Do blog do Wallison Bezerra
A ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), manteve a prisão preventiva do pastor Péricles Cardoso, suspeito de aplicar golpe milionário contra fiéis.
Segundo apurou o Blog Wallison Bezerra, a defesa argumentou que a decretação da prisão preventiva baseou-se na informação equivocada da autoridade policial de que o paciente estava em lugar incerto e não sabido.
Leia mais“Ao se privar o defendente da liberdade, transformando a prisão cautelar num meio de coação para que ele confesse, ou colabore com o processo-crime, deixa-se de tratá-lo como sujeito, pois impedido de exercitar as próprias opções”, defende.
A ministra rejeitou o argumento. “Verifica-se que o decreto de prisão preventiva destacou o fato de que o paradeiro do paciente era ignorado e consignou que os prejuízos atribuídos ao ora paciente eram “da ordem de dois milhões de reais”, o que pode indicar a necessidade da custódia para garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal”, decidiu Thereza.
Péricles foi preso no início do mês, e, após audiência de custódia, transferido para o Presídio do Roger, em João Pessoa. Ele é investigado por suspeita de obter mais de R$ 2 milhões de vantagem indevida junto a fiéis,
O pastor chegou a gravar um vídeo para negar as acusações. Ele, no entanto, disse que não conseguiu pagar as dívidas feitas para as “obras da igreja” usando os cartões dos fiéis que frequentavam a Assembleia de Deus.
“Eu não fugi e não sou ladrão. Estou bem perto. Eu vou chegar, está tudo com meu advogado. Ele vai abrir uma ação contra você que deu entrada na delegacia contra mim e minha esposa”, disse.
“Essa prática já vinha ocorrendo há pelo menos dois anos, mas ele pedia dinheiro emprestado, utilizava-se dos cartões de crédito dos fiéis, mas vinha fazendo os pagamentos de suas dívidas e assim foi adquirindo a confiança entre os fiéis. Saliente-se que os ‘irmãos’ da igreja não sabiam entre si desses pedidos de ajuda, pois tudo era feito em sigilo. Que o Pastor também se passava por um homem muito bondoso, ajudando financeiramente os fiéis da igreja, pagando contas deles com o seu dinheiro particular, mas, no entanto, ele utilizava o dinheiro que havia recebido dos congregados para fazer a ‘obra’ na igreja, disse a promotora Gláucia Maria de Carvalho Xavier, que atua no caso.
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