Ex-candidato do PT ao Palácio da Batalha, o ex-prefeito Elias Gomes denunciou, neste domingo (14), o que classificou de “um grande vale-tudo pelo poder” na disputa eleitoral de 2024 no município do Jaboatão dos Guararapes. Uma semana após o término do primeiro turno, Elias apontou uso da máquina pública, abuso da fé alheia e “alianças obscuras com figuras reconhecidamente ligadas a práticas à margem da lei” por parte dos adversários.
Ao destacar a situação de vulnerabilidade social da maior parte da população, o ex-candidato condenou mecanismos usados para “confundir o eleitor”, entre os quais a divulgação de pesquisas encomendadas e formuladas em detrimento da legislação brasileira, com indícios de fraude e favorecimento. E criticou a falta de propostas em um momento onde o futuro da cidade deveria ter sido debatido democraticamente.
Leia mais“Houve um episódio no qual o então candidato à reeleição, Mano Medeiros (PL), chegou a antecipar o resultado de um relatório, o que denota conhecimento prévio dos dados”, disse Elias. “Há de se cobrar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) medidas para impedir que pesquisas continuem a incidir na prática de propaganda antecipada devido à falta de isenção de institutos criados às vésperas de um pleito a cada dois anos”, acrescentou.
“Essa foi uma eleição em que vimos clãs e grupos políticos usando à exaustão a tática do fascismo de repetir mil vezes uma inverdade com farta publicidade em horário nobre em diversos meios de comunicação, com uso de dinheiro público, e tudo para apresentar à população uma cidade que não existe. Mas pode-se dizer que tratou-se de uma estratégia esperada diante das medíocres gestões do grupo que se abriga hoje no Partido Liberal tanto em nível municipal quanto estadual”, continuou Elias.
A “ocupação de igrejas e de eventos religiosos” por parte da campanha do prefeito Mano Medeiros, “feita perniciosa e invasivamente”, foi alvo de críticas por parte de Elias, que, durante a disputa, pontuou discordar da utilização de templos como palanque eleitoral. E disse que irá acionar o Ministério Público (MPE) por uma “rígida investigação” tendo em vista que tal prática “fere a ética do princípio do estado laico e desrespeita a Constituição Federal”.
“A cidade vive um grave retrocesso em todas as políticas públicas, com a saúde destruída, a educação desandando, a limpeza e manutenção das áreas populares entregues ao abandono, fora os graves problemas nos morros, na drenagem e no transporte de passageiros, assim como uma segurança pública negligenciada. Observamos ainda a ofensiva eleitoreira que abusou da máquina pública ao coagir servidores a fazer campanha e que, ao aliar-se ao crime organizado, tentou impedir nossa presença em pontos do município”, denunciou Elias.
Segundo o ex-candidato e ex-prefeito, é dado o momento de unir a oposição do campo progressista e democrático para definir-se estratégias afins e fiscalizar rigorosamente a aplicação do erário e o fomento de políticas públicas essenciais à população com foco no desenvolvimento socioeconômico do município. “À oposição sem dono e sem empáfia está dada a tarefa: resistir”, pontuou Elias.
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