‘Precisamos achar os culpados para tirar essa nuvem de desconfiança sobre Forças Armadas’, diz Múcio

Do Estadão

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, quer que as investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro cheguem ao fim o mais rápido possível. Um ano depois dos ataques às sedes do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), os mentores e financiadores da tentativa de golpe ainda não foram totalmente descobertos e, de lá para cá, a imagem dos militares sofreu muito desgaste.

“Precisamos achar os culpados para tirar essa nuvem de desconfiança sobre as Forças Armadas”, disse Múcio ao Estadão. Em entrevista concedida na quinta-feira (4), em seu gabinete na Defesa, o ministro parecia medir cada palavra ao ser questionado sobre o envolvimento de militares na tentativa de solapar a democracia.

Como tem feito nos últimos meses, Múcio repetiu que as Forças Armadas não queriam dar nenhum golpe, embora admita que “algumas pessoas ali de dentro” torcessem por isso.

“Eu não estou protegendo nada, mas não quero condenar inocentes. Quero punir culpados”, afirmou ele, pouco antes de sair, apressado, para o primeiro almoço de 2024 com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Na manhã desta sexta-feira (5), Múcio se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada. O ministro diz que, atualmente, as relações de Lula com as Forças Armadas estão pacificadas. “O presidente, hoje, tem uma relação estreita com os comandantes. São próximos, se telefonam, resolvem as coisas de forma direta. Não precisam mais de intermediário”, assegura.

O governo vai fazer um ato para marcar um ano da tentativa de golpe em 8 de janeiro e comemorar a vitória da democracia. Mas aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro prometem organizar protestos. O senhor não teme novos ataques?

O verbo não é temer. Eu torço para que nada aconteça. Não acredito que nada será como foi o dia 8 de janeiro de 2023. Nós tivemos uma posse magnífica do presidente Lula no dia 1º. Acho que aquele sucesso nos contaminou e fez com que a gente relaxasse no dia 8, achando que estava tudo pacificado. Hoje, a gente não teria mais aquele ímpeto de relaxar. Não vai acontecer nunca mais aquilo. Ficamos sempre de orelha em pé.

O senhor propôs, à época, que o presidente Lula recorresse a um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e foi muito criticado. Como contornou aquela situação?

Eu não propus, embora não ache que teria havido problema. O presidente disse assim: “É bom botar o Exército na rua”. Alguém atrás de mim falou: “O Exército só pode ir para a rua com GLO”. Aí o presidente respondeu: “Com GLO, não!”. Algumas pessoas achavam que a GLO daria condições a quem queria dar um golpe. Mas eu defendo a tese de que quem quer dar golpe não precisa de GLO. Golpe não tem regra. O golpista é um infrator.

Imagens do circuito interno do Palácio do Planalto mostram o ministro da Justiça, Flávio Dino, hoje prestes a assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal, discutindo com o senhor. O que ele disse?

Nós não estávamos discutindo. Quem estava ali eram os ministros Rui Costa (Casa Civil), Waldez Góes (Integração), o senador Randolfe Rodrigues (líder do governo no Congresso) e eu. Flávio Dino estava dizendo para nós que tinha de punir, tinha de prender. Durante a explanação que fazia, ele balançava os braços, mas não era para mim. Não sou de briga.

O senhor chegou a dizer que os acampamentos de bolsonaristas em frente aos quartéis eram manifestações democráticas. Não era possível prever ali um risco iminente de ataque?

Não. Até o dia 8 de janeiro eram manifestações democráticas, tanto que em momento nenhum a Justiça mandou tirar as pessoas de lá. Foi muito melhor eu dizer que tinha parentes bolsonaristas nos acampamentos do Recife do que mentir e dizer que não tinha. Em Brasília também havia familiares de gente do Exército. Acho até que aquilo foi a forma encontrada pelo Exército para conviver com as partes contrárias que havia intramuros. Eu admito que havia algumas pessoas ali de dentro que torciam pelo golpe. Mas a instituição, o Exército, não queria o golpe.

E quem queria o golpe?

Sei de muita gente que desejava, mas não apareceu o líder. No momento em que o então presidente da República (Jair Bolsonaro) tomou um avião e foi embora, ficou todo mundo órfão.

O tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, disse à Polícia Federal que o então presidente se reuniu com a cúpula das Forças Armadas, após ter perdido as eleições, e discutiu detalhes de um plano para tomar o poder. O senhor falou com Mauro Cid?

Eu nunca falei com Mauro Cid. Toda a investigação é presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Não tive acesso nem às pessoas com as quais o hacker (Walter Delgatti Neto) disse ter falado no Ministério da Defesa. Eu solicitei por escrito e não obtive.

Qual foi o momento mais difícil naquele 8 de janeiro?

O mais difícil foi que nós amanhecemos no dia 9 sob a égide da suspeição e contrariando todos os lados. A esquerda, contrariada, porque achava que as Forças Armadas tinham interesse no golpe. E a direita muito zangada, porque as Forças Armadas não deram o golpe. Eu não tinha nem com quem conversar.

E por que o comandante do Exército caiu, menos de duas semanas depois?

Se você me perguntar qual o dia mais importante, digo que foi o 21 de janeiro de 2023, um sábado, quando nós substituímos o comandante do Exército (general Júlio César de Arruda). Ele foi substituído porque o clima de confiança do presidente com o comando do Exército tinha acabado. Houve uma fratura.

Mas isso também ocorreu porque ele se recusou a cancelar a promoção de Mauro Cid como chefe do 1º Batalhão de Ações e Comandos, em Goiânia, não foi?

Com a perspectiva da promoção do Mauro Cid, a gente sentia que havia uma certa proteção. A substituição do comando do Exército foi um divisor de águas porque, a partir daí, mudou o rumo das coisas. Os três primeiros meses – janeiro, fevereiro e março – foram muito difíceis. O presidente estava machucado, cheio de suspeições, e as desconfianças só aumentavam. Graças a Deus, ao longo do ano, conseguimos construir a relação entre as partes.

O mal-estar entre o presidente e as Forças Armadas foi superado?

Sim. O presidente, hoje, tem uma relação estreita com os comandantes. São próximos, se telefonam, resolvem as coisas de forma direta. Não precisam mais de intermediário. Precisamos apenas achar os culpados para tirar de vez essa nuvem de desconfiança sobre as Forças Armadas.

O PT nunca teve boa relação com as Forças Armadas. Quando o senhor assumiu, qual foi o pedido que o presidente lhe fez?

Quando ele disse “Olha, Múcio, eu preciso que você vá para a Defesa”, eu não entendi, porque não sou homem ligado à área militar. Minha área sempre foi a política. Passei a entender depois, porque no governo anterior se misturou muito o militar e o político. Todos os ministérios estavam ocupados por militares da reserva. Ali havia um interesse na manutenção do status quo. Foi quando nós começamos a negociar para acabar com essa história de militar fazer política, ser candidato. Pode fazer fora de lá, não dentro das Forças Armadas. Foi a partir daí que se começou o trabalho de saneamento.

O senhor articulou uma PEC que proíbe militares de permanecer na ativa caso disputem eleições e se opôs à proposta do PT para mudar o artigo 142 da Constituição, distorcido por bolsonaristas que defendiam intervenção militar. Não dava para ter um acordo?

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Defesa, negociada com os militares, não é para se contrapor à que foi apresentada por deputados do PT e eu conversei com todos os autores. É para a gente consertar o daqui para a frente. O militar que vai ser candidato e perde a eleição volta para o quartel com todo proselitismo do político e nunca mais respeita hierarquia. Não é mais o mesmo. Então, o que nós acordamos com os comandos foi que todos que quisessem ser políticos saíssem de vez, se não tivessem o tempo necessário para passar à reserva.

Não são poucos os petistas que querem a sua saída do ministério. Como o senhor enfrenta essa hostilidade do PT?

O cargo é do presidente Lula. A decisão é dele e eu estar aqui, ou não, jamais vai interferir na nossa relação de afeto e amizade.

Quando houve a CPMI dos atos golpistas, o senhor tentou evitar a convocação de generais. Tinha algum receio?

Tínhamos a CPMI no Congresso e as investigações do ministro Alexandre Moraes (no Supremo Tribunal Federal). Ninguém está livre de ser investigado. Mas você conhece muito bem como são as CPIs. Ali tem um pouco da política, da emoção. Eu estava preocupado.

O senhor estava preocupado com a desmoralização das Forças Armadas?

De quem não tinha culpa. Naquele momento, para quem você apontasse já era culpado.

Então, o senhor queria blindar os militares…

Eu não estava querendo blindar. Estava querendo apenas que não houvesse uma desmoralização, uma provocação, porque a gente, quando mexe com um, está mexendo com não sei quantos. Não estou protegendo nada, mas não quero condenar inocentes. Quero punir culpados.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) diz que o senhor é o ministro da defesa dos militares. Como rebate isso?

Não rebato. Eu sou ministro do governo Lula e ao governo Lula interessa que os militares estejam pacificados. O mundo militar e o mundo político são completamente diferentes. O meu papel aqui é conciliar, pacificar. Eu sou o ministro do “deixa-disso”. A gente tem que fazer com que todo mundo toque o Brasil para frente.

O senhor sempre disse que os ataques golpistas são página virada. Não acha que essa página somente será virada depois da punição de todos, incluindo militares?

Principalmente os militares, no meu caso. A pior coisa do mundo é você trabalhar sob suspeição. Interessa às Forças Armadas legalistas que tudo seja absolutamente esclarecido e os culpados, punidos. Ninguém quer mais a punição do que as Forças Armadas.

Embora executores da tentativa de golpe tenham sido condenados, ainda não está claro quem foram os financiadores e os autores intelectuais desses atos…

Eu continuo achando que aquilo foi uma grande baderna. Um bando de vândalos que foi arrebanhado por empresários irresponsáveis, alguém pagou os ônibus (e disse): ‘Vamos para Brasília’.

Não é o que diz o ministro Alexandre de Moraes. Encontraram uma minuta do golpe na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e secretário da Segurança do Distrito Federal, e foram descobertas mensagens sobre isso no celular de Mauro Cid. Isso não é tentativa de golpe?

Olha, não foi por parte dos militares nem das instituições. Havia pessoas que desejavam o golpe, mas o Exército, a Marinha e Aeronáutica, não. Como são os golpes no mundo? Vai a Força e o povo vem apoiando atrás. Aqui, o povo foi na frente. Não tinha um líder. Se eles (Forças Armadas) quisessem golpe, era um conforto. Eu via daqui da janela (do Ministério da Defesa). Era gente correndo para todo canto. Não apareceu esse coordenador.

Se houver a participação da cúpula militar na montagem desse plano, o que será feito?

Se for comprovado, serão punidos.

O presidente Lula sempre disse que não haveria GLO, mas em 1º de novembro foi decretada essa operação em portos e aeroportos. Quem o convenceu a mudar de ideia?

Aquilo ali foi fruto de uma conversa de Flávio Dino, Ricardo Cappelli (secretário-executivo da Justiça), Rui Costa, eu e o presidente. Mostrou-se a ele a vantagem de nós criarmos um limite fictício nos portos e aeroportos do Rio, de São Paulo, para que as Forças Armadas pudessem contribuir com a sociedade civil, combatendo o crime organizado.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira que “só vai declarar apoio” a um outro candidato de direita na eleição de 2026 “aos 48 (minutos) do segundo tempo”. O antigo chefe do Executivo está impedido de disputar um cargo público até 2030, após ter sido condenado à inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023.

— Quem vai ser o cara da direita? Tem que ser Jair Bolsonaro. Não será democrática, a eleição de 2026, sem a minha presença. Quem você vai apoiar? Só falo algo parecido aos 48 do segundo tempo, quando eu realmente não tiver mais chance — disse em entrevista à rádio AuriVerde Brasil nesta quarta-feira.

Na mesma live, o ex-presidente afirmou que acorda todos os dias com “a sensação de ter a Polícia Federal” em sua porta. Indiciado em três inquéritos, Bolsonaro relatou receio de se tornar alvo de um mandado de prisão.

— Eu acordo todo dia com a sensação da PF na porta. Qual acusação? Não interessa — disse Bolsonaro, em entrevista ao canal Auriverde Brasil.

Bolsonaro foi indiciado pela PF nas apurações da trama do golpe, por suposta fraude no cartão de vacinação para viajar aos Estados Unidos e pelas joias da Arábia Saudita. A mais recente ocorreu em novembro do ano passado, quando a corporação o indiciou por por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Os crimes atribuídos pela PF ao ex-presidente no inquérito que aponta uma tentativa de golpe no país podem chegar a 28 anos de prisão como pena máxima. Após cumprida a pena de quase três décadas, Bolsonaro teria ainda mais oito anos de inelegibilidade por conta da aplicação de punição prevista na Lei da Ficha Limpa.

Essa soma, que não leva em consideração eventuais pedidos de acréscimo de pena, eleva o prazo de inelegibilidade do ex-presidente até 2061. Bolsonaro já está impedido de disputar um cargo público até 2030, após ter sido condenado à inelegibilidade pelo TSE em 2023.

A Corte entendeu que o ex-presidente praticou abuso de poder político e usou indevidamente meios de comunicação ao atacar, sem provas, as urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores às vésperas da campanha de 2022.

O antigo chefe do Executivo evita citar quem seria o seu candidato nas próximas eleições, caso não possa se lançar à presidência e, em entrevista em novembro, o ex-mandatário afirmou que aposta no Congresso para reverter a sua inelegibilidade.

Do Jornal O Globo.

Conheça Petrolina

Uma operação integrada entre a Compesa e a Polícia Civil, com apoio do Poder Judiciário e da Polícia Militar, foi realizada ontem (21) para combater o furto de água na adutora que abastece os municípios de Feira Nova e Glória do Goitá, na Mata Norte de Pernambuco. A ação, que envolveu 12 mandados de busca e apreensão, resultou na retirada de 14 ligações clandestinas e na prisão em flagrante de duas pessoas. Os suspeitos foram encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos.

A iniciativa foi desencadeada após a Compesa identificar uma queda significativa na vazão do sistema, acompanhada de frequentes reclamações de falta d’água nas duas cidades. Durante as inspeções, realizadas em propriedades privadas, foram localizadas conexões irregulares que desviavam grandes volumes de água de forma ilegal. Por se tratar de áreas particulares, foi necessária uma ação judicial para viabilizar a entrada das equipes e a execução da operação. A Compesa estima que a recuperação da vazão tenha resultado em um acréscimo de 16 litros de água por segundo, o equivalente a 50% do volume destinado aos dois municípios.

Além dos prejuízos financeiros causados à Compesa, os moradores das cidades foram diretamente afetados, sofrendo com a interrupção no abastecimento regular de água. Durante a operação, as equipes removeram tubulações e dispositivos de vedação usados nas ligações clandestinas, restabelecendo o fluxo pleno na adutora. A Polícia Civil também iniciou investigações para identificar os responsáveis pelos desvios, que podem responder pelos crimes de furto e dano ao patrimônio público.

A Compesa fez um apelo à população para que denuncie práticas ilícitas, como ligações clandestinas, por meio do telefone 0800 081 0195, com garantia de anonimato. Segundo a companhia, essas ações criminosas não apenas prejudicam o abastecimento de água, mas também comprometem a gestão eficiente dos recursos hídricos em um momento crítico de crise hídrica no estado.

Camaragibe Avança 2024

O prefeito de Goiana, Eduardo Batista, recebeu nesta quarta-feira (22) a prefeita de Pitimbu, Adelma Cristovam, para discutir a retomada da travessia de balsa que liga as praias de Carne de Vaca, em Goiana, e Acaú, em Pitimbu. O encontro, realizado no Paço Municipal Heroínas de Tejucupapo, abordou os impactos da interrupção do serviço, que há anos prejudica o turismo e a economia local, além de dificultar a mobilidade dos moradores entre as duas regiões.

Durante a reunião, técnicos de ambas as administrações apresentaram estudos logísticos, financeiros e ambientais para viabilizar a retomada da travessia. O prefeito Eduardo Batista destacou a importância do projeto para a integração regional e o fortalecimento do turismo. “A balsa é uma ligação estratégica entre os municípios. Retomar esse serviço trará benefícios diretos para os moradores e potencializará o turismo local, que tem grande potencial de crescimento”, afirmou.

A prefeita Adelma Cristovam também ressaltou a relevância da iniciativa para as populações de Pitimbu e Goiana. “A retomada da balsa é uma demanda antiga que beneficiará tanto os moradores quanto os turistas que visitam nossas praias. O turismo é vital para nossa economia, e essa travessia será um grande facilitador para atrair visitantes”, declarou. Além disso, os gestores discutiram a possibilidade futura de construção de uma ponte entre os dois municípios, com uma nova reunião já marcada para fevereiro para aprofundar o tema.

Caruaru - IPTU 2025

O Movimento Passe Livre promoverá um ato contra o aumento de passagem em Pernambuco. A manifestação, segundo a organização, está prevista para esta quinta-feira (23), às 15h, no Cais de Santa Rita, na área central do Recife.

Além da mudança na tarifa, que passou a valer no dia 5 de janeiro, o Movimento reivindica mais segurança nos ônibus, melhora na estrutura e iluminação das paradas, ampliação da frota, melhores condições de trabalho para os rodoviários, entre outras coisas.

Do Leia Já.

Belo Jardim - Construção do CAEE

O 25º Baile Municipal de Petrolina une tradição, música e solidariedade. Marcado para o dia 14 de fevereiro, no Iate Clube, o baile contará com uma programação composta por atrações regionais e nacionais, como Araketu, Alexandre Peixe e Filhos de Jorge, que trarão o melhor do axé e samba-reggae. O evento também terá apresentações da Philarmonica 21 de Setembro e de duas orquestras, garantindo espaço para os amantes do frevo e marchinhas. Além disso, o tradicional Concurso de Fantasias promete encantar o público com glamour e criatividade.

O evento terá ainda um caráter solidário, com o ingresso sendo trocado por doações de fraldas geriátricas ou cestas básicas, em uma ação que beneficia entidades sociais por meio do programa Transforma Petrolina. “É mais do que uma festa, é uma celebração da cultura e tradição da nossa cidade. Será um dos maiores bailes da história de Petrolina”, afirmou o prefeito Simão Durando.

O prefeito de Camaragibe, Diego Cabral, lançou nesta quarta-feira (22) a nova identidade visual da gestão 2025-2028 durante uma reunião com todo o secretariado no auditório do Centro de Treinamento do Retrô. A apresentação incluiu a logomarca oficial e o slogan que guiará os próximos quatro anos: “Prefeitura de Camaragibe – A cidade do trabalho”. De acordo com a gestão, os elementos refletem a proposta de reposicionar o município como um dos protagonistas do Grande Recife e de Pernambuco.

Segundo Diego Cabral, os conceitos que inspiraram as novas peças visuais incluem juventude, inovação, progresso, sustentabilidade e ritmo acelerado, representando a visão de uma gestão moderna e transformadora. “Camaragibe é muito mais do que uma cidade de passagem. É um município que gera emprego, renda e contribui para o desenvolvimento do estado. Essa identidade visual representa o nosso compromisso de devolver à cidade o protagonismo que ela merece”, afirmou o prefeito.

Em nota, a Prefeitura de Arcoverde esclareceu a dispensa de licitação para limpeza urbana no valor de R$ 3.493.779,84, divulgada mais cedo pelo blog. Confira na íntegra:

“Sobre a reportagem publicada nesta quarta-feira (22), pelo Blog do Magno, a prefeitura de Arcoverde esclarece que a nova gestão do município não rescindiu o contrato com a antiga empresa responsável pela coleta de lixo na cidade. Diferentemente do que foi publicado, o referido contrato foi rescindido no dia 26 de dezembro – com publicação no Diário Oficial datada de 31.12.2024, que segue anexa – ainda na vigência da gestão anterior.

Portanto, quando a atual gestão assumiu a administração, no dia 1º de janeiro de 2025, Arcoverde já estava sem empresa contratada para a coleta do lixo.

Diante disso, atuando com zelo e responsabilidade, para não deixar a cidade desprovida de um serviço tão importante para o bem-estar e a saúde da população, o prefeito Zeca Cavalcanti atuou de imediato, usando todos os meios legais disponíveis, para que o serviço fosse restabelecido na maior brevidade possível, com a contratação de uma nova empresa para a realização deste serviço obrigatório e essencial para município“.

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

Faltando menos de 15 dias para o início dos trabalhos legislativos de 2025, em 3 de fevereiro, os deputados da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) ainda não receberam nenhuma sinalização do Governo do Estado de que haverá o pagamento do restante das emendas impositivas de 2024, quando haverá e se existe previsão para que a situação seja resolvida até o fim do recesso parlamentar.

Após a formação do grupo de trabalho que está analisando as emendas, por ordem da governadora Raquel Lyra (PSDB), ainda não houve retorno algum da situação aos deputados. Em conversa com este blog, o presidente da Casa, deputado Álvaro Porto (PSDB), lembrou que o prazo para responder ao pedido de informações enviado pela Alepe sobre o assunto vai até o dia 6 de fevereiro.

“Estamos aguardando e na esperança de que se resolva, porque os prefeitos estão nos cobrando. Mas até agora, não houve retorno”, relatou Porto. O grupo de trabalho foi criado no dia 9 de janeiro e tem representantes das Secretarias de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, Fazenda e Controladoria-Geral, além da Procuradoria-Geral do Estado.

“Se voltarem os trabalhos e ela não resolver o problema, ela tem uma grave situação a ser resolvida com os deputados da Casa. Ela tem R$ 140 milhões para pagar. Não pagou. Tem mais R$ 300 milhões para pagar este ano. É complicado. Eu vejo um problema seríssimo a ser resolvido”, afirmou, em reserva, outro deputado.

O grupo de trabalho foi instituído em resposta à reunião que os parlamentares fizeram, no último dia 6. No encontro, que interrompeu o recesso, eles decidiram dar um prazo de 30 dias para que o Poder Executivo explique o não pagamento das emendas. O período foi estabelecido por meio do pedido de informação mencionado antes e que foi enviado ao Governo.

Nos bastidores, há a avaliação de que se o ano legislativo tiver início sem que o Estado dê um fim para essa polêmica, pelo menos estabelecendo prazos para os pagamentos, a governadora Raquel Lyra poderá ter pela frente dificuldades na relação com a Casa, que havia melhorado nos últimos meses de 2024, mas começou tensa em 2025.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, foi ao Paraná onde entregou, ao lado do governador Ratinho Júnior, obras no valor de R$ 700 milhões para o estado. Em Foz do Iguaçu, o titular da pasta e o gestor estadual entregaram a modernização do aeroporto da cidade, ontem (21), no valor de R$ 400 milhões. Também participaram da cerimônia autoridades locais e representantes da CCR Airports, concessionária responsável. Durante o período das obras, cerca de mil empregos foram gerados na região.

Já nesta quarta-feira (22), Silvio Costa Filho e Ratinho Júnior inauguraram um conjunto de obras no terminal aeroportuário de Londrina, também no Paraná, a partir de um investimento de R$ 200 milhões do grupo CCR. Os outros R$ 100 milhões restantes foram investidos no Aeroporto de Bacacheri, em Curitiba.

O empreendimento em Foz do Iguaçu, parte do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal), vai alavancar ainda mais o turismo e os negócios na região. Segundo Silvio Costa Filho, a reforma do terminal é estratégica para o desenvolvimento da região, e o governo pretende transformar o aeroporto de Foz em um dos principais hubs aeroportuários do Brasil. “Esse investimento amplia a capacidade do aeroporto para receber 4 milhões de passageiros, e esperamos que, nos próximos cinco anos, possamos aumentar ainda mais essa capacidade, acompanhando o crescimento do turismo na região”, pontuou.

A requalificação do aeroporto incluiu a ampliação do terminal de passageiros para 5 mil m², uma nova área de check-in com mais de 30 balcões e esteira de bagagens automatizada, uma sala de embarque internacional conectada às aeronaves por pontes de embarque, e a ampliação da sala de embarque doméstico em 700 m².

Agora, o aeroporto conta também com três novos pátios com capacidade para até 13 aeronaves da categoria Charlie, as principais utilizadas na aviação, além de três terminais de cargas domésticas, que serão geridos por companhias aéreas. Foram implantadas novas áreas de escape (RESAs), recuperada a pista de taxiamento (Taxiway), criada uma nova pista de taxiamento F e construída uma bacia de contenção.

O ministro destacou os investimentos da iniciativa privada no fortalecimento da economia brasileira, incluindo o setor de aviação civil. Ele também mencionou que é uma diretriz do presidente Lula ampliar os voos internacionais para estimular a economia local e nacional, além de reforçar os investimentos no setor portuário. “Contem conosco, governador Ratinho, pois vamos trabalhar muito pelo desenvolvimento do estado, com investimentos na aviação e no setor portuário. Recentemente, encaminhamos ao Tribunal de Contas da União (TCU) a primeira concessão de um canal de acesso ao porto, que será aqui no Paraná e trará grandes ganhos para o estado.”

O Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu opera voos diários regulares para os principais aeroportos do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília. Além disso, conta com voos semanais regulares para Santiago do Chile. Durante a temporada de verão, oferece voos diretos sazonais para destinos como Recife, Maceió, Florianópolis e Belo Horizonte, chegando a operar 27 voos diários na alta temporada. Em 2024, o aeroporto ultrapassou a marca de 2 milhões de passageiros.

O governador do estado, Ratinho Júnior, comemorou os investimentos no aeroporto e as obras de extensão da pista, que visam atrair mais voos e, consequentemente, mais visitantes para Foz do Iguaçu, um destino de grande importância e potencial turístico para o Brasil. “Já recebemos o interesse de várias empresas internacionais de aviação, que querem operar aqui, porque reconhecem o potencial do nosso estado para o turismo de negócios, de natureza e de lazer, agora com uma infraestrutura adequada para receber essas aeronaves. Foz do Iguaçu vive seu melhor momento. É um dia maravilhoso para nós. Obrigado, ministro.”
Ratinho Júnior também celebrou a instalação de uma unidade do Centre Georges Pompidou, de Paris, um dos museus mais importantes e inovadores do mundo, em Foz do Iguaçu. “Isso colocará Foz do Iguaçu em outro patamar. A beleza do projeto só perde para as Cataratas do Iguaçu.”

A instalação será construída em um terreno de 24 mil metros quadrados cedido pela CCR Airports. A previsão inicial do governo do Paraná é que o Museu Pompidou seja inaugurado no próximo ano.

Os dois primeiros dias do segundo mandato de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, que tomou posse na segunda-feira (20), começaram com a execução de uma série de medidas prometidas pelo republicano.

Algumas ações, como o perdão dos invasores do Capitólio e as medidas contra a imigração, já haviam sido anunciadas. Outras, que foram vistas durante seu primeiro mandato, como a saída do Acordo de Paris, aconteceram novamente.

O novo presidente dos Estados Unidos cumpriu promessas de campanha, revertendo no primeiro dia 78 ações de Joe Biden.

Veja algumas das principais mudanças e ordens assinadas:

Retirada do Acordo Climático de Paris: Isso formalizará a retirada dos EUA do Acordo Climático de Paris novamente. Trump fez isso em seu primeiro mandato, mas Biden havia aderido ao acordo. O novo presidente também assinou uma carta a ONU explicando a retirada.

Perdões para réus de 6 de janeiro: Trump perdoou mais de 1.500 pessoas que invadiram o Capitólio dos EUA em janeiro de 2021, durante a certificação das eleições do ano anterior.

Endurecimento da política migratória: O novo presidente dos EUA assinou uma lista de ações executivas sobre imigração que levarão à repressão, incluindo tentar acabar com a questão constitucional da cidadania por direito de nascença; também designou cartéis de drogas como organizações terroristas estrangeiras e declarou emergência nacional na fronteira sul dos EUA; além disso, um programa iniciado pelo governo Biden para a entrada legal de imigrantes nos EUA foi encerrado no dia da posse de Trump, deixando centenas de imigrantes parados na fronteira entre os dois países

Programa Fique no México: O novo governo anunciou que vai restabelecer o programa “Fique no México”, retomando uma iniciativa para que pessoas que solicitam asilo nos EUA e não têm nacionalidade mexicana esperem a resolução de seus casos no México

Retirada da OMS: Trump anunciou na segunda-feira (20) que está retirando os EUA da Organização Mundial da Saúde, um movimento significativo cortando laços com a agência de saúde pública da ONU em seu primeiro dia no cargo

Liberdade de expressão: O governo federal foi orientado a restaurar a liberdade de expressão e impedir a censura governamental. A Primeira Emenda da Constituição americana já garante a liberdade de expressão nos EUA

Congelamento regulatório: O congelamento impedirá que burocratas emitam mais regulamentações até que os oficiais de Trump assumam o controle total do governo

Congelamento de contratações: Haverá um congelamento nas contratações federais, exceto as militares e uma série de outras categorias, até que os oficiais de Trump estejam no controle total do governo

Fim do Home Office: Os trabalhadores federais serão obrigados a retornar ao trabalho presencial em tempo integral

TikTok: Trump assinou uma ação executiva que adia a proibição do TikTok no país por 75 dias

Investimentos em IA: Trump foi também anunciou um investimento privado de até US$ 500 bilhões em infraestrutura de inteligência artificial (IA), em uma iniciativa composta pela OpenAI, Oracle e SoftBank.

Declarações e repercussões
Algumas das novas medidas anunciadas geraram repercussões. A OMS emitiu uma declaração afirmando esperar que o “presidente reconsidere a saída dos EUA da organização”.

Em meio às pessoas que receberam os perdões emitidos aos manifestantes do 6 de janeiro, está o agressor de um dos policiais que defendia o Capitólio e morreu em decorrência do confronto. A medida foi criticada por seus familiares, outros policiais e causou divisão entre os apoiadores do republicano.

Trump demonstrou anteriormente o desejo de encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia e afirmou na terça-feira (21) estar disposto a “impor sanções adicionais aos russos, se o presidente Vladimir Putin se recusar a negociar o fim da guerra na Ucrânia”.

Ainda na terça-feira, o presidente participou de uma cerimônia religiosa na Catedral Nacional de Washington. Na ocasião, a bispa episcopal Mariann Edgar Budde fez um apelo para a proteção dos imigrantes e respeito aos direitos da comunidade LGBT.

Hoje, Trump publicou em sua rede social, a Truth Social, que a religiosa devia um pedido de desculpas depois que ela o instou a proteger os imigrantes e respeitar os direitos da comunidade LGBT.

Durante o discurso de posse, o republicano retomou a ideia de assumir o Canal do Panamá, uma rota fundamental para o transporte marítimo. O presidente panamenho, José Raúl Mulino, que já havia rejeitado a promessa de Trump, foi perguntado novamente sobre o assunto nesta quarta-feira, ao que respondeu: “Fala sério”.

Da CNN Brasil.

O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, nesta quarta-feira (22), a realização de uma auditoria para fiscalizar a execução de emendas parlamentares.

Segundo o TCU, o intuito da auditoria é avaliar a transparência na alocação e execução de recursos provenientes de emendas parlamentares. Serão auditadas as emendas individuais (RP6), de bancada estadual (RP7) e de comissão (RP8).

“A auditoria se concentrará na identificação de fragilidades nos mecanismos de transparência, com vistas a propor medidas que aprimorem a governança e accountability [responsabilidade] na gestão dos recursos públicos, com base na análise de casos de municípios específicos, que serão selecionados durante a fase de planejamento do trabalho”, diz o relatório da área técnica.

O relatório ainda cita a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão imediata dos repasses de emendas parlamentares a 13 organizações não governamentais (ONGs), que não cumprem regras adequadas de transparência sobre o recebimento do dinheiro e o respectivo uso.

A decisão se baseia em relatório da CGU enviado ao Supremo. Segundo a Controladoria, na época, de um total de 26 ONGs analisadas, 13 não forneciam “transparência adequada ou não divulgam informações”.

“Essa decisão do STF reflete a gravidade das lacunas de transparência e reforça a necessidade de uma atuação mais proativa e abrangente das instituições de controle”, informa a área técnica.

As emendas parlamentares movimentaram um total de R$ 49,17 bilhões em 2024, segundo a corte de Contas. Desse montante, R$ 25,07 bilhões foram direcionados às emendas individuais, R$ 8,56 bilhões às emendas de bancada e R$ 15,54 bilhões às emendas de comissão.

O ministro Jorge Oliveira, relator do caso, afirmou que a falta de critérios claros para alocar recursos pode favorecer projetos de baixo impacto, prejudicando iniciativas de maior importância social e econômica.

Da CNN Brasil.

Com apenas 22 dias de gestão, a prefeita de Bayeux, na Paraíba, Tacyana Leitão (PSB), tem se destacado no cenário político nacional ao alcançar milhões de visualizações em suas redes sociais. Em pouco tempo, quatro vídeos publicados pela gestora ultrapassaram a marca de 1 milhão de visualizações.

O engajamento de Tacyana no Instagram chamou a atenção da mLabs, plataforma renomada em gestão de mídias digitais, utilizada por mais de 145 mil marcas. Segundo a empresa, o desempenho da prefeita supera o de figuras proeminentes como Topázio Neto (Florianópolis), Ricardo Nunes (São Paulo), JHC (Maceió) e João Campos (Recife), seu colega de partido e referência nacional em comunicação digital. A conquista evidencia o potencial de sua estratégia online.