O médico e ex-prefeito de Tabira, Édson Moura, criticou duramente a inauguração da Casa de Parto Normal Humanizado em Serra Talhada, ocorrida na última sexta-feira (9), com a presença da prefeita Márcia Conrado, dos ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e dos senadores Humberto Costa e Teresa Leitão. Para Édson, o equipamento representa um retrocesso no cuidado com a saúde da mulher. “Foi um tiro no pé. Ao invés de fazer uma casa de parto, deveriam fazer uma unidade de hemodiálise”, afirmou.
Doutor Édson, que tem um hospital em Afogados da Ingazeira e exerceu mandato de deputado estadual, chamou a proposta de “volta ao Império Romano”. Ele diz que passou décadas lidando com complicações do parto natural e defende a cesariana como forma mais segura de nascimento. “Hoje em dia, ninguém quer parto normal. As mulheres querem ter um filho sadio — e só conseguem isso com a cesariana”, declarou em vídeo.
Ainda, o médico criticou a condução do projeto por gestores que não têm formação médica. “Alexandre Padilha nunca foi médico. Nem Márcia Conrado foi médica. Isso teria que ser feito por um médico experiente, com 40, 50 anos de profissão”, disparou. Segundo ele, a decisão desconsidera a evolução dos hábitos familiares e o desejo das mulheres. “De 100, talvez duas ou três querem parto normal”, completou.
A Casa de Parto Normal Humanizado, em Serra Talhada, recebeu investimento de R$ 2,5 milhões — R$ 2,1 milhões oriundos de emenda parlamentar do senador Humberto Costa e R$ 500 mil da prefeitura. A estrutura tem capacidade para realizar até 70 partos por mês e busca ampliar o acesso a partos humanizados na região.
A Polícia Federal revelou que a CONTAG foi responsável por realizar a maioria dos descontos na folha de pagamentos de aposentados e pensionistas do INSS entre 2019 e 2024, totalizando mais de R$ 2 bilhões. O relatório detalha que, em 19 municípios, principalmente no Nordeste, mais da metade dos aposentados tiveram mensalidades descontadas, com três cidades registrando índices superiores a 80%. As informações são do portal R7.
A Contag solicitou ao INSS o desbloqueio automático dos benefícios para implementar descontos sem controle adequado. A Controladoria-Geral da União destacou a vulnerabilidade dos aposentados afetados, muitos deles idosos residentes em áreas rurais com acesso limitado a transporte e internet.
Um caso específico envolve um aposentado no Amazonas vinculado a uma associação distante quase mil quilômetros de sua residência, levantando dúvidas sobre a legitimidade dessa associação. Enquanto as investigações continuam, o governo busca definir como será feita a devolução dos valores descontados indevidamente. A Justiça Federal autorizou o bloqueio de descontos não autorizados pela Contag após uma ação popular.
A Contag afirma que todos os descontos foram autorizados pelos beneficiários mediante assinatura de autorização e apresentação de documentos pessoais.
Com a filiação de Eduardo Leite (RS) ao PSD na última sexta-feira (9) e a migração de Raquel Lyra (PE) para o mesmo partido em março, o PSDB se vê cada vez mais esvaziado e ainda pode perder o seu único governador, Eduardo Riedel (MS). Discreto, mas atento às movimentações, o tucano tem sido alvo de sondagens tanto do PSD quanto do PL, e seu futuro político está em aberto. Na mesma toada, o grupo político de Leite no Rio Grande do Sul, que inclui 30 prefeitos, foi incentivado pelo governador a acompanhá-lo em sua nova sigla.
Riedel já foi convidado, nos bastidores, pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, a ingressar na legenda. Paralelamente, o governador recebeu propostas no Partido Liberal. Uma reunião com dirigentes do partido de Jair Bolsonaro foi marcada para o próximo dia 21, e a expectativa é de que Valdemar Costa Neto, presidente nacional da sigla, esteja presente. As informações são do jornal O Globo.
Apesar do convite do PL, interlocutores próximos a Riedel avaliam com cautela essa possibilidade. Com uma base ampla que vai do PT ao próprio PL, a avaliação é de que o governador de Mato Grosso do Sul não teria motivos para se vincular de forma direta ao bolsonarismo, o que poderia atrapalhar futuras alianças. A imagem de moderação e equilíbrio tem sido uma das marcas de sua gestão.
Por ora, não há previsão de anúncio oficial. Riedel embarca nos próximos dias para uma viagem aos Estados Unidos, onde deve se reunir com investidores. Segundo aliados, qualquer definição deve ocorrer apenas após seu retorno ao Brasil.
Enquanto isso, a permanência no PSDB parece cada vez menos viável. Assim como Leite, Riedel aguardava a fusão entre o PSDB e o Podemos como uma tentativa de reestruturação da sigla. A expectativa era de que a nova legenda pudesse formar uma federação com partidos de maior presença nacional, como Republicanos ou MDB. No entanto, esse cenário perdeu força nas últimas semanas: o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, já descartou publicamente essa possibilidade, e, embora ainda haja diálogo com o MDB de Baleia Rossi, as chances são vistas como remotas.
No Rio Grande do Sul, o possível movimento dos prefeitos do grupo de Leite rumo ao PSD pode acabar com um dos últimos redutos de influência da sigla no país. No mês passado, em entrevista à Rádio Cultura, o vice-prefeito de Erechim, Flávio Tirello (PSDB), antecipou que todos os tucanos seguiriam o governador gaúcho, caso ele trocasse de partido:
— É importante salientar que é um movimento coletivo, de todo o PSDB gaúcho e de todas as nossas lideranças. A única brincadeira é que nosso presidente municipal, Wallace Soares, diz que vai ficar só para apagar a luz e fechar a porta. Na hora que fizermos um movimento de saída, faremos todos juntos.
À propósito da minha crônica domingueira neste Dia das Mães, recebi uma linda manifestação do meu amigo e leitor assíduo Américo Lopes, diretor da Folha de Pernambuco, conterrâneo do Pajeú, que se apresenta como Zé da Coruja. Confira abaixo!
“Caríssimo Magno:
Que linda crônica esta sobre Dona Margarida, carga poética e afetiva de mil toneladas de dinamite. Dia das Mães é assim mesmo.
Todas as Mães são majestosas e universais, simbolizam todas as mães com e sem os seus filhos, vivos ou perdidos no destino da vida, na Ucrânia, em Israel, na nossa vida dura mas bela, pois presente de Deus, através delas.
No poema Mãe, o grande Mário Quinta assim se expressa sobre elas: ‘Mãe… São três letras apenas As desse nome bendito; Também o céu tem três letras E nelas cabe o infinito’.
A ausência das mães, por encantamento, como ensinou João Guimarães Rosa — o caso meu e o seu, Magno, e de tantos — não impede que as tratemos com beijinhos, carinhos, afagos e uma felicidade que não tem fim, que o vínculo do filho com a sua mãe será eterno e muito maior que esse breve instante que é a vida, vida que é maravilhoso presente da Misericórdia Divina, por intermédio delas.
Convenci-me que a maior manifestação divina é uma mulher preparar um filho durante nove meses. Que alquimia misteriosa é esta, só as mulheres decifraram o segredo da Pedra Filosofal! Só as mulheres decifraram o segredo da imortalidade, através dos seus descendentes, da felicidade e da bem-aventurança!
A minha família foi destroçada pelo cangaço do sertão, tema pouco recorrente na minha vida — por questão de sobrevivência emocional e espiritual — e da terra natal zarpamos feito arribaçãs. O pai, o chefe da família, não suportou a ausência da terra amada e nos deixou quase menino.
À Mãe Euza coube o papel de pai e mãe, e ela foi dura para não perder o rebanho. Todos os beijos e carinhos ela guardou para os netos, todos os netos. Mesmo querendo aqueles afagos, que não foram meus, hoje eu compreendo tudo, vírgula por vírgula. É como a revelação do Aleph, do genial argentino Jorge Luiz Borges. A sua vida passa em um segundo e a você tudo é esclarecido.
Eu saúdo a minha mãe e todas as mães verdadeiras deste mundo através da Felicidade de Tom e Vinícius, as palavras dentre as palavras, o que mais se aproxima da doce palavra Mãe.
Mãe Euza, Mãe Margarida, Mãe Udociles, Mãe Mary, Mãe Bárbara, Mãe Roseane, Mãe Do Carmo, Mães Marias, Mães Lúcias, Mães Teresas, Mãe Nossa Senhora de todos os filhos nesta terra:
‘A felicidade é como a gota de orvalho numa pétala de flor. Brilha tranquila. Depois, de leve oscila. E cai como uma lágrima de amor’!
Em meio às celebrações do Dia das Mães, a cidade de Taquaritinga do Norte, no Agreste pernambucano, inaugurou ontem a Casa Azul, um centro de referência para atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A estrutura foi entregue com a presença do deputado federal Eduardo da Fonte (PP), que participou da cerimônia ao lado do prefeito Gena Lins (PP). Também participaram do evento os deputados estaduais Claudiano Martins (PP) e Kaio Maniçoba (PP) e vereadores e autoridades da cidade e de municípios vizinhos.
A Casa Azul promete beneficiar 627 famílias da cidade com uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais como neuropediatra, terapeuta ocupacional, psicólogo, fonoaudiólogo e nutricionista. O centro foi equipado com sete salas de atendimento, piscina, horta, jardim sensorial, refeitório e playground. Segundo a prefeitura, a iniciativa busca aliar estímulo e acolhimento às necessidades específicas das pessoas com TEA.
Em discurso, Eduardo da Fonte enfatizou que a entrega do equipamento cumpre uma promessa de campanha feita por aliados do Partido Progressistas em Taquaritinga. “A Casa Azul é mais do que uma obra física, é um espaço de acolhimento, cuidado e respeito às famílias atípicas”, disse. Ele também destacou que o projeto foi viabilizado “em menos de cinco meses”, em alusão à Carta de Compromisso assinada por candidatos da sigla para as eleições de 2024.
Após quatro décadas fazendo política no Rio, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha abriu uma série de frentes de atuação em Minas Gerais, estado em que avalia se candidatar a deputado federal em 2026. Cunha se tornou patrocinador de um clube de futebol em Uberaba, município do Triângulo Mineiro, onde também passou a marcar presença em leilões de gado e em cultos evangélicos neste ano. O ex-deputado ainda vem abrindo estações de rádio no interior de Minas, estratégia que tem semelhança com a origem de sua carreira parlamentar no Rio, quando ganhou notoriedade com participações diárias em uma rádio gospel.
Levantamento do GLOBO identificou a abertura de cinco rádios ligadas a Cunha em Minas desde o ano passado. Em Uberaba, o ex-presidente da Câmara adquiriu a estação Agora FM, que pertencia ao empresário local Hermany Andrade Junior, e a rebatizou em fevereiro como Rádio Maravilha — é o mesmo nome de uma estação, também ligada a Cunha, que foi aberta em 2024 no Rio, voltada à programação gospel.
Quando a aquisição da rádio mineira foi sacramentada, Cunha já havia sido anunciado, em dezembro, como patrocinador do Uberaba Sport Club, time de futebol que disputa a segunda divisão do Campeonato Mineiro. Há um mês, o ex-presidente da Câmara gravou um vídeo para as redes sociais do clube desejando “todo o sucesso na luta pra chegar à primeira divisão”. A Rádio Maravilha transmitirá os jogos do Uberaba.
O atual presidente do clube, Rodrigo Alcino, tornou-se um dos principais aliados de Cunha na cidade e ciceroneou uma visita do ex-deputado às instalações do Uberaba no fim de abril. No mesmo dia, Cunha visitou a abertura da Expozebu, feira de gado que também recebeu o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), e outro ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Além da rádio em Uberaba, Cunha assumiu as estações Juventude FM, em Além Paraíba; Rádio Carangola, na cidade homônima; Rede Gerais AM 1460, em Raul Soares; e Rádio Maravilha, em Guarani. Todos os municípios ficam na Zona da Mata, região próxima à divisa de Minas com o Rio — estado em que Cunha hoje tem participação em outras três rádios, nos municípios de Casimiro de Abreu, Rio Bonito e São Fidélis.
Em Minas, as estações a cargo de Cunha estão em nome de Daniel Cardoso Sá, genro do ex-deputado e casado com a deputada federal Dani Cunha (União-RJ). A interlocutores, o ex-presidente da Câmara afirma que não disputará eleição no Rio para não concorrer contra a filha, mas que ainda não bateu o martelo se lançará candidatura por Minas ou por São Paulo — estado no qual já se candidatou em 2022, mas não foi eleito.
O genro de Cunha também atuou na Sudeste Rádio Atividades de Comunicação, empresa instalada em janeiro deste ano na Savassi, bairro de Belo Horizonte. O objetivo é estruturar uma rádio na capital mineira.
Na peregrinação para criar raízes fora do Rio, Cunha vem se escorando no apóstolo Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus. O ex-presidente da Câmara participou no início de abril de um culto evangélico conduzido por Valdemiro em Araxá (MG), município do Triângulo Mineiro a cerca de 100 quilômetros de Uberaba. No palco, Valdemiro sentou-se ao lado de Cunha e fez alusões a seu período à frente da Câmara, quando conduziu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
— O deputado Eduardo Cunha, para mim, é eterno deputado, é um dos melhores que já vi até hoje. As decisões que ele tomou no passado, sabendo o que ia sofrer, foram muito importantes, foi pela nação — disse Valdemiro.
Maior discrição
No último fim de semana, Cunha voltou a ser recebido em um culto de Valdemiro, desta vez no Brás, bairro popular de São Paulo. O ex-presidente da Câmara dividiu o altar com o governador Tarcísio de Freitas, seu correligionário no Republicanos, partido que segue sob a alçada de Cunha no Rio — embora o grupo do ex-deputado esteja sob risco de ser desalojado da sigla, devido à pressão da Igreja Universal para retomar o comando partidário.
No início da trajetória como deputado, Cunha se tornou conhecido no meio evangélico através da Rádio Melodia, do ex-deputado Francisco Silva. Na rádio, Cunha fazia comentários sobre questões políticas e religiosas, e criou o bordão “o povo merece respeito”, que depois levou para campanhas eleitorais.
Já o retorno à política vem ocorrendo com movimentos mais discretos. Segundo aliados, Cunha está “observando e testando o terreno” em Minas antes de aumentar sua exposição pública. Alvo da Lava-Jato em 2016, ano em que foi cassado na Câmara, Cunha fez campanha em 2022 sob questionamentos em relação à sua elegibilidade e sobre o andamento de seus processos — o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou sua condenação no ano seguinte. Um possível correligionário de Cunha, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), que é pré-candidato ao governo de Minas, afirmou recentemente que irá “rodar o estado inteiro fazendo campanha contra” o ex-presidente da Câmara caso ele se candidate.
Além da Expozebu, Cunha já compareceu neste ano a outro leilão de gado em Uberaba, em fevereiro, que também contou com Lira, seu antigo aliado na Câmara. O leilão foi organizado por uma empresa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e pelo Grupo Monte Verde, dirigido por Felipe Picciani — filho do ex-deputado Jorge Picciani, antigo correligionário de Cunha e falecido em 2021. Nessas ocasiões, Cunha não foi anunciado pelos organizadores quando citaram outras autoridades presentes.
Através do futebol, Cunha também mantém interlocução com aliados do passado. Ele auxiliou o Uberaba Sport Club em um pleito para a Federação Mineira de Futebol (FMF) ceder os direitos de imagem de jogos do clube, que serão transmitidos por um canal de TV parceiro da Rádio Maravilha. Segundo o clube, a liberação teve o aval de Daniel Lascasas, chefe de gabinete do presidente da FMF, Adriano Aro. Ele é irmão de Marcelo Aro (PP), atual chefe da Casa Civil no governo de Minas e ex-integrante da “tropa de choque” de Cunha na Câmara.
Procurado pelo GLOBO, Cunha não quis se manifestar.
As frentes de atuação de Cunha
Clube de futebol
O ex-presidente da Câmara virou patrocinador do Uberaba Sport Club através da Rádio Maravilha, recém-instalada na cidade. A rádio transmitirá os jogos do clube na segunda divisão do Campeonato Mineiro. O presidente do Uberaba, Rodrigo Alcino, é hoje um dos principais aliados de Cunha.
Programação gospel
Cunha adquiriu participação em ao menos cinco rádios no interior de Minas, segundo levantamento do GLOBO; parte delas foi rebatizada como “Maravilha FM”, nome da estação gospel que ele abriu no Rio. O ex-deputado também vem marcando presença em cultos evangélicos em Minas e SP.
Feiras do agro
Em Uberaba, Cunha já visitou a Expozebu, em abril, e um leilão de gado organizado por empresas do governador do DF, Ibaneis Rocha, e da família do ex-deputado Jorge Picciani. Os eventos também reuniram o ex-presidente da Câmara Arthur Lira, antigo aliado de Cunha, além de governadores.
O cantor Alcymar Monteiro criticou duramente a programação do São João de Petrolina, afirmando que a cidade teria sido “castigada” com a perda de voos da companhia Azul por promover um “festival de breganejo mais horroroso de todos os tempos”. O artista diz que a festa deixou de valorizar o forró autêntico e virou um “festival dos horrores”, com excesso de brega e “coisa ruim”. Para Alcymar, o município desrespeita as tradições juninas e a memória de Luiz Gonzaga.
O Supremo Tribunal Federal (STF) tem quatro votos para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de prisão por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos.
Os ministros também votaram para condenar o hacker Walter Delgatti a oito anos de prisão pelo mesmo motivo. Ambos respondem pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
Além da pena de prisão, os ministros defendem que Zambelli e Delgatti terão que pagar juntos uma indenização de R$ 2 milhões. O caso está em julgamento no plenário virtual da Primeira Turma do STF desde a última sexta-feira (9) e já tem maioria para condenar os dois envolvidos. O último voto registrado foi o da ministra Cármen Lúcia, ontem, que seguiu o relator do caso, Alexandre de Moraes.
“A materialidade e a autoria dos comportamentos delituosos estão firmemente comprovadas pelos dados constantes dos autos”, escreveu a ministra ao justificar o voto.
Os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin também votaram pela condenação. Falta apenas o voto de Luiz Fux. O plenário virtual está aberto até a próxima sexta-feira (16). Até lá, os ministros podem mudar os posicionamentos.
A maioria da Primeira Turma também concordou em determinar a perda do mandato da deputada, a ser executada após o trânsito em julgado da ação, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou Zambelli e Delgatti em fevereiro por ataque a sistemas do CNJ para incitar atos antidemocráticos. A investigação apontou que eles inseriram documentos falsos no sistema do órgão, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Conforme a denúncia da PGR, Zambelli teve “papel central” na invasão dos sistemas eletrônicos do CNJ e foi a “autora intelectual” do ataque hacker. Zambelli, segundo a acusação, “arregimentou” o hacker Walter Delgatti, prometendo a ele benefícios em troca dos serviços.
O que diz Zambelli
Em nota divulgada na última sexta (9), a defesa da deputada afirma ser “absolutamente injusto” que Zambelli tenha sido “julgada e condenada sem provas irrefutáveis e induvidosas”.
Os advogados também criticam o processo conduzido pelo Supremo, dizendo que houve “inúmeras nulidades desprezadas e cerceamento de defesa”. Consideraram ainda “inadmissível” a falta de audiência com os integrantes da Turma e da possibilidade de sustentação oral dos advogados.
Leia a íntegra da nota:
“A defesa da deputada Carla Zambelli novamente externa sua irresignação, não somente pelo voto proferido que arbitrariamente julgou procedente as acusações, mas especialmente pelas inúmeras nulidades desprezadas e cerceamento de defesa ocorrido. Além disso, apesar do enorme respeito que se tem para com os Eminentes Ministros da 1ª Turma da Suprema Corte, inadmissível que o processo não tenha sido submetido a julgamento presencial ou virtual com a possibilidade de sustentação oral na presença dos julgadores, bem como, que ainda não tenha sido disponibilizada ao menos audiência com os integrantes da Turma julgadora para que a defesa possa apresentar memoriais e externar pontos importantes do processo. Absolutamente injusto que a Deputada tenha sido julgada e condenada sem provas irrefutáveis e induvidosas, ainda mais por fatos que desconhecia, como por exemplo os alvarás falsos que o mitômano Walter fez para seu primo e terceiras pessoas. Saliente-se que jamais se deixará de acreditar na Justiça e se espera que algum dos Ministros possa pedir vistas e examinar todos os argumentos lançados pela defesa e, futuramente, modifique o rumo sugestionado pelo Relator”.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu ontem prisão domiciliar humanitária ao ex-deputado Roberto Jefferson, que está preso em um hospital no Rio de Janeiro.
A decisão de Moraes vem após manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que opinou pela concessão do benefício. A prisão domiciliar humanitária havia sido solicitada pela defesa de Jefferson e teve a concordância do Hospital Samaritano, onde ele se encontra.
“Embora o réu Roberto Jefferson Monteiro Francisco tenha sido condenado à pena de total de 9 anos, 1 mês e 5 dias e [ao pagamento de] 120 dias-multa, em regime fechado, a sua grave situação de saúde, amplamente comprovada nos autos, sua idade — 71 anos — e a necessidade de tratamento específico admitem a concessão de prisão domiciliar humanitária”, escreveu Moraes na decisão.
O ministro do STF impôs ao ex-deputado as seguintes medidas restritivas:
uso de tornozeleira eletrônica;
suspensão do passaporte;
proibição de se ausentar do país;
proibição de usar redes sociais;
proibição de dar entrevistas, exceto se o STF autorizar;
proibição de receber visitas, exceto de seus advogados e familiares.
Em dezembro passado, Jefferson foi condenado pelo Supremo a 9 anos, 1 mês e 5 dias de prisão pelos crimes de atentado ao exercício dos Poderes, calúnia, homofobia e incitação ao crime. A maioria dos ministros do plenário da Corte seguiu o voto do relator, Alexandre de Moraes.
Como há recursos ao próprio STF, a prisão do ex-deputado ainda é preventiva. O ex-parlamentar está detido desde agosto de 2021.
Jefferson foi denunciado pela PGR, que listou entrevistas e postagens em redes sociais em que o político incentivou a população a invadir o Senado Federal e a “praticar vias de fato” contra senadores. Além disso, ele também teria defendido a explosão do prédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ao longo das investigações, Jefferson foi preso preventivamente e chegou a ser solto. Em uma das ocasiões em que foi determinada a sua volta à prisão, ele resistiu à ordem e atacou policiais federais a tiros.
Por causa desse ataque aos policiais, ele já foi condenado na Justiça Federal no Rio de Janeiro. No início de abril deste ano, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) determinou, no processo do ataque aos policiais, que Jefferson cumprisse a pena em casa.
Porém, como também havia o mandado de prisão preventiva expedido pelo STF, ele continuou detido no hospital até agora.
Neste domingo (11), o papa Leão XIV fez um apelo à paz duradoura na Ucrânia e ao cessar-fogo imediato e libertação dos reféns israelenses na Faixa de Gaza, durante sua primeira oração dominical a uma multidão de fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano. Ele também celebrou o cessar-fogo no conflito entre Índia e Paquistão. As informações são do g1.
Ao apelar pela paz, Leão XIV lembrou que a Segunda Guerra Mundial terminou há 80 anos, depois de causar 60 milhões de mortes.
“No cenário dramático de uma Terceira Guerra Mundial fragmentada, como várias vezes afirmou o papa Francisco, eu também gostaria de me dirigir às autoridades do mundo, repetindo um apelo sempre atual: guerra nunca mais.”
Às 7h deste domingo (meio-dia no horário local), ele apareceu no Balcão das Bênçãos, onde recitou a oração Regina Caeli (Rainha do Céu), em homenagem à Virgem Maria. Esta oração substitui o Angelus durante o período pascal.
Sobre a guerra na Europa, o novo papa disse que carrega no coração o “sofrimento do amado povo ucraniano”. Ele apelou por negociações para alcançar uma “paz autêntica, justa e duradoura”. “Que todos os prisioneiros sejam libertados e as crianças sejam devolvidas às suas famílias.”
Ao falar sobre Gaza, Leão XIV lembrou que, 5 horas antes, um ataque israelense havia matado dez pessoas, incluindo quatro menores em Khan Yunis. “Estou profundamente triste com o que está acontecendo na Faixa de Gaza”, afirmou. “Que seja oferecida ajuda humanitária à sofrida população civil e que sejam libertados todos os reféns”, disse.
“Quantos outros conflitos existem no mundo? Confio à Rainha da Paz esse meu apelo, para que ela o apresente ao senhor Jesus para obter o milagre da paz”, rezou o papa.
Dia das Mães
O novo papa também citou o Dia das Mães. “Mando uma querida saudação a todas as mães por elas e por aquelas que já estão no céu: feliz Dia das Mães a todas as mães”
Primeiros atos no papado
Na última sexta-feira (9), Leão XIV celebrou a primeira missa em uma cerimônia privada na Capela Sistina para os cardeais que o elegeram. Ele fez homenagens ao apóstolo São Pedro, considerado o primeiro papa e discípulo de Jesus, e pediu bênção a Pedro para seu papado. Também fez uma homenagem a seu antecessor Francisco e disse esperar “trazer luz às noites escuras deste mundo”.
No sábado, o papa Leão XIV visitou um santuário nos arredores de Roma e depois rezou diante do túmulo de Francisco, dentro da basílica de Santa Maria Maggiore.
Sem mãe, Dia das Mães dói muito. É uma ferida aberta sem cicatrização. Traz recordações de um tempo em que mamãe Margarida, linda e radiante, me abraçava fortemente em Afogados da Ingazeira quando eu chegava empoeirado da longa peregrinação por terras de vidas secas, chão seco retratado na pena de Graciliano Ramos.
No abraço, longo e afetuoso, ficava impregnado o cheiro do seu perfume, o aroma da sua alma, as marcas do seu batom no meu rosto, de beijos que expressavam o seu amor, verdadeiro, puro e cristalino amor.
Deus levou minha mãe em 2013, aos 86 anos. Um infarto fulminante encerrou sua missão terrestre. A dor só foi amenizada por ter a certeza de que os céus esperavam a chegada de um dos seus anjos mais belos. Seus braços são agora asas e seu coração a estrela mais brilhante do horizonte.
É assim que me sinto quando olho os céus com o coração apertado de saudade e tristeza, mas também com orgulho de a ter conhecido como mãe. Sei que a melhor homenagem que poderei lhe fazer é seguir com a minha vida, honrando sua memória e lutando pela minha felicidade.
E é isso que faço quotidianamente esperando que lá de cima ela me acompanhe sempre. A ausência deixa um vazio, mas o amor e as lembranças permanecem vivos. Dia das mães também existem para expressar com palavras a dor e a gratidão. Mãe não é eterna, mas jamais deveria morrer.
O Dia das Mães ficou tão sem graça depois que ela partiu. Sinto tanta falta do seu colo, de ouvir a sua voz, sinto falta de tudo que ela me proporcionava com sua alegria radiante, sua energia que não esmorecia nunca. Seu lindo sorriso aberto. Sua força e amor ficam como inspiração permanentes.
Mamãe era durona. Menino travesso, quando a palavra não me admoestava, a chibata dela corria solta. Puxou a vovô Severo Martins. Só de olhar para o semblante firme dele, tinha medo. Veio lá das bandas de Monteiro, na Paraíba, onde há ainda remanescentes do tronco Martins. Há pouco, descobri que o cantor Novinho da Paraíba, de Monteiro, é parente distante pelo tronco Martins.
Batizada por Margarida, minha mãe tem a beleza das flores, a doçura do mel e o brilho das estrelas. Victor Hugo, romancista francês, dizia que os braços de uma mãe são feitos de ternura e por isso mesmo os filhos dormem profundamente neles.
Um dia, muitos dias, dormi no colo da minha mãe na igreja, enquanto ela recebia as bençãos de Deus. Eu era menino ingênuo, uma ingenuidade pueril. Sonhava com os anjos no colo de mamãe. Sem saber, sentia que no seu colo aprendia o valor do amor, a ternura como maior tesouro, o motor que impulsiona a minha vida.
Aprendi, mais do que isso, que triunfar não é fácil, mas também não é impossível. No colo dela, aprendi ainda que amor de mãe é cura para o que nem sabia que estava doendo, o aconchego que nem sabia que precisava, a força que me guiava quando pensava em desistir.
O amor da minha mãe foi e será para sempre o combustível que me capacitou para fazer o impossível. Sua ausência, que triste ausência, me revela que ela é a maior força do meu universo.
Tudo nesta vida passa, mas o amor de mãe é um sentimento eterno, tão sublime quanto incondicional, que nos molda e nos transforma.
Toyota Hilux SRV, de R$ 311,6 mil: veja pontos fortes e fracos
O comércio de picapes médias no Brasil em 2024 foi liderado pela Toyota Hilux, com mais de 50 mil emplacamentos. A seguir, vêm a Ford Ranger, com 31,9 mil; a Chevrolet S10, com 27,4 mil; a Mitsubishi L200, com 10,9 mil. Em todo o mundo, o desempenho da caminhonete é também significativo: com 513,4 mil unidades vendidas, ela só perde para as Ford F-Series (903,5 mil) e a Chevrolet Silverado (639,9 mil). Em algum lugar fora dos Estados Unidos, a terra-mãe dos picapeiros, ela lidera. A que se deve esse sucesso? No geral, e já fazendo um resumo da constatação ou percepção obtidas, esse desempenho se deve à robustez (raramente quebra) e à consistência em diferentes tipos de terreno, especialmente em estradas.
No caso deste teste específico, foram uns 200 quilômetros por rodovias de terra batida no interior de Goiás, usando-se inclusive a tração 4×4. É um percurso pequeno, claro, mas esqueçamos a peculiaridade: os números de vendas mostram que a reputação conquistada — ser um carro resistente e duradouro — não foi, portanto, à toa. Ela, de fato, suporta condições de uso exigentes — e alie a esse fato o bom pós-venda (e nível de confiança mecânica) da Toyota. Sem falar que tem um dos menores índices de desvalorização entre as picapes.
Também vale destacar o interior da versão avaliada, com bancos aconchegantes de couro e com ajuste elétrico apenas para o do motorista e uma central multimídia modesta com espelhamento Android Auto e Apple CarPlay, por exemplo. A posição elevada de dirigir e a excelente altura do solo dão uma sensação diferente na condução. Os materiais usados são de qualidade. O isolamento acústico poderia ser mais eficiente. A suspensão é dura? Bastante, mas a Hilux não é carro para uso urbano. É um veículo seguro, que ganha sempre boas notas nos testes de colisão. A SRV tem 7 airbags e até oferece assistente de permanência em faixa e alerta de colisão frontal. E, pelo tamanho das picapes, são fundamentais os sensores de estacionamento e a câmera de ré com guias. Mas poderiam ser incluídos outros sistemas de auxílio à condução.
Conjunto de força – No entanto, aqui vai a primeira menção negativa: a direção é muita dura de manejo e o freio de mão manual está ultrapassado, só para ressaltar. Os diretores da Toyota no Brasil poderiam ser menos conservadores, adotando direção com assistência elétrica e freio de mão eletrônico — até pelo preço cobrado por esta versão. São R$ 311,6 mil, com frete incluso e na cor metálica cinza, para Brasília — algo bem acima do praticado pelas concorrentes. A experiência de condução, apesar dos pesares, é positiva — especialmente na estrada.
Um dos pontos fortes da Hilux é o motor 2.8 turbodiesel, recentemente atualizado para atender às novas regulamentações de emissões de poluentes. O modelo manteve, na versão testada, os 204cv de potência e torque de 50,9 kgfm. Em ultrapassagens e retomadas, ela exige um ‘pé pesado’ e atenção do motorista: boa aceleração não é o forte de picapes a diesel, mas principalmente da Hilux. Números da própria Toyota mostram que para fazer de 0 a 100 km/h ela precisa de 12,1 segundos. O consumo, até pelo uso do diesel e pelo porte do veículo, é no limite do aceitável, digamos assim: em torno de 10km/l na cidade e de 11km/l na estrada.
Garantia estendida – Outro fator que ‘incentiva’ a aquisição de uma Hilux é novo: a possibilidade que, por meio do programa Toyota 10, o dono estenda a garantia de fábrica dos modelos a até 10 anos – e sem custo adicional. O benefício é ativado automaticamente após o término do período de 5 anos da cobertura atual, desde que as revisões sejam realizadas nas concessionárias da marca. A Toyota explica que a cobertura adicional é renovável a cada 12 meses ou 10.000km e contempla peças de carroceria, sistema de arrefecimento, componentes elétricos e eletrônicos, motor, transmissão e freios. Mas até o limite máximo de 60 meses (totalizando 120 meses quando somados à garantia inicial) e 200.000 km para uso particular ou 100.000 km para uso comercial — o que ocorrer primeiro.
O programa também estará disponível para unidades da Hilux produzidas desde 2020 (desde que estejam elegíveis pelos critérios da cobertura). Do ponto de vista tecnológico, a SRV ganhou sistema que permite ao dono consultar status do veículo, histórico de viagens, lembrete para revisões, indicadores de consumo e diagnóstico de falhas diretamente no aplicativo Toyota App. Ele também permite rastreamento e imobilização de veículo roubado e emite alertas remotos de limite de velocidade e acionamento do alarme.
Venda de híbridos plug-in – O comércio de veículos leves eletrificados no Brasil (BEV, PHEV, HEV e HEV Flex) chegou a 14.759 unidades em abril deste ano, elevando o total acumulado no primeiro quadrimestre do ano para 54.683 veículos. As estatísticas estão sendo puxadas pelos veículos híbridos plug-in PHEV, que dispararam nos últimos meses. O resultado representa um crescimento de 2,6% em relação a março, quando foram comercializadas 14.380 unidades. Na comparação com abril de 2024 (15.206), houve uma pequena queda de 2,9%.
Essa retração é atribuída a fatores sazonais (mais emendas de feriados em abril deste ano do que em abril de 2024) e à nova metodologia da ABVE, adotada a partir de janeiro de 2025, que deixou de contabilizar os veículos micro-híbridos MHEV nas estatísticas de eletrificados. Ainda assim, o acumulado do primeiro quadrimestre de 2025 (54.683) superou em 6,6% o volume registrado no mesmo período de 2024 (51.296). Em relação a 2023 (19.579 unidades), o crescimento é exponencial e alcança os 180%.
Carro e qualidade de vida: o que têm a ver – A percepção de satisfação com a vida foi avaliada em média com nota 7,7 entre aqueles que têm um carro, enquanto os que não atribuíram em média nota de 7,1, segundo dados de pesquisa realizada pelo Data OLX Autos. Do total de entrevistados, 74% são donos de algum tipo de veículo. Desses, 65% tem carro, 20% moto, 7% picape ou caminhonete e 2% outros tipos de automóveis. Do total de entrevistados, 84% têm pelo menos uma vaga de garagem em casa: 65% contam com espaço para até dois automóveis, 8% têm três, e apenas 16% não dispõem de vaga na residência.
“A pesquisa revela como o fato da posse de um automóvel impacta a percepção da qualidade de vida das pessoas, seja no menor tempo de deslocamento, na facilidade de acesso a determinados lugares ou na percepção que as pessoas têm em relação à região em que residem. Os proprietários de automóveis avaliam suas cidades, em média, com nota maior do que aqueles que não têm um veículo”, diz Flávio Passos, VP de Autos do Grupo OLX.
Saúde física e mental, casa própria e estabilidade financeira, são, nesta ordem, os aspectos que mais contribuem positivamente na satisfação com o momento de vida atual, segundo a pesquisa. Em sétimo lugar estão a posse de um automóvel e o tempo livre, cada um com 25% das citações, considerando o índice de multiplicidade das respostas.
O comércio on-line de veículos – O setor automotivo brasileiro deve, segundo a federação dos distribuidores de veículos, ter um aumento de 5% nas vendas este ano. Com o bom desempenho nas vendas, o marketing também ganha protagonismo no setor. Por exemplo: a expectativa da Fenabrave é de que a receita com publicidade automotiva tenha um aumento de 6,3%. Um dos destaques é o crescimento do comércio online.
Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o número de veículos vendidos pela internet aumentou 22,4%. Entre os setores analisados — como varejo e materiais de construção —, o automotivo liderou em crescimento. O estudo também projeta que as vendas no ambiente digital devem continuar em alta nos próximos anos. Dados da consultoria Fortune Business Insights reforçam essa tendência: as vendas globais do setor automotivo atingiram US$ 86,55 bilhões em 2023 e devem chegar a cerca de US$ 343 bilhões até 2032.
Empresas do setor estão inovando para sustentar esse crescimento, adotando soluções de inteligência artificial que permitem personalizar conteúdos de acordo com o perfil de cada consumidor. E o CRM, sigla para Gestão de Relacionamento com o Cliente, é uma ferramenta que centraliza e organiza as interações com os consumidores em uma única plataforma. No setor automotivo, quando associado à inteligência artificial, o CRM para vendas permite analisar o perfil de cada cliente, considerando preferências, comportamentos de consumo e informações demográficas.
Com essas informações, concessionárias e demais empresas conseguem mapear toda a jornada de compra, identificando os fatores que influenciam tanto o fechamento quanto a desistência de uma venda. Segundo Caio Nascimbeni, executivo da Syonet, a aplicação eficaz do CRM pode aumentar as vendas em até 30%.Diante disso, a expectativa é de que o setor continue investindo em inovação e tecnologia como pilares estratégicos para compreender melhor seus clientes e ampliar o volume de vendas nos próximos anos.
BMW começa a produzir a nova C 400 X em Manaus – A fábrica do BMW Group em Manaus já produz em Manaus (AM) a nova BMW C 400 X. O modelo vem equipado com o avançado sistema BMW Motorrad ABS Pro e controle de tração dinâmico, elevando o nível de segurança. Outro grande diferencial é a tela TFT de 6,5 polegadas, agora item de série, oferecendo uma interface intuitiva e de alta qualidade para o condutor. A BMW C 400 X permanece com o motor monocilíndrico de 34 cv a 7.500 rpm e torque máximo de 35 Nm a 5.750 rpm, garantindo desempenho dinâmico e eficiente.
A potência é transmitida por meio de uma transmissão CVT e a suspensão possui um braço oscilante de alta rigidez torcional, proporcionando maior estabilidade na condução. A motocicleta reforça o compromisso da marca com inovação. “A BMW C 400 X não é apenas uma scooter, mas uma extensão da nossa filosofia, que inclui segurança e conectividade de ponta em um modelo urbano sofisticado”, explica Matheus Pereira, CEO da BMW Motorrad no Brasil. Este já é o terceiro modelo que a marca inicia a produção neste ano, de um total de seis previstos para 2025.
Harley-Davidson Fat Boy Gray Ghost – A Harley-Davidson acaba de revelar a nova Fat Boy Gray Ghost, modelo de produção limitada da série Icons Motorcycle Collection. Esta edição exclusiva comemora os 35 anos da lendária Fat Boy — uma das motocicletas mais lendárias da história. O modelo conta com um acabamento inovador chamado Reflection, que confere à moto um visual cromado impressionante, como se tivesse sido esculpida em alumínio polido. A Icons Motorcycle Collection apresenta releituras modernas de motos clássicas da Harley-Davidson, sempre em edições numeradas e com recursos diferenciados. A produção global da Fat Boy Gray Ghost será limitada a 1.990 unidades — uma homenagem ao ano de lançamento do modelo original, em 1990.
Prevista inicialmente para ser uma edição limitada, a Fat Boy atravessou três gerações de motorização e evoluções, mantendo por 35 anos sua presença marcante e estilo inconfundível. O motor é Milwaukee-Eight 117 Custom, com 101cv e torque de 171 Nm — 7% mais potência e 3% mais torque que a versão anterior.
Chega o inédito A6 Sportback e-tron – A Audi do Brasil começa a pré-venda do A6 Sportback e-tron, o novo veículo 100% elétrico da fabricante no país. O modelo chega com uma credencial de respeito: ele é o carro mais aerodinâmico da história da marca das quatro argolas.O modelo possui uma nova bateria com autonomia total de 445 quilômetros, de acordo com o Inmetro, e carregamento de 10% a 80% em apenas 21 minutos — dependendo do carregador usado, claro. Ele já está disponível na rede de 40 concessionários da marca em versão única — a A6 Sportback e-tron Performance Black —, no valor de R$ 650 mil.
O A6 é equipado com baterias de íons de lítio, tração traseira e motorização elétrica com potência combinada de 367 cavalos e 59.1kgfm de torque. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em somente 5,4 segundos e a velocidade máxima (limitada eletronicamente) é de 210 km/h. A segurança é o forte: ele traz, por exemplo, diversas tecnologias de condução semiautônoma, como assistente de desvio e conversão; controle de cruzeiro adaptativo, aviso de saída de faixa com assistente de emergência e sistema de frenagem autônoma; park assist plus com sensores estacionamento dianteiro e traseiro; assistente de troca de faixa, alerta de tráfego reverso, exit warning e assistente de conversão em marcha a ré.
Dia do Automóvel: saiba como cuidar do seu – Celebrado em 13 de maio, o Dia do Automóvel é uma oportunidade para refletir sobre a importância da segurança nas estradas brasileiras. Apesar de os veículos simbolizarem liberdade e progresso, dados do anuário da Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostram que, só em 2024, mais de 64 mil acidentes foram registrados em rodovias federais — muitos causados por falhas mecânicas que poderiam ser evitadas. Para alertar motoristas e contribuir com a prevenção, Célio Renato Ruiz, gerente de Assistência Técnica da Henkel, referência global em soluções de adesivos e selantes, compartilha recomendações práticas de manutenção para uma direção mais segura.
Verificação do sistema de freios – A revisão dos freios deve ser prioridade em qualquer plano de manutenção veicular. Além do desgaste natural de peças como pastilhas e discos, o sistema pode sofrer alterações devido a fatores climáticos, aumentando o risco de aquaplanagem e perda de controle em situações de emergência. “A atenção aos freios é primordial. O sistema de fluido não pode apresentar vazamentos e deve suportar a pressão exigida durante a frenagem. Na montagem do sistema é necessária a aplicação de adesivos anaeróbicos, conhecidos como veda roscas, para impedir falhas e garantir o funcionamento ideal. Trepidações ou ruídos ao frear já são sinais de que algo precisa ser verificado imediatamente”, alerta Ruiz.
Para-choque em boas condições – Responsável por absorver parte da energia gerada em colisões, o para-choque é fundamental para a proteção dos passageiros. Qualquer fissura, trinca ou deformação compromete a capacidade de dissipar o impacto em caso de acidente. “A estrutura do para-choque precisa estar íntegra e em perfeitas condições. Dependendo do dano, é possível repará-lo com adesivos específicos de alta resistência mecânica e flexibilidade. Mas em casos mais graves, a substituição é recomendada para não comprometer a segurança”, orienta o especialista.
Atenção ao para-brisa – Mais do que um item de visibilidade, o para-brisa reforça a estrutura do carro e é decisivo na proteção do motorista e dos passageiros. Essa estrutura é responsável por absorver a força gerada por variados impactos, que vão desde um acidente frontal até choques com pedregulhos e pássaros. Trincas e rachaduras comprometem essa segurança e podem aumentar os riscos em acidentes. Mesmo pequenos danos reduzem a resistência contra o vento e elevam o risco de estilhaços.
“Danos maiores que uma moeda de R$ 1 não devem ser reparados e, se estiverem na linha de visão do condutor, exigem troca imediata. A fixação correta do vidro é feita com adesivos automotivos de alta flexibilidade, que absorvem impactos e resistem à força do airbag em situações de emergência. A aplicação de adesivos para para-brisa requer conhecimento técnico para garantir máxima fixação”, explica Ruiz.
Calibragem dos pneus – A pressão inadequada dos pneus afeta a dirigibilidade, o consumo de combustível e aumenta o risco de acidentes, principalmente em curvas e frenagens. A recomendação é calibrar os pneus semanalmente ou antes de viagens longas, sempre respeitando a indicação do fabricante. “A calibragem correta preserva a aderência ao solo e a estabilidade do veículo. É um cuidado simples, mas que faz enorme diferença na segurança”, destaca Ruiz.
Mais recomendações – Além da manutenção mecânica, é fundamental manter no veículo itens obrigatórios como triângulo, estepe calibrado, chave de roda e macaco. Esses equipamentos são essenciais em emergências e sua ausência pode gerar multa e pontos na carteira. Antes de viagens longas, também é importante checar o nível do óleo do motor e do fluido de arrefecimento. A falta desses líquidos pode provocar superaquecimento ou danos graves, aumentando o risco de pane e acidentes.
Faróis, lanternas e luzes de freio precisam funcionar perfeitamente para sinalizar manobras e garantir boa visibilidade, especialmente em rodovias pouco iluminadas. O Dia do Automóvel reforça a importância da cultura de segurança nas estradas. Pequenas atitudes de manutenção preventiva, muitas delas simples e acessíveis, ajudam a reduzir acidentes e proteger vidas, valorizando não só os veículos, mas, principalmente, quem está ao volante e de todos que utilizam as vias.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
A cidade de Triunfo, no Sertão pernambucano, vai ganhar mais uma Unidade Básica de Saúde. O anúncio foi feito hoje pelo prefeito Luciano Bonfim em vídeo publicado no Instagram. Segundo ele, a oitava UBS do município será construída no bairro da Encruzilhada, com sede própria e previsão de início das obras em até 30 dias.
A declaração foi feita em frente à Unidade Mista Felinto Wanderley, onde o prefeito também celebrou o nascimento de cinco crianças no município, na véspera do Dia das Mães. “Mostramos nosso compromisso com a saúde, cumprindo metas e protocolos. Tudo em gestão é importante, mas a saúde precisa ser prioridade”, afirmou. A unidade também realizou um mutirão com 50 exames de ultrassonografia.
Ainda, Luciano destacou a realização recente do congresso do COSEMS-PE (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde), que reuniu cerca de 700 pessoas em Triunfo. O evento discutiu o fortalecimento do SUS, uso de tecnologias no atendimento e estratégias de ampliação da atenção básica. “Vamos ampliar ainda mais nosso sistema de saúde e reafirmar que jamais vamos abandonar o SUS. Viva o SUS e parabéns a todas as mães”, concluiu.
Há beijos que acontecem no escuro das esquinas, há outros que se dão sob as luzes do teatro da vida. Mas existe um tipo raro de beijo — o beijo subversivo — que não se prende a cenário algum, porque ele próprio é uma cena que se recusa a ser espetáculo. Esse beijo não foi dado para aplausos, nem para câmeras. Ele nasceu no silêncio tenso das almas que já sofreram demais para ainda temer o amor.
Belchior e Violeta não se beijaram por impulso. O que houve entre eles foi uma espécie de pacto ancestral, selado no toque dos lábios, mas firmado muito antes — talvez quando um pressentiu o cansaço do outro no modo de caminhar, ou quando o olhar de um enxergou, no outro, a mesma sede de liberdade. Foi um beijo nos lábios que não pediu permissão ao mundo — apenas existiu. E por isso mesmo, abalou mundos.
Violeta era uma mulher marcada. Não por rugas ou mágoas, mas pelas estruturas invisíveis que a sociedade impõe às mulheres fortes demais, belas demais, livres demais. Estivera aprisionada em um casamento com Tibúrcio — um homem bruto, de beiços inchados e coração raquítico. Ele se orgulhava de suas conquistas públicas, mas em casa era um opressor travestido de provedor. Seus gestos duros escondiam um medo ancestral: o de perder o controle sobre uma mulher que começava a despertar.
Foi então que surgiu Belchior — um homem comum aos olhos de muitos, mas gigante nos olhos de Violeta. Ele não trazia títulos nem posses. Trazia livros, silêncios, delicadezas. E, sobretudo, trazia o gesto mais revolucionário que alguém pode oferecer a uma mulher ferida: escuta. Quando a olhou pela primeira vez, não quis possuí-la. Quis compreendê-la. E nisso, já se desenhava o beijo que viria — não como um gesto de desejo, mas como um sopro de redenção.
Mas houve também o desejo — e ele veio como um raio incendiando os corpos que antes conheciam apenas o frio das convenções. Belchior abraçou o corpo de Violeta como ninguém jamais ousou abraçar. Tocou-a com ternura e furor. Fez dela mulher em tudo, inteira, entregue, plena. E Violeta, ao se abandonar nos braços dele, sentiu o êxtase — um êxtase que nenhum outro homem, nem mesmo Tibúrcio com todo seu domínio aparente, jamais conseguiu provocar. Ali, entre gemidos e suspiros, nascia não apenas o prazer, mas a liberdade.
O beijo de Belchior e Violeta foi um levante contra os decretos não escritos de uma sociedade que separa classes, silencia afetos e sabota o amor quando ele não cabe nos moldes impostos. Foi um beijo que denunciava os cárceres afetivos, os casamentos sem alma, as conveniências que matam lentamente. E por isso, foi chamado de subversivo. Porque ousou amar onde não se esperava amor. Porque foi ternura em meio ao cinismo. Porque foi flor plantada no meio da pedra.
E esse beijo, que muitos quiseram apagar, sobreviveu. Não apenas nas lembranças dos dois, mas nos bancos de uma biblioteca que guarda seu nome como se guardasse um segredo sagrado. Ali, entre flores e páginas, jovens se debruçam sobre a história de Belchior e Violeta não apenas para ler um romance, mas para aprender a resistir. Aprendem que amar é também um ato político. Que beijos podem ser manifestos. E que há gestos tão puros que, mesmo feitos em silêncio, gritam por gerações.
Hoje, o beijo subversivo é de todos nós. É da mulher que sai de um relacionamento abusivo e volta a sorrir. Do homem que se recusa a endurecer. Do casal que se ama mesmo sem aprovação. Do idoso que segura a mão da companheira no banco da praça. Da menina que declara seu amor sem medo. Da juventude que recusa o ódio e escolhe o afeto como caminho. O beijo subversivo está nas mãos que não soltam, nos olhos que não se desviam, nos corações que não se rendem.
Que essa crônica viaje, então, como viajaria uma brisa sobre um campo de flores. Que ela toque corações cansados, inspire amores adormecidos e desperte em cada um a coragem de amar sem pedir desculpas. Porque o mundo ainda precisa de muitos beijos subversivos. E talvez o maior deles seja o próximo que você tiver a ousadia de dar.
P.S. Esta crônica é inspirada no romance O Beijo Subversivo, atualmente em processo de escrita por Flávio Chaves. Em breve, essa história de amor profundo e revolucionário estará disponível nas plataformas digitais e livrarias de todo o país. Prepare-se para se emocionar com uma narrativa que já nasce eterna.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
Neste domingo (11), a partir das 12h, o Manhattan Café Theatro, em Boa Viagem, oferece buffet livre com música ao vivo para quem quiser comemorar o Dia das Mães fora de casa. A proposta é reunir conforto, comida farta e ambiente agradável, sem filas ou espera. As reservas podem ser feitas por WhatsApp através do número (81) 98888-4818.
Passando aqui para reforçar: o convite para o lançamento do meu novo livro “Os Leões do Norte”, como toda noite de autógrafo, é público, aberto a todo e qualquer cidadão que tenha interesse em prestigiar. Será no próximo dia 9, a partir das 18 horas, no Boteco Porto Ferreiro, que fica localizado na Avenida Rui Barbosa, 458, no bairro das Graças, no Recife.
Trata-se de uma contribuição às novas gerações, para que possam conhecer um pouco da história dos últimos 22 governadores de Pernambuco, de Carlos de Lima Cavalcanti, interventor nos anos 30, até Paulo Câmara, que antecedeu Raquel Lyra. A proposta não inclui a atual governadora, porque, claro, está no exercício do seu mandato.
Como escreveu o acadêmico Flávio Chaves, a história não vive apenas nos arquivos empoeirados nem repousa esquecida em bibliotecas silenciosas. Ela pulsa viva na pena dos que ousam resgatá-la com zelo, paixão e compromisso com a verdade.
“É exatamente isso que o jornalista, escritor e poeta Magno Martins realiza em sua nova obra: ‘Os Leões do Norte’, seu 13º livro, uma ode à política de Pernambuco, um tributo aos que, com acertos e equívocos, moldaram os rumos do Estado e ecoaram no cenário nacional.
Mais do que um compêndio biográfico, o livro é um exercício de memória, de escavação minuciosa do tempo, de reconstituição de trajetórias que, por vezes, pareciam condenadas ao esquecimento. Nele, Magno revela-se não apenas o cronista político aguçado que sempre foi, mas um memorialista de mão cheia, um guardião das narrativas que, entre gabinetes e palanques, costuraram a tessitura do poder em Pernambuco”.
Chaves foi mais além: “São 22 perfis de governadores – da era do interventor Carlos de Lima Cavalcanti, em 1930, até o ex-governador Paulo Câmara – que o autor nos oferece com olhar apurado, texto envolvente e senso histórico aguçado. Cada capítulo é um mergulho em contextos distintos, com suas respectivas urgências, disputas e marcas. Carlos de Lima, Agamenon Magalhães, Barbosa Lima Sobrinho, Cordeiro de Farias, Arraes, Marco Maciel, Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos e tantos outros surgem como personagens vivos, com suas luzes e sombras, todos retratados com o devido respeito, mas sem endeusamentos fáceis.
Com o selo da pernambucana ‘Eu Escrevo Editora’, sob a batuta do cartunista Samuca, e prefácio do jurista e ex-deputado Maurício Rands, o livro se propõe a ir além do público habitual dos compêndios políticos: quer chegar às salas de aula, às mãos dos jovens estudantes e futuros líderes, como leitura formadora, indispensável. E cumpre esse papel com clareza e densidade.
Não é apenas a política factual que nos é apresentada, mas também o espírito de uma época, o sopro das ideias que moviam cada figura retratada. Como bem observou o cientista político Antônio Lavareda, a obra ‘muito contribuirá para o conhecimento da política de Pernambuco’. E como afirmou o jornalista Júlio Mosquéra, ‘há na escrita de Magno o eco das vozes que acreditavam no diálogo, no entendimento, no labor democrático como virtude essencial do homem público’.
Magno Martins não escreveu apenas um livro. Ergueu um farol para futuras gerações. Sua obra é uma trincheira contra o esquecimento, uma celebração da palavra como instrumento de memória e um gesto de gratidão à terra que o forjou como jornalista e cidadão.
A noite de autógrafos, marcada para o dia 9 de junho, no Boteco Porto Ferreiro, na Avenida Rui Barbosa, promete ser mais do que um lançamento: será um reencontro com a própria história. Que Pernambuco se levante em honra de seus leões e de quem lhes oferece, com maestria, as páginas que jamais deixarão de rugir”.
Flávio Chaves é jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras. Colabora com este blog nos oferecendo textos inteligentes, sensacionais e emocionantes.
Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, neste sábado (10), derrubar parcialmente uma resolução da Câmara dos Deputados que visava suspender toda a ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), no caso da Trama golpista.
A unanimidade da Primeira do Supremo formou-se após o voto da ministra Cármen Lúcia. Com a decisão, Ramagem continuará a responder por três dos cinco crimes pelos quais foi denunciado: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.
Os ministros do STF também julgaram que a parte do processo relacionada a outros dois delitos, que teriam ocorrido após a diplomação de Ramagem como deputado, em dezembro de 2022, ficará suspensa.
Isso significa que Ramagem não responderá, durante o mandato, pelos crimes de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Esses delitos estão relacionados ao 8 de janeiro. O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no entanto, voltará a responder por esses crimes depois do fim do mandato.
O que a Câmara votou
A resolução da Câmara, aprovada por 315 votos a 143, previa a suspensão integral do processo contra Ramagem, sob o argumento de que, como parlamentar, caberia à Casa decidir sobre o prosseguimento da ação penal por crimes ocorridos após a diplomação. Porém, a Primeira Turma do STF considerou que a interpretação da Câmara era inválida.
Como votou a Primeira Turma
Os ministros da Primeira Turma do STF fundamentaram a decisão nos limites da imunidade parlamentar, conforme previsto na Constituição. O relator da ação, Alexandre de Moraes, destacou que a imunidade é um benefício individual aplicável somente ao parlamentar (caráter personalíssimo) e se restringe a crimes praticados após a diplomação.
Essa interpretação impede que a imunidade seja aplicada a corréus que não possuem foro privilegiado ou a delitos cometidos antes do início do mandato. Cármen Lúcia afirmou que uma interpretação “mais extensiva”, como a buscada pela Câmara, “esvaziaria uma das funções básicas do Estado de Direito” e privilegiaria a pessoa “sem resguardo da integridade do cargo público”.
Cristiano Zanin reforçou esse entendimento, pontuando que estender a imunidade para corréus não parlamentares ou para delitos anteriores à diplomação seria um “equívoco jurídico”. Ele alertou que a suspensão integral da ação penal resultaria em “efeitos indesejáveis para corréus que, mesmo sem imunidade, teriam seus processos suspensos”. A resolução da Câmara, inclusive, abria uma “brecha para que outros réus fossem beneficiados”.
A decisão do STF também reforça o entendimento de que a imunidade parlamentar não pode ser utilizada para blindar atos ilícitos cometidos antes da diplomação ou estender proteção a terceiros.
Acusações contra Ramagem
Alexandre Ramagem participava do “núcleo crucial” da organização criminosa que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), teria atuado para impedir o funcionamento das instituições democráticas.
Com a unanimidade formada pela Primeira Turma do STF, Ramagem continuará respondendo por três crimes graves no âmbito do STF, enquanto os outros dois permanecem suspensos até o final de seu mandato parlamentar.