A governadora Raquel Lyra acompanhou, na noite deste sábado (31), a missa realizada pela Arquidiocese de Olinda e Recife em memória das vítimas do acidente ocorrido na sexta-feira (30), no Santuário de Nossa Senhora da Conceição. Ao lado da vice-governadora Priscila Krause, a gestora se solidarizou com todas as vítimas e as famílias. A celebração foi presidida pelo Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson.
“Gostaria de me solidarizar com as famílias que tiveram vítimas nesse incidente. Algumas delas continuam sendo assistidas em nossas unidades de saúde e estamos fazendo esse acompanhamento de perto para cuidar dessas pessoas. E rezo pelas duas vítimas que infelizmente perderam suas vidas, dona Maria da Conceição e seu Antônio. Só vamos parar de trabalhar aqui quando fizermos a entrega do Santuário para a população, que tanto se orgulha desse lindo templo de celebração”, enfatizou a governadora Raquel Lyra.
Desde o primeiro momento do acidente, a equipe do Governo de Pernambuco trabalhou para salvaguardar as pessoas, realizar os atendimentos e também iniciar os laudos necessários sobre o ocorrido. Para a reconstrução do Santuário, a governadora vai firmar um Termo de Fomento para repasse de recursos para as obras.
Durante a missa, o arcebispo Dom Paulo Jackson dividiu palavras de acolhimento para os que estavam acompanhando a celebração. “Agradeço imensamente ao longo desses dois dias a solidariedade de tantas pessoas. A primeira grande prioridade é cuidar da vida, das famílias, das vítimas que, infelizmente, partiram para a eternidade. Esse é o momento de retomar o fio da esperança, contemplando um Deus que não decepciona, que é amor”, disse o arcebispo.
Nos últimos anos, quando o Congresso Nacional decidiu apoderar-se de nacos do orçamento federal, aproveitando-se da fragilidade política dos presidentes, o Brasil assistiu a um deslocamento de recursos que em cinco anos (2020 e 2024) permitiram que senadores de deputados comandassem o destino de nada menos que R$ 102,97 bilhões pagos pelo Tesouro Nacional a mais 5.571 municípios onde eles são votados.
Eles destinaram R$176,59 bilhões. Mas dificuldades burocráticas em boa parte dos receptores em cumprir minimamente as exigências de documentação fizeram R$73,62 bilhões deixar de serem pagos.
Sem mudar nada
Entretanto, uma consulta sobre como Suas Excelências vêm destinando os recursos desmonta o argumento de que, por conhecerem as dificuldades da realidade dos municípios onde são votados, estariam mais aptos a direcionar verbas para melhorar os investimentos em suas bases.
Eles aumentaram o volume de emendas destinadas, mas depois de cinco anos não há qualquer indicação de que os menores municípios melhoraram sua situação em função do dinheiro que passaram a receber.
Verbas da saúde
Como a legislação obriga que metade dos recursos das emendas seja aplicada na saúde, o destino de R$ 51,48 bilhões em cinco anos poderia significar um salto nos investimentos nessa área.
Só que uma busca simples no site da Secretaria do Tesouro Nacional e no Portal da Transparência revela que o dinheiro das emendas acabou no custeio mensal dos municípios, especialmente os menores.
Abriu na pandemia
Os dados do Portal da Transparência mostram que, entre 2020 (quando foram pagos R$ 17,63 bilhões no ano que passou para a história como o início do orçamento secreto), e 2024, quando o governo Lula incorporou definitivamente o pagamento como instrumento de aprovação de seus projetos no Congresso os valores pagos, às emendas subiram para R$ 31,39 bilhões.
O que chama a atenção é a evolução do pagamento de emendas com destinação definida (R$4,78 bilhões em 2020) para R$12,18 bilhões em 2024. Mas elas nem se comparam ao pagamento de emendas especiais (as chamadas emendas PIX) que passaram de módicos R$612,2 milhões, em 2020, para R$7,68 bilhões pagos integralmente ao que foram orçadas para o exercício.
Sem identificação
Isso quer dizer que os deputados e senadores puderam comandar sem que os órgãos de controle soubessem o destino de quase R$8 bilhões alavancando sua influência nas cidades. E que o estado pagou no exercício tudo o que eles listaram.
Como a distribuição dos recursos não está, por exemplo, vinculada ao tamanho da participação do estado na federação, naturalmente, ter força junto ao relator do Orçamento Geral da União acaba sendo um fator determinante na hora de mandar o dinheiro.
Meu querido Amapá
Em 2021, em plena pandemia, os quatro estados mais novos da nossa Federação e de menor população do Brasil (Roraima, Amapá, Rondônia e Acre) receberam recursos de emenda individuais de R$458,73 milhões além dos R$227,16 milhões das emendas especiais.
Isso quer dizer que a população somada deles, em 2022, (4,133 milhões de habitantes) recebeu R$685,89 milhões, bem mais que a população de Minas Gerais, com 21,3 milhões de habitantes e que recebeu R$602, milhões. Talvez já pela influência do atual presidente do Congresso, Davi Alcolumbre que, ano passado, destinou R$114 milhões para sua querida Macapá.
Minha Alagoas
Em 2022, quando o presidente da Câmara, Arthur Lira, foi reeleito para um mandato de mais dois anos, sua querida Alagoas foi agraciada com R$1,131 bilhão dos quais R$682,4 milhões classificados como emendas de relator.
No ano passado, Alagoas recebeu R$ 1,466 bilhão, dos quais R$ 618 milhões vieram como emendas de bancada, mostrando como a mesa diretora da Câmara Federal pode ajudar. Naquele ano, a maioria dos municípios alagoanos recebeu valores entre R$ 29,69 milhões e R$ 106,28 milhões.
Sem critério
A distribuição aleatória, ou de acordo com os interesses paroquiais dos deputados e senadores, mostra que o poder de destinar grandes blocos de recursos do orçamento público não significa que eles terão visibilidade.
Nos últimos cinco anos (2020-2024), o Nordeste com seus nove estados recebeu, apenas de emendas, R$21,96 bilhões. Entretanto, a pulverização da distribuição e, mais recentemente a possibilidade do uso das emenda PIX, dificulta qualquer resultado mais perceptível.
Os mais pobres
Os dez municípios mais pobres de Pernambuco (Itacuruba, Ingazeira, Solidão, Calumbi, Terezinha, Granito, Brejinho, Vertente do Lério, Itapetim e Quixaba), por exemplo, receberam juntos R$132,6 milhões entre 2020 e 2024.
Desse total, R$119,5 milhões de emendas individuais. Mas apenas R$13,0 milhões, via emendas de bancadas. O que aponta que eles têm algum deputado federal interessado na sua população, mas que não tem interesse em projetos mais robustos.
Sem investimento
E uma leitura dos dados disponíveis no portal da STN revela que, mesmo as verbas classificadas como despesas de capital, que poderiam indicar investimentos, em sua maioria estão destinadas a pagamentos de despesas dos fundos municipais de saúde. E a outra metade, que está na rubrica de despesas correntes, também foi paga como custeio.
Pagar pessoal
Os números desses municípios mostram que, em sua maioria, as emendas foram destinadas ao pagamento de pessoal das secretarias de Saúde, sem indicar que esses recursos tenham sido usados para melhorar a vida da população com ações duradouras.
Porém, o comportamento dos deputados muda radicalmente quando se trata das grandes cidades. Recife, Jaboatão dos Guararapes, Petrolina, Caruaru e Olinda receberam juntas (entre 2020 e 2024) quase meio bilhão de reais (R$430,3 milhões),
Força do Recife
Nesse período, o Recife foi agraciado com R$183,4 milhões, dos quais R$74,6 milhões graças a emendas de bancada, o que revela uma enorme capacidade de articulação do prefeito, João Campos.
Mas o que chama atenção é como eles despertam o interesse dos deputados em destinar verba como emendas de bancada que podem agrupar mais recursos. Esse grupo, em cinco anos, soma R$108,6 milhões para essas cinco cidades em projetos que podem, de fato, dar visibilidade.
Curral de votos
Claro que a bancada de Pernambuco não deixou de indicar R$351,7 milhões para suas bases nas outras cidades. Mas isso apenas mostra falta de certeiros que eles poderiam usar em municípios mais pobres e têm demandas urgentes e muito mais baratas e que poderiam resultar em impactos mais duradouros que apenas pagar a conta das despesas correntes dessas comunidades.
O ex-presidente Jair Bolsonaro teve alta hoje, 21 dias após fazer uma cirurgia de 12 horas no intestino em função de uma obstrução. Ele já deixou o hospital.
O boletim médico divulgado ontem já indicava a melhora do quadro de saúde e a possibilidade de que ele deixasse a internação nos “próximos dias”. De acordo com o texto, Bolsonaro estava reagindo com boa aceitação da dieta pastosa, mantendo a programação para início de dieta por via oral.
“Segue intensificando diariamente a fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa. Permanece a orientação de restrição de visitas, com previsão de alta hospitalar nos próximos dias”, informou o boletim. Conforme o hospital, Bolsonaro estava estável clinicamente, sem dor ou febre e com pressão arterial controlada.
Bolsonaro já havia deixado a UTI na tarde da última quarta-feira, após 17 dias de cuidados intensivos. Esta foi a sexta operação realizada desde 2018, quando foi vítima de uma facada durante a campanha na qual se elegeu presidente da República. Todas as cirurgias foram feitas em decorrência da sequela desse ferimento.
Com lágrimas nos olhos, escrevo essa crônica para Nana Caymmi. Para mim, a mais viceral cantora do Brasil, de todos os tempos. Sou fã número um dela. Quando ela canta, eu me desligo dessa terra. Vou com ela para todas as direções, que sua voz, sua interpretação e seu seletivo repertório musical me levam.
Seu temperamento explosivo ela colocava mais ainda em suas interpretações. Sua formação musical/familiar foi um privilégio, que ela sempre exaltou, demonstrou e o pôs em prática. Suas interpretações vão ficar impregnadas nas paredes de minha casa, dos meus ambientes de trabalho, nos bancos do meu carro e, com certeza, também nos meus escritos.
Ela fará tremer a terra, que sobre o seu caixão for jogada, com sua voz, suas tiradas irreverentes e com o seu inconformismo em deixar os palcos e essa vida, que ela tanto amou.
Eu não vou me despedir de você, Nana, pois você continuará comigo, com as “batidas na porta da frente. É o tempo”, e eu responderei, “solamente una vez“ surgiu uma cantora/intérprete como você. Força. Será bom encontrar seu Dorival e Dona Stella, para refazerem os antigos saraus musicais em família. Saudades.
O candidato à Prefeitura de Goiana, na Mata Norte, Marcilio Regio (PP), votou, há pouco, na Escola Municipal Major Manoel Gadêlha, no centro da cidade.
Ele foi caminhando a pé de sua casa até o local de votação, já que fica bem próximo. Ele esteve acompanhado da candidata a vice-prefeita, Lícia Maciel (PT), da esposa, a vereadora Ana de Marcilio, de sua netinha Marianna, de lideranças políticas e apoiadores. Entre os aliados, estava o deputado estadual Sileno Guedes (PSB).
Regio aproveitou o percurso para cumprimentar eleitores. Na seção de votação, ele esperou na fila e, após votar, fez um gesto de confiança com o V da vitória.
Ao conversar com a imprensa, Marcilio Regio declarou: “A partir de 17h ou 17h30, Goiana vai ficar livre. Vamos unir Goiana. Estão tentando separar o povo de Goiana! Mas não vão conseguir, porque eu estou aqui para unir.”
Marcilio Regio tem o apoio do ex-prefeito Eduardo Honório, que encerrou sua gestão com mais de 80% de aprovação, mas insistiu em disputar o terceiro mandato e acabou impedido pela Justiça Eleitoral.
A votação começou às 8h e segue até as 17h. No final da tarde, o candidato a prefeito acompanhará a apuração dos votos em local reservado.
A expectativa é de que o resultado da eleição suplementar de Goiana seja divulgado até o início da noite deste domingo (4).
Por Larissa Rodrigues Enviada especial a Goiana Fotos de Otávio Souto
O candidato à Prefeitura de Goiana, na Mata Norte, Eduardo Batista (Avante), chegou para votar por volta das 9h15, na Escola Estadual Benigno Pessoa de Araújo.
Na frente da unidade, em conversa com a imprensa, Batista afirmou que não teve contato com a governadora Raquel Lyra (PSD) durante a campanha.
“Na realidade, o nosso grande apoio mesmo foi do povo de Goiana. Não cheguei a conversar com a governadora, não”, declarou.
Mas agradeceu ao presidente do Avante no Estado, Sebastião Oliveira. “Eu quero aqui de público agradecer ao ex-deputado, mas eu chamo de deputado Sebastião Oliveira, que me deu toda garantia em estar disputando essa eleição hoje pelo Avante. Minha eterna gratidão a ele”.
O Avante migrou para a base de Raquel Lyra recentemente, mas o PP, do outro candidato (Marcílio Régio) também é da base de Raquel. A governadora teria ficado neutra na eleição por ter dois partidos aliados disputando.
O deputado estadual Joaquim Lira (PV) acompanhou Eduardo Batista na votação. Os dois seguem para o distrito de Ponta de Pedras, onde vota o candidato a vice Pedro Henrique. De lá, eles devem percorrer as sessões eleitorais.
A eleição suplementar foi convocada após a cassação do mandato do ex-prefeito Eduardo Honório (União).
O novo pleito definirá quem comandará o Executivo municipal pelos próximos anos. Eduardo Batista disputa a eleição com o apoio da coligação “Experiência para Fazer Mais” e tem como vice o professor Pedro Henrique (Republicanos).
TRE
A votação ocorre desde às 8h e vai até às 17h em todo o município. O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) orienta que os eleitores levem um documento oficial com foto ou utilizem o aplicativo e-Título para se identificar na seção eleitoral.
Uma curiosidade da eleição suplementar de Goiana é a presença do prefeito do Recife, João Campos (PSB), que apoia o candidato Marcílio Régio, que é do PP de Eduardo da Fonte.
João participou ativamente da campanha e chegou a comparecer em eventos de Régio.
No plano estadual, o deputado federal Eduardo da Fonte é aliado da governadora Raquel Lyra (PSD). Mas no plano local, até adesivo com o rosto de João Campos e o número do PP (11) é possível ver pela cidade, neste domingo (4).
O presidente Lula sinalizou a ministros que deve sacramentar na terça-feira (6) a troca do comando da pasta das Mulheres. A atual ministra Cida Gonçalves será exonerada do cargo e terá como substituta Márcia Lopes.
Ex-ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes foi uma das coordenadoras do grupo de assistência social na transição de governo. Assistente social e professora, ela é irmã de Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula e hoje secretário do Ministério do Trabalho.
Na última sexta-feira (2), Cida Gonçalves esteve no Palácio do Planalto, onde teve uma conversa de cerca de 20 minutos com Lula. Com a troca, o presidente volta a dar sequência à reforma ministerial, que caminha a passos lentos. Integrantes do governo afirmam, porém, que ainda não há outras mudanças confirmadas a curto prazo.
Na quinta-feira (8), Lula viaja para a Rússia para participar da comemoração do Dia da Vitória, que marca os 80 anos da vitória sobre o nazismo durante a Segunda Guerra.
Teve início às 8h a votação da eleição suplementar de Goiana, na Mata Norte de Pernambuco. Os 65.228 mil eleitores da cidade irão escolher o novo prefeito, neste domingo (4).
Disputam a vaga o prefeito interino Eduardo Batista (Avante) e Marcílio Régio (PP). O pleito é acirrado e os dois candidatos têm chances de vitória.
No início da noite, por volta das 19h, o resultado já deverá ser conhecido. O próximo prefeito governará Goiana até o dia 31 de dezembro de 2028.
A diplomação do vencedor será até o dia 2 de junho e a data da posse ainda será definida. A nova eleição ocorre porque o resultado de outubro de 2024 foi anulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O então prefeito Eduardo Honório (União Brasil) cumpria o segundo mandato e tentou permanecer no cargo por mais quatro anos.
Honório disputou sub judice e recebeu 78%dos votos. Mas teve a candidatura cancelada.
Em 1º de janeiro deste ano, o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Batista, assumiu a prefeitura de forma interina. A cidade tem cerca de 84 mil habitantes.
Nasceu meu neto. E com ele, algo também nasceu em mim — algo que eu não sabia que ainda podia nascer. Foi como se o tempo, que até então só me levava, tivesse parado um instante para me devolver algo essencial. Um presente embrulhado em silêncio, em choro de recém-nascido, em mãos miúdas que ainda não sabem segurar o mundo — mas já sabem habitá-lo com beleza.
O nome dele é Théo. Tão pequeno no corpo, tão imenso no significado. Ele veio de minha filha, Ada Cecília, e de seu companheiro Daniel Gadêlha — dois nomes que agora se transformaram para mim: não são mais apenas filha e genro, mas também mãe e pai de um milagre. Olho para ela, minha filha, e vejo nela não apenas o ventre que gerou, mas a história que continua. Sinto, nesse instante, que fui pai para que ela pudesse ser mãe. E que tudo valeu.
Théo é um sopro novo que me atravessa o peito. É como se ele tivesse trazido com seus olhos fechados uma nova chance de ver a vida com mais doçura. Ele não fala, mas já me ensina. Não anda, mas já me leva longe. Em seus movimentos delicados, carrego o peso leve de um futuro que agora tem nome.
E no fundo, meu neto é também uma ponte: entre mim e minha mãe, entre mim e meu pai, entre mim e os que vieram antes e os que ainda virão. Ele carrega em si o sangue que um dia correu em mim, e agora correrá por muito além de mim. É um espelho do tempo que ainda pulsa, mesmo quando a gente se distrai com o que passou.
Ser avô não é apenas um título — é uma epifania. Um reencontro com a ternura que o mundo insiste em esconder. E ao olhar para Théo, percebo que não se trata apenas de dar continuidade ao nome da família. Trata-se de manter vivo o amor. De reaprender o encanto. De se deixar inundar por esse afeto que não exige nada além de presença.
Sim, nasceu meu neto. Mas, ao lado dele, nasceu também um novo pedaço do meu coração. Um pedaço que agora bate fora do meu peito — num bercinho de esperança, de promessas, de auroras que ainda virão.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
A prisão de Fernando Collor de Mello reacendeu, ainda que silenciosamente, um debate necessário sobre os abismos sociais e judiciais no Brasil. A decisão do Supremo Tribunal Federal de manter o ex-presidente em prisão domiciliar, alegando questões de saúde, revela não apenas a sensibilidade da justiça para certos corpos — mas, sobretudo, sua seletividade. Collor está preso em casa. Mas e se ele fosse preto, pobre e com problemas de saúde?
Certamente, o destino seria outro. Seria uma cela superlotada, comida azeda, colchão no chão, ar mofado, e a saúde, essa mesma usada como justificativa humanitária, ignorada em nome da omissão institucional. Seria mais um número nas estatísticas do sistema penitenciário que não ressocializa nem cuida. Seria um corpo largado.
É assim que funciona a chamada “questão humanitária” no Brasil: ela só serve para um tipo de cidadão. O Brasil que se emociona com direitos quando os rostos são brancos e conhecidos é o mesmo que se cala — ou aplaude — quando o morador da periferia adoece e morre nas prisões esquecidas do Estado.
Vivemos numa sociedade de privilégios. Não é figura de linguagem, é realidade. Basta assistir aos telejornais: quando o acusado vem das elites, os termos usados são “ex-presidente”, “ex-senador”, “empresário influente”. Nunca “criminoso”, “bandido” ou “vagabundo”. Esses rótulos estão reservados à parcela da população que nunca teve um advogado, quanto mais um cargo eletivo.
A linguagem denuncia aquilo que o sistema tenta esconder: a existência de dois Brasis. Um que pode tudo e outro que precisa pedir permissão até para existir. O mesmo Brasil que tranca jovens negros por furto de alimentos é o que oferece tornozeleira e conforto residencial para quem desviou milhões.
Portanto, quando dizemos que há um grupo privilegiado no Brasil, não se trata de opinião. Trata-se de um fato. E enquanto não enfrentarmos essa estrutura desigual com coragem e urgência, continuaremos alimentando o mesmo ciclo: o da impunidade para alguns e da punição implacável para os mesmos de sempre.
*Professora municipal de Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe/PE.
A geração que canta o amor, infelizmente, está dando adeus. “Como eu morro de amor para tentar reviver”, cantou Nana Caymmi, que fez a última viagem aos 84 anos, na última quinta-feira, em pleno Dia do Trabalhador. O amor, para ela, terminava no escuro, sozinho. Certa vez, perguntou: “De que é feito o amor? E ela própria trouxe a resposta: “O amor é feito de paz, une dois corações. Ninguém tira, ninguém apaga”.
Adorava Nana. Chorava toda vez que ela cantava “Resposta ao tempo”: “Batidas na porta da frente /É o tempo /Eu bebo um pouquinho pra ter argumento /Mas fico sem jeito calada, ele ri /Ele zomba do quanto eu chorei /Porque sabe passar /E eu não sei”. Nana não cantou o amor. Ela era o próprio amor, nas visões que o amor dava a ela.
Casou-se quatro vezes. Do primeiro amor, por quem foi traída, teve duas filhas e um filho. Separada, se apaixonou por Gilberto Gil e depois por João Donato. Seu último amor foi o cantor e compositor Claudio Nucci, mas depois nunca deixou de circular na mídia com alguns namorados ocasionais. Detestava a solidão. “Eu tenho muita saudade do tempo que amei”, contou, já vivendo a maturidade, sozinha, sem ninguém para dividir a vida e as emoções.
Nana Caymmi morreu traída pelo coração. A taquicardia do amor tirou a sua vida. De tanto cantar e viver o amor, o coração não suportou. Ela também ensinou a amar: “Se outro alguém te lembrar de nós dois /Não diz pra esse alguém /O que passou e ficou pra depois”. Criada desde o nascimento num ambiente musical, a vocação de Nana floresceu cedo.
Também pudera! Quem eram seus pais? Dorival Caymmi, compositor, cantor e violonista, e Stella Maris, cantora de voz aveludada. Dois sabiás não podiam gerar algo melhor para encantar os corações dos seus fãs. Com apenas seis anos, Nana gravou “Acalanto”, em 1960, em dueto com o pai. Era a canção de ninar que o pai fizera para ela, dos imortais versos “Boi da cara preta /Pega essa menina que tem medo de careta”. Ouvindo Nana, aprendi que o meu amor só crê, não tem fronteiras, chega de longe, faz sonhar tudo, levando o universo ao léu.
Acompanhei Nana em seus melhores momentos. Em 1998, ela encantou o mundo com o CD “Resposta ao tempo”, canção homônima de Cristóvão Bastos e Aldir Blanc, escolhida como tema musical de abertura da minissérie “Hilda Furacão”, da TV Globo, de autoria de Glória Perez, baseada no romance homônimo de Roberto Drummond. No mesmo ano, “Fascinação”, outra grande interpretação dela, tornou-se tema de abertura da novela Fascinação, no SBT.
Nana foi, sem dúvida, uma das vozes mais emblemáticas da música brasileira, com uma carreira que abrangeu várias décadas e estilos. Seu repertório incluiu boleros, sambas, sambas-canção, bossa nova e MPB de diferentes épocas. Ao longo de sua carreira, notabilizou-se por sua habilidade em interpretar músicas de compositores de peso, como Tom Jobim, Chico Buarque e Caetano Veloso, com uma voz marcante e uma interpretação única.
Ela também ajudou a perpetuar o legado de seu pai, Dorival Caymmi. Deu uma bela interpretação a “Só louco”, samba-canção de 1956 do pai, com cordas e contornos jazzy de guitarra, lançada por ela em seu LP de 1975. Um clássico dos shows da cantora. Em “Balanço Zona Sul”, um de seus mais recentes discos, de 2019, prestou uma homenagem a Tito Madi, cantor e compositor do samba-canção que influenciou a bossa nova com esse e outros balanços.
Já em “Cais”, uma das grandes obras de Milton Nascimento, feita especialmente para a trilha da novela “Sinal de alerta”, interpretou com toda a dramaticidade e virtuosismo que se possam exigir de um artista. Em “A noite do meu bem”, de Dolores Duran, foi premiada pela melhor interpretação. Outra grande interpretação se observa em “Voz e suor”, acompanhada pelo piano de Cesar Camargo Mariano.
Apaixonada por boleros, a cantora gravou discos dedicados ao gênero a partir dos anos 1990, e conseguiu extrair novidades até mesmo de muitas canções batidas e reprisadas, como “Solamente uma vez”, do mexicano Agustín Lara. Em “Mudança dos ventos”, canção de Ivan Lins e Vitor Martins, deu sensualidade e beleza. E veio a dar título a seu ousado LP de 1980, no qual ela ainda gravou Djavan (“Meu bem querer”) com o Boca Livre.
Não era fácil amar Nana Caymmi à primeira vista. Seu canto vinha de um lugar sombrio, antigo, sem adorno. E sua presença, embora imensa, dispensava afetações. Em um cenário musical que tantas vezes premiou o entusiasmo e a docilidade, Nana atravessou décadas com o olhar direto, a voz firme e uma espécie de soberania silenciosa que causava desconforto — especialmente nos desavisados.
Ela não cedia, não suavizava, não fazia questão de ser bem compreendida. Essa mesma franqueza que moldava sua interpretação — densa, contida, quase teatral em sua contenção — também se manifestava sem filtros na fala. Ao longo dos anos, em entrevistas raras e intensas, soltou frases que desconcertaram repórteres, dividiram opiniões e reafirmaram o que todos que a conheciam já sabiam.
Nana não media palavras porque nunca precisou pedir licença para existir. Era como cantava — dura na superfície, mas abissal por dentro. E talvez por isso tenha sido tantas vezes mal interpretada, ou simplesmente temida. Deixou frases lapidares: “Sou águas passadas”, ao falar de sua distância do cenário da música atual. “Elis não podia ver uma cantora nova que se arrepiava, ao comentar sobre o temperamento competitivo de Elis Regina.
“Tem gente que canta bonito. Eu canto verdade”, disse, ao falar sobre o que distingue uma intérprete de uma cantora. Suas frases ficam como fragmentos de uma personalidade indomável, pedaços de uma artista que se recusou a performar simpatia, que escolheu a sinceridade ainda que a contragosto do público, da crítica, da indústria.
Como suas canções, essas palavras carregam uma tensão antiga: entre a dor e o orgulho, entre o riso seco e o abismo. Leia-as com o mesmo respeito que se ouve um silêncio carregado — porque, em Nana, até o silêncio dizia algo.
Recarga de elétricos: dicas para instalar a infraestrutura em casas e condomínios
O crescimento das vendas dos veículos híbridos e elétricos, que alcançou a marca de mais de 125 mil veículos emplacados em 2024 no país, está movimentando a demanda por serviços de infraestrutura de recarga, ao mesmo tempo que aumenta a busca por orientação da parte de muitos consumidores sobre como proceder para instalar pontos de carregamento em suas casas ou condomínios.
A Revo – Electric Revolution, dedicada à implantação de infraestrutura de eletrificação, montou uma pequena cartilha para seus clientes observarem pontos importantes para a definição da solução que melhor se adequa às suas necessidades e do que é necessário para implantá-la. Luiz Felipe Santos, gerente da Revo, explica que as soluções disponíveis para clientes pessoas físicas vão da simples instalação de pontos rápidos de recarga à implantação da infraestrutura elétrica completa para a colocação dos wallboxes, como são chamados os pontos de recarga.
“Muitos carros eletrificados vendidos hoje já vêm com o carregador portátil, que pode ser conectado em uma tomada de 220 V, padrão três pinos de 20 amperes (A). Sua capacidade de carregamento, no entanto, é de apenas até 3 kW”, explica ele. “Com um tempo de recarga que pode ser superior a 8h, o carregador portátil é indicado para a carga de oportunidade e mais apropriado para os veículos híbridos”.
Veículos 100% elétricos requerem uma infraestrutura mais potente de recarga. Embora haja wallbox com capacidade a partir de 3,7 kW, o modelo mais encontrado no mercado é o que oferece 7 kW, mas isso requer atenção sobre a instalação elétrica da residência ou do condomínio. “O equipamento padrão de 7 kW absorve 32 amperes, e pode sobrecarregar a instalação elétrica do local. Isso significa que se ele estiver conectado ao mesmo circuito que alimenta, por exemplo, o chuveiro ou micro-ondas, e ligados ao mesmo tempo, haverá sobrecarga e o disjuntor, geralmente de 50 amperes, irá desarmar. O ideal é que seja feita uma readequação da instalação elétrica e que o wallbox esteja em um circuito exclusivo”, alerta o gerente da empresa.
Para um wallbox com potência acima de 7 kW, para recargas rápidas, ou em instalações com mais de um wallbox – situação comum em condomínios de casas ou apartamentos -, o cliente precisa avaliar bem a infraestrutura elétrica necessária. Só a partir do momento que ela tiver sido adequada, o equipamento é instalado, o que inclui a definição do local em que ele será colocado, a instalação dos cabos e dispositivos de proteção – de preferência do tipo A, de 30 amperes – para controlar eventuais sobrecarga na rede, e de que ponto a energia será captada.
O processo de instalação de pontos de carregamento em condomínios requer mais atenção. “Muitas vezes é preciso a aprovação do condomínio, seja para instalar um ponto individual de carregamento, ou mesmo para se estabelecer uma infraestrutura que, posteriormente, poderá atender outros moradores”, destaca.
Luiz Santos afirma que o recomendável é que o wallbox seja ligado diretamente ao medidor de cada unidade consumidora, a fim de facilitar o controle da energia consumida. “Nos casos em que o medidor não está localizado em uma central de medição, a alternativa é instalar o carregador diretamente na rede do condomínio. Será necessário, então, que cada wallbox tenha seu próprio medidor”, explica.
Operado por meio de um cartão de acesso, esse medidor fornecerá ao condomínio a quantidade de energia exata que cada condômino consumir, para o rateamento proporcional dos gastos. No caso de wallbox individual, existe a opção de colocar uma chave que impede sua utilização, sem autorização, por outro condômino.
O valor a ser gasto na instalação da infraestrutura de carregamento depende da demanda necessária para viabilizar o serviço. Isso inclui desde o tipo de carregador que o cliente possui ou deseja adquirir, a distância entre a caixa de disjuntores e o local de instalação do wallbox, por conta da extensão dos cabos, e a dimensão da estrutura seca (eletrocalhas) necessária, no caso de instalações aparentes, ou a necessidade de embutir toda a fiação. Nos projetos mais simples, em que o cliente já tem um carregador portátil, o custo começa a partir de R$ 3 mil, situando-se em R$ 8 mil se for um padrão, por wallbox. “O custo vai variar com as características do local. Por exemplo, uma instalação cuja extensão alcança 80m ou 100m pode chegar perto de R$ 17 mil, ou superar este valor se for necessário embutir o fio na parede”, acrescenta Santos.
GWM mantém preço do Tank 300 em R$ 333 mil – O primeiro SUV híbrido plug-in com proposta de luxo off-road da GWM, o Tank 300 foi lançado há menos de um mês. Mas a procura foi tão grande que a GWM Brasil decidiu estender o período de validade do preço especial de lançamento, que deveria ter se encerrado no dia 1º de maio. Na primeira semana, o modelo já havia somado 518 unidades vendidas, superando os 500 veículos previstos para o primeiro mês. Agora, em apenas 25 dias o SUV atingiu mais de 1.000 unidades comercializadas. Com essa demanda tão alta, o primeiro lote do Tank 300 esgotou-se rapidamente e algumas concessionárias estão enfrentando fila de espera.
Em respeito aos clientes que buscam finalizar a compra com o preço especial de R$ 333 mil, a GWM Brasil anuncia que vai estender o período de validade deste preço para regularizar o abastecimento de todas as 101 concessionárias da GWM espalhadas pelo Brasil. O Tank 300 é equipado com um conjunto híbrido plug-in de última geração, composto por um motor 2.0 turbo a gasolina de injeção direta e um motor elétrico, conectados a um câmbio automático de 9 marchas. Juntos, entregam 394 cv de potência e impressionantes 750 Nm de torque, acelerando de 0 a 100 km/h em apenas 6,8 segundos.
Linha 2026 do Ora 03 ganha mais tecnologia – Já está disponível para o consumidor brasileiro a linha 2026 do GWM Ora 03, que chega às concessionárias com uma nova identidade visual, mudanças de nomenclatura e nível de equipamentos atualizado. A partir de agora, os modelos passam a se chamar Ora 03 Skin BEV48 e Ora 03 GT BEV63, reforçando a identidade elétrica e a diferenciação entre as versões. BEV significa Battery Electric Vehicle e os números representam a capacidade das baterias, de 48 kWh e 58 kWh, respectivamente. Entre os destaques de equipamentos, o Ora 03 Skin BEV48 passa a contar agora com teto solar de série. Na linha 2026, o 03 Skin BEV48 passa a custar R$ 169 mil; o GT BEV63, R$ 199 mil.
Nivus GTS custará 175 mil – A Volkswagen confirmou a chegada e o preço do Nivus GTS: ele estará nas revendas em 9 de maio por R$ 175 mil. A marca diz que a versão é uma verdadeira esportiva e não esportivada – aquele cheia de penduricalhos estéticos. O motor é TSI 1.4 de 150cv de potência, com alterações na suspensão e calibrações de sistemas para assegurar maior estabilidade. Segundo a montadora, o SUV acelera de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos. A velocidade máxima é de 206 km/h. De série, além de seis airbags, a versão tem pacote Adas com controle adaptativo de velocidade e distância, frenagem autônoma de emergência, assistentes ativos de permanência de faixa e de condução.
Kicks ganha site próprio – O novo Nissan Kicks já começou a ser produzido no Brasil e, agora, ganhou um hotsite exclusivo. Nele, os interessados poderão ter acesso, em primeira mão, a detalhes, vídeos e imagens sobre o SUV e sua chegada ao mercado. O hotsite ganhará, gradativamente, novas funcionalidades e informações para tirar todas as dúvidas dos consumidores sobre o novo Nissan Kicks. Além disso, será possível inscrever-se para receber por correio eletrônico mais informações sobre o modelo. Para saber mais sobre o novo Nissan Kicks, confira os vídeos nos canais oficiais da Nissan do Brasil no YouTube e no Instagram.
Novo Aston Martin DBX S tem 727cv – A Aston Martin acaba de revelar o DBX S, a nova versão topo de linha do SUV DBX. O modelo traz maior potência, menor peso e um visual diferenciado, tanto no interior quanto no exterior. O motor, por sinal, é uma versão melhorada do V8 biturbo de 4.0 litros já usado antes, mas que agora entrega 727 cv devido a turbocompressores de maior diâmetro e outras modificações nos componentes internos. O DBX S tem aceleração de 0 a 100 km/h em 3,3 segundos, com velocidade máxima de 310 km/h. O escapamento também foi modificado para melhorar o som do motor. O Aston Martin DBX S já pode ser encomendado, com as entregas previstas para setembro de 2025. Os preços ainda não foram divulgados pela marca.
Peugeot 208 pode travar direção – A Peugeot anunciou um recall para o modelo 208, ano 2024, devido a um defeito que pode travar a direção. A orientação é que os proprietários façam o agendamento o quanto antes para evitar situações perigosas. Segundo a marca, foi identificada a possibilidade de rachaduras na cremalheira da direção. Com isso, o volante pode endurecer ou até mesmo travar durante o uso. Em situações extremas, isso pode causar acidentes graves ou até fatais. Portanto, a correção do defeito deve ser feita com urgência.
Para resolver o problema, a Peugeot realizará o reparo de forma gratuita. O serviço deve ser feito em concessionárias autorizadas e dura cerca de três horas, segundo a marca. Além disso, o agendamento prévio é necessário para garantir o atendimento e evitar espera nos pontos de serviço. Quem for dono de Peugeot 208 2024 deve entrar em contato com a rede autorizada e agendar o reparo para garantir a sua segurança. A campanha é nacional e cobre todos os carros afetados sem nenhum custo para o consumidor. Para mais informações, a Peugeot oferece atendimento pelo telefone 0800 703 24 24.
Hyundai também faz recall do Creta – A marca coreana anunciou um recall para o Creta 1.6 TGDI ano-modelo 2025 – mas apenas das unidades fabricadas entre 13 de janeiro e 5 de fevereiro de deste ano. Segundo a Hyundai, a falha está no sistema da unidade de controle eletrônico (ECU). Por conta disso, o diagnóstico de bordo não segue totalmente as regras do Proconve L8. Ainda que o defeito não afete o funcionamento do carro, é necessário resolver a questão para garantir a conformidade com as normas ambientais do país. A montadora informou que o problema não oferece risco à segurança dos ocupantes. A atualização leva cerca de uma hora e é feita sem custo para o consumidor. O agendamento pode ser feito diretamente com a concessionária de preferência ou via Central de Relacionamento Hyundai pelo número 0800-770-3355.
BMW começa produzir a nova S 1000 RR em Manaus – A BMW Motorrad no Brasil acaba de ganhar um reforço de peso: a produção da nova BMW S 1000 RR, em Manaus. Ainda mais esportiva e com recursos inéditos, a superesportiva chega ao mercado com visual renovado e ajustes que aprimoram a pilotagem. Ela está equipada com novas asas dianteiras, que proporcionam até 37% a mais de downforce que o modelo anterior, resultando em uma motocicleta ainda mais estável em altas velocidades.
Outra novidade são os dutos de freio M, que proporcionam melhor refrigeração do conjunto de freios dianteiro, melhorando a performance dos freios. A nova versão da BMW S 1000 RR sai de fábrica com 210 cv de potência, que fazem dela o modelo Motorrad mais potente produzido no Brasil e vem de série com sete modos de pilotagem. Outra novidade é o acelerador M de punho rápido, com curso reduzido, proporcionando respostas mais rápidas e uma conexão mais direta entre o punho e o motor. Não foi divulgado o preço.
Mais um navio carregado da BYD – Na última semana, deixou o porto de Jiangsu, na China, o Shenzen, outro navio da montadora, com 7 mil veículos a bordo, com destino ao Brasil. No final de março, já havia chegado outro no Espírito Santo com 5,5 carros. A intenção da marca é fugir da tarifa integral de 35% de imposto de importação, que só começa a valer no ano que vem. O Shenzem é uma embarcação que foi entregue à BYD há apenas uma semana. Tem 220 metros de comprimento, 37,7 metros de largura e 12 conveses – e é o maior transportador de veículos do mundo, comportando até 9,2 mil automóveis. A viagem inaugural para o Brasil se justifica: o país é o maior mercado externo da BYD. No ano passado, foram licenciados aqui 76,7 mil automóveis e comerciais leves da marca. Já no primeiro trimestre deste ano, foram 21,7 mil – crescimento da ordem de 45%.
Fiat Panorama completa 45 anos – Em 1980, depois de quatro anos de sua chegada ao mercado brasileiro, a Fiat dava um passo importante na sua história, ao se aventurar no mercado de peruas, um segmento em ebulição na época. A marca que já comercializava o icônico 147, assim como suas variações voltadas para o trabalho, a Pickup e a Furgão, apresentava ao mercado sua primeira perua compacta no Brasil, o Fiat Panorama, modelo que completa 45 anos de existência. O Panorama trazia um visual moderno, espaço interno inteligente e um desempenho urbano eficiente. Desenvolvido com base no Fiat 147, o Panorama era espaçoso e contava com uma grande área envidraçada, o que justificava seu nome.
Favorecido por manter o estepe junto ao motor, na dianteira, o modelo tinha como outro grande atributo o porta-malas, que tinha capacidade para 730 litros de volume de carga até o teto, sendo que este volume saltava para 1.440 litros, quando o banco traseiro era rebatido. O Panorama também chegou com melhorias mecânicas como a suspensão traseira mais macia e um novo sistema de lubrificação do câmbio, que tornava o funcionamento da caixa mais suave. Com acréscimo de peso, na ordem de 25 kg, o motor escolhido para equipar o modelo foi o 1.300, que oferecia 61 cv de potência e 9,9 kgfm de torque no motor a gasolina e 62 cv de potência e 11,5 kgfm de torque com o motor a etanol. Em 1986, com a chegada da Elba, o Fiat Panorama parou de ser produzido.
Preço da gasolina cai 0,76% no Nordeste – O preço médio do litro do etanol, em abril, foi de R$ 4,48 nos postos de abastecimento do país, registrando queda de 0,67% na comparação com a média de março. Já o custo médio da gasolina caiu, no mesmo período, 0,46%, com o combustível sendo comercializado, em média, a R$ 6,46. Os números são da mais recente análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível.
O Nordeste e o Centro-Oeste apresentaram a maior queda no período para a gasolina: ambas as regiões viram o produto ficar 0,76% mais barato em abril, com preços médios de R$ 6,50 e R$ 6,55, respectivamente. Na análise por estados, o etanol apresentou sua maior alta do período no estado do Piauí, onde passou a custar R$ 5,07, após alta de 1,81%. O Ceará foi o único estado a registrar aumento para a gasolina no período: de 0,45%, chegando ao preço médio de R$ 6,75. A maior queda da gasolina entre estados, de 2,11%, ocorreu no Rio Grande do Norte, que registrou média de R$ 6,51.
Pneus: quais cuidados tomar? – A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) apoia a 12ª edição da campanha Maio Amarelo, voltada à promoção de segurança no trânsito. Neste ano, o movimento liderado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária tem como tema “Mobilidade Humana, Responsabilidade Humana”. Ao longo do mês serão realizadas diversas atividades para promover a conscientização de motoristas, pedestres e passageiros sobre a importância de respeitar as leis de trânsito e adotar medidas que contribuam para a redução de acidentes e mortes.
Somente em 2024 mais de 6 mil pessoas morreram e cerca de 84 mil ficaram feridas em acidentes de trânsito nas estradas federais no Brasil, segundo dados do Anuário Estatístico da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No estado de São Paulo, de acordo com dados do Infosiga, sistema de monitoramento de letalidade do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), foram cerca de 6,1 mil óbitos em acidentes de trânsito no ano passado.
A Anip reforça a importância do pneu como um componente essencial para a segurança no trânsito, sendo responsável por garantir a aderência ao solo, a estabilidade dos veículos e a eficácia das frenagens. Todos os produtos fabricados pela indústria pneumática instalada no Brasil contam com alta tecnologia e são atestados pelos órgãos de controle, como o Inmetro, garantindo eficiência, durabilidade e segurança aos consumidores.
Para contribuir com um trânsito mais seguro, a Anip reuniu dicas de cuidados com pneus para diversos tipos de veículos. Confira:
Pneus de passeio
Ruídos e trepidações ao rodar podem indicar problemas nos pneus ou na suspensão. Ignorar esses sinais pode custar caro.
Evite impactos em meio-fio, buracos e valetas. Eles podem causar danos internos que não aparecem de imediato.
Se o volante vibra ou o carro puxa para o lado, pode ser falta de alinhamento e balanceamento. Manutenção preventiva é essencial. Além da segurança, você economiza no desgaste dos pneus.
Pneus de motocicleta
Verifique o desgaste dos desenhos da banda de rodagem. Isso pode comprometer a aderência, especialmente em pista molhada.
Rachaduras e bolhas são sinais de atenção e de que o pneu pode falhar a qualquer momento. Ao notar qualquer anormalidade, procure substituir o produto imediatamente.
Evite carregar mais peso do que o recomendado. Isso força a suspensão e os pneus, reduzindo a vida útil.
Pneus de veículos pesados
Inspeção visual deve ser rotina em pneus de caminhões e ônibus. Longas jornadas exigem atenção especial na manutenção dos produtos.
Observe se há cortes, bolhas, desgaste irregular e objetos presos nos pneus. Quanto antes detectar alguma anormalidade, mais seguro é circular com o veículo.
Caminhões e ônibus exigem calibração adequada para cada eixo e carga. Verifique com frequência, de preferência a frio.
Alterne a posição dos pneus conforme o tipo de eixo e aplicação. Isso evita desgaste irregular e aumenta a vida útil dos produtos.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.