Por que Egito e Jordânia rejeitam plano de Trump para realocar milhões de palestinos?

Do jornal O Globo

A proposta do presidente norte-americano, Donald Trump, de “assumir o controle” da Faixa de Gaza e realocar permanentemente os dois milhões de palestinos que vivem no enclave foi ferozmente rejeitada por Egito e Jordânia. Na visão do chefe da Casa Branca, ambos representam destinos óbvios para esse enorme contingente populacional devido à proximidade geográfica com o território disputado e às suas afinidades étnicas e históricas. O líder egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e o rei jordaniano, Abdullah II, não pensam assim.

— A Jordânia é para os jordanianos, e a Palestina é para os palestinos — disse o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi.

Há décadas, Egito e Jordânia possuem acordos de paz com Israel, mediados por Washington, e são dois grandes beneficiários dos EUA no Oriente Médio, mas defendem a criação de um Estado palestino na Cisjordânia ocupada, em Gaza e em Jerusalém Oriental. Algo que, segundo eles, se tornaria impossível com a “limpeza” proposta por Trump.

Pressão popular

Um influxo de refugiados dessa magnitude também teria um potencial desestabilizador para ambos, afirmam especialistas. Os dois países lidam com diversas questões internas delicadas, como crise econômica, dependência de ajuda externa, estabilidade política frágil (baseada em regimes repressivos) e um forte apoio populacional à causa palestina, sem contar a pressão exercida sobre os serviços públicos pelos fluxos migratórios já existentes.

— Egito e Jordânia têm muitos problemas, mas são dois países absolutamente importantes para a manutenção da estabilidade regional e do cessar-fogo em Gaza, e esse tipo de atitude [proposta por Trump] poderia simplesmente destruir seus governos e até esfacelar os acordos de paz históricos — explica Monique Sochaczewski, professora de Relações Internacionais do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).

— As ruas do mundo árabe são pró-Palestina. A pressão popular seria enorme, continua Monica.

Durante muito tempo, o Egito foi considerado um destino amigável para estrangeiros de todos os tipos, incluindo refugiados, devido às suas regras frouxas de imigração. Desde 2023, porém, Cairo vem endurecendo suas normas, depois que uma guerra civil no Sudão levou mais de 1,2 milhão de pessoas a buscarem refúgio no país, seu principal destino, segundo dados oficiais.

O Egito diz que gasta US$ 10 bilhões por ano (equivalentes a quase 2,5% de seu PIB) com nove milhões de imigrantes e mais de 570 mil solicitantes de asilo. Analistas, porém, argumentam que esses números são inflacionados pelo governo para obter mais financiamento de apoiadores internacionais ávidos por evitar a migração para seus próprios países. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), o país, na verdade, acolhe cerca de 1,5 milhão de refugiados e solicitantes de asilo, dos quais 902 mil são registrados.

Em março de 2023, a União Europeia anunciou um pacote de € 7,4 bilhões em ajuda para o Cairo, que, segundo a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, foi “o melhor jeito de lidar com os fluxos migratórios”. Nos últimos anos, governos europeus têm demonstrado preocupação com o risco de instabilidade no Egito, um país de 106 milhões de habitantes mergulhado em dívidas, dependente de importações de produtos básicos como trigo e energia, e cuja situação financeira já era precária antes mesmo das guerras na Ucrânia e em Gaza fazerem sua economia despencar.

De acordo com Sisi, o Egito perdeu US$ 7 bilhões em receitas cruciais do Canal de Suez em 2024, uma vez que o conflito em Gaza reduziu a navegação no Mar Vermelho após sucessivos ataques de rebeldes houthis a embarcações comerciais. O valor corresponde a mais de 60% do faturamento da via marítima no ano anterior.

Questões de segurança

A transferência de um grande número de palestinos para a Península do Sinai, na fronteira com Gaza, também teria implicações de segurança, alertou o presidente em janeiro. O Hamas e outros grupos de combatentes, afirmou, estão profundamente enraizados na sociedade palestina e provavelmente se mudariam com os refugiados, o que significaria futuras guerras em solo egípcio. Além disso, poderia jogar o país nas mãos da Irmandade Muçulmana, movimento político-religioso radical aliado do Hamas que esteve no poder entre 2012 e 2013 e hoje é classificado como terrorista internamente.

— A deportação ou o deslocamento do povo palestino é uma injustiça da qual não podemos participar — disse.

A linha vermelha da Jordânia também está fundamentada em uma dura realidade: o país enfrenta muitos desafios, incluindo alto índice de desemprego, baixo crescimento econômico e um grande déficit orçamentário, e tem o segundo maior número per capita de refugiados do mundo, 710 mil em uma população de 11,3 milhões de habitantes, segundo o Acnur. Seu território abriga também milhões de palestinos que chegaram em diferentes levas desde a criação do Estado de Israel, em 1948, e cujo exílio acabou tornando-se permanente, pois o retorno para a terra de seus ancestrais nunca foi permitido.

Estima-se que de 55% a 70% da população da Jordânia se identifique como palestina por origem ou nacionalidade. A população cresceu de 750 mil deslocados em 1948 para um número estimado de cinco milhões a sete milhões, incluindo pelo menos 2,4 milhões de refugiados registrados na Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), muitos dos quais são de segunda geração e têm cidadania jordaniana.

O deslocamento prolongado tem causado desafios políticos, sociais e econômicos complexos há décadas para o país, afetando seu crescimento populacional e equilíbrio demográfico, dois fatores no centro das políticas de segurança e estabilidade nacional do reino desde que, em 1970, forças jordanianas e facções da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) se enfrentaram numa breve guerra civil que entrou para a história como o Setembro Negro ao deixar milhares de mortos, a maioria palestinos.

Foto rara mostra Gaza antes da criação do Estado de Israel

Ultranacionalistas israelenses há muito tempo, inclusive, sugerem que o território jordaniano seja considerado um Estado palestino, dada sua composição demográfica, para que Israel possa manter a Cisjordânia, que eles consideram o coração bíblico do povo judeu. A monarquia da Jordânia rejeita veementemente esse cenário.

— Os palestinos passam a imagem de um povo mobilizado, e nenhum governo autoritário quer gente criando caso no seu país — diz Márcio Scalercio, professor de Relações Internacionais da PUC-Rio. — Além disso, como realocar mais de dois milhões de pessoas, boa parte delas pobres, em dois países cuja população é também muito pobre e carente de serviços públicos? É uma política perversa.

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Crise na largada da federação PP-União Brasil

Objeto de negociações que se arrastam há mais de seis meses, a federação partidária PP-União Brasil será, finalmente, formalizada, hoje, em Brasília, em ato no Congresso. Os dois partidos passam a ser a maior força do Legislativo, com mais de 100 deputados e 14 senadores.

Terá também os maiores repasses de verba pública para custeio de campanhas e funcionamento das siglas. A fusão, entretanto, na sua nascença, já vive uma crise. A negociação de federação partidária entre PP e União Brasil foi feita prevendo um rodízio na presidência após a fusão. O acordo para que o ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) fosse este primeiro presidente foi desfeito.

Em seu lugar, deve assumir o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, para esta primeira presidência da federação. Rueda é presidente do partido desde o afastamento de Luciano Bivar, que se envolveu em uma briga política com Rueda após ter perdido a eleição para a sucessão do partido em 2024. 

Após o mandato de Rueda, que ainda não teve duração divulgada, Lira assumiria o comando deste grande bloco parlamentar que está se formando no Congresso. O acordo enfureceu Lira e foi costurado com os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que nunca teveboa relação com Lira. Num dos momentos mais agudos da crise, Lira ameaçou deixar o PP.

As federações partidárias foram introduzidas na legislação eleitoral em 2021. O modelo une duas ou mais siglas que passam a atuar como uma só por, no mínimo, quatro anos. Os arranjos também estabelecem que deve haver um alinhamento das siglas nas campanhas. Isso significa que a federação deve caminhar de forma unificada nas disputas, definindo conjuntamente candidaturas que representem a aliança. 

A formação desse tipo de aliança pode ser benéfica financeiramente para partidos. As regras estabelecem que os resultados eleitorais dos partidos de uma federação devem ser somados para o cálculo da cláusula de barreira.

R$ 1 BILHÃO DE FUNDO – A federação permite que as siglas unidas compartilhem recursos no financiamento das campanhas para custear candidaturas. Somados, PP e União teriam direito a receber a maior fatia, entre os 29 partidos registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do fundo público de financiamento de campanhas: levando em conta os valores distribuídos em 2024, uma eventual federação entre PP e União faria jus a quase R$ 1 bilhão em recursos públicos.

Fusão PSDB-Podemos sai hoje – O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, marcou uma reunião semipresencial para hoje, às 10h, com o objetivo de bater o martelo sobre a fusão com o Podemos. Se aprovada, convocará uma convenção partidária para aprovar o novo estatuto. Segundo Marconi, ela deve ser realizada de 30 a 40 dias depois da reunião. Ele quer anunciar a fusão, hoje, e espera que o Podemos faça o mesmo.

Pendenga no TSE – Já o avanço nas discussões sobre a fusão do PSDB e Podemos vai trazer uma discussão inédita para o Tribunal Superior Eleitoral: como proceder com federações já consolidadas devido ao surgimento de uma incorporação partidária. Isso porque o PSDB já é federado com o Cidadania, que juntos somam 17 deputados federais. Caso a fusão entre PSDB e Podemos seja confirmada ao longo desta semana, os dois partidos deixam de existir automaticamente. No entanto, há acordo entre as duas siglas para que o nome adotado seja novamente o PSDB-Podemos, ganhando em breve um nome definitivo.

Marcelo diz que Raquel é recordista em emendasRompido com a governadora Raquel Lyra (PSD), o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), constrangeu a gestora, ontem, ao cobrar a liberação das emendas parlamentares impositivas. Ao discursar, Raquel ignorou a cobrança, mas o presidente da Amupe, Marcelo Gouveia (Podemos), saiu em defesa da aliada. Disse que a governadora bateu recorde em liberação de emendas, chegando a R$ 270 milhões em dois anos, enquanto o ex-governador Paulo Câmara liberou R$ 295 milhões, mas em oito anos.

CURTAS

CONSTRANGIMENTO – A governadora Raquel Lyra e o ministro Silvio Filho (Portos e Aeroportos) sentaram lado a lado, ontem, no mesão de autoridades na abertura do congresso da Amupe. O constrangimento foi visível. O encontro se deu após o ministro afirmar no meu podcast “Direto de Brasília”, em parceria com a Folha, que a governadora surfa na onda das obras federais no Estado, não tendo nada a mostrar em realizações.

FORÇA FEDERAL – Soube, ontem, que o prefeito do Cabo, Lula Cabral (SD), anda tão preocupado com a crescente violência no município, palco de chacinas recentes, que teria sugerido a governadora a requisitar uma força federal para controlar a situação, impedindo um mal pior.

RUI FALCÃO – No meu podcast “Direto de Brasília”, das 18 às 19 horas, em parceria com a Folha, entrevisto, hoje, o ex-presidente nacional do PT, Rui Falcão (SP), um dos candidatos à presidência do partido na eleição marcada para julho.

Perguntar não ofende: Quem assume o comando em Pernambuco do novo partido derivado da fusão PSDB-Podemos?

Dulino Sistema de ensino

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) realizará no próximo sábado, 3 de maio, dia anterior à eleição suplementar de Goiana, evento público para definir as urnas eletrônicas que serão submetidas aos testes de integridade e de autenticidade. As auditorias têm como objetivo validar o correto funcionamento dos equipamentos em condições normais de uso e a autenticidade dos sistemas eleitorais instalados.

A cerimônia, conduzida pela Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica (Cave), terá início às 08h, na Sala de Sessões do edifício-sede do TRE-PE, localizado na avenida Agamenon Magalhães, nº 1.160, bairro das Graças, no Recife.

Duas urnas eletrônicas, que já estarão prontas para serem usadas na eleição suplementar, serão selecionadas de forma aleatória ou por sorteio e ambas passarão pelas auditorias. Após a definição, os equipamentos serão recolhidos dos locais de votação, em Goiana, e serão transportados até a sede do Tribunal. As informações são do TRE.

No domingo, 4 de maio, ao mesmo tempo em que a votação normal acontece, será realizada a auditoria para verificação do funcionamento das urnas sorteadas na data anterior.

O evento de definição das urnas para os testes de integridade e autenticidade é público e pode ser acompanhado por todos, presencialmente ou por meio de transmissão on-line, no canal do TRE Pernambuco no YouTube.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comparecerá aos atos do Dia do Trabalho organizados pelas centrais sindicais pela primeira vez neste terceiro mandato, mas gravou um pronunciamento para a data que será exibido em cadeia de rádio e televisão.

As gravações foram feitas ao longo da manhã e no começo da tarde desta segunda-feira no Palácio da Alvorada, coordenadas pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira. No primeiro ano do terceiro mandato, Lula também fez pronunciamento em razão da data.

No ano passado e em 2023, o presidente esteve nos atos conjuntos das centrais sindicais em São Paulo. Em 2022, quando era pré-candidato a presidente, Lula também compareceu. As informações são do Jornal O Globo.

A decisão de não participar acontece agora depois que o ato do ano passado, realizado em frente ao estádio do Corinthians, na Zona Leste de São Paulo, foi considerado um fiasco por causa da baixa presença de público.

O episódio desgastou o ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, responsável pela organização do evento, com o presidente. Desde então, a sua saída do cargo passou a ser especulada nos bastidores do governo. Neste ano, Macêdo foi afastado das articulações do governo com as centrais.

Depois de sete anos, as centrais sindicais não realizarão este ano um ato unificado do Dia do Trabalho. Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central Sindical de Trabalhadores e Pública farão um evento na Zona Norte da capital paulista. A CUT participará apenas como convidada e não como organizadora. Para tentar melhorar a presença de público, foi decidido retomar os sorteios de carros. A CUT nunca adotou essa prática.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que é filiado a CUT, fará um outro ato com outros sindicatos locais em São Bernardo do Campo, berço político de Lula.

De acordo com aliados, o presidente manifestou desejo de ir ao evento de São Bernardo, mas avaliou que não pegaria bem desprezar as demais centrais sindicais. Assim, optou por ficar em Brasília. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, representará o governo nos dois atos. Macêdo também deve comparecer, segundo a organização do ato de São Paulo.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, ainda mantém esperança que Lula compareça ao ato do dia 1º.

— O Lula só não foi em atos do 1º de Maio quando estava preso. Fizemos de um jeito que ele pode vir aqui em São Paulo e depois em São Bernardo. É importante que ela venha porque vai reunir milhares de pessoas, é um dia de celebração das lutas operárias. Para nós, ter a presença de um presidente como o Lula, que é operário, seria fundamental.

Nesta terça-feira, as centrais sindicais farão uma marcha em Brasília. Um documento de pauta da classe trabalhadora foi elaborado para ser entregue aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e ao presidente Lula. Entre os 26 itens do texto, está o fim da escala 6 x 1. De acordo com integrantes do governo, não existe possibilidade de o tema ser encampado pela gestão petista no momento. O primeiro tópico do documento defende a redução da jornada do trabalho, sem redução de salário. Lula deve se reunir com os presidentes das centrais sindicais no fim da manhã no Palácio do Planalto.

Ipojuca - IPTU 2025 - Vencimento 30 Abril

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (União-PE), anunciou que irá convidar o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para a primeira audiência pública sobre o tema. Segundo Mendonça, a participação do ministro é fundamental para esclarecer os objetivos da PEC 18/2025 e responder aos questionamentos dos parlamentares. O relator também adiantou que serão realizadas outras audiências públicas com governadores das cinco regiões e representantes de diversas áreas ligadas à segurança pública.

Designado relator nesta segunda-feira (28), Mendonça Filho destacou a necessidade de promover uma discussão ampla sobre a proposta, considerada prioritária. “A segurança pública é uma pauta urgente que inquieta a população e precisa ser debatida com profundidade”, afirmou. Na CCJ, o foco do relatório será analisar a admissibilidade e a constitucionalidade da PEC, antes de o mérito ser apreciado em uma comissão especial.

A PEC propõe mudanças na Constituição, como a inclusão do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), a constitucionalização dos fundos nacionais de segurança e penitenciário, e a ampliação das atribuições da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Também está prevista a inclusão das guardas municipais no rol dos órgãos de segurança pública, com atuação limitada à segurança urbana, sem sobreposição às funções das polícias civis e militares.

Caruaru - São João na Roça

A plataforma Coreto, iniciativa da Prefeitura do Recife voltada para conectar governo, empresas, academia e sociedade civil em prol da inovação, recebeu seu primeiro desafio privado. A ação foi lançada pela montadora Shineray do Brasil, que busca soluções tecnológicas para automatizar a triagem de motores e chassis durante o processo de montagem de veículos. As inscrições estão abertas até esta sexta-feira (2) pelo site https://coreto.recife.pe.gov.br.

O desafio prevê a seleção de projetos para cocriação com a empresa, com investimento inicial de R$ 50 mil para o desenvolvimento de um Produto Mínimo Viável (MVP). “A proposta é simples e poderosa: reunir startups, pesquisadores e empreendedores que possam contribuir com ideias inovadoras”, destacou o secretário de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia do Recife, Rafael Cunha. Segundo Aury Veras, gerente de produção da Shineray, a expectativa é que a iniciativa traga ganhos em eficiência e qualidade no processo de produção.

Lançada há menos de seis meses, a plataforma Coreto já soma mais de 500 cadastros e também oferece desafios públicos em áreas como Saúde, Limpeza Urbana, Agricultura Urbana, Assistência Social e Tecnologia Assistiva. Desenvolvida em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a plataforma visa impulsionar o ecossistema de inovação da cidade e fortalecer a economia criativa e tecnológica do Recife.

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

Moradores do Residencial Santa Luzia, em Belém de Maria, interditaram a PE-123 na tarde desta segunda-feira (28) em protesto contra a falta de abastecimento de água. Segundo os manifestantes, as torneiras estão secas há nove dias, e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) não apresentou solução. Galhos e entulhos foram usados para bloquear a rodovia nos dois sentidos, com a promessa de que só liberarão a via após um retorno concreto da estatal.

O residencial foi entregue em 2014 para famílias atingidas pelas enchentes de 2010 e 2011. De acordo com os moradores, já foram abertos diversos protocolos de reclamação na Compesa, mas sem resposta efetiva. “A gente sabe que existem rodízios, mas não nesse nível e muito menos sem aviso prévio”, afirmou um dos manifestantes, que também criticou a falta de apoio da Prefeitura.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

A Prefeitura de Araripina iniciou o pagamento dos servidores municipais referente ao mês de abril. O cronograma prevê o pagamento da Autarquia Educacional do Araripe (AEDA) nesta segunda-feira (28), dos profissionais da Educação e da Assistência Social na terça-feira (29) e, por fim, dos servidores da Secretaria de Saúde e da sede da Prefeitura na quarta-feira (30). O pagamento já havia sido iniciado no dia 16 de abril para os beneficiários da ARAIPREV.

O prefeito Evilásio Mateus destacou que a gestão trabalha para manter os salários em dia. “Desde o início da nossa gestão, temos trabalhado com responsabilidade para garantir o pagamento dos servidores em dia. Sabemos que essa é uma prioridade para muitas famílias, que dependem desse recurso para seu sustento”, afirmou.

A administração do prefeito Evilásio Mateus e do vice-prefeito Bringel Filho (PDT) reforçou que o pagamento pontual dos salários também contribui para a movimentação da economia local, gerando empregos, renda e beneficiando diretamente a população.

Toritama - FJT 2025

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a pasta manterá o financiamento das atividades da Casa Hope, instituição que acolhe crianças em tratamento contra o câncer em São Paulo. O compromisso foi assumido após pedido do ministro do Empreendedorismo, Márcio França, que levou a demanda ao Ministério da Saúde. Padilha garantiu que o apoio será mantido e, se necessário, ampliado, utilizando instrumentos de parceria já existentes. Assista:

Palmares - Pavimentação Zona Rural

O presidente Lula (PT) vem sofrendo pressão tanto para demitir quanto para manter o ministro Carlos Lupi (Previdência) após o escândalo no INSS.

O que aconteceu

  • Membros do governo avaliam que situação é insustentável. Aliados argumentam que o caso, que aponta para desvio de bilhões de reais de aposentados e pensionistas, pode se tornar a maior crise do governo e, quanto mais tempo o ministro ficar, pior para o governo.
  • Aliados dizem que tudo que Lula não precisa é de uma nova crise. Se esta já está instalada, o melhor jeito de lidar, argumentam, é tentando limar todos os possíveis responsáveis ou coniventes. As informações são do UOL.
  • Lupi foi alertado sobre o aumento de descontos não autorizados em 2023. Atas de reuniões do Conselho Nacional da Previdência Social mostram que o primeiro aviso foi feito em 12 junho, mas a primeira medida do INSS só foi tomada em março de 2024, quase um ano depois.
  • Ministro tem dito que tomou as providências necessárias. À Folha de S.Paulo, ele afirmou no final de semana que tinha “muita safadeza”, mas que “não foi omisso”. Lupi, porém, foi responsável pela indicação do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi demitido por Lula assim que o escândalo estourou na semana passada.
  • Aliados avaliam que, quanto antes estancar a sangria, melhor para Lula À medida que o ministro se mantém no cargo, mais munição o governo dá à oposição, em um momento de fragilidade, com alta impopularidade de Lula.

PDT ameaça desembarque

  • Partido de Lupi se diz inflexível. A bancada do PDT na Câmara afirma que, se Lupi for demitido, a legenda não deve indicar outro nome e é provável que desembarque do governo Lula, o que teria um peso simbólico. A sigla conta com 17 deputados e três senadores.
  • O PDT não esconde a insatisfação com Lula. A bancada na Câmara se diz que o descontentamento com o governo “não é de hoje” e que, se perder o único ministro que tem na Esplanada, não tem motivo para seguir no governo. Para parlamentares, o governo está “fritando” o ministro. Sem um posicionamento público de Lula, Lupi estaria exposto, com especulações sobre sua demissão e envolvimento, o que para eles é uma sinalização de que a gestão “não se importa com o PDT”.
  • Aliados de Lupi acusam Lula de “se importar mais com o irmão” do que com o ministro. Como o UOL mostrou, o sindicato do qual Frei Chico é diretor vice-presidente teve um crescimento súbito na arrecadação nos últimos anos. Para pedetistas, o irmão mais velho de Lula é a prioridade de defesa, não o ministro.

Lula está avaliando cenários

  • Lula tem levado a crise em banho-maria, sem indicações explícitas de demissão. Como em quase todas as outras situações de troca de ministro, o presidente tem levado tempo e ouvido diferentes partes, dando chance à defesa e às explicações do subordinado.
  • Presidente ainda não se pronunciou. Apesar da pressão e da sugestão de aliados, o presidente não falou diretamente do assunto. A Secom (Secretaria de Comunicação) diz que as ações do governo falam por si e mostram o empenho em resolver a questão.
  • A prioridade do governo tem sido devolver o dinheiro. Segundo auxiliares, Lula ficou irritadíssimo com o esquema, cobrou explicações de Lupi e determinou restituição total dos valores fraudados. Na última quinta, a CGU (Controladoria-Geral da União) suspendeu o desconto de todas as associações e prometeu já devolver os valores de maio.
  • A Operação Sem Desconto identificou descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. Segundo a investigação, a cobrança irregular chega a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024 e atinge cerca de 6 milhões de pessoas.

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP) se reuniu com o candidato a prefeito de Goiana, Marcílio Régio (PP), e com o ex-prefeito Eduardo Honório (União) para tratar da reta final da campanha e da articulação de novos investimentos para o município. O encontro, que também contou com a presença do deputado estadual Cleiton Collins, buscou alinhar estratégias políticas e ações junto aos governos estadual e federal.

Durante a conversa, foram discutidas propostas para fortalecer a economia de Goiana, que abriga polos industriais relevantes como o automotivo, farmacêutico e vidreiro. A chapa liderada por Marcílio reúne o apoio de 13 partidos, formando a maior aliança política da história do município. “Marcílio tem todas as credenciais para continuar o trabalho de Eduardo Honório. Ele tem feito uma campanha propositiva, com trabalho, respeito e compromisso com o futuro da nossa cidade. Estamos juntos para construir uma Goiana ainda mais forte, com novos investimentos e mais oportunidades para a população”, destacou Eduardo da Fonte.

No programa de hoje, analisei os desdobramentos da investigação que aponta para indícios de lavagem de dinheiro” envolvendo diretores e procuradores da (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), no escândalo dos descontos indevidos em aposentadorias do INSS. Clique aqui e ouça. O Frente a Frente é ancorado por este blogueiro e transmitido pela Rede Nordeste de Rádio para mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia.

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Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

A recente chegada do deputado federal Felipe Carreras (PSB) ao grupo político do prefeito de Lajedo, no Agreste, Erivaldo Chagas (Republicanos), causou um arranhão na relação entre o ministro Silvio Costa Filho (Republicanos) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB). O ato de Carreras foi à revelia de João.

Este blog apurou que Silvinho está chateado com a situação e que o movimento de Carreras foi entendido como uma invasão de bases. De acordo com as informações recebidas por nossa equipe, João Campos tentou intermediar a situação e fazer com que o prefeito de Lajedo não deixasse o grupo de Silvinho, sem sucesso.

O prefeito Erivaldo Chagas tem afirmado nos bastidores que tudo foi combinado com diálogo e que o próprio Silvinho estaria sabendo da movimentação. Mas aliados do ministro de Portos e Aeroportos negam.

Durante o Congresso da Amupe, nesta segunda-feira (28), João Campos ressaltou a amizade com Silvinho e amenizou a situação. Em entrevista para a repórter Laura Carvalho, do Blog da Folha, o prefeito do Recife afirmou que “Silvio é um amigo, um aliado político, uma pessoa que eu tenho muita estima”.

“Nesse momento de construção de candidaturas proporcionais, é natural ter enfrentamentos na base de uma cidade. E, claro, é papel meu, papel do ministro Silvio, papel de quem comanda o partido ajudar a tranquilizar a base, a organizar, a buscar consensos”, explicou Campos.