Aldemar Pinto, agricultor em Saloá e Garanhuns, soube da minha presença em Arcoverde e veio, há pouco, à cidade, apenas para me conhecer. Marquei com ele um café no posto Cruzeiro.
É assim que trato meus ouvintes e leitores.
Aldemar Pinto, agricultor em Saloá e Garanhuns, soube da minha presença em Arcoverde e veio, há pouco, à cidade, apenas para me conhecer. Marquei com ele um café no posto Cruzeiro.
É assim que trato meus ouvintes e leitores.
Com a presença de ministros, mais de 25 prefeitos, deputados federais e estaduais, secretários estaduais e municipais, o prefeito de Araripina, Evilásio Mateus, acertou ao apostar na realização de um São João com programação para entrar no calendário de eventos nacionais. Tudo isso sem perder o respeito às tradições, com a retomada do São João dos Bairros, o Concurso de Quadrilhas e a Festa da Sanfona.
“O balanço foi extremamente positivo para o turismo, para o desenvolvimento econômico do nosso município e para projetar ainda mais Araripina no país e no Nordeste”, comemora Evilásio. Durante cinco dias de festa, foram mais de 300 mil pessoas que circularam pelo Parque Três Vaqueiros e mais de R$ 1 milhão por dia injetados na economia. O evento se consolidou como um dos maiores já realizados no município, reunindo atrações locais e artistas de renome nacional, movimentando o comércio, a rede de hotelaria e promovendo o turismo regional.
Com a presença de influenciadores digitais e do humorista Tirulipa, o São João de Araripina bombou nas redes sociais, garantindo enorme visibilidade para o evento, que foi prestigiado por lideranças como o ministro Silvio Costa Filho, os deputados federais Fernando Filho e Augusto Coutinho, o secretário estadual de Turismo e Lazer, Kaio Maniçoba, o presidente do União Brasil de Pernambuco, Miguel Coelho, e mais de 25 prefeitos da região.
Folha de Pernambuco
O livro “A Distância do Sonho”, que conta a história da jornada pessoal e profissional do fundador e CEO da MV, Paulo Magnus, foi lançado, ontem, no Recife. O evento, realizado na sede da MV, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul da capital pernambucana, contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o presidente do Grupo EQM e fundador da Folha de Pernambuco, Eduardo de Queiroz Monteiro.
A biografia, escrita pela jornalista e escritora Silvia Bessa, detalha os caminhos percorridos pelo executivo, os desafios enfrentados, e o lado filantrópico dele, além de histórias sobre gestão, inovação e o papel social das healthtechs no novo cenário da economia da saúde, pautadas pela história da MV.
Leia maisSegundo Paulo Magnus, o livro foi construído com muito esforço e por muitas pessoas. “Acho que quando se reescreve uma história, você acaba vivenciando momentos bastante importantes de cada fase da sua vida, revendo e falando com pessoas. É como se você vivesse de novo aquele movimento”, relatou o CEO.
De acordo com Magnus, a meta é transformar a saúde do Brasil em 100% digital nos próximos 10 anos. “Eu sou um homem realizado. Eu acho que tem que viver intensamente cada fase da vida e ir construindo os caminhos para ter uma vida melhor, e melhor para as pessoas. Quando você junta isso, família, as pessoas, e todo o ambiente, você acaba se realizando naturalmente. E ver essas transformações que a gente faz, é especial”, destacou.
Construção
Silvia Bessa destacou que o processo de construção da obra foi baseado em muita escuta. “Paulo é uma pessoa que tem muitas histórias e histórias sempre muito curiosas e estimulantes. Então foi exigido que eu escutasse muita gente. A gente ouviu mais de 100 pessoas que estão no entorno dele, ou que passaram pela vida dele, além do próprio Paulo, para saber detalhes de negócios, da vida pessoal, da vida dele como filantropo, que é muito vasta”, disse.
Histórias
Paulo Magnus nasceu na cidade de Dom Pedro de Alcântara, no interior do Rio Grande do Sul. Ele perdeu o pai aos 13 anos e construiu a própria carreira, que começou como cortador de cana e vendedor de leite. O CEO migrou para o mercado da saúde a partir de um cargo no setor de faturamento de um hospital.
“O livro tem esse intuito de explorar as histórias de uma vida de 30 anos como empreendedor, e de tantos outros anos enquanto pessoa que saiu de uma vida muito simples do Rio Grande do Sul, uma família humilde e que desde sempre persistiu e dedicou-se ao trabalho”, pontuou Silvia Bessa.
Eduardo de Queiroz Monteiro destacou a trajetória inspiradora do empresário. “A história de Paulo é uma história inspiradora. Um homem que saiu do interior do Rio Grande do Sul, de vila modesta, de família modesta e construiu essa jornada de maneira absolutamente edificante, correta e patriótica. Veio para o Nordeste, se estabeleceu em Pernambuco, falou no livro e disse aqui na sua palestra, que apaixonou-se por Pernambuco, porque veio aqui passar um Carnaval”.
O CEO da Rede Muda Mundo, Fábio Silva, também celebrou o lançamento do livro. “Paulo é um amigo querido, um cara que sempre acreditou em sonhos, empreendeu, se conectou com Pernambuco e daqui de Pernambuco, vindo do sul do Brasil, espalhou tecnologia de saúde para o Brasil e para o mundo, mas o que mais marca Paulo é de fato alguém humano, filantropo, e engajado em causas sociais”.
Também estiveram presentes a gerente de Mercado da Folha, Tânia Campos, representando o diretor Operacional do jornal, José Américo Lopes Góis; a coordenadora de executivos multimídia da empresa, Wilma Mota; os empresários Ricardo Brennand, Dionon Cantarelli e Jorge Petribú; o diretor e fundador da Masterboi, Nelson Bezerra; e a presidente do Conselho de Administração da Unimed Recife, a médica Maria de Lourdes Araújo.
Leia menosVero Notícias
A Agência RXZ Comunicação e Publicidade LTDA protocolou, ontem, no Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), uma denúncia complementar envolvendo o processo licitatório nº 1360.2024.0001, conduzido pela Secretaria de Comunicação (Secom-PE) para contratação de quatro agências de publicidade.
A nova denúncia se soma a uma representação anterior que já resultou em decisão monocrática do conselheiro Eduardo Porto, do TCE-PE, determinando a suspensão dos pagamentos e dos efeitos do contrato da publicidade oficial do Governo de Pernambuco por 60 dias no valor de R$ 1 bilhão, por dez anos.
Na nova denúncia, porém, a RXZ anexou um vídeo gravado durante a sessão pública de apuração das notas. De acordo com a agência, as imagens mostram um “misto de confusão e falta de clareza na atuação da comissão julgadora”, o que inclui alterações nos cálculos das notas já divulgadas aos participantes, além de indícios de troca de informações externas por parte dos julgadores, o que é proibido.
De acordo com o documento, a empresa aponta irregularidades desde a fase preparatória do certame. Entre os pontos destacados, menciona questionamentos formais do Sindicato das Agências de Propaganda de Pernambuco (Sinapro-PE) ainda durante a elaboração do edital, criticando exigências técnicas consideradas restritivas à competitividade.
A denúncia aborda ainda falhas no julgamento técnico das propostas, como a ausência de justificativas individuais das notas atribuídas por cada membro da subcomissão técnica, exigência prevista em lei. Além disso, segundo a RXZ, houve alterações em planilhas de pontuação durante a sessão pública e interrupções não esclarecidas na apuração final.
Para a denunciante, o vídeo anexado reforça indícios de falhas de transparência e controle, que poderiam comprometer a lisura do processo. Com base nos fatos relatados, a agência solicita que o TCE-PE mantenha a suspensão de pagamentos e de todos os efeitos decorrentes do contrato, além de pedir a apuração das responsabilidades e a eventual anulação do julgamento técnico ou da licitação em sua totalidade.
Leia menosA partir da próxima segunda-feira, dou o start de uma maratona pelo Interior para lançamentos do meu livro ‘Os Leões do Norte’, pela editora Eu Escrevo. A obra traz minibiografias de 22 ex-governadores de Pernambuco, de Carlos de Lima Cavalcanti (1930) a Paulo Câmara (2022), antecessor de Raquel Lyra, que não foi incluída por estar no exercício do mandato.
A primeira noite de autógrafos será em Serra Talhada, terra do ex-governador Agamenon Magalhães, um dos mais importantes personagens do livro. Com apoio da prefeita Márcia Conrado (PT), está marcada para a Casa da Cultura, no centro da cidade, a partir das 18 horas. Na terça, será a vez de Flores, às 19h, na Câmara de Vereadores, com apoio do prefeito Gilberto Ribeiro, sucessor do ex-prefeito Marconi Santana.
Já na quarta-feira, o lançamento acontece em Floresta, com apoio da prefeita Rorró Maniçoba, que ficou encantada com o livro. “Você foi muito feliz, Magno, em trazer ao conhecimento de todos nós, principalmente os mais jovens, um pouco da história dos nossos governantes. Este livro é leitura obrigatória nas escolas e vou levá-lo a toda rede municipal de ensino”, disse a gestora.
Em Floresta, a noite de autógrafos está marcada para o centro cultural, a partir das 19 horas. Na quinta, a agenda prossegue por Triunfo, promoção do prefeito Luciano Bonfim, outro entusiasta da obra. “Não estive no lançamento em Recife, mas João Batista (ex-prefeito), me presenteou com um exemplar. Fiquei encantado. Quero que os estudantes de Triunfo possam ter acesso à obra na rede escolar como fonte de pesquisa”, disse Bonfim.
Os agricultores familiares de toda a área de atuação do Banco do Nordeste (BNB) contarão com R$ 10,2 bilhões em crédito para custeio, investimento e fortalecimento da produção no ciclo 2025/2026. Do montante total, R$ 777 milhões serão destinados à Paraíba.
O valor foi divulgado ontem, em Brasília, durante a cerimônia de lançamento do Plano Safra, que contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e do presidente do BNB, Paulo Câmara, entre outras autoridades. Na ocasião, o presidente Lula anunciou R$ 89 bilhões para a agricultura familiar brasileira, um aumento de 17% com relação ao exercício anterior.
Leia mais“Nosso papel é fazer com que as pessoas tenham a oportunidade de alcançar seus objetivos e que mais recursos cheguem a todos”, afirmou Lula.
Para o presidente Paulo Câmara, os recursos disponíveis no BNB para a agricultura familiar estão em sintonia com o investimento recorde do Governo Federal no setor. Em comparação com o último Plano Safra do governo anterior, o de 2025/2026 será 120% maior.
“O Banco do Nordeste tem uma função estratégica na execução do Pronaf em nossa região. Atuamos como principal operador de crédito para a agricultura familiar, acompanhando as diretrizes de inclusão produtiva e desenvolvimento sustentável defendidas pelo presidente Lula”, afirmou o presidente do Banco do Nordeste.
De acordo com dados preliminares do Banco Central, O BNB foi responsável por 94% dos contratos firmados e por 70% do volume financeiro contratado pelo Pronaf na região.
Leia menosPor Tales Faria*
Havia um clima estranho no ar nos salões do Congresso, na quarta-feira (25). Foi o dia em que a Câmara derrubou o projeto com novas alíquotas para o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o Senado referendou o aumento, de 513 para 531, no número de deputados federais.
Era um clima semelhante ao período que antecedeu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016: parlamentares de oposição elétricos, procurando jornalistas, dando entrevistas aos montes.
Leia maisAgora como naquela época, os integrantes do centrão andavam com um certo ar de descompromisso com a situação e um sorriso enigmático no rosto.
Clima semelhante ao do impeachment de Dilma Rousseff? Será que passa pela cabeça do centrão a possibilidade de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um petista como Dilma?
É verdade que a chamada Faria Lima já decidiu: não quer um novo mandato presidencial de Lula. Boa parte da Mídia, também. Mas clima de impeachment?
Como na época da Dilma, naquela quarta-feira quase todos os poucos políticos presentes no Congresso apontavam os erros do governo, dos articuladores políticos do Palácio do Planalto e até da chefia do Poder Executivo. Ou seja, do presidente Lula.
Boa parte da Mídia, também.
E como ocorria em 2016 – e em qualquer outro momento da história do Brasil – o centrão e seus similares continuam mandando no Congresso. Sem, no entanto, se satisfazer, mas conquistando pedaços cada vez maiores de poder no Executivo.
Outra semelhança entre os dois momentos: o presidente do Senado da época da Dilma, Renan Calheiros (MDB-AL), era próximo do governo. Assim como o atual, Davi Alcolumbre (União-AP), aparenta se dar muito bem com Lula.
O MDB de Renan e o União Brasil de Alcolumbre, têm – e tinham – um pé dentro e outro fora da Esplanada dos Ministérios.
Mais. Foi com o presidente da Câmara de então, o deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), que eclodiu o processo formal de impeachment. A relação dele com Dilma era péssima.
E foi o presidente da Câmara de hoje, Hugo Motta (Republicanos-PB), quem surpreendeu e derrotou o governo colocando em votação o mérito do projeto de aumento de alíquotas do IOF.
De fato, há muita semelhança do relacionamento do Congresso com o presidente Lula e com a ex-presidente Dilma Rousseff.
Mas há diferenças gritantes entre os dois momentos que precisam ser levadas em conta. A maior delas é na economia.
O primeiro mandato de Dilma teve redução de impostos e um início de crescimento econômico impulsionado pelo consumo interno.
Mas Dilma assumiu seu segundo mandato, em 2014, em um ambiente conturbado, interna e externamente. Acabou sendo um governo marcado por inflação e estagnação na economia a partir de 2012.
A queda dos preços das commodities no mercado internacional abalou o país, que é baseado na exportação de matérias-primas. No front interno, simples protestos contra um aumento de vinte centavos nas passagens de ônibus em São Paulo se espalharam por outros estados.
A partir daí e até o impeachment, em 2016, o Brasil viveu um período marcado pela grave crise econômica. Em 2015, o Produto Interno Bruto foi negativo, caiu 3,5%. E caiu outros 3,3% em 2016.
Já agora, no governo Lula, o PIB brasileiro cresceu 2,9% em 2023, e 3,4% em 2024.
No ano do impeachment de Dilma, a taxa de desemprego ficou em 12%.
Por conta da recessão nesse período, o desemprego atingiu o auge já no ano seguinte à saída de Dilma. Chegou a 13,7%, o que representava 14,2 milhões de brasileiros desempregados.
Hoje, a taxa de desemprego está em 6,2%. Segundo o IBGE, agora em maio o número de pessoas trabalhando no país bateu novo recorde. Foi para 103,9 milhões, e a renda média do trabalho também é recorde: R$ 3.457 por mês.
Na região Nordeste, a renda média cresceu 20%.
A taxa de inflação, que Dilma recebeu do segundo governo Lula a 5,9%, bateu 10,67% em 2015. Segundo o Banco Central, a inflação estimada para 2025 é de 4,9%. Próxima dos 4,83% de 2024.
O quadro econômico, então, é absolutamente diferente. A política de cerco e aniquilamento contra Dilma deu certo com a ajuda de uma economia em frangalhos e da incapacidade política pessoal da ex-presidente.
A sua antipatia pessoal produziu inimigos figadais não só na oposição e no centrão, mas até mesmo em seu partido, o PT.
Vale lembrar que Eduardo Cunha decidiu abrir o processo de impeachment depois que a bancada do PT votou por sua cassação no Conselho de Ética. Ele havia avisado que abriria o processo contra Dilma se o PT votasse por sua derrubada.
A bancada petista, que já não morria de amores pela então presidente, foi em frente contra Cunha. Jogou lenha na fogueira.
Antes disso, figuras importantes no campo da esquerda já estavam rompidas com Dilma. A então senadora petista Marta Suplicy (SP) era uma delas. Marina Silva foi sua adversária na eleição presidencial após abandonar o ministério de Lula numa briga com a própria Dilma.
Lula, por sua vez, não é apenas um presidente da República petista. É o líder máximo do partido, com influência em todas as siglas da esquerda. Difícil imaginar que o PT lave as mãos em relação a Lula como fez com Dilma.
Diferentemente da ex-presidente, Lula é um líder carismático, que passou a nominar o que seria praticamente uma corrente dentro da política brasileira: o lulismo.
O termo foi cunhado pelo cientista político André Singer e citado como modelo por diversos políticos da América Latina, incluindo o uruguaio José Mujica.
Para Singer, “o lulismo é um modelo de mudança dentro da ordem, até com um reforço da ordem”.
Esse caráter ao mesmo tempo ambíguo e personalista dá a Lula a possibilidade de trafegar por vários setores exercendo seu carisma.
Foi assim que ele fez uma multidão de seguidores aguardarem por cinco anos seu retorno e conquistou votos de setores que não aceitaram o radicalismo ultraconservador dos aliados de seu adversário, Jair Bolsonaro.
Por isso, devem tomar cuidado os que veem semelhanças entre o atual momento de Lula e o governo Dilma Rousseff, se porventura pensem em impeachment.
Afinal, Luiz Inácio não é Dilma Rousseff.
*Jornalista
Leia menosEleição no PT e a assombração de 2026
O PT volta às urnas no próximo domingo (6). Trata-se de uma eleição interna, o PED, Processo de Eleições Diretas, voltado para renovação dos comandos da legenda em nível nacional e nos Estados. Ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, deve ser eleito, substituindo o pernambucano Humberto Costa, que encerra sua missão interina de seis meses, sucedendo a Gleisi Hoffman, que virou ministra.
Mas tanto Edinho quanto seus adversários não escondem preocupações com as derrotas enfrentadas pelo presidente Lula no Congresso e a dificuldade do governo petista para reverter a crise de popularidade. Esses dois fatores acentuaram as preocupações do PT com as eleições de 2026. Nos debates entre os candidatos à presidência do partido, lideranças petistas falaram abertamente sobre o temor de uma eventual derrota na disputa presidencial e sobre o desânimo da militância.
Leia maisO processo de eleição interna do PT evidencia os desafios do partido para melhorar a aprovação do governo Lula. Nos debates com os quatro candidatos ao comando nacional da legenda são frequentes as cobranças sobre a estratégia eleitoral para 2026 e sobre quais serão as bandeiras para tentar reeleger o presidente. São recorrentes também as críticas à política econômica, à articulação política, sobretudo com o Congresso, e à demora para estruturar as candidaturas à Presidência e nos Estados.
Além de Edinho, disputam a presidência do partido o ex-presidente do PT e deputado Rui Falcão; o secretário de Relações Internacionais da sigla, Romênio Pereira; e o dirigente Valter Pomar. Nos cinco debates já realizados pelo PT no País, os postulantes —, que já vivenciaram crises como o mensalão, o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a Operação Lava-Jato e a prisão de Lula —, foram explícitos ao dizer que o atual momento é o mais difícil da história recente da legenda. Além de convergirem na preocupação, outro consenso é que Lula será candidato à reeleição em 2026.
As discussões entre os candidatos têm sido marcadas pela pressão por mudanças nos rumos do governo, especialmente na área econômica, e para que Lula e o PT reajam para reverter a alta desaprovação do governo.
CRÍTICAS DURAS – “Não podemos fechar os olhos para os erros. Defender o governo não é blindá-lo de críticas. É preciso dizer com responsabilidade: ou o governo não é blindá-lo de críticas. É preciso dizer com responsabilidade: ou o governo muda ou o povo muda de governo”, disse Romênio Pereira, em São Paulo, em debate na última sexta-feira. Há pressão também para reforçar o diálogo com os trabalhadores informais, jovens e conservadores, além da necessidade de se reaproximar dos pobres e de melhorar a comunicação nas redes. Outra questão é qual discurso usar em 2026.
Conjuntura gravíssima – Edinho Silva, candidato favorito, representante da corrente majoritária do PT, avalia que a conjuntura enfrentada pelo partido e por Lula é “extremamente grave”. “É a mais difícil para nós, da esquerda, no pós-segunda guerra mundial”, disse, em Porto Alegre, também num debate. “Não vivenciamos mais o presidencialismo. Quando o Congresso executa R$ 52 bilhões de emendas, esse regime não é mais presidencialista”, acrescentou. Com apoio nos bastidores de Lula, Edinho relembrou do enfraquecimento do partido em 2024 e disse que é preciso “disputar as periferias e as novas classes trabalhadoras”.
Risco de derrota – Com críticas semelhantes, Valter Pomar, também postulante à presidência do PT, disse que o partido tem se afastado de suas origens e afirmou que a legenda vive um “momento crítico”. “Corremos o risco de perder as eleições de 2026 ou então ganhar, mas com uma vitória de Pirro, sem condições de fazer governo com o programa vitorioso”, disse, em Porto Alegre, em discurso semelhante ao feito no Rio. “Estamos perdendo crescentemente apoio na classe trabalhadora. Apesar do esforço da militância, o partido não se faz presente na organização e luta cotidianas”, acrescentou.
Falcão fala em inércia – Rui Falcão, por sua vez, reclama da “inércia” do partido para 2026 e ressalta a preocupação com as derrotas no Legislativo. “Estamos emparedados no Congresso, sob um cerco violento. Eles tentam, ao mesmo tempo, criar as condições para a nossa derrota e preparar um candidato supostamente moderado, como se fosse possível um bolsonarista ser moderado”, disse no debate do Rio, em referência ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), possível adversário de Lula.
Botar o time para jogar – Na disputa pelo comando do PT em Pernambuco contra o favorito Carlos Veras, o ex-deputado federal Fernando Ferro tem batido duro também na postura do partido na relação com o PSB. Em debates, chegou a pregar a necessidade urgente de o PT deixar de ser sub-legenda do PSB, como assim definiu. Para ele, o partido tem nomes competitivos para disputar o Governo do Estado em faixa própria, como os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão. O próprio Ferro se mostra disposto a encarar o desafio, desde que o partido tenha consciência de que não pode continuar a ser capacho do PSB. “Time que não joga, não ganha campeonato”, adverte.
CURTAS
CIDADES RUINS 1 – Pernambuco tem dez municípios em condições críticas ao acesso da população às necessidades básicas para o ser humano viver bem, como alimentação adequada, cuidados médicos básicos, água potável, saneamento, moradia e segurança pessoal. É o que avalia o Índice de Progresso Social (IPS) 2025, levantamento sobre a qualidade de vida da população.
CIDADES RUINS 2 – Itamaracá lidera o ranking, com a média 54,55. Em uma situação semelhante está a segunda colocada, São José da Coroa Grande (56,13), no litoral Sul. A nota baixa em Segurança é idêntica, 9,64, e responsável por rebaixar a média geral. Terceiro no ranking com piores índices em acesso às necessidades básicas à população está Casinhas (56,26), no Agreste. Completam a lista Paranatama, Rio Formoso, Araçoiaba, São Vicente Férrer, Carnaubeira da Penha e Jupi.
WOLNEY NO PODCAST – Retomando o podcast Direto de Brasília, hoje, depois da paradinha para os festejos juninos, entrevisto o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, que tem pela frente muitos desafios, especialmente com a instalação da CPI Mista do INSS, cujos trabalhos devem começar no próximo mês, abrindo a agenda do Congresso no segundo semestre. O podcast vai ao ar às 18 horas, em parceria com a Folha de Pernambuco.
Perguntar não ofende: Por que a eleição no PT ainda acontece com cédula no papel?
Leia menosEXCLUSIVO
A gestão da governadora Raquel Lyra (PSD) só avisou nesta segunda-feira (30), véspera de duas reuniões decisivas para o futuro da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), que há pendências na indicação da Assembleia Legislativa (Alepe) para os conselhos participativos das microrregiões de Água e Esgoto I e II, instâncias de deliberação sobre o tema.
O ofício com a informação só foi protocolado na Alepe às 10h30 de hoje, apesar de ter sido assinado há mais de quatro meses, em 21 de fevereiro deste ano. O caso vem sendo interpretado como um sinal de que o Palácio do Campo das Princesas quer tolher a participação dos deputados no processo.
A troca de ofícios entre os dois poderes vinha acontecendo desde o fim de 2024, quando o próprio governo solicitou que a Alepe indicasse cinco dos 11 membros dos conselhos, como previsto em lei. O documento foi assinado pelo secretário-executivo de Saneamento do estado e secretário-geral interino das duas microrregiões de Água e Esgoto, Arthur Paiva Coutinho.
Leia maisEm resposta ao pedido, o Poder Legislativo indicou, em ofícios remetidos em 29 de janeiro de 2025, a deputada Dani Portela (PSOL) e os deputados João Paulo (PT), Sileno Guedes (PSB), Waldemar Borges (PSB) e Wanderson Florêncio (Solidariedade) para compor os colegiados.
Nos meses seguintes, o Governo do Estado se manteve em silêncio. Somente em 30 de abril, sem dar retorno sobre os primeiros ofícios, o representante do governo reiterou o pedido para que a Alepe fizesse as indicações.
Curiosamente, o documento só foi remetido à Casa de Joaquim Nabuco quase duas semanas depois, em 13 de maio, mesmo dia em que ocorreria uma reunião dos conselhos. Por conta do atraso e da falta de aviso em tempo hábil, não houve participação de deputados.
Ciente apenas pela imprensa de que duas reuniões estavam agendadas para esta terça-feira (1º) com o objetivo de deliberar sobre a concessão da Compesa, o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), voltou a remeter os ofícios enviados em janeiro com a indicação dos parlamentares para os conselhos.
Somente hoje o governo encaminhou o documento que estava assinado por Arthur Paiva Coutinho desde 21 de fevereiro. No texto, ele faz menção a um parecer da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) contrário à participação de deputados nos colegiados. No ofício, a gestão estadual sustenta que a Alepe pode fazer indicações de componentes, desde que sejam da sociedade civil.
Na prática, assim como ocorreu em maio, a resposta em cima da hora sobre um parecer existente há mais de quatro meses inviabiliza a participação da Alepe nas reuniões de amanhã, reduzindo a margem para contribuições e contestações dos representantes eleitos pelo povo pernambucano no processo de concessão da Compesa. O caso é mais um exemplo de falta de diálogo do Governo Raquel Lyra em direção aos deputados.
O prefeito de Camaragibe, Diego Cabral, empossou nesta segunda-feira (30), no auditório do Cine Teatro Bianor Mendonça Monteiro, 194 professores aprovados no concurso público realizado em 2024. Os novos docentes passarão por um curso de qualificação no mês de julho e assumirão os cargos nas 29 escolas da rede municipal no segundo semestre deste ano. “Nós demos nossa palavra, assumimos o compromisso e agora estamos nomeando 194 novos professores para nossa rede de ensino”, afirmou o prefeito durante a cerimônia, que teve a presença da vice-prefeita Comandante Débora e de outras autoridades municipais.
Segundo a Secretaria de Educação, os profissionais atuarão no Ensino Fundamental e a qualificação tem início no dia 14 de julho. “Com essas nomeações, Camaragibe entra em uma nova era na educação”, disse o secretário Mauro Silva. Enídea Cordeiro, primeira colocada no concurso, representou os empossados e destacou o compromisso com a qualidade do ensino. Já a professora Édla Silva, moradora do bairro do Timbi, celebrou a possibilidade de trabalhar na cidade: “A expectativa é muito boa. Agora é aguardar a definição da escola e começar o trabalho em sala de aula”.
Por Blog da Folha
A governadora Raquel Lyra (PSD) anunciou, nesta segunda-feira (30), mudanças no secretariado do Governo de Pernambuco. A Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas) terá como titular Daniel Coelho (PSD).
Já o atual presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico (Adepe), André Teixeira Filho (PSD), irá assumir a secretaria de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco (Semobi). As nomeações serão publicadas na edição do Diário Oficial desta terça-feira (1°). Os antigos titulares das pastas seguem em novas funções no Governo do Estado.
Leia maisA Adepe será comandada por Ana Luiza Ferreira. Já a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem) terá Diogo Bezerra como titular. O Instituto de Atenção à Saúde e Bem-estar dos Servidores do Estado de Pernambuco (Iassepe) terá como presidente Wagner Gonçalves Lyra, e Douglas Rodrigues assumirá como secretário-executivo de Atenção à Saúde.
“O Governo de Pernambuco tem realizado entregas nas mais diversas áreas, como resultado do trabalho incansável de um time dedicado e preparado para superar os desafios do nosso Estado. Agradeço o empenho dos nossos secretários e presidentes de órgãos que têm chegado na ponta e mudado a vida do pernambucano e da pernambucana para melhor”, destacou a governadora Raquel Lyra.
O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), André Teixeira, será, a partir de terça-feira (1º), o secretário de Mobilidade e Infraestrutura do estado.
Nome da extrema confiança da governadora Raquel Lyra (PSD), sua missão será a de acelerar as entregas, especialmente as incluídas no PE na Estrada, programa de recuperação e requalificação de rodovias. A pasta também responde, entre outras coisas, pelo Grande Recife Consórcio de Transportes, Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Departamento de Trânsito (Detran), pista de aeroportos
Nos bastidores, comenta-se que o caruaruense, na equipe da governadora desde que ela era prefeita de Caruaru, seria cotado para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. André Teixeira é o vice-presidente do PSD no estado, partido presidido por Raquel Lyra.
Bacharel em Direito pela Associação Caruaruense de Ensino Superior (Asces), tem MBA Internacional em Gestão Empresarial e pós-graduação em Gestão de Negócios. No início da gestão, em 2023, ficou alguns meses como secretário-executivo de Atração de Investimentos do Governo, vinculado à pasta de Desenvolvimento Econômico.
André Teixeira substitui Diogo Bezerra, que será o titular da Condepe/Fidem. Seu posto na Adepe será ocupado pela atual secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha, Ana Luíza Ferreira.
Leia menosO deputado federal Coronel Meira (PL-PE) participou, nesta segunda-feira (30), de audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sobre a aplicação da Lei Orgânica da Polícia Militar, Bombeiro Militar e Polícia Civil. Durante o encontro, o parlamentar destacou proposições de sua autoria que tramitam em Brasília, entre elas o Projeto de Lei 1008/2023, que obriga o emprego mínimo de três militares por viatura, e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 17/2025, que institui o piso salarial nacional para servidores das polícias e bombeiros militares e civis.
“A PEC 17/2025 é fundamental para garantir a valorização dos profissionais da segurança pública no Brasil. O objetivo é criar um piso que assegure dignidade e reconhecimento ao trabalho desses servidores”, explicou Coronel Meira. Ele também defendeu que o reforço no efetivo por viatura é medida essencial para garantir maior segurança às equipes e à população. A audiência integra uma série de ações do grupo de trabalho da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados.
O encontro foi articulado pelo deputado estadual Joel da Harpa, presidente da Comissão de Segurança Pública da Alepe, e contou com a presença dos deputados federais Sargento Gonçalves (PL-RN), Sargento Portugal (Pode-RJ) e Cabo Gilberto (PL-PB).
A prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), fez nesta segunda-feira (30) um balanço das ações do primeiro semestre da gestão. “Mesmo com pouco tempo, muito já foi feito. Estamos dia e noite com bastante dedicação para garantir mais conquistas para a população em todos os bairros”, declarou a prefeita. A apresentação incluiu dados sobre segurança pública, infraestrutura, saúde e nomeações no serviço público.
Na área da segurança, a gestora citou a implantação de 48 câmeras de videomonitoramento no Sítio Histórico e a criação da Patrulha Maria da Penha, que atua 24 horas. “São iniciativas que ajudam na proteção das mulheres e no monitoramento da cidade”, afirmou. No campo das obras, Mirella destacou a pavimentação de nove ruas e a requalificação da orla, que agora conta com três banheiros públicos. “Também seguimos com as construções do Mercado dos Frios, em Peixinhos, e do Parque do Fragoso”, pontuou.
A prefeita ainda anunciou a liberação de R$ 7 milhões do Ministério da Saúde para a ampliação da frota do SAMU e o custeio da UPA de Rio Doce. “Esse recurso vai ajudar a melhorar o atendimento em saúde no município”, disse. Mirella também informou a nomeação de cerca de 500 aprovados em concurso público, incluindo mais de 300 professores e 45 novos guardas municipais. Segundo ela, verbas do PAC serão aplicadas em novas obras de contenção de encostas.