A noite desta quarta-feira (6) foi de muita festa e emoção para os moradores do bairro Cosme e Damião, em Petrolina. É que o prefeito Simão Durando, através do programa Petrolina Legal, realizou a entrega de mais de 150 escrituras públicas de imóveis e 80 títulos de posse para os moradores desta localidade. O evento contou com a presença de vereadores, lideranças e o ex-senador Fernando Bezerra Coelho.
Esta é a segunda vez, em menos de um ano, que a prefeitura entrega escrituras e títulos de posse através do programa Petrolina Legal aos moradores do Cosme e Damião. Mais que um documento, a regularização garante dignidade e segurança jurídica para os moradores que viviam na incerteza. O programa deverá avançar ainda mais nos próximos anos, assegurando novas escrituras e títulos de posse aos petrolinenses. A meta, segundo o prefeito é atingir a marca de 15 mil famílias beneficiadas pelo programa de regularização fundiária.
“Sei que foram anos de espera por esse momento. E que emoção ter a oportunidade de compartilhar esse momento com a nossa gente. É uma iniciativa que traz dignidade para essas pessoas. Receber o papel que prova que a moradia é sua representa um sonho concretizado. Por isso, sempre é muito especial participar dessa noite e ver o sorriso no rosto de tantas famílias. Dessa forma, fazemos questão de fortalecer ainda mais o trabalho de regularização fundiária e toda a nossa equipe está empenhada para atender a nossa população. De 2017 até agora, já foram cerca de 9 mil documentos entregues, entre escrituras e títulos de posse. Somente no último ano, garantimos a segurança da casa própria a mais de 2 mil família. Até o final do nosso mandato a nossa meta é chegar aos 15 mil”, concluiu o prefeito Simão.
CPI é resultado do fracasso da articulação política de Raquel
A abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar suspeitas de irregularidades na contratação de agências de publicidade pelo Governo de Pernambuco passa longe de ser uma derrota trivial entre as tantas que a governadora Raquel Lyra (PSD) vem colecionando. Embora seja uma prerrogativa do Poder Legislativo, o uso desse artifício é relativamente raro em Pernambuco.
Somente ocorreu 37 vezes em 190 anos de história da Casa de Joaquim Nabuco, o que denota o simbolismo da medida anunciada e o flagrante fracasso da articulação política de Raquel. Não à toa, a última CPI de que se tem notícia – a das faculdades Irregulares – ocorreu em 2017.
E ainda assim, não teve relação com atos do então governador Paulo Câmara, mas, com denúncias de que instituições de ensino superior vinham ofertando cursos sem autorização do Ministério da Educação e enganando milhares de estudantes no Interior de Pernambuco. A comissão foi concluída com a recomendação de indiciamento de 19 pessoas e 14 instituições.
No caso de agora, porém, a nova CPI terá a governadora no centro das atenções por vários motivos. Um deles é o fato de a contratação das agências de publicidade ter ocorrido bem debaixo de seu nariz, na Secretaria de Comunicação, instalada no Palácio do Campo das Princesas. A licitação, que resultou na escolha das empresas, foi marcada por questionamentos sobre a comunicação indevida entre os julgadores das propostas e entes externos, o que pode ter favorecido as vencedoras.
Para o governo, enquanto enfrenta esse desgaste na Alepe, será necessário conviver com o assombro que outras duas investigações podem provocar. Uma auditoria especial sobre o mesmo tema deve ser finalizada até o início de setembro no Tribunal de Contas do Estado (TCE). E ainda se aguarda o posicionamento do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que recebeu denúncia protocolada por deputados de oposição na última sexta-feira (1º), após o surgimento de novos indícios.
Ao governo, restará a batalha da superioridade numérica para tentar barrar efeitos nocivos gerados pela repercussão de uma CPI às vésperas das eleições.
Mas esse poder de fogo é limitado à sua base aliada, não incidindo sobre instituições como o TCE e o MPPE. Pelo visto, o mês de agosto está fazendo jus à fama de agourento nos arredores das Princesas.
ELEIÇÃO DECISIVA – Na sua despedida da presidência interina do PT por quatro meses, domingo passado, por ocasião da posse do sucessor Edinho Silva, o senador Humberto Costa disse que o partido é o único no País a eleger seus dirigentes por uma eleição direta. “A extrema direita continua viva e disposta a tudo para destruir os valores democráticos. O negacionismo ainda circula com força. A mentira e o ódio tentam se impor sobre a verdade e a solidariedade. Temos pela frente uma eleição presidencial decisiva: a eleição das nossas vidas. Será uma batalha entre civilização e barbárie”, destacou em seguida, numa alusão à reeleição de Lula.
Senado tem autoridade ferida – Pelo menos seis senadores líderes de partidos da oposição reagiram duramente à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que autorizou mandado de busca e apreensão e medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica ao senador Marcos do Val (Podemos-ES). “A medida compromete o exercício pleno do mandato de um representante eleito, afetando não apenas sua atuação pessoal, mas também a autoridade do Senado como instituição democrática”, diz um dos trechos de uma nota assinada por eles, à frente Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição na Casa Alta.
Alcolumbre pressionado – Os parlamentares afirmam que o Senado precisa “reagir com firmeza para preservar sua legitimidade” e, por isso, a oposição vai solicitar ao presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (União-AP), posicionamento instrucional acerca do ocorrido. Os parlamentares afirmam que “eventuais excessos” devem ser analisados pelo Conselho de Ética da Casa, e não “tratados com instrumentos de coerção que desrespeitam garantias processuais e agravam o desequilíbrio entre os Poderes”.
Razão da tornozeleira – A reação dos senadores se deu depois que a Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de busca e apreensão e medidas cautelares contra o senador Marcos do Val. As medidas, segundo Moraes, justificam-se porque as investigações demonstraram, por parte de Do Val, “completo desprezo” pelas decisões da Corte. A instalação da tornozeleira ocorreu após Do Val voltar ao Brasil depois de sair do País, contrariando uma ordem do Supremo, e passar cerca de 10 dias nos Estados Unidos com a família. Do Val foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) no aeroporto de Brasília, no início da manhã de ontem.
PSB não depende de cargos – A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) defendeu, ontem, no Recife, a permanência do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) na chapa de reeleição do presidente Lula, mas mandou um recado duro ao PT: “O PSB não depende de cargos para ficar ao lado de Lula contra a extrema-direita. O PSB tem lado e sempre teve. E o nosso lado sempre vai ser o do Brasil, do povo e contra a extrema-direita. Não dependemos de cargo nenhum, de condição nenhuma, para fazer o que é certo”, afirmou. Ela participou do Seminário Construindo o Novo Plano Nacional de Educação, no auditório da Assembleia Legislativa.
CURTAS
ALERTA 1 – “A colheita da manga no Vale do São Francisco começa esta semana. Até agora não foi embarcado nenhum contêiner e colhida nenhuma manga. Agora que começa. É como eu disse: é um período de 90 dias. Estou falando de 2.500 contêineres, 12 milhões de caixas de um quilo e 48 mil toneladas”, disse o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, ao fazer um alerta, ontem, à mídia brasileira.
ALERTA 2 – Esse tipo específico de manga, segundo Guilherme, não tem como destino o mercado europeu. Por conta das exigências e preferências de variedades, a produção destinada aos Estados Unidos corre o risco de não encontrar compradores. “Essa variedade não vai para a Europa. Ela quer outras variedades. Se a gente colocar no mercado interno, inunda e o preço vai para baixo. Isso nos preocupa. Se não colher, fica no pé. E se ficar no pé, vai estragar”, acrescentou.
PODCAST – No podcast Direto de Brasília de hoje, uma parceria com meu blog com a Folha de Pernambuco, o presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, fala sobre os efeitos do tarifaço na indústria brasileira, sua provável candidatura ao Governo do Distrito Federal e o seu livro “O 8 de janeiro que o Brasil não viu”. Vai das 18 às 19 horas, com transmissão pelo Youtube do meu blog e da Folha, além de 165 emissoras de rádio no Nordeste.
Perguntar não ofende: Raquel vai se complicar com uma CPI em ano pré-eleitoral?
Uma animada noite de autógrafos marcou o lançamento do meu livro “Os Leões do Norte”, pela editora Eu Escrevo, em Buíque, no Agreste do Estado, consolidando mais uma etapa de sucesso. O evento aconteceu no auditório da Escola Técnica Estadual (ETE) Jornalista Cyl Gallindo e foi prestigiado pelo prefeito Túlio Monteiro (MDB), secretários, coordenadores, gestores, professores e público em geral, além de admiradores da história de Pernambuco.
“Os Leões do Norte” é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
Amanhã (5), participarei do lançamento em Sanharó, na Câmara dos Vereadores, às 19h. A estreia do livro nas bibliotecas municipais é iniciativa do prefeito César Freitas (PCdoB).
Na quarta-feira (6), estarei em Pesqueira para autografar ‘Os Leões do Norte’ na Câmara de Vereadores, às 19h, com o apoio do prefeito Marcos Cacique (Republicanos).
Na quinta-feira (7), o lançamento acontece em Arcoverde, também às 19h, na Câmara Municipal. Esta etapa foi organizada pelo presidente da Câmara, Luciano Pacheco (MDB).
Para encerrar a semana, levarei ‘Os Leões do Norte’ a Venturosa, na Câmara de Vereadores, também às 19h. O prefeito Kelvin Douglas (PSD) coordenou o evento e mobilizou professores da rede municipal, reconhecendo a relevância da obra como material de consulta escolar.
Sem saída jurídica, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava cavando sua prisão em busca de uma narrativa de perseguido político. A avaliação é de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e de membros da Polícia Federal (PF) ouvidos pelo blog.
Bolsonaro tem método e estratégia: a de escalar a crise com o Supremo porque sabe que o desfecho do processo golpista se aproxima. Então, avaliam as autoridades, ele apostou em outra frente: buscar dar munição para seus apoiadores tentando emplacar o discurso de que está sendo ”censurado” pelo ministro Moraes, que determinou que Bolsonaro não pode usar as redes sociais.
Mas tudo não passa de tática para mobilizar sua tropa de apoio nas redes sociais, principalmente. Bolsonaro, na tática do tudo ou nada, opera para desgastar e dobrar a aposta para deixar o Supremo igualmente sem saída – a não ser de cumprir a lei ao impor mais restrições, como a prisão domiciliar.
Também entre aliados do ex-presidente a avaliação é de que ”ele estava quase no fim de fichas” para apostar no embate com STF. Arriscaram – mesmo contrariando advogados. Flávio Bolsonaro foi aconselhado por advogados a apagar o post feito durante as manifestações de domingo (3).
Justamente este vídeo foi usado por Alexandre de Moraes entre os argumentos para sustentar a determinação de prisão domiciliar de Bolsonaro.
Estes mesmos advogados, com visão mais pragmática, temiam que a escalada na crise antecipasse a prisão. O que aconteceu na noite desta segunda-feira.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (4/8), teve repercussão na imprensa internacional. Jornais estrangeiros noticiaram a medida, destacando o descumprimento de determinações judiciais e o contexto das investigações que envolvem o ex-chefe do Executivo.
Na Europa, o jornal espanhol El País deu manchete ao caso, afirmando que Bolsonaro “enfrenta julgamento por suposta conspiração para cometer um golpe de Estado”. A notícia ganhou em destaque no jornal. As informações são do Metrópoles.
O site em inglês da Al Jazeera, do Catar, também trouxe a notícia com destaque em sua página principal. O veículo informou que a medida foi motivada pelo descumprimento de medidas cautelares já impostas.
Nos Estados Unidos, o Wall Street Journal disse que o ex-presidente teria desacatado uma ordem judicial, enquanto o Washington Post relembrou que Bolsonaro será julgado por suposta tentativa de golpe após a derrota nas eleições de 2022.
Na América do Sul, o canal argentino Todo Notícias também repercutiu a decisão, ressaltando as restrições impostas ao ex-presidente. De acordo com a determinação de Moraes, Bolsonaro está proibido de receber visitas sem autorização prévia do STF, com exceção de seus advogados.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro teria violado essas determinações ao produzir conteúdos direcionados às redes sociais de seus filhos, aliados e apoiadores. O ex-presidente já estava submetido a medidas como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se ausentar do país e recolhimento domiciliar das 19h às 6h.
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro emitiu uma nota sobre a prisão domiciliar de seu pai, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
No texto, o parlamentar afirma que recebeu “com tristeza, como filho, mas sem surpresa” a notícia. Eduardo ainda chamou o ministro do STF de “psicopata descontrolado que jamais hesitaria em dobrar a aposta”. As informações são do jornal O Globo.
O parlamentar que está nos Estados Unidos capitaneando o movimento pela anistia do pai e de aliados e pelas punições de Moraes afirmou que ação do magistrado foi uma reação às manifestações de apoio a Jair Bolsonaro realizadas no domingo (3). Mais uma vez, Eduardo chamou as ações do ministro de autoritárias e disse que as medidas “só fortalecem” os bolsonaristas.
O deputado abordou a sanção aplicada pelos EUA contra Alexandre de Moraes e encerrou a nota dizendo: “as oportunidades de frear esta loucura estão se esgotando. Que o sistema entenda isso antes que seja tarde demais. Deus abençoe o Brasil. E Deus abençoe a América”.
Ao determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, Moraes citou uma série de provas de que ele descumpriu as medidas cautelares impostas anteriormente e apontou que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) divulgou, nas redes sociais, a participação remota do ex-mandatário nos protestos do último domingo.
Cinco guardas municipais de Olinda, dos oito aprovados, receberam, nesta segunda-feira (4), o Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF), após aprovação em um treinamento rigoroso promovido pela Polícia Federal. A entrega simbólica dos documentos aconteceu no Palácio dos Governadores, sede da Prefeitura, com a presença da prefeita Mirella Almeida, do vice-prefeito Chiquinho, do secretário de Segurança Cidadã, coronel Pereira Neto, e do assessor especial da Casa Civil do Governo do Estado, professor Lupércio.
O curso envolveu etapas criteriosas, como avaliação psicotécnica, treinamentos com 280 disparos, sendo 236 voltados à prática e 44 aplicados em prova com a supervisão direta da Polícia Federal, garantindo que os agentes estejam plenamente capacitados para o uso responsável da arma.
“O uso da arma de fogo exige um processo rigoroso de habilitação. Nossos agentes passaram por avaliações psicológicas, técnicas e práticas, com a devida supervisão da PF. A arma é sempre a última alternativa, usada apenas quando esgotados todos os outros meios de controle. Isso demonstra o compromisso com a legalidade e com a proteção da população”, destacou o coronel Pereira Neto.
A prefeita Mirella Almeida ressaltou o papel da Guarda na segurança pública. “A Constituição prevê que a segurança é dever do Estado, mas é no município que as demandas acontecem. É onde a população vive, precisa de creches, serviços, iluminação, limpeza. Segurança também é isso. Por isso, fortalecer a Guarda Municipal é cuidar da nossa cidade de forma completa”, afirmou a gestora.
Começou, há pouco, o lançamento oficial e a noite de autógrafos do livro ‘Os Leões do Norte’ em Buíque, no Agreste. O evento acontece no auditório da Escola Técnica Estadual (ETE) Jornalista Cyl Gallindo e conta com a presença do prefeito, Túlio Monteiro.
‘Os Leões do Norte’ é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. ‘Os Leões do Norte’ homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
O ex-prefeito de Ipojuca, Pedro Serafim, morreu, nesta segunda-feira (4), aos 72 anos no Recife. Ele estava internado há uma semana.
O prefeito de Ipojuca, Carlos Santana, decretou luto oficial de três dias. Serafim foi prefeito do município entre 2005 e 2012.
”Neste momento de luto, gostaria de me solidarizar aos familiares do ex-prefeito do Ipojuca, Pedro Serafim. Na política, muitas vezes militamos de lados opostos, mas sempre mantendo o respeito e acima de tudo o mesmo compromisso: trabalhar pela cidade e nossa gente. Eu e minha família nos unimos, em oração e fé cristã. Ipojuca perde uma importante liderança. Em respeito ao ex-prefeito, decretamos luto oficial de três dias”, declarou Carlos Santana. Com informações da CBN Recife.
A Federação União Progressista, representada pelo presidente estadual, deputado federal Eduardo da Fonte, manifestou pesar, através de nota, pelo falecimento de Pedro Serafim.
“
Pedro Serafim deixa um legado marcado pelo compromisso com o desenvolvimento do município e pela dedicação à vida pública, sempre pautado pelo diálogo e pelo respeito ao povo ipojucano.
Neste momento de dor, nos solidarizamos com familiares, amigos e toda a população de Ipojuca, expressando nossos sentimentos e reconhecendo a história de trabalho e contribuição que ele deixa para a política pernambucana”, diz o comunicado.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que apenas os advogados de Jair Bolsonaro (PL) poderão visitar o ex-presidente. Os profissionais devem estar regularmente constituídos e com procuração nos autos.
Qualquer outra visita tem que ser autorizada pela corte. Além disso, os visitantes “ficam expressamente proibidos de usar celulares, tirar fotos ou gravar imagens”, diz Moraes na sentença.
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada, segundo o magistrado, porque ele descumpriu flagrantemente as medidas cautelares impostos para ele pelo STF ao participar por telefone de manifestação em Copacabana contra Lula e contra o próprio magistrado.
“A Justiça não é tola, muito menos cega. Não se pode permitir que a apuração de fatos tão graves — como os que ocorreram no Brasil entre os anos de 2022 e 2023 — seja desvirtuada por narrativas artificiais forjadas estrategicamente com o objetivo de manipular a opinião pública e deslegitimar as instituições brasileiras”, afirma Moraes na decisão.
Ele diz também que Bolsonaro agiu ilicitamente “ao se dirigir aos manifestantes reunidos em Copacabana, no Rio de Janeiro, produzindo dolosa e conscientemente material pré-fabricado para seus partidários continuarem a tentar coagir o Supremo Tribunal Federa.”
A participação de Bolsonaro foi publicada por filho dele Flávio Bolsonaro em rede social. Flávio apagou a postagem em seguida. O outro filho de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, também postou na rede social X um texto com a foto do pai com o pedido para que seguissem o perfil @jairbolsonaro. Segundo o pedido de prisão, o vereador tinha conhecimentos das medidas cautelares como a restrição do uso de redes sociais impostas ao seu pai.
“Não bastasse isso, as falas de Eduardo Bolsonaro direcionadas aos manifestantes [na avenida Paulista] na data de ontem também corroboram a atuação coordenada dos filhos de Jair Messias Bolsonaro a partir de mensagens de ataques ao Supremo Tribunal Federal com o evidente intuito de interferir no julgamento da ação” por tentativa de golpe militar, diz o ministro na decisão.
Autora do pedido de abertura de CPI para apuração de indícios de irregularidades nos contratos de publicidade do Governo do Estado, a deputada Dani Portela (Psol) afirmou, na tarde desta segunda-feira (4), que após postar no Instagram um vídeo com as denúncias sobre a licitação, na semana passada, outras informações chegaram à sua equipe.
Por enquanto, a deputada disse não poder divulgar quais são as novas acusações, para não correr o risco de ser leviana, mas destacou que as novas informações foram fundamentais para concretizar o pedido de instalação de CPI na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe).
A Casa aprovou hoje a solicitação. A CPI será composta por nove membros titulares e nove suplentes, com prazo inicial de 120 dias para a conclusão dos trabalhos. Nos próximos dez dias, as lideranças dos partidos apontarão os membros da CPI e após as indicações a Casa tem dez dias para instaurar a Comissão.
Denúncias
O pedido tem como base um conjunto de denúncias que já motivaram investigações no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e provocaram repercussão na opinião pública. (veja aqui). Segundo Dani Portela, há cerca de dez dias vários deputados receberam um e-mail anônimo com várias denúncias contendo indícios de irregularidades em contratos de publicidade do Estado. A partir disso, a parlamentar se debruçou sobre as informações do TCE relativas ao tema.
“Esse e-mail chama atenção para algumas coincidências. Por exemplo: nunca na história do Estado de Pernambuco se fez um contrato de publicidade com um tempo tão longo, de dez anos. Geralmente, são quatro anos mais um, para poder ser prorrogado. Além disso, não é qualquer valor. Estamos falando de mais de R$ 1 bilhão e com uma empresa que muitas pessoas não conheciam”, afirmou Dani Portela.
Endereço em Pernambuco
A parlamentar frisou que a empresa ganhadora da licitação precisava apresentar endereço em Pernambuco para assumir o contrato bilionário de dez anos, já que a sede é em São Paulo, e que as salas alugadas por essa empresa pertencem a pessoas ligadas à governadora Raquel Lyra (PSD).
Dani Portela reforçou que os contratos da administração pública precisam de legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência. “Vários desses princípios podem ser comprometidos se for comprovado um favorecimento de pessoas ligadas, como familiares próximos, à governadora”, reforçou.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do (STF) Supremo Tribunal Federal, de prisão domiciliar a Jair Bolsonaro também restringe a visita de seus filhos.
A decisão não impede que Jair Bolsonaro tenha contato com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, por exemplo, já que ela mora com o ex-presidente.
Não é o caso, por exemplo, de Flávio, Carlos ou Renan Bolsonaro, que não moram com o dirigente nacional da direita. As informações são da CNN Brasil.
Os filhos do ex-presidente, portanto, precisarão pedir autorização à Suprema Corte para visitá-lo.
Moraes decretou, nesta segunda-feira (4), a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na decisão, o ministro argumentou que o ex-presidente tem feito “reiterado descumprimento das medidas cautelares”.
Segundo a decisão, Bolsonaro está proibido de receber visitar, com exceção de seus advogados, podendo apenas de receber contatos de pessoas autorizadas pelo Supremo.
Ao determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), citou uma série de provas de que ele descumpriu as medidas cautelares impostas anteriormente. Dentre elas, o ministro citou que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, divulgou nas redes sociais a participação remota do ex-mandatário nos protestos do último domingo.
A publicação em questão foi um vídeo postado pelo senador em que o ex-presidente manda uma mensagem aos manifestantes que estavam em Copacana, na Zona Sul, do Rio de Janeiro. “Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos”, diz ele na gravação, que depois foi apagado por Flávio. As informações são do jornal O Globo.
Uma das cautelares impostas pelo ministro foi a proibição de utilização de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros.
“O flagrante desrespeito às medidas cautelares foi tão óbvio que, repita-se, o próprio filho do réu, o senador Flávio Nantes Bolsonaro, decidiu remover a postagem realizada em seu perfil, com a finalidade de omitir a transgressão legal”, escreveu Moraes.
Outra prova citada por Moraes foi uma ligação feita por chamada de vídeo entre Bolsonaro e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O parlamentar exibiu o celular durante o ato em Belo Horizonte.
— Bolsonaro não pode falar, mas pode ver — disse Ferreira, na ocasião.
O ministro também apontou que no domingo, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, publicou na rede social X uma foto de Bolsonaro com o pedido para seguirem o perfil dele, “tendo conhecimento das medidas cautelares, como a restrição ao uso de redes sociais, impostas ao seu pai”, pontuou Moraes.
Conforme o ministro, falas do deputado federal Eduardo Bolsonaro direcionadas aos manifestantes no último domingo “também corroboram a atuação coordenada dos filhos de JAIR MESSIAS BOLSONARO a partir de mensagens de ataques ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL com o evidente intuito de interferir no julgamento da AP 2.668/DF”, que é a ação penal de tentativa de golpe de Estado.