Em Arcoverde, o pré-candidato do Podemos à Prefeitura, Zeca Cavalcanti, recebeu, há pouco, mais uma adesão de um vereador ligado ao prefeito Wellington Maciel (MDB), que desistiu da reeleição: Everaldo Lira, do PP. Ontem, o vereador Luciano Pacheco, eleito pelo MDB e principal aliado de Wellington, fez uma grande festa de adesão a Zeca. O que se diz em Arcoverde é que a próxima adesão será a do próprio Wellington.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, ontem, que teme ser assassinado caso seja preso. Em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’, declarou que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes teria “algo pessoal” contra ele. Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado em 2022.
“Na verdade, eles querem me matar. Querem dar um fim em mim. Coloca na cadeia e é fácil eliminar alguém sem deixar provas. Eu sou um paralelepípedo no sapato deles. Eu não fui para o outro lado”, afirmou. As informações são do portal Poder360.
Ao ser questionado se Moraes exerce papel semelhante ao que o ex-juiz Sérgio Moro teve em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro respondeu que sim. Negou ter cometido crimes e alegou ser alvo de perseguição.
“Eu não devo nada. Não tem crime nenhum da minha parte. Mas comigo parece que é algo pessoal do Alexandre de Moraes. Não consigo entender outra coisa”, disse.
Bolsonaro também voltou a negar envolvimento na tentativa de golpe. Disse que estava fora do país durante os atos do 8 de Janeiro. “Esse processo sobre golpe não deveria existir”, afirmou.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), esteve, ontem, reunido com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para uma conversa sobre o projeto de lei que dá anistia aos presos no 8 de janeiro. Só os dois estiveram presentes na reunião. Bolsonaro confirmou o encontro no podcast ‘Direto de Brasília’, apresentado por este blogueiro, em parceria com a Folha de Pernambuco.
O encontro ocorre em meio à força-tarefa do PL para alcançar as 257 assinaturas do requerimento de urgência para levar o projeto direto para análise do plenário. Hoje há o apoio de 246 deputados, mas aliados de Motta dizem que isso por si só não é garantia de que ele coloque a proposta para votação. As informações são da Folha de São Paulo.
“Desde a campanha, ele fala ‘a maioria dos líderes querendo priorizar uma pauta, nós vamos atender à maioria’. Ele não participa da votação, tanto é que o voto foi pela abstenção. Não precisa lembrá-lo disso aí, ele sabe bem o que está acontecendo. Se a gente conseguir assinatura, ele vai botar em votação, tenho certeza disso”, disse Bolsonaro ao podcast.
O PL decidiu recuar da estratégia de emparedamento após uma semana de obstrução de votações na Câmara, do ato na avenida Paulista, em São Paulo, com discursos mirando o presidente da Casa e da promessa de divulgação dos nomes de indecisos.
A mudança de rota teria ocorrido com o aval de Bolsonaro, que bateu martelo em reunião da oposição na última terça-feira (8). A lista seria uma forma de aumentar a pressão da militância em cima desses parlamentares – algo que desagrada muito os deputados.
Segundo relatos, o ex-presidente e os parlamentares receberam avaliações de que a obstrução da semana passada deixou muitos deputados que poderiam ter assinado o requerimento de urgência contrariados, sobretudo pela paralisação nas comissões. Os presidentes de colegiados também demonstraram muita irritação.
A obstrução consiste no uso de manobras regimentais para impedir ou protelar votações no Congresso. Assim, a leitura é de que é preciso adotar uma estratégia menos ostensiva e mais no varejo. Cada parlamentar tem feito um esforço de buscar deputados de sua bancada estadual que ainda não estão convencidos para pedir apoio.
Para isso, contam também com o apoio dos governadores que estiveram presentes no ato de domingo (6). Bolsonaro, no encontro, elogiou o discurso de Altineu Côrtes (PL-RJ), vice-presidente da Casa, que afirmou no ato que Motta “será pautado pela maioria da Câmara dos Deputados”.
Depois, o parlamentar chamou um a um dos sete governadores no carro de som para perguntar se os seus partidos apoiavam à pauta, ao que todos responderam “sim”.
Em outra frente, o líder do PL, Sóstenes Cavalcanti (RJ), foi ao aeroporto recepcionar os parlamentares que chegavam a Brasília na terça para pedir apoio ao requerimento de urgência. O PL também contratou pessoas para coletarem assinaturas com camisetas com a inscrição “Anistia Já”.
Durante entrevista ao meu podcast, ‘Direto de Brasília’, em parceria com a Folha de Pernambuco, ontem, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou que poderia apoiar a candidatura da governadora Raquel Lyra (PSD) à reeleição, em 2026. “A nossa prioridade é o Senado, mas uma candidatura mais à direita, acredito que apoiaríamos sim”, afirmou.
A corridinha diária de 8 km, hoje, foi em Brasília, na avenida do setor hoteleiro do Lago Norte, alcançando, inclusive, o acesso ao Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.
Daqui a pouco, a convite do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), vou ao seu gabinete participar da homenagem ao ex-vice-presidente Marco Maciel, que terá sua foto incluída na galeria dos vices.
“Eles querem me matar”, afirma Bolsonaro em podcast Direto de Brasília
Por Larissa Rodrigues Repórter do blog
A segunda edição do podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste blog, ontem (9), recebeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em uma hora de programa, Bolsonaro falou sobre diversos assuntos da sua trajetória política, dos processos que enfrenta na Justiça, do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, das eleições de 2026 e até do ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP). Quando a entrevista se encaminhava para o final, Jair Bolsonaro revelou que acredita em um plano para matá-lo.
“Na verdade, eles querem me matar”, respondeu Bolsonaro ao ser questionado por Magno Martins se o objetivo dos processos era prendê-lo. “Botam na cadeia e é fácil eliminar o cara sem deixar provas de nada. Eu sou um paralelepípedo no sapato deles”, acrescentou Bolsonaro. Questionado se teme ser preso, o ex-presidente enfatizou que não teme e que não interessa qual seria a acusação, porque o objetivo é colocá-lo na prisão.
Jair Bolsonaro desferiu diversas críticas contra o ministro Alexandre de Moraes e a condução da investigação dos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. “Ele é vítima nesse processo, é relator, investigador, toma depoimento de relator, ele é tudo. Ele falou que eu posso escapar. Estão condenando pobres coitados a 17 anos de cadeia. A Débora está sendo condenada a 14 anos de cadeia, como golpista. Foram condenados um sorveteiro e um pipoqueiro. Esse processo meu sobre golpe não tinha que existir. Como me vinculam ao 8 de janeiro se eu nem estava aqui?”, declarou o ex-presidente.
Uma das maiores bandeiras bolsonaristas para descredibilizar o processo de investigação do 8 de janeiro e as condenações é justamente o caso da cabeleireira Débora Rodrigues, que pichou com um batom a estátua da Justiça. Mas, ao contrário do que disse Bolsonaro, Débora não foi condenada. O julgamento dela foi suspenso no STF, em 25 de março deste ano, devido a um pedido de vista do ministro Luiz Fux. Logo, ela não foi condenada a 14 anos de prisão e nem recebeu uma multa de R$ 30 milhões, como dizem os bolsonaristas nas redes sociais.
Sobre 2026, o ex-presidente reforçou que continua na disputa, apesar de inelegível, e não quis declarar para quem iria seu apoio, caso não pudesse concorrer. “Qual foi o meu crime? Me reunir com embaixadores? Continuo candidato até os 48 do segundo tempo. Não tem plano B, isso está acertado com o partido”, cravou.
Ainda durante o podcast, ao comentar sobre o cenário político em Alagoas, Bolsonaro disse “gostar muito” de Arthur Lira. “Graças ao Arthur Lira, nós conseguimos, via Parlamento, reduzir os impostos federais dos combustíveis, negociar os precatórios e pagar o Bolsa Família de R$ 600 para o povo pobre do Brasil. Lira foi um grande aliado meu”, enfatizou. A entrevista completa do segundo episódio do podcast Direto de Brasília está disponível nos canais do YouTube deste blog e da Folha de Pernambuco.
Eleições em Pernambuco– Bolsonaro acredita que o PL não tem um nome com chances reais de vencer a disputa pelo cargo de governador de Pernambuco, em 2026. “Eu converso com Gilson (Machado – ex-Turismo), que é o meu ‘xis-tudo’ em Pernambuco. O Gilson sabe que nós temos muito mais interesse no Senado. Acho que não temos nome para ganhar um governo do Estado lá (em PE). É uma realidade. Se pudermos compor com um partido de centro, no meu entender, será bem-vindo”, destacou.
Acordo sobre anistia– Líderes do Senado alinhados a Jair Bolsonaro e ao governo Lula (PT) fizeram uma espécie de pacto sobre o tema da anistia aos réus do 8 de janeiro. Decidiram que o assunto hoje compete à Câmara dos Deputados e que não será discutido até chegar na Casa. A decisão foi costurada com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que não mostra disposição em pautar o tema. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem evitado se comprometer a levar o tema ao plenário. Motta defende penas menores aos envolvidos nos atos golpistas, mas pontua que o projeto de anistia pode piorar a crise institucional com o Judiciário. As informações são de Bela Megale, do jornal O Globo.
Galerias em chamas na Alepe 1 – A maneira como são realizadas as votações em plenário na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), com rapidez, em uma velocidade que não dá chance clara de entendimento a quem não é acostumado com a rotina da Casa, foi fortemente criticada, na tarde de ontem (9), pelas pessoas que estavam nas galerias acompanhando a reunião plenária. Ocorre que o projeto de lei que acabava com as cláusulas de barreira nos editais de concursos públicos da área de segurança em Pernambuco estava pautado. O texto é do deputado Izaías Régis (PSDB). No dia anterior, não houve quórum para analisar a proposta porque os deputados da base governista não compareceram à sessão, alinhados com a governadora Raquel Lyra (PSD). Ontem, num piscar de olhos, o projeto foi rejeitado em segunda discussão e as galerias “pegaram fogo”.
Galerias em chamas na Alepe 2– Quem presidiu a reunião na tarde de ontem, durante a votação do projeto, foi o deputado Diogo Moraes (PSB). Em segundos, como de costume na Casa, ele conduziu a votação, sem que nem a imprensa nem as galerias conseguissem entender com exatidão o que tinha havido. Ao se darem conta de que o projeto das cláusulas de barreira havia sido rejeitado, os presentes nas galerias começaram a protestar. A maioria era de membros das forças de segurança. Gritaram que faltou transparência. Os deputados favoráveis à proposta, de oposição, se manifestaram no microfone, enquanto os demais ficaram sentados. João Paulo (PT), Doriel Barros (PT), Jarbinhas (MDB) e Luciano Duque (SD) foram bastante cobrados e acusados de irem contra os interesses dos trabalhadores.
Júnior Matuto se desculpa– O deputado Júnior Matuto (PSB) foi à tribuna da Alepe, na tarde de ontem, se desculpar pelas palavras de baixo calão que falou no dia anterior na tentativa de exaltar o presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB). “Com muita humildade, venho me desculpar. Tenho uma criação de homem do interior e magoei algumas pessoas, por isso me desculpo”, afirmou.
CURTAS
Rui Falcão– Ex-presidente do PT, o deputado federal Rui Falcão (SP) anunciou, ontem, sua candidatura ao comando do partido, em oposição ao ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, que é o preferido do presidente Lula para o cargo. Falcão conta com apoio de deputados federais para a eleição interna do partido.
Porte de arma– A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou, ontem, o Projeto de Lei 3.272, de 2024, que permite o porte de arma para mulheres com mais de 18 anos sob medida protetiva de urgência. O projeto segue agora para a Comissão de Segurança Pública, em decisão terminativa. As medidas protetivas de urgência, previstas na Lei nº 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, são mecanismos legais destinados a proteger a integridade e a vida de meninas, adolescentes ou mulheres em situação de risco.
Denúncia de Humberto– O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou, ontem, uma notícia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES), por incitação ao crime. A iniciativa ocorre após declarações feitas pelo parlamentar durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, na terça-feira (8), em que defendeu a morte do presidente Lula (PT).
Perguntar não ofende: até quando Bolsonaro vai insistir que será o candidato da direita em 2026?
O projeto de lei que proíbe a inclusão de cláusulas de barreira em concursos da segurança pública foi rejeitado em segunda discussão na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta quarta-feira (9). A votação ocorreu sob protestos de candidatos aprovados em concursos, que lotaram as galerias da Casa para pressionar a aprovação da proposta.
Sem a presença do presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), a sessão foi comandada inicialmente por Diogo Moraes (PSB), líder da oposição. A votação foi simbólica: deputados contrários ao projeto se levantaram, e os favoráveis permaneceram sentados. A rejeição da matéria passou despercebida pelo público presente, até que o deputado Waldemar Borges (PSB) pediu a palavra e alertou que a proposta havia sido derrubada, gerando vaias e forte reação dos manifestantes.
Waldemar solicitou votação nominal, mas o pedido foi negado por Moraes. Ainda assim, parlamentares favoráveis ao projeto formaram fila para declarar seus votos no microfone e foram aplaudidos. Pelo levantamento informal, 11 deputados se manifestaram a favor e 24 contra a proposta, dos 35 presentes.
O momento de maior tensão ocorreu quando o deputado João Paulo (PT) subiu à tribuna durante o grande expediente. Ele foi vaiado e chamado de “covarde” e “comprado” por parte do público. Interrompido diversas vezes, João afirmou que “na democracia, perdemos e ganhamos” e criticou a postura dos manifestantes. A sessão, já presidida de forma extraordinária por William Brigido (Republicanos), quase foi suspensa. Brigido chegou a ameaçar esvaziar o plenário com a presença da segurança da Casa.
O deputado Antônio Moraes (PP), que votou contra o projeto, argumentou que a proposta é inconstitucional. “O concurso já está em andamento. A matéria é inconstitucional e iria gerar um problema gravíssimo”, declarou. Questionado sobre o motivo da aprovação do projeto na Comissão de Constituição e Justiça, ele respondeu: “Passou lá. O que me disseram era que era [inconstitucional], mas a maioria decidiu votar favorável. Era para ter sido rejeitado, infelizmente passou”.
Jair Bolsonaro confirmou ter conversado nesta quarta-feira (09) com o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta. Ele falou durante entrevista exclusiva ao Podcast Direto de Brasília. E o assunto foi a urgência ao PL da Anistia.
Em contagem recente dos aliados do ex-presidente na Casa, o pedido de urgência para votação do PL da Anistia aos envolvidos dos atos do 8 de janeiro contava com 233 assinaturas. São necessárias, no mínimo, 257 para pautar a matéria.
“Ele [Hugo Motta] tem um carinho especial por mim e eu por ele”, disse Bolsonaro. “Desde quando em campanha, ele falou que, a maioria dos líderes querendo priorizar uma pauta, iria atender a maioria. Agora, não precisa lembrar a ele disso aí. Ele sabe muito bem que isso está acontecendo e se a gente conseguir a assinatura, nós vamos colocar em votação isso aí”, completou.
O ex-presidente também voltou a defender sua inocência. “Não sei porque resolveram me colocar no 8 de janeiro. Como, se eu não estava aqui? Você lê o processo todo e não tem uma citação minha por troca de Zap. Então por que eu estou lá?”.
As articulações entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), têm se intensificado com vistas às eleições de 2026. Em entrevista ao Direto de Brasília, meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, Bolsonaro afirmou que deseja Lira ao seu lado em uma chapa majoritária. “O Lira é um grande amigo meu e me dou bem com ele, dado em especial ao que ele fez no Parlamento junto ao governo federal, e nós vamos ouvir o Lira”, declarou.
Arthur Lira articula uma candidatura ao Senado Federal. Tem como principal adversário o senador Renan Calheiros, que já confirmou intenção de disputar a reeleição ao Legislativo Federal e deve contar com o apoio do presidente Lula. Renan Filho comanda, atualmente, o Ministério dos Transportes.
Bolsonaro também confirmou que o foco do PL para 2026 será garantir o maior número de eleitos para o Senado Federal. “Eu recebi uma incumbência do presidente do partido [Valdemar Costa Neto] de dar uma atenção especial para o Senado.”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou, nesta quarta-feira (9), que o ex-ministro do Turismo Gilson Machado será seu candidato ao Senado por Pernambuco nas eleições de 2026. A declaração foi feita durante entrevista ao Direto de Brasília, meu podcast produzido em parceria com a Folha de Pernambuco. “Gilson é a pessoa que está na frente, ele é o nosso senador”, afirmou Bolsonaro, referendando publicamente o nome do aliado. Gilson Machado, que também acumulou o comando interino do Ministério da Cultura durante o governo Bolsonaro, mantém-se próximo ao ex-presidente e vem sendo figura constante em eventos ligados ao bolsonarismo.
O ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista exclusiva ao Podcast Direto de Brasília, nesta quarta-feira (09), na qual afirmou que há um plano para tirá-lo do jogo político e disse temer pela sua vida em uma eventual prisão. “Na verdade, eles querem me matar. Querem dar um fim em mim. Lógico, coloca na cadeia, é fácil eliminar um cara sem deixar provas de nada. Eu sou um paralelepípedo no sapato deles. Eu não fui para o outro lado”.
Indagado se concordava que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tem agido como seu algoz, assim como Sérgio Moro foi o algoz político de Lula, o ex-presidente concordou. “Eu não devo nada. não tem crime nenhum da minha parte. Mas comigo parece que é algo pessoal do Alexandre de Moraes. Não consigo entender outra coisa”, disse taxativamente.
Ele negou que tenha participado de uma tentativa de golpe e lembrou estar fora do Brasil quando eclodiram os atos do 8 de janeiro. Na avaliação de Jair Bolsonaro, a estratégia da Polícia Federal e do STF tem sido a de prender aliados até conseguir confissões que possam resultar na sua prisão.
Se você perdeu a entrevista do ex-presidente Jair Bolsonaro ao meu podcast “Direto de Brasília”, parceria entre o Blog e a Folha de Pernambuco, clique aqui e assista agora. Para assistir, adiante o vídeo até 17 minutos e 49 segundos.
O advogado José Augusto Pinto Quidute, inventariante do espólio do Grupo João Santos, divulgou nota nesta quarta-feira (09) para esclarecer que não foi afastado de suas funções por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo ele, a determinação do ministro Moura Ribeiro apenas reforça um limite já previsto em lei: o de que o inventariante não pode vender bens do grupo, atribuição que, afirma, nunca exerceu nem pretende exercer.
De acordo com Quidute, a venda de ativos e a administração da holding cabem exclusivamente aos gestores eleitos pelos herdeiros que detêm 5/6 da herança de João Pereira dos Santos. O advogado afirma ainda que sua função é apenas transmitir a vontade da maioria dos herdeiros e que sua nomeação, após a destituição do herdeiro Fernando Santos, foi respaldada por decisão unânime do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O inventariante afirma,ainda, que a atual condução do processo sucessório garantiu, pela primeira vez em 16 anos, transparência e equidade na gestão do espólio. Segundo ele, a atuação respeita as regras societárias e de compliance e tem permitido aos herdeiros exercerem seus direitos com mais segurança jurídica.
1. O advogado José Augusto Pinto Quidute, inventariante do Espólio do Grupo João Santos, nomeado pela Justiça com apoio da maioria dos herdeiros, vem esclarecer que não foi afastado da sua condição de inventariante. A decisão do Ministro Moura Ribeiro (STJ) é tão somente no sentido de determinar que, no exercício de suas funções de inventariante, este não pode proceder com a venda de bens do Grupo João Santos, o que ele, José Augusto Quidute, nunca fez nem nunca fará, porque essa prerrogativa não faz parte de suas atribuições;
2. Ou seja, a decisão proferida pelo STJ não afasta o inventariante do cargo, apenas pontua que, no exercício das suas obrigações, não pode ele promover venda de ativos do Grupo Industrial João Santos, o que se traduz como simples limite legal da sua função;
3. Logo, cumpre registrar que o inventariante nunca participou da administração do Grupo Empresarial João Santos, consequentemente não decide ou determina sobre a alienação, a qualquer título, de quaisquer bens ou ativos;
4. Os administradores do Grupo João Santos foram eleitos diretamente pelos herdeiros, através da maioria do capital social da holding, maioria representada por 5/6 da herança de João Pereira dos Santos;
5. Esses administradores, por sua vez, prestam contas a um eleito conselho familiar e aos sócios, conforme estatuto e legislação vigentes, sem qualquer interferência do inventariante na gestão, em decisões administrativas e societárias;
6. Por sua vez, a destituição do herdeiro Fernando Santos (por faltas graves) e consequente nomeação de inventariante dativo se deu por iniciativa dos herdeiros que representam 4/6 da herança e foi efetivada por decisão unânime do TJPE;
7. Todas as decisões de âmbito societário, notadamente a necessidade de venda de ativos do Grupo para saldar compromissos assumidos na Recuperação Judicial, além de respaldadas por decisões judiciais, foram tomadas exclusivamente pela maioria dos cotistas e dos herdeiros, mediante procedimentos societários e regras de compliance criadas para essas finalidades. Assim, não há interferência do inventariante nesse processo, cabendo ao mesmo, unicamente, transmitir a vontade dessa formada maioria para as sociedades que compõem o Grupo João Santos;
9. Por fim, a condução da inventariança na forma posta, garantiu aos herdeiros (5/6 da herança) pela primeira vez, em 16 anos do curso do inventário, transparência, simetria de informações e equidade para que esses herdeiros possam decidir sobre o destino de suas respectivas heranças e desejo de soerguimento do citado Grupo Industrial.