Seguro de Crédito à Exportação pós-embarque é retomado para ampliar inserção das MPMEs no comércio exterior

A inserção no comércio internacional é uma oportunidade de crescimento para qualquer empresa por motivos estratégicos e econômicos, como o acesso a novos mercados e a economias de escala, a possibilidade de aumentar o faturamento e, ainda, de fortalecer a sua competitividade em âmbito mundial. Por isso, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) tem atuado em várias frentes para ampliar o acesso à atividade exportadora para as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs). A mais recente é a volta do Seguro de Crédito à Exportação (SCE) na fase pós-embarque, que havia sido interrompido em 2019.

Disponível a partir de hoje para empresas com exportações anuais máximas até US$ 3 milhões e faturamento anual de até R$ 300 milhões, o SCE pós-embarque é uma das principais formas de garantir a participação das MPMEs no comércio exterior por proteger os exportadores contra riscos comerciais, políticos ou extraordinários. “Com o seguro, as empresas com menor capacidade de suportar riscos inerentes a operações de exportações não serão impactadas em casos de inadimplência, atraso no pagamento, falência da importadora ou até mesmo em vista de guerras, embargos e restrições cambiais no país de destino”, afirmou o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin.

O ministro ressalta, ainda, que a volta da concessão do Seguro de Crédito à Exportação corrige importante falha do mercado para as MPMEs, segmento especialmente carente na obtenção de garantias junto a instituições que financiam a atividade exportadora.  “Para fortalecer a presença das MPMEs no comércio exterior, o SCE pós-embarque anunciado hoje se soma ao SCE pré-embarque lançado no final do ano passado. Essas duas medidas compõem a série de aperfeiçoamentos feitos no seguro de forma a torná-lo mais aderente às necessidades do setor produtivo nacional”, explicou.

Mais facilidade de acesso ao crédito

A modalidade pós-embarque do SCE protege o exportador ou o financiador contra o não-pagamento da exportação, permitindo que o exportador conceda a seus clientes estrangeiros condições de venda mais atrativas, com o pagamento a prazo. Além disso, essa proteção facilita a antecipação dos valores a receber junto a bancos, permitindo que o exportador receba à vista, mesmo oferecendo pagamento a prazo ao importador.

Da mesma forma, a modalidade pré-embarque, o financiador que antecipa os recursos da exportação ao exportador fica protegido contra o risco de não-realização da exportação e, também, contra o risco de não pagamento pelo importador.

Em ambos os casos, o mecanismo apresenta um benefício adicional: promove o acesso a melhores condições de financiamento, já que ele reduz o risco para os bancos que concedem o crédito ao exportador, seja como capital de giro pré-embarque seja como refinanciamento de crédito ao importador na fase de comercialização. No caso do Programa de Financiamento ao Exportador (PROEX), também do governo federal, o SCE é aceito como garantia, nas operações pré e pós-embarque.

Com lastro no Fundo de Garantia à Exportação (FGE), o SCE é operado pela Agência Brasileira de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), sob as diretrizes da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), vinculada ao MDIC. Em 2024, foram aprovadas coberturas no valor de US$ 9,15 milhões em 13 operações e 9 empresas beneficiadas.

Participação no comércio exterior

Segundo a publicação “Exportação e Importação por Porte Fiscal das Empresas”, da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX/MDIC), o Brasil contou com 11.432 microempresas e pequenas empresas exportadoras em 2024, o que representa 40% do total de exportadores de todos os portes.

Contudo, apesar de ser significativo o percentual de participação no que se refere ao número de empresas, as microempresas e pequenas empresas exportaram apenas US$ 2,6 bilhões no último ano, o que representa 0,8% do valor total das vendas externas brasileiras considerando todos os portes.

Em 2024, o destino preferencial foi a América do Sul, para onde 28,3% das microempresas e pequenas empresas exportaram; seguido da América do Norte (24,6%) e Europa (18,7%).

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FolhaPE

Promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a 1ª Semana Nacional da Saúde reuniu, no Recife, especialistas e familiares de pessoas autistas para debater sobre esse tipo de neurodivergência. No Brasil, há cerca de 4 milhões de pessoas com autismo.

O encontro aconteceu na manhã desta quinta-feira (10), no auditório do segundo andar do Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra. Na pauta, os principais pontos sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A primeira mesa foi formada por volta das 10h, com mediação da juíza Ana Cláudia Brandão de Barros Correia, que também é titular da coluna Direito e Saúde, da Folha de Pernambuco.

“A gente debate o tema para poder melhorar, assegurar o direito dessas pessoas e também garantir a ética nesses tratamentos, assim como a evidência científica que vai, sim, proporcionar o tratamento adequado para essas crianças”, explicou Ana Cláudia.

Ela lembrou a importância de debater o assunto junto a vários atores: profissionais do direito, da saúde, gestores públicos e família. “São atores que trabalham com o tratamento e o acolhimento”, afirmou.

Compondo o grupo de debatedores, o neurologista Daniel Azevedo, que é autista suporte nível 1, tratou sobre o ‘Diagnóstico e evidências científicas dos tratamentos de TEA’.  “Como o autismo não tem aparência, o diagnóstico acaba sendo muito complicado e difícil, e a pessoa tem que ficar em observação. Os pontos mais importantes são a comunicação, interação social e padrões”, frisou ele.

As ‘Políticas públicas para o público neurodivergente’ foram pauta do painel, apresentado pelo procurador do Recife Gustavo Andrade e pela secretária Executiva de Regulação Média e Alta Complexidade do Recife, Anna Renata Lemos. ‘Plano terapêutico para o TEA’ foi discutido pela doutora neuropediatra Rafaela Vasconcelos Viana.

Cláudia Monteiro, esposa de Eduardo de Queiroz Monteiro, presidente do Grupo EQM e fundador da Folha de Pernambuco, compareceu ao evento. Avó atípica, ela entende a necessidade de eventos como este, que, acontecendo em todo o Brasil, afirmam a relevância dos olhares do Judiciário para esse público.

“Vejo com grande importância essa iniciativa do CNJ e TJPE da Semana Nacional da Saúde. Trazer o Judiciário para perto da população, promovendo atenção básica à saúde, através de serviços essenciais e palestras esclarecedoras como a condição do TEA é a verdadeira inclusão”, destacou Cláudia Monteiro.

“É de suma importância essa iniciativa de inclusão, por meio dessa parceria do TJPE e do CNJ, em prol da dignidade da pessoa humana. Inclusive do tratamento e de toda a atenção básica à saúde”, argumentou também a advogada Luzia Valois.

2º momento

Quem mediou a segunda mesa debatedora foi a presidente da Associação dos Amigos da Justiça de Pernambuco (AAJUPE), Sandra Paes Barreto. “É um assunto atual, mas que existe há muito tempo e tem pessoas com maior vulnerabilidade que não têm acesso a este tipo de palestra de conhecimento. Então, tem mãe de autista lá do Conselho da Imbiribeira. É de muita valia, porque [as pessoas] terão conhecimentos que podem até tornar um pouco mais leve o tratamento com a criança autista. Eu fico muito feliz em estar fazendo parte dessa história da Semana da Saúde”, explicou Sandra.

Também foi apresentado o tema ‘Tecnologia Assistiva em prol da vida diária das pessoas no espectro do autismo’, com a advogada Cândida Andrade. “O apelo que eu faço é que a Justiça entenda, como já tem entendido, que [o autismo] não é questão de saúde, mas de educação e adaptação dos espaços”, frisou Cândida, durante o discurso.

Outros temas debatidos pela mesa foram ‘Afinal, quem cuida de quem cuida? A jornada de cuidado das mães de crianças neurodivergentes e o adoecimento mental’, com Sâmia Lacerda, da Rede Mira – Mulheres e Identidades Restauradas por Apoio; ‘TEA e Comunicação’, com a fonoaudióloga Adriana Carli; ‘O apoio familiar na rotina do autista’, com a psicóloga clínica Pollyana Pontual. O último assunto foi ’TEA e saúde bucal’, explanado pela dentista Ana Carolina Maia.

A dona de casa Márcia Silva, de 40 anos, é mãe de Israel Elliabe, de 12 anos. Com autismo, a criança não fala e interage com algumas pessoas. Márcia agradeceu ao TJPE a oportunidade de participar de um evento como esse.

“Está sendo gratificante para a gente, porque todos realmente podem entender um pouco da nossa realidade, que não é fácil. Que possa, a partir daqui, abrirem os olhares para saber o que passamos e do que os nossos filhos precisam, que é de terapia, fonoaudiologia, entre outros”, indicou ela, que é integrante da Rede de Mulheres e Identidades Restauradas por Apoio (Mira).

Jaboatão dos Guararapes - UBS Pet Massangana

O município de Serra Talhada foi escolhido como piloto para um projeto inovador de busca ativa de pacientes com Doença de Chagas ainda na fase inicial da enfermidade. A iniciativa será realizada em parceria com a Universidade de Pernambuco (UPE) – campus Serra Talhada, e contará com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde, fortalecendo o compromisso da cidade com a saúde pública e o cuidado preventivo.

“Estou muito feliz com a implantação deste projeto no nosso município. Agradeço, em especial, à Dra. Cristina Carrazzone, por liderar essa importante ação e proporcionar a Serra Talhada a oportunidade de ser referência nacional. Também deixo meu agradecimento ao Ministério da Saúde, por meio do ministro Alexandre Padilha, e ao Dr. Mozart Sales, pelo apoio e incentivo à saúde da nossa população”, afirmou a secretária de Saúde, Lisbeth Rosa.

A proposta tem como foco identificar precocemente casos da Doença de Chagas, ampliando o acesso ao diagnóstico e tratamento antes do avanço da enfermidade. O modelo adotado será espelhado em outros municípios brasileiros, com base na experiência desenvolvida em Serra Talhada, tornando-se referência para todo o país por meio do Ministério da Saúde.

Dulino Sistema de ensino

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin (PSB), discutiu os desdobramentos das tarifas anunciadas pelo governo americano com o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, por videoconferência, hoje. A conversa aconteceu em meio à escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, com Pequim elevando tarifas sobre os produtos americanos a 125%, diz que não irá além disso e chama de ‘piada’ medidas do presidente Donald Trump.

Segundo a assessoria do Mdic, vice-presidente e o ministro chinês trataram de temas como as alterações tarifárias no cenário internacional da economia. “Convergiram na defesa do multilateralismo e do sistema internacional de comércio baseado em regras, com o fortalecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, diz o Ministério. As informações são do portal O Globo.

Além disso, os dois discutiram sobre cooperação econômica e comercial, como a relação comercial bilateral, oportunidades e complementaridades das duas economias. “A China é importante parceiro econômico do Brasil e os dois países mantém diálogo estratégico, com papel de destaque à Cosban, a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, presidida por seus vice-presidentes”, diz nota do Mdic.

Na ocasião, os representantes dos dois governos também discutiram a próxima reunião de ministros de comércio dos BRICS que acontecerá em Brasília no mês de maio. Na quinta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse que ainda é cedo para fazer uma avaliação criteriosa sobre os desdobramentos econômicos das recentes medidas anunciadas pelos Estados Unidos.

“Como as coisas mudam a cada 24 horas, não há uma diretriz clara, e as pessoas estão com muita insegurança com o que está acontecendo com o governo dos EUA. Então não é possível fazer uma avaliação criteriosa, qualquer coisa que eu falar aqui pode ser desmentida amanhã a depender dos desdobramentos”, afirmou o ministro.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

Por Aldo Paes Barreto*

No final dos anos 1950, o gaúcho Plínio Pacheco, então funcionário civil da Aeronáutica e diagramador do Jornal do Commercio, teve duas avassaladoras paixões: uma pela jovem Diva Mendonça, com quem casaria e outra pela encenação pública do Drama da Paixão, realizado na vila de Fazenda Nova, distrito de Brejo da Madre de Deus, território da família de Diva. Naquela época o arruado era apenas casario simples, reduto dos Mendonça. Anualmente, na Sexta-feira Santa, a família se reunia e celebrava a céu aberto a peça sacra, teatralizada e adaptada pelo líder Epaminondas.

Plínio trouxe novas ideias, pensava alto e acreditava tornar aquela encenação mais conhecida na região, trazendo gente de outras cidades para assistir ao drama. Fazenda Nova, apesar do chão pedregoso, duro, da vegetação rasteira, já atraia visitantes, inclusive do Recife, por conta do clima ameno, do frio seco. Luís Dias, então dono do restaurante Leite, construiu um hotel e deu-lhe o nada modesto nome de Grande Hotel Fazenda Nova. Era ali que os mais endinheirados se reuniam para jogar pôquer, conversar amenidades, gozando do clima do lugar.

A teatralização crescia e aparecia. Plínio convidara um grupo de halterofilista para integrar o elenco personificando os centuriões romanos. Os rapazes recifenses, entre eles José Pimentel, aderiram. Divertiam-se e namoravam as Marias do lugar.  Nos primeiros anos, uma tragédia quase afastava o grupo. Um deles, da família Porto Carrero, morreu em desastre na precária estrada que ligava Caruaru à Fazenda Nova. Foi Pimentel quem convenceu o grupo a continuar até como homenagem ao colega falecido.

A morte do jovem também serviria para o governo estadual construir o calçamento da estrada. Fazenda Nova atraia as atenções. Quando Plínio idealizou construir a Nova Jerusalém no meio do nada, uma cidade-teatro, cercada por muralhas, torres, e tudo o que na sua imaginação fazia lembrar a cidade original, Pimentel foi indispensável. Integrou-se cada vez mais ao projeto. Figurante, ator, entendia de eletricidade, de efeitos especiais, sonorização.

Na edição de 1978, ele chegou ao personagem principal. Jesus Cristo. Pela primeira vez iria encerar o espetáculo vivendo a comovente cena do crucificado na ascensão.  Vestiu o manto branco, subiu à plataforma de madeira que o elevaria do chão, através de roldanas e cabos de aço. Lentamente, o personagem Jesus Cristo ia sendo iluminado, enquanto tênue fumaça se espalhava, transmitindo a imagem da elevação. O manto criava vida tremulando sob os ventos suaves da vila, parecendo que Cristo pairava no ar. Aquela cena era memorável e, naquele ano, esteve perto da perfeição.

Nos primeiros minutos da elevação aconteceu o imprevisto: Pimentel, meu parceiro no jornalismo e colega de infortúnio, também deslocava o ombro. Era como um prego enferrujado enfiado no ombro. A dor insuportável. Pimentel sentiu o ombro fora do lugar e a dor incontida. Com os braços e o corpo atados à cruz, estava imobilizado. Olhou para o ombro e podia-se ver sua fisionomia sofrida como na tortura do calvário.

Ao suspirar profundamente sentiu que o ombro voltava ao lugar. A dor fora embora e ele sentiu uma paz imensa, o corpo repousado, um bem-estar como nunca havia sentido. Do alto, já no ponto extremo da elevação teatral, ele podia ver toda a plateia, o cenário, os muros, as torres. Estava no seu mundo. O teatro. Lembrou a cena inicial- o Sermão da Montanha – e pensou nas lições não aprendidas: “Bem-aventurados os sedentos de Justiça, porque eles serão saciados”.

*Jornalista

Ipojuca - IPTU 2025

O diretor da Rosatom América Latina, Ivan Dybov, destacou, durante evento recente, realizado em Salvador (BA), as novas tecnologias no campo dos Reatores Modulares de Pequeno Porte (SMRs) que podem resolver o problema de déficit de energia em regiões isoladas – como na Amazônia, por exemplo. Dybov participou de um dos principais encontros de negócios no Brasil – o International Brazil Energy Meeting iBEM 2025.

O evento reuniu cerca de 3.000 participantes de 26 países, que discutiram questões-chave de fornecimento de energia, desenvolvimento sustentável e implementação de tecnologias inovadoras. Segundo o representante da Rosatom (gigante nuclear russa) os SMR são uma das maiores promessas do setor nuclear. “Consistem em soluções voltadas para o fornecimento ininterrupto de energia limpa para territórios remotos. A tecnologia está pronta para satisfazer a crescente demanda por energia confiável em áreas críticas, como data centers, onde a estabilidade e a segurança são vitais’’, enfatizou o diretor.

Caruaru - São João na Roça

Folha de Pernambuco

Por definição do próprio autor “O amor entre duas pessoas, que faz com que a gente se sinta bem, feliz e realizado” dá significado a uma “Flor do Bem” – nome do single assinado pelo poeta e cantador Paulo Matricó, artista de Tabira, Sertão pernambucano.

Ele lança, amanhã, nas plataformas digitais os versos musicados que celebram o amor em forma de canção, e reforçam o que o próprio autor entende como a arte do encontro: “‘Flor do Bem’ é isso, o bem que alguém faz para alguém”.

A música, um xote romântico, dá start ao décimo disco de carreira de Matricó, com previsão de lançamento neste 2025. A canção será apresentada, também, com um videoclipe no “Encontro de Gerações do Sertão do Pajeú”, em Olinda, no Alma, Arte e Café. Por lá passam ainda, como convidados, Tonfil, Ednardo Dali & Miguel Marinho. Confira abaixo em primeira mão:

Trajetória

Da terra da poesia e do repente, Paulo Matricó é veterano na arte de contar (e cantar) o amor e outras temáticas, cuja convivência com nomes como Louro do Pajeú e o próprio pai, Albino Monteiro, poeta e repentista, o fez enveredar pela arte da música.

Inclusive ele esteve à frente do Grupo Matricó, como fundador, na década de 1980 e, posteriormente, seguiu em trabalhos solo e assim permanece até os dias atuais.

Em sua discografia soma dez CDs, uma mescla que traz, além do xote, baião e toadas. Turnês palcos afora, incluindo cidades europeias, também contam sobre sua trajetória como artista. E em se tratando de parcerias, nomes como Xangai e Amelinha integram sua narrativa.

Poesia e cordel

Para além dos palcos musicais Paulo Matricó também é autor do livro “Lua Alegria” e do cordel operístico de mesmo nome, este confeccionado sob fomento do Funcultura.

“Dois Versos – Ser Tão Louco” é outra literatura poética assinada por ele, com predominância de influências que vêm de Luiz Gonzaga, João do Vale e Zé Marcolino, entre outros.

Depois de passar com o lançamento de “Flor do Bem” em Olinda, Matricó desembarca em Caruaru, no Agreste, para shows nos próximos dias 16 e 17, onde segue com a cantoria sobre “Um xote romântico brindando a chegada de um grande amor, anunciado por um misterioso beija-flor” – enunciado exposto em seu Instagram.

SERVIÇO

Lançamento do single “A Flor do Bem”, de Paulo Matricó

Com participações de Tonfil, Ednardo Dali & Miguel Marinho

Quando: Sábado (12), a partir das 17h

Onde: Alma, Arte e Café – Ladeira da Misericórdia, 106, Carmo, Olinda

Couvert: R$ 30

Informações: @almaartecafe // @paulomatrico

Camaragibe Cidade do Trabalho

Na manhã de hoje, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou mal, durante uma viagem pelo Rio Grande do Norte, parte da agenda de fortalecimento do Partido Liberal (PL) no Nordeste. Bolsonaro iniciou a jornada com visitas previstas a três cidades do interior potiguar. No entanto, durante o trajeto para a cidade de Tangará, ele apresentou um quadro de indisposição. Segundo pessoas próximas, o ex-presidente já vinha enfrentando episódios de obstrução intestinal nos últimos dias.

O ex-ministro do Turismo e da Cultura no governo Bolsonaro, Gilson Machado (PL), fiel aliado do ex-presidente, tranquilizou os apoiadores em declaração pública, explicando que a situação está sob controle. “Eu quero tranquilizar a todos. O presidente está indo para Natal por precaução. Infelizmente, ele foi vítima de um atentado que mudou a vida dele, e isso deixou sequelas. Hoje, às 5 da manhã, ele passou mal no quarto”, relatou.

De acordo com Gilson, os médicos que acompanham Bolsonaro identificaram um quadro de gases e inchaço abdominal. Com o uso da medicação prescrita, o ex-presidente se sentiu melhor e decidiu prosseguir com a agenda. No entanto, após o primeiro compromisso público em Santa Cruz, ele voltou a sentir-se mal, o que levou a comitiva a procurar atendimento médico imediato. “Fomos direto para a unidade de saúde. A equipe médica fez um trabalho excepcional ao estabilizar a pressão dele, que estava alta devido à dor”, afirmou Gilson. Como medida preventiva, Bolsonaro está sendo transferido de helicóptero para Natal, onde passará por avaliação mais detalhada.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

Conhecido como o ‘Rei do Forró’, artista com mais de 40 anos de carreira, Alcymar Monteiro é o convidado do programa Sextou de hoje. Em um bate papo inédito, o cantor e compositor cearense traz detalhes do seu novo projeto, que conta com canções emocionantes, como a canção ‘O tempo é quem faz todos iguais’. Uma música que fala sobre amor e perdão.

Já na pegada do São João, Alcymar lançou, juntamente com o músico Chambinho do Acordeão, a música ‘O São João de Outrora’, relembrando as festas juninas de antigamente. Ainda passeando pelo forró raiz, uma belíssima canção com o também cantor e compositor Flávio José, a ‘Mundança’.

O Sextou vai ao ar hoje, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir o Sextou pela internet, clique no link do Frente a Frente no alto da página deste blog ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

Toritama - Prefeitura que faz

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou mal, hoje, e foi levado para um hospital de Santa Cruz, na Região Trairi. A informação foi confirmada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL), que afirmou que o pai deverá ser levado para um hospital em Natal, capital do Rio Grande do Norte.

Bolsonaro foi atendido em um hospital de Santa Cruz, na região Agreste potiguar, e será transferido no helicóptero da Secretaria de Segurança Pública do RN para o Hospital Rio Grande, Natal, segundo confirmou a Polícia Militar. “Não estou com ele, mas passou mal sim, com dores na barriga. Está sendo medicado e vai ser levado pra um hospital em Natal”, disse.

Bolsonaro está acompanhado do senador Rogério Marinho. O parlamentar estava acompanhando o ex-presidente em uma viagem dele ao Rio Grande do Norte. Na rede social X (antigo Twitter), Rogério Marinho publicou um vídeo em que mostra Bolsonaro em uma parada com apoiadores na cidade de Bom Jesus. As informações são do blog da Andréia Sadi.

Palmares - Pavimentação Zona Rural

Mesmo após mudar de partido e nomear mais de 50 aliados políticos em cargos comissionados no Governo de Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSD) não vem conseguindo reverter o cenário desfavorável à sua reeleição. Pesquisa Real Time Big Data, divulgada ontem, mostra que a aprovação da gestora caiu em relação a levantamento feito pelo mesmo instituto em janeiro, enquanto a do prefeito do Recife, João Campos (PSB), seu virtual adversário em 2026, segue em alta.

Atualmente, Raquel tem desaprovação de 49%, índice maior que a aprovação de 46%. Não sabem ou não responderam, 5%. Em janeiro, essas duas avaliações estavam empatadas em 49%, e o índice dos que não souberam ou não responderam era de 2%. Significa que, no início do terceiro ano de seu governo, a ex-tucana vem perdendo a aderência do eleitorado. Já João Campos aparece com 77% de aprovação na Prefeitura do Recife em abril, no quarto mês de sua segunda gestão. Esse critério não foi avaliado na pesquisa de janeiro, mas é similar aos votos válidos obtidos pelo prefeito reeleito em 2024.

A manutenção do cenário desfavorável a Raquel quatro meses após o levantamento anterior mostra que não surtiram efeito movimentações recentes da governadora, que desde janeiro vem nomeando ex-prefeitos e ex-vereadores para reforçar suas articulações políticas e, em 10 de março, trocou o PSDB pelo PSD. Na corrida ao Governo de Pernambuco, ela aparece com 22% das intenções de voto. João Campos, por outro lado, seria eleito em primeiro turno, com 67% da preferência do eleitorado. Gilson Machado Filho (PL) pontuou 5%. Nulos e brancos somaram 2%, e não souberam ou não responderam, 4%.

O levantamento ouviu 1.500 pessoas entre os dias 8 e 9 de abril. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A margem de confiança da pesquisa chega a 95%.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Jair Bolsonaro entrou em campo para articular o PL da Anistia aos envolvidos dos atos do 8 de janeiro. Na última quarta-feira (9) ele conversou longamente com o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta, sobre o tema, com confirmou em entrevista exclusiva ao podcast “Direto de Brasília”, do Blog do Magno, em parceria com a Folha de Pernambuco. Para emplacar a urgência da matéria são necessários 257. Nas contas do ex-presidente, o bloco que o apoia na Casa já supera os 230 apoiamentos.

“Ele [Hugo Motta] tem um carinho especial por mim e eu por ele”, disse. “Desde quando em campanha, ele falou que, a maioria dos líderes, querendo priorizar uma pauta, iria atender […] isso está acontecendo”, disse.  A aprovação da matéria beneficia o ex-presidente que é acusado criminalmente por tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano ao patrimônio da União e deterioração de bens públicos.

Enquanto tenta afastar o risco de prisão, que ele afirma ser um perigo a sua vida, Bolsonaro olha para 2026. Ao podcast “Direto de Brasília” repetiu mais de uma vez que é candidato, acompanha a construção de chapas majoritárias nos estados e quer ter o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, como aliado de palanque.

– O senhor adotou a tática de que a melhor defesa é o ataque em relação a sua salvação [política]?

Eu tenho falado mais com a imprensa, algumas ditas de esquerda e eles me atacam da maneira como bem entender e eu parto para a defesa e eles para o ataque. Afinal nada devo. O que fazem comigo ao longo de anos não é diferente de agora. Os caras querem minha condenação há muito tempo. Não acham nada e não vai ser num plano mirabolante desse de golpe que vão me punir, a não ser na base da arbitrariedade. Até porque não têm prova de nada porque não houve nada.

– O senhor está se sentindo crucificado?

Não é de hoje. Eu comecei a apanhar muito da imprensa em 2010 quando descobri um decreto do Lula que tinha a ver com Direitos Humanos chamado PNH3, onde tinha 180 itens que destruíam a família brasileira. Entre eles a desconstrução da normatividade e outras coisas. Ali comecei a apanhar e comecei a ser rotulado de homofóbico. Eu não sou homofóbico. Eu não quero que crianças de 6 ou 8 anos de idade aprendam certas coisas na escola. Quem tem seu costume que vá ser feliz e quem acredita em Deus tenha seu comportamento que acha que tem que ter aqui na terra. Fui muito atacado também, chamado de misógino. Quando fui ser candidato a presidente da República outras coisas apareceram, fui chamado de racista, que não gosto de nordestino. Tem que ter muito cuidado com as piadas hoje em dia porque tudo gira em processo. Está chato viver no Brasil. Você não pode contar uma piada mais.

– O senhor passou por esse processo agora no Supremo, por unanimidade virou réu. O senhor tem alguma expectativa de virar este jogo? Tem alguma prova contra o senhor?

Se eu devesse alguma coisa não estaria aqui. No final de 2022 eu fui para os Estados Unidos, podia ter me radicado lá, mas resolvi três meses depois voltar para cá. Não podem me acusar de golpistas do nada. Então como que tudo começou? Eu sempre defendi o voto impresso, desde 2012. Em 2015 eu aprovei uma emenda a um projeto de lei criando o voto impresso junto à urna eletrônica. O relator era o deputado Rodrigo Maia que depois veio a ser presidente da Câmara. A senhora Dilma Rousseff vetou e nós derrubamos o veto. Eu fui ao TSE e eles estavam preparando já as eleições com o voto impresso em 2018 quando eu ia concorrer e foi quando o Supremo Tribunal Federal por 8 x 3 disse que era inconstitucional. Não tem cabimento. E daí eu ganhei a eleição. Realmente foi complicada minha eleição, levei uma facada, tinha um discurso voltado para a verdade, me elegi e fiz um ministério nunca visto no Brasil. Um ministério técnico sem dedo de políticos, bem como quem estava na frente de estatais e bancos. Foi isso o que nos deu musculatura para enfrentarmos a pandemia que foi algo terrível. O Supremo Tribunal Federal tirou das minhas mãos a condução da pandemia e disse que cada governador ou prefeito poderia conduzir. E eu fui o grande gestor no tocante a enviar recursos. Apesar da pandemia nenhum prefeito do Nordeste atrasou pagamento de folha porque eu repassava na época a mais os recursos. Foi quando veio a política de fique em casa. Quem tem um salário, quem é um servidor público civil ou militar, pode até ficar em casa sem problema. Agora tínhamos 38 milhões de pessoas que viviam da informalidade. Então nós criamos o auxilio emergencial de R$ 600 reais. Tanto é verdade que o povo ficando em casa vocês não viram nenhum caso de saque ao supermercado. E o Brasil gastou muito dinheiro com isso. Eram R$ 50 bilhões por mês. Ao término do programa voltou-se o Bolsa Família que era em média R$ 190 reais. Então passamos o Bolsa Família para R$ 600 com responsabilidade fiscal, ou seja, fizemos um acerto junto a Câmara, uma equipe econômica fantástica que eu tinha conduzida pelo Paulo Guedes e implementamos isso aí.

Mais ainda, com o advento da guerra Rússia e Ucrânia o preço dos combustíveis começou a explodir. Nós zeramos os impostos federais do diesel, do etanol, da gasolina, do gás de cozinha, o IPI de 4 mil produtos pelo Brasil. Muita coisa nós importávamos e acharam que eu não devia zerar. Eu zerei o imposto das placas fotovoltaicas para geração de energia solar, pneus de caminhões, jet-ski, veleiros. O pessoal reclamou, mas o jet-ski e o veleiro quem toma conta dele pelo menos dez meses por ano é uma pessoa humilde que trabalha na marina. Então com essa redução da carga tributária nós tivemos três meses de deflação.

– Se o senhor tiver que optar entre uma anistia para o senhor ou para os presos do 8 de janeiro qual seria sua escolha?

O projeto da anistia não é de hoje. Tem aproximadamente oito meses e quando foi rascunhado e apresentado alguns queriam que eu colocasse lá anistia quanto a minha inelegibilidade. Eu disse não, é só para o pessoal de 8 de janeiro. Só que agora não sei porque resolveram me colocar no 8 de janeiro. Um dos tipos penais que eu estou respondendo é por dano do patrimônio. Mas como se eu estava nos Estados Unidos? Você lê o processo todo e não tem uma citação minha por troca de ‘zap’. Por que eu estou lá? Agora a anistia está indo, estamos próximo de conseguir as assinaturas e eu estava trabalhando até agora. A anistia que estamos pedindo agora não tem nenhum crime. Não teve nenhuma pessoa ferida, nenhum tiro, nenhuma arma foi apreendida. Falar que aquilo é golpe de Estado… Vamos supor que o pessoal do 8 de janeiro continuasse dentro dos prédios. No dia seguinte quem seria o presidente da República? A irmã Hilda? Quem seria o presidente da Câmara? O pipoqueiro que foi condenado? O do Senado? O sorveteiro? Quando se planeja um golpe tem que ter um líder e não acharam. Quem colaborou com dinheiro era para comer uma carne na frente do quartel.

– Por que o senhor não mandou emissários ou foi pessoalmente avisar às pessoas que estavam na porta dos quartéis que entregaria o poder ao presidente Lula?

Em algum momento você viu eu convocar o pessoal para participar de algum movimento desde o segundo turno? Não. Foi um movimento voluntário para a região dos quarteis. Quando sai do Brasil dia 30 de dezembro os acampamentos rapidamente se acabaram. Ficou um pouco mais o de Brasília. Na quarta-feira tinha 300 pessoas, na quinta tinha 200. Quem convocou [para a Esplanada]? Quem convocou estava mal intencionado. Acabou chegando vários ônibus aqui, a Abin [Agência Brasileira de Inteligência] mandou mais de 30 mensagens para o general G. Dias, chefe do GSI, dizendo que poderíamos ter risco de movimentos violentos em Brasília e não tomaram nenhuma providência. Inclusive a facilidade com quem entraram nos prédios, o Lula tem um vídeo dele falando que quer saber quem facilitou a entrada na Presidência porque a porta não foi arrombada. Quando a gente vai atrás das imagens, que o Ministério da Justiça é responsável por filmar toda a Esplanada, são quase 200 câmeras, o Flávio Dino entregou apenas quatro câmeras. Depois chegam imagens solteiras, perdidas e você vê um ou dois caras quebrando coisas lá dentro. Então foi ao meu ver uma armadilha. O golpe deles para tentar me incriminar só não foi perfeito porque eu não estava no Brasil. Se eu estivesse no Brasil, naquele domingo à noite ou na madrugada a segunda-feira eu seria arrancado de casa e estaria preso até hoje.

– A Paraíba tem um cenário interessante. O PL mudou de comando, assumiu o seu ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, que disputou a prefeitura de João Pessoa. Para 2026, qual seu olhar? Qual deve ser o foco do PL e da direita? Eleger governadores ou fortalecer a representação no Congresso Nacional?

Eu recebi uma incumbência do presidente do partido [Valdemar Costa Neto] de dar uma atenção especial para o Senado. Na Paraíba é o Pastor Sérgio o nosso candidato, para governo está pré-acertado Queiroga, o Welligton Roberto continua no partido, mas perdeu a executiva estadual, gosto muito dele e acredito que ele dispute a reeleição. Nós temos a esperança de fazer um senador, que seria uma grande coisa porque o Nordeste é mais voltado para a esquerda. Em Pernambuco nós temos o Gilson [Machado] como nosso pré-candidato ao Senado e estamos negociando quem seria o candidato ao governo. E assim, tentando um nome por estado. Dois é impossível, não vamos chegar. Acredito que com outros partidos aliados a nós, em nove estados, com 18 vagas, pretendemos fazer pelo menos oito aliados a centro-direita.

Tem uns polos no Nordeste de progresso e de desenvolvimento, a gente reconhece isso aí. Agora o Nordeste, porque o povo é o mais pobre das cinco regiões? A esquerda está há mais de 20 anos no Nordeste então há um fluxo migratório muito grande para o Sudeste. Por que? Você pega o melhor estado do Brasil, me desculpe, é Santa Catarina. O PT nunca passou por lá. Então os estados que têm uma economia mais pujante são estados o governo está afastado da esquerda. Não deu certo em lugar nenhum do Brasil. Não tem como dar certo isso aí.

Eu diminuí a carga tributária. O Lula com o Haddad está taxando tudo. Virá a partir do ano que vem as consequências da reforma tributária. Os impostos estão aumentando, os impostos de serviço, o imposto do pecado que foi criado

– Quer dizer que o governo de Lula é um governo perverso?

Na parte da economia, o próprio Haddad falou que não sabe nada de economia, estudou dois meses e colou para passar na prova. Dá para comparar o Haddad com o Paulo Guedes? Não dá. Nós transformamos na área governamental o Brasil no país mais digital do mundo. Nós criamos o Pix. O governo Lula quando viu que o Pix movimenta por dia em torno de R$ 50 bilhões o que devem ter pensado, se é que o petista pensa, se botar metade do que era CPMF, mais ou menos 0,2%, por ano são R$ 72 bilhões.

– A minuta encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres estava circulando há muito tempo. O senhor vê algum valor jurídico nesta minuta? Ela pode servir como prova? Até que ponto a PF deixou de investigar mais a fundo esta minuta para descobrir quem foi o autor e quem colocou no Google a minuta?

Eu tive acesso a minuta e conhecimento que rodava há algum tempo. O primeiro parágrafo falava em intervenção no Tribunal Superior Eleitoral. Os demais eram cópias de dispositivos constitucionais. Ninguém vai dar golpe usando dispositivos constitucionais. E quando se fala em estado de defesa a primeira medida para implantar um estado de defesa é convocar os conselhos da Defesa e da República e isso não foi feito. Nenhuma medida preparatória para um possível golpe houve. A Dilma [Rousseff] cogitou o estado de defesa em 2016. Então você se socorrer de um dispositivo constitucional, nenhum problema nisso. E deixaram o Anderson [Torres] preso por vários meses por conta disso. O objetivo das prisões é tirar uma delação premiada que interesse à Polícia Federal. O próprio [Mauro] Cid quando ele assinou a delação premiada no dia seguinte foi posto em liberdade.

Tem jurisprudência no Supremo, palavra do próprio ministro Gilmar Mendes, que é imoral qualquer delação premiada conseguida de pessoas que estão cumprindo prisão. Então não tem razão nenhuma de se acusar ninguém com essa minuta. 

Os caras foram para cima de umas 40 pessoas do meu lado e vasculharam a vida deles e qualquer historinha que estão achando passa a ser verdade para eles.

– Eu li esta semana uma entrevista do Alexandre de Moraes a uma revista americana e ele diz que o senhor não escapa da ilegibilidade, não recupera seus direitos políticos. Mas em relação ao crime de tentativa de golpe, ele disse que o senhor poderia escapar, mas só recupera seus direitos em 2030?

Ele é vítima deste processo, ele é relator, ele é investigador, ele toma depoimento de delator, ele é tudo. E continua sendo um suspeito. Eu vi essa entrevista. Ora, estão condenando pobres coitados a 17 anos de cadeia. Quinta passada foram condenados um sorveteiro e um pipoqueiro por golpe de estado armado. Lembra do ‘porcorn’ que eu falei em São Paulo? Eu falei que no Brasil pipoqueiro e sorveteiro estão sendo condenados por golpe de estado armado. É um absurdo isso. Não tem cabimento. Esse processo meu sobre golpe não deveria existir.  Como me vinculam ao 8 de janeiro se eu nem estava aqui? 

– Isso tudo não é no sentido de levar o senhor à prisão? Eles querem prender o senhor?

Na verdade, eles querem me matar. Querem um fim em mim. Lógico, coloca na cadeia é fácil eliminar um cara sem deixar provas de nada. Eu sou um paralelepípedo no sapato deles. Eu não fui para o outro lado.

– O senhor teme ser preso?

Ninguém quer ser preso, mas isso pode acontecer. Qual a acusação? Não interessa.

– No que diz respeito as eleições para governador aqui em Pernambuco em 2026 o senhor considera mais viável o PL lançar candidatura própria ou compor com outro partido? E no caso de compor com outro partido a governadora Raquel Lyra seria um bom nome?

Eu converso com o Gilson [Machado] e temos muito mais interesse no Senado. Eu acho que não temos nome para ganhar o governo do estado lá. Não é entregar os pontos, mas se puder compor com um partido de centro será bem-vindo e não vamos lançar a outra vaga para o Senado, vamos deixar para compor também. Essa negociação eu deixo mais a cargo da liderança local.

– O senhor acha que em Pernambuco, um estado radicalizado daquele, os seus eleitores ficaram com Raquel?

Acho que sim. Não tinha alternativa, ela é um pouco mais a direita, então vai compondo. Eu digo que na política tem que jogar com paciência e estratégia. Se a gente puder dar um grande avanço para o Senado, você imagina que a direita faça 40 nomes com mais os que têm lá dentro. A gente toma conta do Brasil. 

– Atualmente o senhor está inelegível até 2030. Por conta disso já tem sido ventilado algum ou alguns nomes para se colocar ao público mais conservador em 2026 e se o senhor pensa em alguma liderança do Nordeste?

Eu vou estar agora no Rio Grande do Norte, ficar integralmente com o senador Rogério Marinho andando integralmente pelo Nordeste. Uma viagem de mais de 700 quilômetros andando pelos municípios. Nós costumamos fazer vídeos desses eventos e jogar nas redes. O tratamento que me dão no Nordeste é excepcional. A questão de política, eu tenho namorado no Nordeste um candidato do Nordeste para ser meu vice. É um senador. Agora você fala que eu estou inelegível. Inelegível por quê? Qual foi meu crime? Reunir com embaixadores? A Dilma foi cassada, fizeram um acordo no Congresso e ela continua elegível, tanto é que ela disputou. A mesma coisa o Lula, tiraram ele da cadeia e anularam as condenações dele. Qual o meu crime? Reunir com embaixadores? Não é uma perseguição? É o ativismo judicial para tirar um politico da cena eleitoral como tiraram a Marine Le Pen, como queriam tirar o Trump. Estão fazendo a mesma coisa comigo. Então continuo candidato até os 48 do segundo tempo. Eu sou candidato para presidente da República. Não tem plano B. O plano B sou eu mesmo e isso está acertado com o partido. E vamos jogar o jogo.

– O prefeito de Maceió, JHC, é do PL e assinou a ficha de filiação ao lado de Bolsonaro. Neste momento é cotado para ser candidato ao governador, mas deve migrar do PL para um partido da base aliada de Lula. O que o senhor acha dessa estratégia e quais serão os candidatos majoritários em Alagoas?

Alagoas é um estado complicado para a gente. O JHC é do PL e ninguém pode negar que está sendo um bom prefeito. A gente gostaria que ele ficasse conosco, mas se ele migrar a gente vê o que faz aí. Eu gosto muito de uma pessoa aí em Alagoas. Não vou negar, foi um grande aliado meu dentro da Câmara, que é o Arthur lira. Graças ao Arthur Lira nós conseguimos via parlamento reduzir os impostos federais dos combustíveis. Graças ao Arthur Lira conseguimos negociar os precatórios e pagar o Bolsa Família de R$ 600 para o povo pobre de todo o Brasil. Então o Lira foi um grande aliado meu. Lógico que quem passa pela presidência da Câmara sofre ataques. Mas o saldo meu com o Lira é excepcional e favorável para o Lira. O Lira é um grande amigo meu, me dou bem com ele, dado em especial o que ele fez no parlamento junto ao governo federal, e eu vou ouvir o Lira sobre o que vai acontecer em Alagoas. Nós sabemos da força da família do Renan [Calheiros] que deve ir para eleição. O Lira tem falado que que deve ir para o Senado também. Gostaria que o JHC continuasse conosco, mas ele tem toda a liberdade e mais tarde teremos um retrato do que fazer neste estado no tocante às eleições.

– O senhor estava com presidente da Câmara, Hugo Motta. O que foi tratar com Hugo Motta? Foi falar sobre anistia?

O Hugo Motta tem exatamente a metade da minha idade. Ele é mais novo do que o terceiro filho meu, o Eduardo, e ele tem um carinho especial por mim e eu por ele, e de vez em quando a gente se encontra por aí e trata de vários assuntos. Desde quando em campanha, ele falou que, a maioria dos líderes, querendo priorizar uma pauta, nós vamos atender a maioria. Agora, não precisa lembrar a ele disso aí. Ele sabe muito bem que isso está acontecendo e se a gente conseguir a assinatura, nós vamos colocar em votação eu tenho certeza disso.

– Mas o [Silas] Malafaia foi duro com ele. Um aliado desses não traz mais malefícios que benefícios?

O Malafaia, ele tem o seu comportamento. Quem diria, eu quando estou com o Malafaia eu sou bombeiro. Ele fica indignado com muita coisa, agora tem que ter paciência. O Malafaia é mais objetivo, está no DNA dele. Agora ele não sabe como funciona o parlamento. Ele é um líder evangélico, psicólogo, um pouquinho só mais novo do que eu, mas não tem a vivência que tive de 28 anos parlamento, dois de vereador e quatro de presidente. Não dá para você fazer as coisas na base da pancada.

– Sergio Moro foi o algoz de Lula. Alexandre de Moraes é o seu algoz?

Eu não devo nada. Não tem crime nenhum da minha parte. Agora comigo parece que é algo pessoal do Alexandre de Moraes. Não consigo entender outra coisa.

Até o momento eu sou candidato. Não reconheço a minha ilegibilidade como um processo justo. Eu não me reuni com líderes comunitários eleitos pelo trafego no morro do alemão. Eu me reuni com embaixadores e a acusação é abuso de poder político para ganhar votos. Que votos eu ganhei? Nenhum.

Os deputados estaduais Rodrigo Farias (PSB) e Renato Antunes (PL) deram entrada com um Projeto de Lei que busca garantir o intercâmbio dos 700 alunos da rede estadual que deveriam ter embarcado pelo Programa Ganhe o Mundo em março, mas não viajaram, apesar de terem sido selecionados no edital de 2023. O projeto foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Estado.

A proposta cria uma excepcionalidade no âmbito do programa, permitindo que estudantes selecionados no edital de 2023, “cujas viagens tenham sido adiadas por razões administrativas ou logísticas”, possam realizar o intercâmbio apenas em 2026. A medida visa salvar o sonho de centenas de jovens, especialmente os cerca de 243 estudantes que completam 18 anos no segundo semestre de 2025 e, pelas regras atuais, correm o risco de não poderem mais participar do programa. Sem uma alternativa, o atraso comprometeria não só o direito ao intercâmbio, mas também a preparação desses estudantes para o SSA e o Enem.

“O Ganhe o Mundo é um programa que transforma a vida de jovens e suas famílias. Esse projeto de lei traz uma nova esperança para os 700 alunos que aguardam ir para o Canadá e Estados Unidos e, principalmente, para os 243 que, por causa do atraso, já tinham perdido a esperança, pois completam 18 anos no segundo semestre”, afirmou Rodrigo Farias. O deputado ressaltou ainda que a excepcionalidade já foi utilizada durante a pandemia, quando alunos de 2019 só conseguiram viajar em 2022 – inclusive aqueles que já tinham concluído o ensino médio, que participaram da imersão em língua estrangeira.

Os deputados estão tentando que o Projeto de Lei tenha caráter de urgência para poder ser analisado pelas comissões da Alepe na próxima terça (15) e quarta-feira (16), seguindo para votação em plenário ainda na quarta. A proposta, além de corrigir um erro da gestão estadual, que ainda não deu previsão de embarque aos alunos, busca preservar o compromisso do Estado com a educação e o futuro de seus estudantes.