Em segundo lugar, Miguel é o grande vitorioso

As chances de o candidato do União Brasil ao Governo de Pernambuco, Miguel Coelho, desbancar Raquel Lyra (PSDB) e garantir sua presença no duelo final com Marília Arraes, do Solidariedade, são altíssimas. O jovem, preparado e testado gestor público por excelência em Petrolina cresceu na hora certa, na reta final da campanha, como atestam todas as pesquisas, entre as quais a mais atual, a do Ipec, divulgada pela Globo, há pouco, onde aparece em segundo lugar, com 17%.

Miguel fez uma campanha competente. Largou sem apoios de partidos e caciques, mas com um respaldo fundamental: a força e confiança do povo da sua região, o São Francisco, onde detém índices de intenção de votos acima de 70%, enquanto Raquel, no Agreste, nunca chegou a 30%, ficando entre 24 a 25%.

Isso se traduz da seguinte forma: quem conhece Miguel, como o povo do São Francisco, com extensão ao resto do Sertão, vota em Miguel. Quem passou a conhecer Miguel pela propaganda eleitoral no rádio e na televisão firmou uma convicção, a de que ele é o melhor candidato para liderar um movimento de recuperação de um Estado estagnado, esgotado pelas políticas nocivas do PSB, colocado no fundo do poço por Paulo Câmara, o pior governador nos últimos 30 anos.

Aos que não o conheciam, a esmagadora maioria da Região Metropolitana do Recife, Miguel mostrou que tem estatura, envergadura e está preparado para ampliar ao restante do Estado, como governador, o modelo bem sucedido de gestão pública em Petrolina, cujo governo tem a marca impressionante de 93% de aprovação.

O que Pernambuco precisa, neste estágio de crescimento no modelo rabo de cavalo, para baixo, é de gestão. E esta será a temática da campanha de segundo turno em Pernambuco, independente do que venha a ocorrer no plano nacional.

Miguel deve chegar ao segundo turno, por fim, porque na reta final se converteu no chamado fato novo, o candidato que mais cresceu, que mais atraiu a atenção do eleitorado. E que conquistou a confiança. Miguel chega na véspera da eleição, desde já, como o grande vitorioso.

A última pesquisa Ipec antes do primeiro turno, divulgada neste sábado, mostra o ex-presidente Lula (PT) com 51% dos votos válido. O presidente Jair Bolsonaro (PL) cresceu três pontos percentuais em relação ao último levantamento, de 26 de setembro, e tem agora 37%. 

De acordo com a pesquisa, a vitória do ex-presidente Lula no primeiro turno é incerta, uma vez que a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos — o que faz o petista variar de 49% a 51% dos votos. Para que a disputa termine neste domingo, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto. As informações são do Correio Braziliense.

O levantamento mostrou pela primeira vez os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) empatados. A emedebista se manteve com 5% dos votos válidos, enquanto o ex-governador do Ceará oscilou para baixo, de 6% para 5%. A senadora Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe d’Avila (Novo) se manteram com 1%.

Constituinte Eymael (DC), Padre Kelmon (PTB), Sofia Manzano (PCB), Vera (PSTU) e Leo Péricles (UP) não pontuaram. 

Os votos válidos são calculados após a exclusão dos brancos, nulos e do percentual de entrevistados que afirmam estar indecisos. Para vencer no primeiro turno, é preciso ter 50% dos votos mais um.

Confira a variação dos candidatos em relação ao último levantamento

  • Lula (PT): 51% [-1]
  • Jair Bolsonaro (PL): 37% [+3] 
  • Ciro Gomes (PDT): 5% [-1]
  • Simone Tebet (MDB): 5% [=]
  • Soraya Thronicke (União Brasil): 1% [=]
  • Felipe d’Avila (Novo): 1% [=] 

O levantamento do Ipec foi contratado pela Rede Globo. 3008 pessoas foram entrevistadas, entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, em 183 municípios. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-00999/2022.

Impacto do debate da Rede Globo 

A pesquisa do Ipec mostra o impacto do debate da Rede Globo no eleitorado. O embate, transmitido na última quinta-feira (29/9), contou com a presença de Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe D’Ávila (Novo), Padre Kelmon (PTB) e Soraya Thronicke (União Brasil). O debate foi marcado pela dura troca de acusações entre os dois líderes de intenção de votos, que polarizam a corrida eleitoral, e por uma série de pedidos de direito de resposta, a maioria atendida pela produção do programa.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), com uma postura bastante agressiva, baseou suas acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas denúncias de corrupção que marcaram os governos petistas. Lula também foi incisivo em seus disparos contra o adversário.

Lula e Bolsonaro foram dominantes, principalmente no primeiro bloco. O mediador da emissora, William Bonner, teve trabalho para administrar tantos direitos de resposta concedidos.

Uma carreata realizada por Clarissa e Pastor Júnior Tércio, do PP, pelas ruas do Recife e de Jaboatão dos Guararapes, aconteceu neste sábado e marcou o último ato de campanha dos candidatos a deputada federal e a deputado estadual, respectivamente.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse que toda a preparação foi feita para que a eleição ocorra com segurança. Ao ser questionado sobre a regra que impede o porte de arma na eleição, o ministro afirmou que isso não altera o planejamento.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu nesta quinta-feira (29) proibir que CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) transportem armas e munições no dia que antecede a votação, na data do primeiro turno e nas 24 horas seguintes. O tribunal já havia reforçado restrições para a circulação de armas durante o pleito. As informações são da Folha de S.Paulo.

“Essa proibição não altera em nada o planejamento, o planejamento está pronto. Não tenho como fazer previsão de confronto. Não estamos indo para a guerra, estamos indo para a eleição”, disse.

O ministro disse que cerca de 500 mil agentes da segurança pública estarão mobilizados para garantir a segurança dos brasileiros durante o período de votação neste domingo (2).

O Ministério da Justiça e Segurança Pública reativou o (CICCN) Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, em Brasília. A pasta é responsável por coordenar e centralizar as informações dos crimes eleitorais.

Pesquisa Ipec divulgada neste sábado (1º), encomendada pela Globo, aponta os seguintes percentuais de intenção de votos válidos para o governo de Pernambuco. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. As informações são do G1/PE.

Votos válidos

  • Marília Arraes (Solidariedade): 38%
  • Raquel Lyra (PSDB): 17%
  • Miguel Coelho (União Brasil): 17%
  • Danilo Cabral (PSB): 12%
  • Anderson Ferreira (PL): 12%
  • Pastor Wellington (PTB): 1%
  • Jadilson Bombeiro (PMB): 1%
  • João Arnaldo (PSOL): 1%
  • Claudia Ribeiro (PSTU): 0%
  • Jones Manoel (PCB): 0%
  • Ubiracy Olímpio (PCO): 0%

Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

Sobre a pesquisa

  • Margem de erro: X pontos percentuais para mais ou para menos.
  • Quem foi ouvido: 2.000 eleitores, em 74 municípios.
  • Quando a pesquisa foi feita: 29 de setembro a 1º de outubro.
  • Registro no TRE: PE-05764/2022.
  • Registro no TSE: BR-01800/2022.
  • Contratante da pesquisa: TV Globo.
  • O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.
  • 0% significa que o candidato não atingiu 1%. Traço significa que o candidato não foi citado por nenhum entrevistado.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega ao primeiro turno da eleição geral, que ocorre neste domingo (2), com chance de vencer de forma direta a disputa. Ele tem 50% dos votos válidos, ante 36% de seu principal rival, o presidente Jair Bolsonaro (PL). Simone Tebet (MDB) tem 6%, contra 5% de Ciro Gomes (PDT).

O cenário, de notável estabilidade nas últimas semanas, foi registrado pela última pesquisa do Datafolha antes do pleito. A marca do petista é o limiar para atingir metade mais um dos votos válidos, aqueles que excluem brancos e nulos (e indecisos, no caso do levantamento), o mínimo para evitar o segundo turno. As informações são da Folha de S.Paulo.

Presidente de 2003 a 2010, Lula coroa uma volta por cima rara: deixou o Planalto com mais de 80% de aprovação, viu sua sucessora Dilma Rousseff (PT) ser bem-sucedida, perder tração e gestar uma crise econômica e política que lhe custou o cargo. Foi condenado e preso por corrupção, só para ver as sentenças anuladas por questões legais e o seu algoz, Sergio Moro, julgado parcial e fracassar ao tentar ser presidenciável.

Agora, o petista tenta voltar ao poder enfrentando um adversário diferente do que o PT se acostumou até 2018, quando Bolsonaro saiu das franjas do baixo clero para a Presidência com um discurso antipolítico e radical de direita. Com alta rejeição, o presidente é o primeiro da era das reeleições a não chegar à frente no dia do primeiro turno, e luta para ir ao segundo.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou menos. O instituto entrevistou 12.800 pessoas em 310 cidades. O levantamento tem o registro BR-00245/2022 no Tribunal Superior Eleitoral, e foi contratado pela Folha e pela TV Globo.

Ao longo da corrida, o pedetista viu murchar quase pela metade sua usual posição nas três campanhas presidenciais anteriores que disputou, enquanto a senadora estreou mantendo um nível constante de apoio.

Sem ambos no páreo, é possível que Lula já tivesse a certeza da vitória, considerando os padrões de migração de intenção de voto registrados pelo Datafolha. Não por acaso, principalmente no caso de Ciro por ser associado ao centro-esquerda, os estrategistas do PT fizeram de tudo para estimular o voto útil no ex-presidente.

Nas últimas rodadas do Datafolha, Ciro até oscilou para baixo, mas nada que indicasse uma desidratação fatal. Se ela for ocorrer, agora será algo a ser visto apenas na undécima hora, com o eleitor na urna eletrônica. Outro fator central na contagem é a abstenção, que historicamente atinge mais o eleitorado associado ao petista.

A estabilidade também mostra o limite do impacto do debate final do primeiro turno, realizado na quinta (29) pela TV Globo. O embate foi bastante agressivo, com Lula, Bolsonaro, Ciro e outros se enfrentando em termos duros.

Na rodada anterior, feita de terça (27) a quinta, o Datafolha havia aferido 50% de intenção de votos para o petista e 36%, para o incumbente. Diziam estar certos do voto 85%, quase todos há bastante tempo.

Este é um dos fenômenos mais relevantes desta campanha eleitoral, antecipada por muitos como um embate de rejeições complementares —o que gerou a ilusão na classe política de que poderia haver espaço para o surgimento de alguma terceira via competitiva. Vários nomes tentaram se viabilizar, sobrando à relativamente desconhecida Tebet a vaga.

Abaixo dos dois estão Soraya Thronicke (União Brasil), Constituinte Eymael (DC), Padre Kelmon (PTB), Sofia Manzano (PCB), Felipe D’Ávila (Novo), Vera (PSTU) e Leo Péricles (UP).

Houve também a consolidação do perfil do eleitorado. Lula manteve sua liderança até aqui apoiado na grande vantagem que registra entre os mais pobres, calcando sua campanha na promessa de um retorno a um tempo de maior bonança econômica —particularmente seu segundo mandato (2007-10), antes da debacle que viria sob sua protegida Dilma Rousseff (PT), impedida em 2016.

O prefeito de São Joaquim do Monte, Duguinha Lins, cumpriu, ontem, mais uma promessa de campanha ao entregar para a população o bloco cirúrgico do Hospital Municipal Manoel Abrantes Ferreira. Com a nova ala, a partir de agora, o hospital irá realizar 10 cirurgias por semana, somando 40 operações por mês. Para realizar o feito, os recursos de mais de 760 mil reais, destinados pelo deputado federal André Ferreira, foram de suma importância. Somam-se ao bloco cirúrgico, a entrega de duas novas ambulâncias – uma UTI Móvel e uma Ambulância 4×4.

A candidata pelo PT ao Senado, Teresa Leitão, que caiu durante uma caminhada ontem e fraturou o fêmur, já foi submetida a cirurgia na manhã deste sábado e passa bem. De acordo com informações obtidas pelo blog, o médico que operou Teresa, que também é primo dela, o cirurgião Luiz Carlos Adeodato Leitão, a recuperação de Teresa deverá ser rápida.

Um dos bolsonaristas mais populares do país, Luciano Hang, declarou o apoio ao candidato a deputado estadual, Coronel Alberto Feitosa.

Em vídeo Luciano Hang, dono da Havan, uma das maiores redes de lojas do país, pede aos pernambucanos para votarem no Coronel Alberto Feitosa. O empresário, assim como o Coronel, apoia o presidente Bolsonaro desde o início da primeira candidatura.

O chamado para voto só fortalece a candidatura do Coronel Alberto Feitosa, que já recebeu o apoio declarado do próprio presidente Jair Bolsonaro, de Eduardo Bolsonaro, de Gilson Machado e de Anderson Ferreira.

A candidata a deputada estadual mandou sua colinha só com seu número, esquecendo de pedir voto para os demais candidatos da sua federação. Até Raquel Lyra (PSDB) ficou de fora da colinha de Patrícia. É mais uma eleição que a Delegada sai mal no quesito da política. Em 2020, Patrícia já ficou “queimada” por tentar colar em Bolsonaro apenas aos 45 do segundo tempo.