados por invasores de rodovias”.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou, hoje, em entrevista à GloboNews, que a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá o desafio de “remodelar” o sistema de assistência social do país – que, segundo ela, foi desmontado pela gestão Bolsonaro.

Após ficar em terceiro no primeiro turno da eleição presidencial, com 4,16% dos votos válidos, Tebet se converteu em um dos principais cabos eleitorais da chapa de Lula no segundo turno. Na terça (8), o vice eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou que a senadora seria uma das coordenadoras da área de desenvolvimento social da transição.

O principal tema da transição até o momento é a busca de uma saída orçamentária para manter o Auxílio Brasil em R$ 600 no próximo ano, já que o projeto do Orçamento 2023 elaborado pelo governo Bolsonaro prevê um benefício médio de apenas R$ 405. Tebet, no entanto, diz que o desafio vai além dessa definição.

“A questão não é só financeira, não é só de onde sairá o recurso, se estará fora do teto, dentro do teto ou temporariamente fora do teto. Isso é muito importante, é óbvio. Mas nós temos que entregar uma política pública eficiente de renda básica permanente no Brasil, aquela que verdadeiramente encontre a família mais pobre, mais miserável do Brasil e acolha, garantindo que ela não passe fome, garantindo os R$ 150 a mais por criança, mas garantindo e cobrando as condicionantes”, disse Tebet.

“[É preciso saber] Se a criança está vacinada, se está na escola, se dentro dessa família não temos uma mulher vítima de violência, se temos um trabalhador desempregado que precisa ser qualificado e inserido no mercado de trabalho, e assim por diante”, enumerou.

Tebet também afirmou que aceitou participar da equipe de transição na área de desenvolvimento social porque, nesse tema, tem “sinergia” com o pensamento de Lula – apesar de divergências em outras áreas, como a gestão da economia.

O ex-prefeito de Tupanatinga Duca Feitosa emitiu uma nota, hoje, lamentando o falecimento do seu amigo e ex-prefeito de Águas Belas, Paulo Maranhão. Segundo Duca, o ex-gestor foi um empresário visionário e defensor dos legítimos interesses do povo pernambucano. Confira:

“Lamento com profundo pesar o falecimento do meu amigo Dr. Paulo Maranhão. Dr. Paulo teve uma bonita trajetória na vida pública onde foi prefeito de Águas Belas e o grande artífice da emancipação política da cidade de Itaíba.

Foi um empresário visionário, defensor dos legítimos interesses da nossa gente e que sempre acreditou no povo pernambucano. Guardarei comigo a marca do amigo leal, homem educado e que estava sempre disponível. Nesse momento de dor, manifesto minha solidariedade à família e aos amigos”.

Duca Feitosa, ex-prefeito de Tupanatinga.

Governadores e secretários de Fazenda, principalmente no Nordeste, começaram uma mobilização para que o presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Fazenda (Comsefaz), Décio Padilha, seja escolhido como secretário da Receita Federal no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Padilha é aliado do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e ocupa a Secretaria da Fazenda na gestão do pessebista.

Padilha é formado em administração pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e é servidor da Secretaria da Fazenda do Estado há mais de 25 anos.

Na condição de presidente da Comsefaz, ele representou os Estados na negociação com o governo federal, Judiciário e Congresso sobre a diminuição da incidência de ICMS nos combustíveis. Se confirmado no cargo de chefe da Receita, seus aliados esperam que ele ajuda a tocar a reforma tributária nos impostos de consumo, unificando ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins, criando um tributo único chamado IVA.

Flagrante de três primeiras mulheres a abrir paradigmas na política, atividade até então machista: Luciana Santos, primeira vice-governadora de Pernambuco, Rosa Barros, primeira deputada do Sertão do Moxotó e primeira presidente da Amupe, Associação Municipalista de Pernambuco, e Teresa Leitão, primeira senadora eleita do Estado.

“Só falou a primeira governadora eleita de Pernambuco”, brincou Rosa, também ex-prefeita de Arcoverde, referindo-se à tucana Raquel Lyra.

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou, há pouco, novos nomes da equipe de transição de governo. Entre eles estão o ex-ministro das Comunicações no governo Dilma Rousseff, Paulo Bernardo, e a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).

O ex-governador paulista, que é o coordenador da transição, fez o anúncio no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), complexo que recebe o gabinete de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A equipe de transição de Lula foi dividida em 31 áreas temáticas. O presidente eleito tem o direito de nomear 50 cargos remunerados para a transição e de contar com trabalho de voluntários. Veja a lista dos novos nomes da equipe de transição anunciados nesta quinta:

Comunicações

  • Paulo Bernardo, ex-ministro
  • Jorge Bittar, ex-deputado federal
  • Cesar Alvarez, ex-secretário do Ministério de Comunicações
  • Alessandra Ourofino, especialista em economia e direitos humanos formada na Universidade de Columbia

Direitos Humanos

  • Maria do Rosário, deputada federal
  • Silvio Almeida, advogado
  • Luiz Alberto Neuquetti
  • Janaína Barbosa de Oliveira, representante do movimento LGBTQIA+
  • Rubens Linhares Mendonça Lopes, do setorial do PT para pessoas com deficiência
  • Emídio de Souza, deputado estadual (SP)

Igualdade Racial

  • Nilma Lino Gomes, ex-ministra de Igualdade Racial
  • Givânia Maria Silva, quilombola e doutora em sociologia
  • Douglas Belchior
  • Thiago Tobias, do Coalizão Negra
  • Ieda Leal
  • Martius das Chagas, secretário do Planejamento de Juiz de Fora
  • Preta Ferreira, movimento negro e movimento de moradia

Planejamento, Orçamento e Gestão

  • Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda
  • Enio Verri, deputado federal (PT-PR)
  • Esther Duek, economista e professora da UFRJ
  • Antonio Correa de Lacerda, presidente do Conselho Federal de Economia

Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas

  • Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul
  • Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea
  • Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai Nacional
  • Marcelo Ramos, deputado federal (AM)
  • Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária;
  • Paulo Okamoto, ex-presidente do Sebrae e do Instituto Lula
  • Paulo Feldmann, professor da USP
  • André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alesp)

O gabinete de transição faz um diagnóstico da situação da administração federal e prepara os primeiros atos a serem tomados por Lula após a posse. O presidente eleito fez nesta quinta a primeira visita ao local neste processo de transição.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) cassou o registro da chapa proporcional do Avante no Recife. De acordo com o Tribunal, a legenda teria descumprido a cota de gênero prevista em lei. As informações são do Blog do Elielson.

Com a decisão, todos os votos nos candidatos do Avante foram anulados. Isso inclui os vereadores eleitos Dílson Batista e Fabiano Ferraz. A decisão foi proferida hoje e deve ser publicada em breve. De imediato, os parlamentares perdem o mandato, e uma retotalização deverá ser feita para que as vagas sejam redistribuídas.

A ação da qual resultou a medida foi movida pelo DEM, que tentou desistir do processo, mas teve seu pedido indeferido. Na denúncia, foi levantada a hipótese de fraude nas filiações de mulheres para driblar a exigência mínima de 30% de candidatas. Isso ocorre porque cinco candidatas não receberam nenhum voto e uma sexta recebeu apenas um voto. Nenhuma delas fez campanha para buscar votos.

Segundo os denunciantes, isso indica “a hipótese de candidatura fictícia, apresentada apenas para preencher a cota de gênero e, com isso, possibilitar a participação do partido Avante, nas eleições proporcionais”.