Os conteúdos também usam uma segunda fala do presidente, de setembro, ao podcast Collab, na qual o presidente diz que as garotas se arrumavam para “fazer programa”. Um dos vídeos novos traz a ex-candidata à presidência e terceira colocada no primeiro turno, Simone Tebet (MDB), comentando a fala de Bolsonaro.

“Essa fala do presidente da República, entre tantas falas infelizes, equivocadas, tocou não só no coração das mulheres brasileiras, mas dos pais humildes que têm filhas meninas. Nós estamos falando de um senhor de meia idade que ao ver duas meninas bonitinhas, menores de idade, diz o seguinte: olha eu senti alguma coisa sexual. E teve a coragem de confirmar que pediu para entrar no ambiente onde elas moravam”.

Além disso, Tebet sugere, também, que Bolsonaro se omitiu diante do que ele próprio teria classificado como crime. A ex-presidenciável se refere à fala do presidente em que diz ter achado que o local no qual as meninas venezuelanas viviam era destinado à prostituição.

“Ao entrar num local que ele disse que achava que era um local, segundo ele, de prostituição, sabendo que isso é crime, como ele não aciona as autoridades públicas? Esse é um tema que a gente precisa tratar com responsabilidade.”

Após a repercussão negativa de suas falas, Bolsonaro gravou um vídeo para negar que houvesse prostituição na casa em que visitou. Tebet conclui citando a amplitude da violência contra a mulher e contra crianças de zero a 14 anos. “Ter um presidente que estimula o que se soma na estatística é algo estarrecedor”, disse.

No dia 5 de outubro, Tebet anunciou que apoiaria Lula no segundo turno da corrida presidencial. Em seu pronunciamento, a emedebista disse que sua decisão foi tomada porque “não cabe a omissão da neutralidade”. A ex-presidenciável disse, ainda, que votaria em Lula por reconhecer nele o que classificou como “compromisso com a democracia e com a Constituição”, e completou: “o que desconheço no atual presidente [Jair Bolsonaro]”.

O que levaria o dono do Santa Joana, Eustácio Vieira, a “investir” R$ 50.000,00 na campanha da tucana? Certamente, não se trata de um SUS dos ricos. Será dessa forma que Raquel pretende mudar o cenário atual da saúde no Estado, como tem prometido?

Todas as doações e seus respectivos valores estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral. https://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/candidato/2022/2040602022/PE/170001604087/integra/receitas

Ao lembrar que a próxima governadora precisa ter liderança, atitude e capacidade de tirar projetos do papel, Raquel disse que Marília tem pautado sua campanha apenas pela distribuição de fake news. Raquel lembrou que a justiça eleitoral já aplicou várias derrotas a Marília Arraes, determinando a retirada de conteúdos criminosos do ar, pela divulgação de mentiras. Raquel também já ganhou cinco minutos de direito de resposta.

“Marília continua inventando mentiras. Mente tanto que nem sente”, afirmou Raquel pedindo para os ouvintes pesquisarem no Google “Marília Arraes condenada pela Justiça Eleitoral”, concluiu.

Marília também falou sobre o Programa Restaurar, uma das dezenas de propostas presentes no seu plano de governo. “Vamos investir R$ 700 milhões com o Programa Restaurar para investir na saúde do Estado, como, por exemplo, com a criação das 13 Casas da Mulher Pernambucana, para atender a saúde e cidadania da mulher”, afirmou.

A candidata de Lula também destacou a promessa não cumprida de Raquel Lyra, enquanto prefeita de Caruaru, da construção de maternidades na cidade. “A única maternidade que você entregou em Caruaru foi construída com projeto, terreno e recursos do seu antecessor, o ex-prefeito José Queiroz. E ainda assim, você só conseguiu fazer isso no segundo mandato e quando estava prestes a deixar a prefeitura. Só fez cortar a fita. Inclusive, o primeiro parto só aconteceu três meses depois. Como as pessoas vão acreditar que você vai fazer cinco maternidades no estado?”, finalizou.