Petrolândia recebe curso voltado para Eleições 2024

O município de Petrolândia, no Sertão do Estado, é a próxima parada do ESA na Estrada, que, juntamente com a OAB, promove o curso Regras para Eleições 2024, ministrado pelos advogados Diana Câmara e Allan Pereira Sá, ambos especialistas na área. 

O encontro, amanhã, será realizado na Câmara de Vereadores, a partir das 14h, com emissão de certificado de 3h/aula. As inscrições para quem deseja participar estão sendo realizadas da sede da OAB Petrolândia, que abrange também os municípios de Floresta, Inajá, Manari, Jatobá e Tacaratu. 

O encontro vai abordar temáticas como Registro de candidatura; Propaganda eleitoral; e Processo eleitoral e novas tecnologias. O evento é voltado para advogados e assessores de candidatos que pretendem atuar nas campanhas eleitorais de 2024. 

Diana Câmara é advogada há quase 20 anos e atua em campanhas eleitorais em Pernambuco desde 2008, tendo contribuído com o jurídico de diversas disputas majoritárias para o Governo do Estado e prefeituras, e proporcionais. Também já atuou em pleitos para o Governo de São Paulo e tem livros na área. Allan Pereira Sá também é especialista na área de Direito Eleitoral e tem vasta experiência em eleições. Atualmente, preside a subseccional de Serra Talhada.

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Do jornal O Globo

A divulgação do primeiro depoimento da delação do tenente-coronel Mauro Cid gerou um embate partidário entre petistas e bolsonaristas nas redes sociais.

Conforme revelado pelo colunista Elio Gaspari, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro detalhou os grupos que estariam envolvidos na tentativa de ruptura da ordem democrática. Também relatou que Michelle e Eduardo Bolsonaro integravam a ala mais radical do grupo mais próximo a Jair Bolsonaro.

Citado como um dos integrantes do grupo mais radical que incentivava o golpe, o senador Jorge Seif Junior (PL-SC) afirmou que as menções a ele na delação são “falaciosas, absurdas e mentirosas” e que vai ingressar com “medidas jurídicas cabíveis” em relação ao vazamento do depoimento.

“Jamais ouvi, abordei ou insinuei nada sobre o suposto golpe com o presidente da República nem com quaisquer dos citados na delação vazada”, escreveu o parlamentar em suas redes sociais.

A presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann classificou o conteúdo da delação como “muito grave”. A parlamentar ressaltou a ligação próxima entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus familiares citados no depoimento, o filho Eduardo, e a esposa Michelle Bolsonaro.

“Eram e ainda são as pessoas mais próximas do inelegível e seus maiores porta-vozes na política. Fica cada vez mais insustentável a conversa mole de que ele não tinha nada a ver com a trama contra a democracia, que previa até o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes”, publicou a deputada.

O deputado federal e ex-secretário da Cultura de Bolsonaro, Mário Frias (PL-SP) disse que a divulgação da delação faz parte de um movimento orquestrado para “fazer alguma covardia”.

“Estão trazendo uma matéria antiga em tom de novidade para justificar alguma ação arbitrária e ilegal contra eles. Esse é o papel da assessoria de propaganda do Regime de Exceção, criar a narrativa de metalinguagem para justificar as ações ilegais da metajurídica”, escreveu.

Deputado federal da base governista, André Janones (Avante-MG) também divulgou a notícia em suas redes .

“Mauro Cid disse em sua delação que Michelle Bolsonaro e o Eduardo Bolsonaro foram a parte mais radical dos que tentaram dar um golpe no nosso país. Tá chegando a hora de vermos muitos vagabundos serem presos. Tic tac”

Conheça Petrolina

O município de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, já registrou cerca de 300 mm de chuva na zona rural em janeiro, período conhecido pelo aumento nas precipitações. Com os transtornos causados pelo excesso de água, equipes da Secretaria de Desenvolvimento Rural começaram a percorrer as comunidades para identificar os pontos mais afetados e definir ações emergenciais.

Nesta semana, foram realizadas intervenções em áreas críticas, como o trecho entre os sítios Roseno e Santo Antônio, no distrito de Rajada, onde houve troca de material em pontos de atoleiros para melhorar a mobilidade. Outras localidades, como Vila 12 e Izacolândia, também receberam atenção. Trechos como Baixa Alegre a Cristália, Uruás, Caroá a Caititu e Sítio Garcinha a Volta do Riacho estão no planejamento para receber serviços de patrolamento e tapa-buracos, que deverão ser executados após o fim do período chuvoso.

Ao longo do ano, a prefeitura realiza ações de patrolamento em estradas dos Perímetros Irrigados e regiões de sequeiro, buscando melhorar o acesso dos moradores e facilitar o escoamento da produção agrícola local.

Moradores da zona rural podem colaborar informando pontos críticos à Secretaria de Desenvolvimento Rural pelo telefone (87) 3983-6424.

Camaragibe Avança 2024

Do Poder360

O Aeroporto de Confins (MG) recebeu 3.660 pessoas deportadas dos EUA em 32 voos fretados pelo governo norte-americano de 27 de janeiro de 2023 a 10 de janeiro de 2025. A informação é da BH Airport, empresa que administra o aeroporto na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

Essas deportações foram realizadas a partir do início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enquanto Joe Biden (Democrata) era presidente dos EUA. Desde segunda-feira (20), o presidente dos EUA é Donald Trump (Republicano).

O primeiro voo de deportação dos EUA para o Brasil em 2025 chegou a Confins em 10 de janeiro, 10 dias antes da posse de Trump. Em 2024, o primeiro voo de deportação dos EUA a chegar a Confins foi em 26 de janeiro. Em 2023, em 27 de janeiro.

Houve 17 voos de deportação de brasileiros durante o governo de Biden a partir da posse de Ricardo Lewandoski como ministro da Justiça em fevereiro de 2024.

Na sexta-feira (24), chegou ao Brasil outro voo, o 1º do governo de Trump. O avião deveria ir para Confins. Mas teve problemas técnicos e precisou pousar em Manaus (AM).

Os passageiros deportados desembarcaram algemados e com os pés acorrentados. Lewandowski criticou o uso de algemas. Disse que foi “desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”. Determinou que seguissem para Confins em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira).

O procedimento padrão para passageiros deportados é viajarem algemados e com os pés acorrentados. Essa situação é conhecida desde o início dos voos para deportação de brasileiros durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Autoridades norte-americanas dizem que isso é necessário para impedir que algum passageiro deportado ataque a tripulação e coloque o voo em risco.

Biden deportou mais

Os EUA deportaram 7.168 brasileiros no governo de Biden. O balanço do Department of Homeland Security (departamento de segurança interna em português) considera os anos fiscais, que se iniciam em outubro do ano anterior ao ano de referência e vão até setembro do ano de referência.

No caso do governo de Biden, são deportações dos anos fiscais de 2021 a 2024, que vão de outubro de 2020, ainda no primeiro mandato de Trump, até setembro de 2024. Houve outros voos de deportação durante o governo Biden de outubro de 2024 a janeiro de 2025 que não entram nesse balanço.

Os EUA deportaram mais brasileiros no governo de Biden do que nos governos anteriores, o primeiro mandato de Trump, nos anos fiscais de 2017 a 2020, e o segundo mandato de Barack Obama (Democrata), nos anos fiscais de 2013 a 2016.

O total de deportações de todas as nacionalidades foi menor no governo de Biden. Portanto os brasileiros representaram uma proporção muito maior. Os brasileiros foram 1,3% dos deportados no governo de Biden, 0,7% no de Trump e 0,4% no de Obama.

Houve 17 voos de deportação de brasileiros durante o governo de Biden a partir da posse de Ricardo Lewandoski como ministro da Justiça em fevereiro de 2024…. Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/poder-internacional/governo-lula-recebeu-32-voos-de-deportados-dos-eua-com-biden/) © 2025 Todos os direitos são reservados ao Poder360, conforme a Lei nº 9.610/98. A publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia são proibidas.

Caruaru - IPTU 2025

Do blog Dantas Barreto

O ex-vereador Ebinho Florêncio e Luciana Nunes assumiram o comando compartilhado do diretório do partido Rede Sustentabilidade no Recife. A eleição aconteceu, neste domingo (26), no Clube Internacional. Os dois porta-vozes, como é estabelecido na legenda, foram eleitos com 88% dos votos dos filiados. Com essa vitória, o grupo ligado ao deputado federal Túlio Gadelha se fortalece na Rede.

Ao tomar posse, Ebinho Florêncio falou como pretende comandar o partido junto com Luciana. “Assumimos a missão de consolidar a atuação da Rede na cidade, com base nos princípios da sustentabilidade, inclusão e diálogo com a sociedade”, garantiu.

Túlio Gadêlha destacou o caráter participativo do evento. “Foi a maior conferência da história do nosso partido no Recife. Um processo democrático, onde os filiados tiveram a oportunidade de votar e discutir juntos o futuro do nosso partido na cidade”, destacou o deputado.

A Rede Sustentabilidade integra a mesma federação com o Psol nacionalmente, mas em Pernambuco há uma divisão. No ano passado, Túlio Gadêlha tentou ser candidato a prefeito, porém tinha minoria e a escolhida foi a deputada estadual Dani Portela (Psol). Contudo, o grupo da parlamentar migrou recentemente para o PT, caminho que a própria Dani deverá seguir em 2026 para tentar a reeleição.

Em março deste ano, acontecerá a Conferência Estadual da Rede para eleger a futura direção em Pernambuco.

Belo Jardim - Construção do CAEE

Do jornal O Globo

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que as críticas feitas à proposta de redução de impostos para alimentos importados seriam uma “gritaria” feita por representantes da bancada agropecuarista. Em um post no X neste sábado, ela afirmou que são espalhadas “mentiras sobre a decisão do presidente Lula de trabalhar para reduzir o preço dos alimentos”. De acordo com ela, a ofensiva estaria ligada à organização da oposição para 2026.

“A bancada agropecuarista já começou a espalhar mentiras sobre a decisão do presidente Lula de trabalhar para reduzir o preço dos alimentos. Ao contrário do que dizem seus representantes, Lula não está culpando nem agindo contra o agronegócio na questão do custo dos alimentos. O presidente mandou avaliar medidas, que nem foram anunciadas ainda, para garantir comida na mesa do povo”, escreveu Gleisi.

Ela também questionou porque uma medida que seria “voltada para o bem da população” tem sido alvo de críticas e afirmou que o presidente atendeu aos interesses do agronegócio com o Plano Safra, lançado em 2024. “Só mesmo a motivação política e eleitoreira pode explicar a gritaria contra um governo que financiou o setor com o maior Plano Safra da história do país. De fato, a oposição já está em campanha para 2026”, ela completou.

As críticas, por sua vez, vieram quando o ministro da Casa Civil, Rui Costa, comentou sobre a possibilidade de o governo reduzir a taxação de alimentos importados para conter a alta de preços. A hipótese foi pensada após o presidente Lula cobrar por uma solução rápida para a inflação na compra desses produtos.

Após um novo encontro com o presidente nesta sexta-feira, Rui Costa falou à imprensa que o governo avaliaria reduzir o imposto de importação para enfrentar o problema.

— Se os preços desses produtos no mercado internacional estiverem mais baixos do que no mercado nacional, isso será rapidamente analisado e a alíquota de importação desses produtos será reduzida. Ou seja, os produtos que estejam com o preço interno maior do que o preço externo, nós atuaremos na redução de alíquota para forçar o preço a vir pelo menos para o patamar internacional — disse Costa.

O anúncio não foi bem recebido por lideranças do agronegócio. No comando da bancada ruralista no Congresso Nacional, o deputado Pedro Lupion (PP-PR) classificou em nota a proposta como “mais uma medida desesperada e mal pensada do governo”. Em entrevista ao GLOBO, ele também acrescentou que as tentativas de Lula de elevar a arrecadação trazem desconfiança para o grupo político.

— São várias trapalhadas, e isso acaba gerando uma frustração enorme no setor que depende de um bom ambiente econômico para investir na produção. Temos muita preocupação com a questão do direito de propriedade, da segurança jurídica, de acesso ao crédito e de seguro agrícola. O setor está meio que caminhando sozinho — diz Lupion.

O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro de Carvalho, encaminhou áudios a torcedores do Santa Cruz afirmando que eles deveriam “ter coragem para trocar tapas ou tiros” com os integrantes do corpo de árbitros do Estado.

Evandro está sendo cobrado após os erros do trio que apitou o clássico entre o Náutico e o tricolor, realizado ontem e vencido pelo Timbu por 2 a 1. A partida contou com um erro grotesco da arbitragem a favor do alvirrubro.

“Vai tomar no … Vocês são uns babacas. Tudo frouxo! Não tem coragem pra trocar tapa, trocar tiro e preferem ficar falando besteira em celular. Deveriam ter coragem para ir trocar tapa, trocar tiro, fica conversando besteira em celular”.

O jogo em questão foi apitado por Deborah Cecília, que foi afastada pela Federação. O campeonato pernambucano de futebol não tem VAR.

Um dos mais influentes jornais do País, O Globo abriu três páginas inteiras na sua edição de hoje para enaltecer o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Não foi uma matéria convencional. O repórter Caio Sartori foi fundo no histórico do herdeiro político de Eduardo Campos. Aos que entendem da natureza política, O Globo quis dizer, traduzindo ao pé da letra, que vê João como a mais nova e expressiva liderança de esquerda no plano nacional pós Lula.

Da escola do pai e do bisavô Miguel Arraes, João foi ninja. Deu a Lula, que está em baixa, enfrentando o revés da pior crise do seu terceiro governo, a da desastrosa intervenção no PIX, tratamento de estadista. E disse que vai trabalhar pela reeleição do petista, a maior e mais incontestável liderança de esquerda do País, segundo ele.

Claro que Lula adorou. Sabe que, a partir de maio, João deixa um pouco a província de lado e assume um protagonismo nacional como presidente do PSB, sucedendo a Carlos Siqueira. Protagonismo voltado todo para fortalecer um governo que não vai bem e colocar Lula como prioridade em seu projeto de reeleição.

Nunca um prefeito do Recife teve tanto espaço no plano nacional. João aproveitou também para dar umas estocadas na governadora Raquel Lyra, com quem vai duelar o Palácio do Campo das Princesas em 2026. Quando forçado a tratar de 26 e da provável adversária, disse o seguinte abaixo:

“As pessoas querem resultados. Estamos num tempo em que o simbólico é muito importante, mas o concreto também. Não adianta falar e não fazer. As pessoas querem ver o resultado. Isso faz toda a diferença na hora da indicação de voto. Eleição é comparação”.

Para um bom entendedor, João quis dizer: “Eu faço, Raquel não faz”.

O deputado estadual Luciano Duque (Solidariedade) participou, na manhã deste domingo (26), de uma reunião com as cerca de 300 famílias da comunidade da barragem de Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho. Os moradores enfrentam a ameaça de remoção por decisão judicial, já que a área, atualmente de propriedade da Compesa por concessão do Governo do Estado, é considerada de preservação permanente (APP).

Luciano Duque destacou o compromisso de buscar uma solução que concilie o direito à moradia e o desenvolvimento sustentável da região, onde as famílias vivem há mais de 20 anos. “O presidente da Compesa já está ciente do caso, assim como o prefeito do Cabo, Lula Cabral. Estamos unindo esforços para garantir uma saída justa para essas famílias”, afirmou o deputado.

O parlamentar também informou que já se reuniu com uma comissão de representantes da comunidade e a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Benevides, que se comprometeu a levar a questão à governadora Raquel Lyra. “Estamos trabalhando para que essas famílias tenham sua situação regularizada, sem comprometer a preservação ambiental da área”, reforçou.

A mobilização liderada por Luciano Duque demonstra o compromisso com os direitos das famílias e o equilíbrio entre moradia e proteção ambiental. A expectativa é que, com o envolvimento dos órgãos responsáveis, seja encontrada uma solução definitiva para o impasse.

Do jornal O Globo

O chapéu branco modelo Panamá que passou a usar para esconder os curativos vai ficar de lado a partir de agora, disse Luiz Inácio Lula da Silva em reunião com os ministros, na segunda-feira, ao se declarar “totalmente recuperado”. No mesmo encontro, no entanto, o presidente afirmou que não definiu ainda se vai concorrer à reeleição em 2026, que chegar bem até lá dependia de Deus e que gostaria de ter saúde para fazer o sucessor.

A ponderação acentuou a impressão que auxiliares já vinham colhendo em conversas reservadas com Lula: a disposição para o cotidiano árduo da política está distante da exibida nos mandatos anteriores. Nas últimas semanas, O GLOBO ouviu ministros e demais assessores presidenciais sobre como o petista tem se comportado a portas fechadas, especialmente depois do acidente doméstico que o levou a fazer uma cirurgia às pressas em dezembro para conter uma hemorragia na cabeça.

Todos são unânimes em dizer que a saúde do presidente, que tem 79 anos, está em dia e que ele tem adotado uma rotina rigorosa de cuidados pessoais, auxiliado pela primeira-dama Janja. Mas quem convive com Lula no dia a dia do governo reconhece que ele tem se tornado um político menos disponível e, por vezes, mais impaciente em reuniões. O mandatário não faz, por exemplo, encontros aos finais de semana como costumava realizar nas gestões passadas, não dedica tanto tempo para conversas com parlamentares nem gosta de ser incomodado tarde da noite. Segundo um ministro, o petista já deixou claro que quer o sábado e o domingo “para ele” sempre que possível — o que não o impede de telefonar a ministros quando julga necessário.

No início do governo, Lula passou a fazer reuniões no começo da noite no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Após o acidente, esses encontros ficaram mais escassos. De um lado, o presidente demonstra vontade de ter mais tempo livre. Do outro, tem a necessidade de descansar mais para aguentar compromissos muitas vezes exaustivos durante a semana ou em viagens, que, por ora, estão suspensas.

Essa dinâmica acaba se refletindo na agenda do presidente que, não raramente, sofre alterações em cima da hora para não tornar a rotina extenuante. Assuntos mais áridos são tratados no início do expediente, quando Lula se sente mais disposto. Procurada, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) não comentou.

Susto com a queda

Em conversas com ministros, o presidente ainda rememora como ficou impressionado com o fato de ter sido operado às pressas em São Paulo, em 10 de dezembro. Naquele dia, Lula passou mal enquanto despachava no Palácio do Planalto e, após fazer um exame de imagem na cabeça, constatou uma hemorragia intracraniana. Diante da gravidade da situação, foi transferido na madrugada para a unidade de São Paulo do Hospital Sírio-Libanês, onde realizou uma cirurgia sem intercorrência. Em entrevista, o médico Roberto Kalil, um dos responsáveis pelo tratamento do petista, disse que “corria o risco de acontecer o pior”.

Após receber alta, Lula foi liberado pelos médicos para exercer todas as atividades que cabem à Presidência. Mas o petista tem dado sinais de que, para tentar a reeleição, terá que avaliar o seu estado de saúde em 2026.

— Tenho certeza que o presidente Lula chegará com saúde e apetite em 2026 para defender o nosso governo. A melhor forma de fazê-lo é ser candidato à reeleição — minimiza o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Outro episódio que marcou Lula e tem sido repetido por ele em diferentes momentos foi a pane na aeronave que o trazia do México para o Brasil, em outubro do ano passado. Devido ao problema técnico, o avião oficial precisou ficar por horas dando voltas no ar e gastando combustível para poder aterrissar. O incidente deixou Lula incomodado. O ocorrido foi relembrado na reunião ministerial na semana passada como um momento de adversidade vivido pelo petista.

Incômodo com Biden

O caso da candidatura de Joe Biden nos Estados Unidos também deixou o presidente incomodado. Lula chegou a comentar na reunião ministerial como o ex-presidente norte-americano havia errado ao demorar a se afastar e indicar Kamala Harris como sucessora. A ideia de alguém que gozava de prestígio internacional e acabou prejudicando sua biografia ao insistir numa campanha causou impacto no petista, afirmam pessoas próximas.

— Não vejo saída fora da candidatura do presidente Lula. Tenho absoluta convicção de que, com a vitalidade e disposição que ele exibe hoje, será nosso candidato — reforça o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

No governo, pondera-se que não interessaria a Lula confirmar a reeleição neste momento para não dar munição aos rivais e antecipar a disputa. Ainda assim, interlocutores do petista reconhecem o peso que Lula carrega ao ser o único político que está em campanha permanente ao longo das últimas três décadas e de ser recordista de mandatos presidenciais desde a redemocratização — ao todo, com três.

Mas pessoas próximas ao petista têm buscado convencer o presidente de que não há alternativa além dele no PT para encarar um opositor da direita em 2026.

Entre os integrantes do partido, a confiança de que Lula não desistirá da candidatura deriva de duas constatações. A primeira é a que o “lulismo” segue como um campo muito maior do que o petismo. A preço de hoje, qualquer outro nome implicaria num risco muito maior de derrota ao partido. A ausência de sucessores e nomes populares no campo de esquerda também fazem com que opções da legenda enxerguem na campanha de Lula condição fundamental para impulsionar a candidatura de quadros do PT.

A segunda constatação é que Lula segue mostrando enorme interesse pela política e teria muita dificuldade em simplesmente se afastar do jogo do poder. Um integrante da direção petista diz que tem certeza de que Lula “está louco para ser candidato” e que sonha ampliar a margem de presidente com mais mandatos na História no regime democrático — já são dez anos na Presidência e podem virar 16 caso seja reeleito e fique até 2030.

Do Blog Marcelo Damasceno

Em 1982, o sertanejo Ranilson Ramos era eleito com expressiva votação para a câmara municipal de Petrolina. Cumpriu esse mandato, de 1983 a 1986, exercendo a presidência da casa Plínio Amorim no biênio 1985/1986.

Como vereador e liderança política de Petrolina, Ranilson Ramos tocou importantes projetos de lei que fortaleceram atividades sociais e do desporto petrolinense. Com suas ligações profundamente afetivas com o Palmeiras Esporte Clube no tradicional bairro Atrás da Banca, além do seu empenho pessoal em dar visibilidade e destaque histórico com muita robustez à festa de centenário do jurista, deputado federal e jornalista, Manoel Francisco de Souza Filho, nome do fórum da cidade e importante avenida urbana.

Eleito deputado estadual em 1986 por Pernambuco, Ranilson Ramos interrompeu seu mandato de vereador que se estenderia até 1988.

Em 1989, Ranilson Ramos foi relator do capítulo sobre tributação na Assembleia Legislativa de Pernambuco para a Constituição deste Estado. Sua relatoria até hoje tem sido reconhecida, entre seus pares daquele ciclo político, como fundamental na condução econômica de Pernambuco quanto a condução tributária em contextos aos encargos sociais e racionalidade econômica nas atividades de pequenas e grandes empresas nos 184 municípios pernambucanos.

Hoje, Conselheiro do Tribunal de Contas de Pernambuco onde foi presidente no biênio 2022/2023, Ranilson Ramos é formado em Economia e estudioso da política que rege o desenvolvimento dos municípios a partir de suas vocações econômicas e sociais aliadas a um esboço tributário. Em tempos de escassez no universo político de perfis públicos, Ranilson Ramos é uma referência para o debate social pernambucano. Da vocação e tenacidade política que tanto se fazem necessárias nesses dias de incredulidade eleitoral em currículos da cidadania.

Do jornal O Globo

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, acompanhou o desembarque dos brasileiros deportados dos Estados Unidos (EUA) após a posse do presidente Donald Trump. Em vídeo publicado nas redes sociais, a ocupante da Esplanada dos Ministérios afirma que países podem ter políticas migratórias, mas sem violar direitos de ninguém.

O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com os 88 brasileiros aterrissou no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte (MG), às 21h10 de sábado.

A ministra também repercutiu o relato de brasileiros deportados de que teriam sido agredidos por agentes norte-americanos durante voo de repatriação. Macaé classificou como “muito grave” o episódio, em entrevista a jornalistas ao recepcionar os brasileiros extraditados.

— A gente tinha numa mesma aeronave famílias, crianças, crianças com autismo, com algum tipo de deficiência, que passaram por situações muito graves — disse a ministra.

Em postagem do governo federal, Macaé afirma que “o que aconteceu no voo foi a violação dos direitos dos brasileiros”.

Segundo o Estado de Minas, os brasileiros relataram que as agressões aconteceram no Panamá, durante a parada da aeronave no país centro-americano. Segundo eles, um dos motores apresentou problemas, o que causou atraso para que voltasse a operar. Durante esse período, os migrantes não receberam autorização para sair da aeronave, que enfrentou momentos em que o ar-condicionado permaneceu desligado.

O governo brasileiro criticou o que chamou de tentativa dos Estados Unidos de manter cidadãos brasileiros algemados durante o voo de deportação para o Brasil. Por orientação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a Polícia Federal recepcionou os brasileiros em Manaus e determinou que os representantes do governo norte-americano retirassem as algemas.

O brasileiros relataram, ainda, que algumas pessoas passaram mal, incluindo mulheres e crianças, e que enfrentarem dificuldade para ir ao banheiro, se alimentar ou beber água. Após os protestos para que agentes americanos permitissem que os passageiros deixassem a aeronave, acabaram gerando discussões, momento em que teriam ocorrido as agressões.

Segundo o passageiro, que estava há seis anos nos Estados Unidos e foi preso há seis meses, por conta da situação, ele e os demais tomaram uma “atitude drástica”: abriram a porta de emergência e pediram socorro, quando a aeronave pousou no aeroporto de Manaus. “Eles agrediram a gente”, disse, enquanto mostrava uma marca no pescoço.

Itamaraty cobrará explicação do governo Trump

O Ministério das Relações Exteriores afirmou que pedirá explicações ao governo dos Estados Unidos sobre o tratamento “degradante” dado aos brasileiros deportados algemados. Neste sábado, o ministro Mauro Vieira se reuniu com o delegado Sávio Pinzón, superintendente interino da Polícia Federal no Amazonas, e com o major-brigadeiro Ramiro Pinheiro, comandante do 7º Comando Aéreo Regional da Força Aérea Brasileira (FAB).

“A reunião subsidiará pedido de explicações ao governo norte-americano sobre o tratamento degradante dispensado aos passageiros no voo”, afirmou o Palácio do Itamaraty nas redes sociais.

Retorno ao Brasil

O retorno de imigrantes ilegais ao Brasil ocorre com base em um acordo firmado com Washington em 2017, durante o governo de Michel Temer. O objetivo é viabilizar o repatriamento de pessoas que ingressaram ilegalmente nos EUA, foram processadas e não têm direito a recurso. O Itamaraty esclareceu que a vinda desses brasileiros, porém, não tem relação com as novas medidas migratórias de Trump.

Pelo acordo, as aeronaves trazem de volta quem já não tem mais como recorrer à Justiça norte-americana. O objetivo é evitar que essas pessoas permaneçam em presídios. De forma geral, são pessoas detidas nos EUA por estarem em situação irregular. O governo brasileiro não aceita a inclusão, nos voos, daqueles com possibilidade de revisão de sentença.

Em nota, a Embaixada dos Estados Unidos afirmou que os cidadãos brasileiros do voo de repatriação estão sob custódia das autoridades brasileiras.

Por Américo Lopes, o Zé da Coruja*

Recife, 26 de janeiro de 2025.

Ofereço à querida Usina Cucaú, um ente vivo e sagrado em minha vida — cuja beleza e acolhimento me acompanham ao longo da existência —, e ao seu chefe, o poeta das mercadorias e das energias, Eduardo Monteiro. Eduardo tem origem pajeuzeira, é mais um de nós em peleja pelo mundo afora.

Magno, que espetacular sua crônica domingueira sobre Zé Dantas, nosso conterrâneo, pois de Afogados e do Riacho do Mel à Carnaíba é uma fração de segundos, fecha os olhos, abre os olhos e estamos lá. Pedir ajuda a Rogaciano Leite para dizer quem somos nunca é demais:

“Eu sou da terra onde as almas
São todas de cantadores
— Sou da Pajeú das Flores —
Tenho razão de cantar!

Não sou um Manuel Bandeira, Drummond, nem Jorge de Lima;
Não espereis obra-prima
Deste matuto plebeu!
Eles cantam suas praias,
Palácios de porcelana,
Eu canto a roça, a cabana,
Canto o sertão, que ele é meu”!

Zé Dantas tinha cheiro de bode, mesmo sendo médico. Tomava banho mas o cheiro não saía. Ele, com Seu Luiz, criaram países maravilhosos que ficaram na imaginação nacional.

Um dos seres humanos mais especiais com quem convivi, o amigo Djair Pedrosa de Albuquerque — de querida memória de todos nós do Grupo EQM —, aconselhava comprar uma passagem, sem volta, para o Riacho do Navio, se a vida ficasse difícil.

No Riacho do Navio nós viveríamos sem rádio e sem notícias do mundo civilizado, saudados pelos pássaros e pelo lugar mais bonito da face da terra.

Além do mais caçaríamos e pescaríamos alimentos do corpo e da alma e dos nossos sonhos de felicidade.

O Riacho do Navio de Dr. Djair equivalia à Pasárgada, de Manuel Bandeira. É como se ele dissesse, parodiando Bandeira: “Vou-me embora pro Riacho do Navio. Aqui eu não sou feliz”.

Como se a existência desses gênios fosse pouca, eles criaram o São João brasileiro na sua forma mais lírica com suas marchinhas e baiões, com as poderosas e necessárias tradições dos reinos do Pajeú e do Araripe.

Há sete anos atrás, em um shopping de luxo em São Paulo, onde enfrentava a encruzilhada do encantamento ou do viver, amparado pela fé em Deus, pelos braços solidários de um casal amigo (não posso dizer o nome, pois os constrangeria), e por minha mulher e três filhos, escuto, no som da bodega de luxo: “Ai que saudades que eu sinto, das noites de São João”. O verdadeiro e mais belo hino nacional deste Brasil amado.

Peço a você, querido Magno, que não espalhe por aí, pois naquele momento eu sentei e chorei, disfarçando, ninguém ali entenderia o meu choro e as minhas memórias. Pois foi assim um dos grandes momentos que vivi com Luiz Gonzaga-Zé Dantas, para sempre nossos heróis.

Caro Magno, suas crônicas domingueiras estão mexendo com os corações e as mentes de Pernambuco. Abandone seu ofício de jornalista político e vá cuidar desses assuntos relevantíssimos, comer bode assado com farofa de bolão e de sobremesa mel de mandaçaia com farinha. E não esqueça, como ensinou João Guimarães Rosa, as pessoas não morrem; ficam encantadas.

Maciel Melo anda dizendo por aí que o próximo São João em Barra de São Pedro, pequeno distrito de Ouricuri, contará com a presença de Gonzaga e Zé Dantas. Você duvida?

Seu amigo,

Zé da Coruja

*Diretor operacional da Folha de Pernambuco