O presidente Lula (PT) deixou claro que pretende, não só manter a aliança com o PSB, como também ter Geraldo Alckmin como vice, na eleição de 2026. O petista prestigiou a eleição do prefeito João Campos na presidência nacional do partido, hoje, em Brasília. E ainda defendeu a possibilidade de ter dois palanques de candidatos a governador, onde for necessário. As informações são do Blog Dantas Barreto.
“A minha relação com o PSB é carnal, umbilical. Vocês pertencem a um partido que tem história e símbolos”, disse Lula. E também lembrou que essa construção vem do passado. “Minha ligação com o PSB é histórica, é antiga. A relação com Miguel Arraes era muito forte. Com Eduardo Campos era muito mais forte”, comentou.
Ao cumprimentar Geraldo Alckmin, Lula disse que nenhum cientista político poderia imaginar essa união, depois de um longo período sendo adversários. E que ninguém acreditava na possibilidade de que o ex-filiado ao PSDB entrasse no PSB. “Mas democracia não tem limite”, enfatizou, se referindo à aliança com o PSB e ao seu vice-presidente.
Lula também ressaltou a necessidade de o PT e partidos aliados lançarem candidatos ao Senado onde for possível, para evitar que a direita conquiste a maioria das cadeiras. “Esses caras vão avacalhar a Suprema Corte. Não que a Suprema Corte seja uma maçã doce, mas temos que preservar a democracia”, ressaltou.
Estados
Quando se referiu às alianças estaduais, o presidente não descartou que poderá subir em mais de um palanque. Ele lembrou, justamente, da eleição de 2006 em Pernambuco, quando dois ex-ministros seus disseram que seriam candidatos a governador: Eduardo Campos pelo PSB e Humberto Costa, no PT. Decidimos fazer comícios juntos, em um Humberto falava primeiro, no outro era Eduardo. É assim que podemos fazer em muitos lugares”, disse Lula.
Em Pernambuco, além de ter o prefeito João Campos como pré-candidato ao Governo, a governadora Raquel Lyra trocou o PSDB pelo PSD na intenção de também ficar próxima do presidente Lula.
A ex-ministra do Meio Ambiente de 2010 a 2016, Izabella Teixeira, afirmou na última sexta-feira (30) que o episódio envolvendo a atual ministra da área, Marina Silva, no Senado Federal, foi “inaceitável”. Segundo ela, o desrespeito demonstrado pelos senadores foi com todas as mulheres na política.
“Nós devemos respeito a ela [Marina Silva]. Todos os brasileiros devem respeito. Você pode concordar ou discordar, não é isso? Mas o que eu vi no congresso, o que foi mostrado, foi uma atitude desrespeitosa, inaceitável. E não só ela, as mulheres na política”, declarou. As informações são do Poder360.
Teixeira está em Bonito, no Mato Grosso do Sul, onde participa do Fórum Lide COP30 e conversou com a imprensa. Segundo ela, as mulheres na política são expostas a situações desrespeitosas por alguns.
A sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado, na última terça-feira (27), com a presença de Marina, foi interrompida após um bate-boca entre a ministra e o presidente da comissão, Marcos Rogério (PL-RO). Ela queria mais tempo para responder, mas ele concedeu a fala a outro senador.
“O senhor gostaria que eu fosse uma mulher submissa, mas eu não sou. Eu vou falar”, disse Marina. Na sequência, Marcos Rogério, irritado, disse “agora é sexismo, ministra? Me respeite, ministra. Se ponha no teu lugar”.
Em outro momento, o senador Plínio Valério – que já falou em “enforcar” Marina Silva em um evento de empresários – disse que “a mulher merece respeito, a ministra, não”.
Senadores repudiaram as falas, incluindo a bancada feminina.
O prefeito do Recife, João Campos, assumiu a presidência nacional do PSB por aclamação, hoje, durante o congresso realizado em Brasília. Ao lado do presidente Lula (PSB) garantiu que o partido manterá a aliança, na eleição de 2026. A partir de agora, Campos acumula a função de dirigente do PSB com a gestão municipal. Mas, em abril de 2026, deverá renunciar ao cargo de prefeito para concorrer ao Governo de Pernambuco e costurar as alianças nacionais. As informações são do Blog Dantas Barreto.
“O nosso compromisso democrático vai além da eleição. Tenho certeza que a gente sabe de toda essa construção da vitória em 2022, com a aliança de Lula e Geraldo Alckmin. O PSB vai estar na trincheira certa da história. Nós não vamos titubear”, assegurou João Campos. “Vamos mostrar que o nosso partido está pronto para colher a vitória política ao lado do presidente Lula”, acrescentou.
O compromisso do presidente socialista é superar a atual bancada federal e ampliar o apoio ao Governo Federal, na certeza de que Lula será reeleito. “Você vai receber uma bancada dobrada de tamanho”, falou Campos, ao lado do petista.
Já falando como dirigente, João disse ser uma honra assumir o cargo, num ato que contou com a presença de Lula. Ele também destacou a importância de respeitar a história do PSB, nesse momento de renovação.
“A primeira tarefa de renovar é reconhecer e valorizar a nossa história, a nossa tradição, a essência dos nossos valores, mas também poder construir forma nova, muitas vezes mudando o jeito, mas chegando na essência da base do povo brasileiro. O Brasil vive um novo tempo, onde tem uma maioria que não existia antigamente, seja no campo do empreendedorismo, seja na mistura das religiões, profissões, na fragmentação do cristianismo. Isso tem implicado na vida política. Eu tenho certeza que o Partido Socialista Brasileiro tem uma tarefa nos seus 80 anos de história, um partido que resistiu ao tempo de ditadura e sobreviveu de forma clandestina”, assinalou.
O novo presidente do PSB disse que assume a função, mas que, para avançar e crescer, a tarefa tem que ser conjunta. “Essa é a hora de poder ir mais longe, de fazer esse dever de casa compartilhado. A função da presidência, da liderança, muitas vezes parece solitária, mas com um partido desse tamanho, eu queria pedir ajuda de cada um e cada uma”, enfatizou.
Além de João Campos, também foi eleito o novo Diretório Nacional. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, é vice-presidente nacional do partido; o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, é o secretário-geral; e o deputado federal Pedro Campos ficou com a primeira secretaria.
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), dará hoje um passo a mais para nacionalizar seu nome na política brasileira. Às 14h em Brasília, ele é eleito por aclamação como novo presidente do PSB, assumindo o posto de Carlos Siqueira.
Não é segredo para ninguém que a popularidade digital do prefeito é tratada como um ativo do PSB para concorrer, em um futuro não tão distante, ao cargo de presidente.
“Ele é o principal investimento do PSB hoje, nosso principal ativo político. E nós estamos investindo nele”, afirmou Carlos Siqueira em entrevista ao Podcast Direto de Brasília, na última terça-feira (27), que você pode conferir na íntegra aqui.
Namorado da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), João é um político jovem, de 31 anos, que alcançou sucesso nacional em redes sociais. Ele é o que convencionou-se chamar de “nepo baby”. No caso, ele recebeu a herança de liderança familiar do PSB, seja pelo pai (Eduardo Campos), seja bisavô (Miguel Arraes) — que foram presidentes nacionais da sigla por longos períodos: Arraes entre 1993 e 2005, e Eduardo entre 2005 e 2014.
Visibilidade trará fiscalização maior
Ao mesmo tempo que a ascensão à presidência aumenta a visibilidade, o coloca também como um político mais visado e, por tabela, fiscalizado. “Tudo será examinado: sua gestão no Recife, sua passagem pelo Congresso Nacional, seus posicionamentos públicos, e até mesmo sua vida íntima e familiar”, afirma Arthur Leandro, cientista político da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).
Na quinta-feira, o colunista Flávio VM Costa, do UOL, revelou que o Tribunal de Contas de Pernambuco e o MPF (Ministério Público Federal) investigam indícios de irregularidades em contratos da gestão da Prefeitura do Recife com empresas de engenharia que prestam serviços de manutenção em escolas e unidades de saúde.
A denúncia, que poderia ter repercussão mais local, acabou ganhando escala nacional por conta de seu sucesso.
“A indicação ao PSB tem bônus, mas tem ônus — e isso depende muito dele. O comportamento que ele terá, os resultados políticos, mas também a própria relação que vai estabelecer ao longo desses próximos anos vão contar nesse resultado. Mas acho que, pensando no conjunto da obra, tem mais bônus do que ônus, e acho que João vai ter que saber administrar bem essa situação”, diz Luciana Santana, cientista política da Ufal (Universidade Federal de Alagoas).
Sucesso nas redes
A ascensão do prefeito do Recife passa muito pelo mundo digital. Ele tem 2,9 milhões de seguidores somente no Instagram. Para efeito de comparação, os prefeitos das maiores cidades do país — Ricardo Nunes (MDB), de São Paulo, e Eduardo Paes (PSD), do Rio — têm 1,1 milhão e 868 mil seguidores na mesma rede, respectivamente.
A facilidade em se conectar com o público jovem nas redes é apontado com um trunfo dentro da esquerda, que tem sofrido com a comunicação digital em todas as esferas. Por isso, Siqueira diz que João é a “pessoa certa” para dar continuidade “à auto-reforma, à modernização do partido”.
A ideia é que ele traga consigo uma nova forma de comunicação. Foi essa linguagem popular nas redes sociais que levou João a fazer sucesso fora do Recife e, para muitos especialistas, se tornou decisiva para a vitória acachapante na sua reeleição em 2024 com 78% dos votos válidos.
“Ele pode trazer propostas de desenvolvimento mais inovadores para os municípios, para os estados e, futuramente, para o próprio país. Ele é a pessoa jovem ideal para dar curso a esse programa, o que é uma tarefa monumental; digna dele, se tiver sucesso, se tornar candidato à presidência da República, o que é o nosso projeto”, afirma Carlos Siqueira.
O UOL tentou conversar com João nos últimos dias, mas não conseguiu uma agenda. Em entrevista à Folha, João afirmou que a prioridade de sua gestão no PSB será fortalecer o partido em diversas vertentes. “É preciso ter força eleitoral”, disse.
A ideia é atrair mais políticos e lideranças de peso para dar mais força ao PSB. Foi assim que nos últimos anos o partido conseguiu nomes como do vice-presidente Geraldo Alckmin. “Não tenho nenhuma dúvida de que a gente vai ser um partido progressista com maior crescimento nas próximas eleições”, afirma.
“É preciso ter um diálogo forte em relação aos grandes centros urbanos, o problema da violência urbana é um grande problema hoje. É preciso compreender nichos do agro e comunicar o que está sendo feito”, continua o prefeito.
Eleição ‘simbólica’
Para o cientista político Arthur Leandro, a eleição de João à presidência do PSB representa, ao menos no plano simbólico, um movimento significativo na centro-esquerda brasileira.
“Ele entra no comando da sigla num momento em que o partido busca renovar sua identidade e ampliar sua presença no cenário nacional. E o faz com uma vantagem: já no momento da posse, o dirigente partidário com maior base digital entre os 29 presidentes de siglas brasileiras. O PSB tem assim a maior presença digital dentre as esquerdas brasileiras”, diz.
Mas a eleição vai além das redes sociais. “Há um cálculo político importante, ainda que não explicitado, nos documentos internos do partido: com a dificuldade crescente do PT em se renovar, e na ausência de um sucessor natural a Lula, João Campos se apresenta como um nome viável para assumir parte do protagonismo da centro-esquerda”.
“Essa pretensão, todavia, exigirá muito mais do que números de engajamento: exigirá articulação, capital político real, e um projeto nacional convincente. O momento do PSB, é verdade, é favorável: a legenda foi a que mais elegeu prefeitos no campo da esquerda nas eleições de 2024. Se bem conduzido, pode fazer do PSB um polo de atração para os eleitores desiludidos com o lulismo, mas ainda refratários à direita”, afirma Arthur.
Desafio passa por vitória em Pernambuco
Antes de pensar na Presidência, porém, João terá um duro desafio local. Ele deve renunciar à prefeitura do Recife em abril de 2026 para disputar o governo do estado e ocupar o lugar que pai e bisavô já estiveram.
João hoje lidera as pesquisas com vantagem confortável ante a governadora Raquel Lyra (PSD), candidata à reeleição. Segundo a Real Time Big Data, divulgada em 10 de abril, ele teria 67% votos, contra 22% da rival.
O grupo sabe, porém, que a disputa contra a máquina será dura e que a governadora, após um mau começo, tem melhorado os índices de aprovação no estado.
Uma estratégia de Raquel tem sido a aproximação com o presidente Lula. Recentemente se filiou ao PSD, deixando o PSDB que a elegeu duas vezes prefeita de Caruaru e ao governo do estado.
Na quarta-feira, Raquel e João dividiram palco no evento em Salgueiro (PE) com a presença de Lula. Única dos dois a falar, foi bastante aplaudida pelo público ao ser anunciada. Quando citou o nome de Campos, ouviu um coro de gritos e palmas, mas seguiu o protocolo citando os demais prefeitos presentes.
Raquel começou o seu discurso rasgando elogios a Lula pelas obras no estado, fez postagens nas suas redes sociais com Lula e tenta neutralizar o provável apoio do presidente a João em 2026. Em 2022, ela se elegeu contra Marília Arraes (Solidariedade) em cima do muro entre Lula e Bolsonaro.
Já João deve contar com o apoio formal do PT na chapa e goza de grande prestígio com o presidente Lula e com boa parte do partido em Pernambuco. Por isso, o grupo acredita que Lula não iria se sentir com “palanque dividido”, como ocorrerá em outros estados.
A eleição e posse do prefeito do Recife, João Campos, na presidência do PSB nacional, em Brasília, na tarde deste domingo (1), está cercada de simbolismos. Apesar de não haver sucessão familiar, nem nada que lembre oligarquia, desde que João construiu sua carreira com seus próprios méritos, quando o pai Eduardo Campos e o bisavô Miguel Arraes já haviam falecido, o ato está cercado de simbolismos.
Primeiro, marca a chegado de um político carismático, amado e admirado por seus concidadãos, que atrai a atenção do país. Aos 31 anos, já foi deputado federal duas vezes e é prefeito reeleito de uma das capitais com maior significado político do Brasil.
Segundo, marca a chegada ao protagonismo partidário de uma nova e promissora geração que está apontando para uma renovação natural na política brasileira. Uma simbólica mudança de geracional.
Ato expressivo
Neste sentido, em um ato que já seria muito prestigiado por lideranças e autoridades políticas nacionais, o prefeito do Recife, João Campos, também contará com a presença do presidente Lula no Congresso do PSB, realizado em Brasília. João será aclamado presidente nacional do partido.
O abraço entre Lula e João, que certamente ilustrar a mídia ainda hoje e amanhã, representa o encontro de duas gerações que constroem a história hoje. Lula, com seus erros e acertos, é o maior líder popular do país em todos os tempos. João, com a base sólida que está construindo e o protagonismo nacional que agora assume formalmente, é um sol nascente, uma nova esperança, no exato momento em que os principais atores da política nacional são obrigados a reconhecer que, para eles, o pôr do sol está em curso.
Sintonia
A presença de Lula no evento reforça a relação próxima com o prefeito e a sintonia que deve permanecer entre os dois nos próximos anos. João Campos é o principal nome do PSB na atualidade e representa a renovação geracional no comando da legenda.
O ato também reúne a participação do presidente da Câmara Federal, Hugo Motta e do vice-presidente Geraldo Alckmin, entre outras autoridades, ministros, parlamentares, políticos de quase todos os partidos. O que embute mais uma mensagem: podemos não estar alinhados hoje mas em futuro próximo, quem sabe?
Mensagens
Nesse sentido, João Campos, no decorrer do Congresso Nacional que ocorre desde a última sexta feira, emitiu posições de estadista. Pregou a despolarização, o diálogo, a aproximação do campo Progressista com o centro. Ou seja, as trilhas de um caminho para as políticas nacional, regional e local. Esboço de um novo projeto de país, desejo de todos os brasileiros de boa vontade.
O Correio Braziliense, maior jornal de Brasília, destacou João Campos como promessa de renovação da esquerda. Na publicação feita neste domingo (1º), o prefeito do Recife, que está assumindo a presidência nacional do PSB em congresso realizado na capital federal, é apontado como o nome mais promissor em meio a uma nova geração nesse campo político.
Ao jornal, o novo dirigente defendeu uma frente mais larga para 2026, por meio do diálogo com o centro. “Eu acho que o mundo ideal é que você tenha a maior frente possível na eleição de 2026 e que a esquerda tenha a capacidade de puxar o centro para o perto e não jogar o centro para a direita. É preciso alargar mais. Fazer uma frente realmente ampla em 2026”, afirmou.
Prefeito do Recife (PE), João Campos é novo presidente nacional do PSB. Aos 31 anos, reeleito com 78% dos votos no ano passado, numa ampla coalizão, ocupa um cargo que já foi de seu bisavô, Miguel Arraes (1916-2005), e de seu pai, Eduardo Campos (1965-2014). Formado em engenharia civil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi deputado federal de 2019 a 2020, quando concorreu e venceu a disputa pela prefeitura.
Sua ascensão representa uma tentativa de renovação geracional na política brasileira, se comparada aos demais partidos de esquerda, mesmo considerando que o comando do PSB, até então a cargo de Carlos Siqueira, é compartilhado com políticos mais experientes: o vice-presidente Geraldo Alckmin; os governadores Carlos Brandão Junior (Maranhão), João Azevedo Filho (Paraíba) e Renato Casagrande (Espírito Santo); e os ex-governadores Paulo Câmara (Pernambuco), Márcio França (São Paulo) e Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), tem 62 anos; a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman (PT), 59; o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, 57. O mais novo desse time de esquerda é o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), com 42 anos.
No campo do centro e da centro-direita, os governadores Eduardo Leite (PSD-RS) e Romeu Zema (Novo-MG) têm 40 e 60 anos, respectivamente; a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB-MS), 55. À direita, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) tem 49 anos; e a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro (PL), 43.
João Campos é de uma geração de políticos na faixa dos 30 anos, de diversas tendências, representada na Câmara por Camila Jara (PT-MS), 32 anos; Erika Hilton (PSol-SP), 32; Tabata Amaral (PSB-SP), 31; Pedro Campos (PSB-PE), 30; Nikolas Ferreira (PL-MG), 26; Pedro Rousseff (PT-MG); 24; André Fernandes (PL-CE), 24 anos; e Amom Mandel (Cidadania – AM), 24.
PASSADO E PRESENTE – O PSB foi constituído originalmente por João Mangabeira, Hermes Lima, Antônio Cândido, Bruno de Mendonça Lima, Paulo Emílio Sales Gomes, Sérgio Buarque de Holanda e José da Costa Pimenta, em 6 de agosto de 1947, por integrantes do movimento “Esquerda Democrática”, que defendia a garantia das liberdades civis e política durante o Estado Novo. Tentavam se diferenciar tanto do PCB quanto da UDN.
Extinto pelo regime militar, o PSB foi reorganizado após a anistia de 1979, com o mesmo perfil: um partido de intelectuais progressistas. Entre os seus signatários, estavam os juristas Evandro Lins e Silva e Evaristo de Morais Filho e o escritor Rubem Braga. O linguista Antônio Houaiss foi seu primeiro presidente. O PSB só ganhou projeção política e eleitoral após a filiação de Miguel Arraes, em 1990.
Líder carismático do nordeste brasileiro, Arraes emergiu na política como prefeito do Recife, eleito em 1959, e depois como governador de Pernambuco, eleito em 1962 pelo Partido Social Trabalhista (PST), apoiado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e setores do Partido Social Democrático (PSD).
A chamada Frente do Recife foi uma novidade na política de alianças da esquerda brasileira, que viria a se reproduzir na política de frente democrática que se formou em torno do MDB durante o regime militar. Tanto que, ao voltar do exílio, após a reforma partidária do presidente João Figueiredo de 1979, Arraes permaneceu no PMDB.
O pai de João Campos, Eduardo Henrique Accioly Campos, neto de Arraes, governou Pernambuco por dois mandatos, foi ministro da Ciência e Tecnologia e também foi presidente do PSB. Candidato à presidência nas eleições de 2014, no dia 13 de agosto, morreu num trágico acidente de avião em Santos (SP), em plena campanha eleitoral. Tinha reais possibilidades de derrotar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que foi reeleita.
Com a eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, e a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, a possibilidade de renovação da política brasileira foi bloqueada pela polarização ideológica — a fila dos presidenciáveis foi empurrada para trás. Há um interregno na formação da nossa elite política, cujos quadros são envelhecidos ou ainda estão em formação.
João Campos é uma aposta do PSB de ultrapassagem da polarização, mas não tem idade para ser candidato a presidente da República. Não sabe ainda se permanecerá no cargo de prefeito, disputará uma cadeira do Senado ou o governo de Pernambuco nas próximas eleições.
Sobre 2026, o novo presidente do PSB fala com o DNA do bisavô na Frente do Recife: “Eu acho que o mundo ideal é que você tenha a maior frente possível na eleição de 2026 e que a esquerda tenha a capacidade de puxar o centro para o perto e não jogar o centro para a direita. É preciso alargar mais. Fazer uma frente realmente ampla em 2026”, afirmou.
O presidente Lula (PT) chegou ao XVI Congresso Nacional do PSB, hoje, em Brasília, para prestigiar a eleição do prefeito João Campos para presidente nacional do partido. Mas logo na abertura da cerimônia que marca o encerramento do evento iniciado na última sexta-feira, foi cobrado a manter a Geraldo Alckmin como vice, nas eleições de 2026. O presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos-PB), também está presente no Centro de Eventos Brasil 21. As informações são do Blog Dantas Barreto.
Ainda no cargo de presidente do partido, Carlos Siqueira lembrou a trajetória conjunta entre PSB e PT. “Esperamos que em 2026 estejamos juntos novamente com Lula e Geraldo Alckmin”, disse o dirigente, lembrando que esta aliança vem desde 1989.
Enquanto Lula foi recebido pelos militantes do PSB com grito de guerra “olê, olê, olá Lula, Lula”, o deputado Hugo Motta ouviu “sem anistia”. Os socialistas pressionam o presidente da Câmara a não colocar em pauta o projeto que pretende anistiar quem for condenado por tentar um golpe de estado.
Deputados federais têm abastecido prefeituras comandadas por parentes com recursos milionários por meio de emendas de comissão, um mecanismo orçamentário que vem sendo chamado de “novo orçamento secreto” devido à baixa transparência. Um levantamento feito a partir de dados públicos do orçamento de 2024, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), mostra que pelo menos 30 parlamentares enviaram verbas para cidades governadas por pais, irmãos ou cônjuges.
O total de recursos empenhados a esses redutos familiares ultrapassa os R$ 277 milhões, dos quais R$ 163 milhões já foram efetivamente pagos. Entre os principais casos está o do atual presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que direcionou mais de R$ 22 milhões por meio das comissões de Saúde e Turismo da Câmara, sendo R$ 5 milhões para Patos (PB), administrada por seu pai. Outro exemplo é Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Casa, que patrocinou R$ 10 milhões para Barra de São Miguel (AL), governada por seu pai, Benedito de Lira. As informações são do portal Metrópoles.
A prática também chegou ao Recife. O deputado Pedro Campos (PSB-PE) apoiou o envio de R$ 3,7 milhões à capital pernambucana, onde obteve 30% dos votos que garantiram sua eleição. Desse montante, R$ 866 mil já foram pagos. O parlamentar afirmou que os recursos foram destinados a áreas como saúde, pavimentação e esportes, com base em projetos em andamento na cidade. “Em respeito aos mais de 52 mil votos confiados ao parlamentar por cidadãos do Recife, os quais representam 30% de sua votação, e que esperam do deputado dedicação e trabalho para contribuir com melhorias para a cidade, o parlamentar encaminhou recursos”, afirmou em nota.
As chamadas emendas de comissão (não impositivas) cresceram exponencialmente após a suspensão das emendas de relator pelo STF, em 2022. De R$ 329 milhões naquele ano, saltaram para R$ 6,9 bilhões no ano seguinte. Em 2024, o valor autorizado chegou a R$ 14,2 bilhões. A falta de critérios claros e a dificuldade de rastrear os autores das indicações colocaram em xeque o controle público sobre o uso desses recursos.
A pressão por mais transparência gerou uma crise entre Executivo, Legislativo e Judiciário. O ministro Flávio Dino, do STF, determinou medidas para moralizar o uso das emendas, exigindo que os parlamentares apoiadores sejam identificados. Após negociações, um plano de trabalho conjunto foi homologado no início de 2025, prevendo a divulgação dos nomes dos responsáveis pelas indicações.
Outros parlamentares, como André Fufuca (PP-MA) e Daniel Barbosa (PP-AL), também foram citados por enviar verbas a municípios administrados por familiares. Em notas, eles defenderam que a relação de parentesco não deve ser usada para impedir repasses que beneficiem a população. Já Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT), que apoiou recursos para Cuiabá, então governada por seu pai, alegou que a destinação foi voltada exclusivamente à área da saúde e seguiu critérios técnicos.
Motoristas foram vítimas de uma sequência de assaltos na Rua Capitão Temudo, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, na última quarta-feira (23), durante o horário de pico. Pelo menos sete veículos foram abordados por criminosos armados que chegaram de bicicleta e aproveitaram o congestionamento para cometer os roubos. A ação foi registrada por uma câmera instalada no interior de um dos automóveis.
As imagens, enviadas por uma das vítimas, mostram ao menos três homens invadindo a pista de uma alça de acesso à Ponte Paulo Guerra, no sentido de quem segue para Boa Viagem. Um dos assaltantes se dirige ao veículo de onde partiu a gravação e rende o motorista, exigindo os pertences dele, da esposa e da cunhada que o acompanhavam. Os criminosos levaram celulares, alianças e bolsas. Outros assaltantes agiram simultaneamente em veículos próximos.
A Polícia Militar de Pernambuco informou que vai reforçar as rondas na região para inibir esse tipo de crime. A corporação disse ainda que o policiamento no bairro do Pina é realizado por meio de equipes de motopatrulhamento, guarnições táticas e blitz integradas com a Operação Octopus, que conta com apoio de órgãos parceiros.
Na noite de ontem, o prefeito Rodrigo Pinheiro e a vice-prefeita Dayse Silva participaram da abertura oficial dos polos urbanos do São João de Caruaru, ao lado da governadora Raquel Lyra e da vice-governadora Priscila Krause. A programação teve início com uma coletiva de imprensa na Estação Ferroviária, seguida pelo tradicional corte da fita, que marcou o início da festa na cidade.
Também marcaram presença autoridades como os deputados federais Fernando Monteiro e Mendonça Filho, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros, e os deputados estaduais Wanderson Florêncio, João de Nadegi e Henrique Queiroz, além de secretários estaduais e municipais.
No Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, milhares de pessoas acompanharam uma noite de shows com atrações que exaltaram o forró, a cultura popular e os grandes nomes da música brasileira. A Orquestra de Pífanos de Caruaru e Maestro Mozart Vieira abriram a programação, seguida por Matheus Vini, Ivete Sangalo e Solange Almeida, que animaram o público em uma festa marcada pela diversidade musical, estrutura de qualidade e clima de celebração.
Durante a cerimônia, o prefeito Rodrigo Pinheiro celebrou o sucesso do São João na Roça, que levou o forró autêntico às comunidades da zona rural e destacou o início da festa na cidade. “Estamos abrindo com muita alegria, segurança e sustentabilidade, reforçando Caruaru como palco do melhor e maior São João do mundo. É uma honra ver nossa cidade recebendo tanta gente de braços abertos para viver essa festa linda que movimenta a economia e enche nossos corações de orgulho”, afirmou.
O impasse sobre as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) isolou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que agora vive seu pior momento no governo. Ele disse na quinta-feira (29) que “servir” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é sofrer e ser criticado, mas que há dias que recompensam pelo esforço de se manter no cargo.
A declaração em tom de desabafo foi feita durante uma cerimônia de entregas do Programa Terra da Gente no Paraná. Emocionado, Haddad lembrou do pai, o libanês Khallil Haddad, que era agricultor, semianalfabeto e comerciante.
Os integrantes do PT (Partido dos Trabalhadores) já haviam se incomodado com a péssima repercussão na época do Pixgate, quando a Receita Federal baixou normas para aumentar a fiscalização sobre movimentações mensais acima de R$ 5.000.
Na época, a Secom (Secretaria de Comunicação Social) publicou uma nota com posicionamento favorável às mudanças nas regras. Fez uma campanha contra fake news de taxação do Pix. E, apesar da investida, a enxurrada de críticas derrubou a norma do Fisco, e esse é o mesmo final que está desenhado para o decreto do IOF.
Desta vez, porém, Haddad está sozinho. Não há consenso nem entre pessoas próximas, como é o caso do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o número 2 no Ministério da Fazenda antes de Dario Durigan. O agravante é que, há quatro meses, Haddad havia negado que o governo estudava aumentar o IOF no mercado cambial para frear a saída de dólares.
O decreto do IOF que saiu na última semana foi alvo de diversas manifestações do setor empresarial e de agentes do mercado financeiro. Ex-diretor do Banco Central, o economista Tony Volpon defendeu que a medida era um claro “controle cambial”.
Haddad derrubou parte do decreto em poucas horas, especificamente sobre a parte que tratava da taxação de remessas para o exterior destinadas a investimentos. Para evitar solavancos nos ativos financeiros, agendou uma entrevista com jornalistas para explicar que não vê problema em corrigir rota.
Não será uma simples mudança desta vez. A reação do Congresso foi tão negativa quanto no setor produtivo. Foi dito nos bastidores que o Executivo cortaria emendas parlamentares para negociar a manutenção do decreto, o que certamente irritou o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). O congressista disse que verá “quem está ameaçando e quem está falando a verdade”.
O Poder Legislativo não derruba um decreto presidencial há 25 anos. Tudo indica que, se não houver desistência do aumento do IOF, essa será a solução da Câmara e do Senado. O “clima” é esse, segundo Motta.
O isolamento de Haddad sobre o IOF é evidente, tanto que o presidente da Câmara questionou a ausência de Lula no debate. “O presidente precisa tomar pé dessa situação”, disse. Desde a publicação do decreto, Lula não falou uma vez sequer sobre o assunto.
Leia abaixo as manifestações que deixam o ministro sozinho:
• Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara – “Quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor. O Executivo não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar. O Brasil não precisa de mais imposto. Precisa de menos desperdício”;
• Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Senado – “Que esse exemplo do IOF dado pelo governo federal seja a última daquelas decisões tomadas tentando, de certo modo, usurpar as atribuições do Legislativo […] Poderiam ter buscado diálogo, a conciliação, a pacificação e o entendimento. Tomaram uma decisão unilateral”;
• Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central – “Em debates anteriores, há um tempo atrás, em qualquer momento que se discutia o IOF como alternativa para persecução da meta, eu, pessoalmente, nunca tive muita simpatia pela ideia. Eu não gostava da ideia”;
• Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil – “O assunto está encerrado, superado. Temos que pensar nossas energias, nossa cabeça voltar para esse tipo de atividade, que é o que interessa à população”;
• Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais – disse que Haddad falou sobre as mudanças nas alíquotas do IOF em reunião, mas não chegou “a abrir com detalhes onde ia mexer”. Completou: “Como a medida não estava aberta e o Haddad é sempre muito cioso disso, OK, todo mundo aceitou, foi”;
• Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara e relator da reforma do Imposto de Renda – “É inadmissível que em uma ação como essa, o presidente da Câmara e o presidente do Senado não tenham sido chamados para uma conversa prévia. Minha impressão é que ele [Haddad], neste momento, vai sofrer para defender [o aumento] dentro do governo e dentro do Parlamento”;
• Isaac Sidney, presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) – “Nós mostramos para o ministro Haddad e seus secretários que o impacto no custo do crédito é severo. É um impacto para o crédito das micro, pequenas e médias empresas […] Pode significar no custo efetivo total de uma operação de curto prazo uma variação de 14,5% a 40% em termos de taxa de juros”;
• Ricardo Alban, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) – “Agradeço ao deputado Hugo Motta pela posição pública diante do aumento da carga tributária. Não somos contra o Brasil, mas somos a favor do equilíbrio e do bom senso”;
• IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) – defende que o novo decreto eleva o custo das mercadorias e pressiona a inflação. Impacta o custo das operações de 14,5% a 38,8%.
Esvaziamento de estratégias
Mesmo fragilizado, Haddad não deve cair. Lula não tem opção para o lugar. Além disso, parte dos agentes financeiros defende que, em termos do desempenho dos ativos financeiros e da agenda fiscal, seria pior sem ele. Mas há dúvidas sobre o desfecho político do decreto do IOF.
A sensação que fica é de que se esgotaram as estratégias da equipe econômica para equacionar o déficit fiscal. Afinal, apesar do custo político, é necessário pouco empenho técnico para decidir por uma alta de tributos via decreto presidencial.
A proposta é uma saída para uma série de frustrações das medidas dos últimos anos. No Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, a equipe econômica citou mais de R$ 80 bilhões que foram retirados das projeções de receita.
O pacote fiscal foi desidratado no Congresso. Era esperado um impacto de R$ 30,6 bilhões e não será nem perto disso. A última cifra apresentada por Haddad era de R$ 19 bilhões. Haddad tenta obter do Legislativo uma responsabilidade fiscal, que cada vez será menor à medida que as eleições de 2026 se aproximam.
Apesar de alguns afagos públicos, como do presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, Haddad ficou isolado com decreto do IOF debaixo do braço. Enquanto isso, Lula silencia desde 22 de maio.
A crise entre Fernando Haddad e Rui Costa, dois dos principais ministros do governo Lula, atingiu um novo patamar com a polêmica envolvendo o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O episódio expôs ainda mais as divergências internas na administração federal.
Desde o início do governo, a relação entre o Ministério da Fazenda e a Casa Civil tem sido marcada por tensões. O perfil mais austero de Haddad contrasta com a postura de Rui Costa, que defende maiores gastos e entregas imediatas. As informações são do blog da Jussara Soares.
O anúncio do aumento do IOF, seguido de sua revogação parcial apenas seis horas depois, gerou narrativas divergentes entre os ministérios. Fontes do Palácio do Planalto alegaram que a Fazenda não forneceu detalhes suficientes para uma análise adequada dos impactos da medida. Por outro lado, representantes da Fazenda afirmaram que o decreto não teria sido assinado sem discussão prévia com a Casa Civil.
A controvérsia se estendeu ao Congresso Nacional, onde a medida foi mal recebida. O presidente da Câmara, Arthur Lira, alinhado com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, alertou sobre a possibilidade de derrubar o decreto presidencial. Um prazo até 10 de junho foi estabelecido para que o governo apresente uma alternativa à alta do IOF.
Governo pressionado a encontrar solução
O Palácio do Planalto e a área econômica agora enfrentam o desafio de elaborar uma proposta alternativa, mesmo com Haddad tendo declarado anteriormente que não havia outras opções. A situação evidencia a capacidade do governo de criar suas próprias crises, tropeçando em seus próprios planos.
Este episódio do IOF não apenas amplia a disputa interna entre ministros, mas também ressalta a dificuldade do governo em articular medidas econômicas sem gerar conflitos internos e externos. A habilidade da administração em superar esses obstáculos será crucial para a estabilidade e eficácia do governo nos próximos meses.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve encerrar amanhã a tomada de depoimentos de testemunhas de acusação e defesa do chamado núcleo crucial da trama golpista. Concluída esta etapa, a ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados avança, deixando mais próximos os interrogatórios dos réus.
Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa que teria atuado para manter de forma ilegal o ex-presidente no poder mesmo após derrota nas urnas. O grupo responde por cinco crimes, como golpe de estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Até agora, a Primeira Turma tomou o depoimento de 51 testemunhas.
Na audiência desta segunda, será ouvida a última testemunha: o senador Rogério Marinho (PL-RN), que foi indicado pela defesa de Bolsonaro e do general Walter Braga Netto.
Avaliação
Na avaliação de investigadores ouvidos de forma reservada, os depoimentos dos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica deram mais detalhes de como se desenvolveram as tratativas para a tentativa de golpe. E ganham ainda mais peso porque as testemunhas têm proximidade com os fatos.
Outro ponto é que os depoimentos ocorrem na instrução criminal – momento de produção de provas perante o Judiciário.
Para esses investigadores, as defesas não trouxeram elementos que conseguiram desmontar a versão da PGR, sendo que algumas testemunhas, inclusive, reforçaram encontros e movimentos que indicariam as tratativas golpistas.
No recebimento da denúncia, ministros da Primeira Turma ressaltaram que agora cabe à PGR provar, sem deixar qualquer dúvida, o papel central de cada réu.
Ao longo das audiências, as defesas exploraram que os réus não participaram de nenhuma trama golpista e nem dificultaram a transição para o governo Lula.
Os advogados consultaram se militares, servidores públicos e políticos próximos a Bolsonaro e outros réus foram informados ou discutiram após o segundo turno das eleições qualquer movimento de ruptura institucional.
Próximos passos
Com o fim dos depoimentos das testemunhas, o relator, ministro Alexandre de Moraes, deve pedir que a PGR e as defesas informem se querem produção de novas provas e diligências para esclarecer os fatos. Os advogados podem requerer perícias e acareações, por exemplo. Os pedidos devem ser requeridos em até cinco dias.
Depois, os interrogatórios dos réus devem ser marcados. Há expectativa de que eles sejam conduzidos diretamente pelo ministro Alexandre de Moraes.
A expectativa no Supremo é de que o julgamento que vai decidir se Bolsonaro e sete aliados serão absolvidos ou condenados ocorra no segundo semestre.
Meu conterrâneo Nill Júnior, diretor da rádio Pajeú, de Afogados da Ingazeira, também criou um elo com Arcoverde. Enquanto o meu é o do amor, a aconchegante choupana que divido com minha Nayla Valença, o dele é de trabalho: o podcast que apresenta às quintas na TV LW, com transmissão simultânea pela rádio Itapuama.
No nosso vai e vem para a chamada terra do Cardeal, criamos a confra das quintas no restaurante Ferreira, o melhor da cidade. Na última quinta, a caminho do Recife, Nill chegou para o nosso momento de relax com toda a sua tropa familiar, liderada pela simpática Manu, a mandona da casa.
Tivemos também a companhia de Edilson Xavier, o advogado mais bem informado e antenado com os fatos da política regional.
O Governo de Pernambuco garantiu mais de R$ 4 milhões para realizar obras na estrutura do Campus da Universidade de Pernambuco (UPE) em Petrolina, no Sertão do São Francisco. A iniciativa foi divulgada ontem pela reitora Socorro Cavalcanti, em vídeo publicado nas redes sociais. A gestora destacou ainda que os recursos foram assegurados pela governadora Raquel Lyra e que um projeto está sendo tocado pela universidade para iniciar a reforma.
“Desde o final de abril, quando recebemos da equipe de engenharia da UPE um laudo técnico mostrando a situação do telhado do bloco A, temos tomado as providências necessárias. Já há uma comissão montada com o vice-reitor, professor José Roberto, que é engenheiro civil, e representações estudantis, dos professores e de servidores da unidade. A partir do mês de junho, serão iniciados os trâmites para que a estrutura da coberta, que é de madeira, seja substituída por metal”, afirmou a reitora.
Neste mês de junho, a comissão da UPE atuará na elaboração de um projeto para detalhar a reforma. O Governo de Pernambuco aguarda a conclusão desse processo e a expectativa é de que o contrato de obras seja concluído até o final de julho, quando deverão iniciar as obras. A estimativa para conclusão é de 18 meses.
A Secretaria Estadual de Educação (SEE) e a Gerência Regional de Educação (GRE) de Petrolina atuarão de maneira conjunta para disponibilizar ao público da UPE um espaço para que as atividades de ensino e pesquisa continuem sendo realizadas.
Na semana passada, o radialista Marcos Lima, da rádio Cultura de São José do Egito, berço da poesia no Sertão do Pajeú, que visitei com minha Nayla para conhecer a Expovale, promovida pelo meu amigo Painha, da Faculdade Vale do Pajeú, fez uma selfie comigo e postou no seu Instagram com uma brincadeira: “Por onde anda Magno Martins?”
Antes da foto, me confessou que fica impressionado com meu vai e vem pelos céus e estradas deste país de imensa amplidão territorial. Nos últimos dias, depois do podcast Direto de Brasília, tenho viajado mais do que da conta. Para mim, viajar sempre foi uma aventura prazerosa.
Na produção do meu primeiro livro “O Nordeste que deu certo”, lançado em 1993, com prefácio de Ciro Gomes, percorri 10 mil km nos nove Estados do Nordeste, de carro, avião e barco. Com “Reféns da seca”, prefaciado por um Maciel Melo choroso a cada frase que escrevia, por ser o livro mais doloroso que já escrevi sobre os esquecidos retirantes da seca, sem água e pão, também foram 8 mil km em quatro Estados nordestinos.
Para grandes escritores, viajar é muito mais do que apenas mudar de lugar. É uma oportunidade de crescimento pessoal, de ampliação da visão de mundo e de inspiração para a escrita. A viagem pode ser encarada como uma forma de conhecer a si mesmo e ao mundo, de vivenciar diferentes culturas e de descobrir novas perspectivas.
O grande Drummond, em “Infância”, utilizou a viagem como metáfora para a leitura e a descoberta de novos mundos. Albert Camus, escritor, filósofo, romancista e jornalista franco-argentino, viajava para se distanciar da solidão e da angústia existencial, buscando uma nova perspectiva sobre a vida.
Na música, viajar também é um tema recorrente. Na canção “Seguindo No Trem Azul”, de Roupa Nova, a imagem do trem é vista como um símbolo de viagem e aventura. Em “Amanheceu, Peguei a Viola”, de Renato Teixeira, a melodia e a letra evocam a liberdade de viajar e a conexão com a natureza. E o grande Gonzagão, em “Vida de Viajante”, celebra a vida de quem está sempre em movimento.
Mário Quintana disse que viajar é mudar a roupa da alma, colocar a vida em uma constante aventura, levar sonhos pelo mundo e trazer de volta as recordações. Viajar é viver. As viagens são os viajantes, como disse Fernando Pessoa: “O que vemos não é o que vemos, senão o que somos”. “O mundo é um livro e aquele que não viaja lê sempre a mesma página”, escreveu Santo Agostinho.
Viajar, na verdade, pode até ser cansativo em alguns momentos, mas nunca é enfadonho. É a janela que se abre para bons momentos na vida, boas companhias e boas risadas. O novo se faz presente sempre de uma forma especial. Mas é preciso ter espírito aventureiro e desbravador para espantar qualquer solidão, se surgir à frente.
Porque existem os pessimistas e desanimados, que encaram as viagens imprevisíveis, resumidas em dois momentos: o choro na chegada e o silêncio na despedida. Não enxergo assim. Em momentos de inspiração viajo a lugares inimagináveis para sonhar, onde mentes brilhantes se encontram, para falar do que é efêmero, mas também do que é eterno.
Há momentos, paradoxalmente, que me assombro com cada quilômetro percorrido, cada refeição, cada pessoa que conheço, cada quarto em que durmo. Por comum que pareça, há momentos em que tudo fica além da minha imaginação. Mas gosto, confesso que sou apaixonado.
Talvez seja meu espírito de repórter aventureiro ou a herança, o DNA da minha avó Marinha, mãe do meu pai, que de tanto viajar morreu na estrada, num acidente em Cabrobó, no Sertão do São Francisco, com 94 anos de idade.
Viajar, para mim, por fim, é como as páginas em branco de um livro esperando ser preenchidas com histórias, momentos, vivências, experiências e saudades. Tem o poder de trazer esse pacote e tocar meu coração. Na viagem do avião da vida, em céu de brigadeiro, aproveito os momentos felizes e maravilhosos. E nos momentos de turbulência, crio asas flexíveis para poder suportar.
BYD Song Plus fica mais tecnológico e custa R$ 250 mil
Em 2024, mais de 17 mil unidades do BYD Song Plus, um SUV híbrido plug-in, foram vendidas no país. Mesmo assim, os chineses não se acomodaram: a linha 2026 do acaba de chegar com um visual global repaginado, conectividade inteligente e upgrades de conforto, mecânica e tecnologia. E ainda tem uma versão ‘premium’.
“O Song Plus 2026 não é uma simples atualização”, diz Alexandre Baldy, vice-presidente Sênior da BYD. “Mantivemos tudo o que fez dele um sucesso e adicionamos o que o consumidor brasileiro pediu: mais conectividade e um design que impressiona até quem já conhece a marca”, comenta. Aliás, o design do BYD Song Plus sempre foi seu cartão de visitas. Quando chegou ao Brasil, trouxe linhas que mesclavam a robustez de um SUV com a aerodinâmica de um sedã.
A versão 2026 radicaliza nessa identidade: os faróis Dragon Face 3.0 ganham contornos mais afiados, a parte frontal se integra organicamente às novas rodas de 19″, o sistema Infinity by Harman com 1 subwoofer agora também equipa o novo modelo. O console central “Heart of Ocean” segue um movimento que acompanha a demanda por designs mais sóbrios e premium.
Diretamente no para-brisa – A tecnologia ganha destaque especial: o head-up display projeta velocidade e dados do sistema Adas diretamente no para-brisa, enquanto o BYD App com chave NFC/Bluetooth permite controlar o veículo remotamente, mesmo sem internet. O modelo manteve a tecnologia Dual Mode, que entrega eficiência energética, baixo consumo de combustível, desempenho de direção e conforto. A bateria Blade proporciona 100 km de autonomia no modo 100% elétrico e 63 km pelo padrão do Inmetro.
Versão Premium – Ela vem com bateria Blade 26,6 kWh (ante 18,3 kWh da anterior) que oferece até 135 km de autonomia elétrica e 87 km pelo Inmetro. A recarga rápida de 18 kWh DC, novidade nesta versão, significa bateria cheia em menos de 1h30, ideal para quem não tem tempo a perder. O Song Plus e Song Plus Premium chegam ao mercado brasileiro com o preço público de R$ 249.990 e R$ 299.800, respectivamente.
Versys 1100 SE Grand Tourer – A Kawasaki acaba de lançar no Brasil a nova Versys 1100, que estreia novo motor de maior cilindrada, tecnologias de assistência ao piloto e soluções voltadas para o conforto em viagens longas. Ela, que é projetada para o turismo esportivo on-road, chega ao mercado em duas versões – Versys 1100 e Versys 1100 SE Grand Tourer. O motor passa de 1.043 cm³ para 1.099 cm³, entregando 135 cv de potência e torque máximo de 112kgfm. A nova configuração com 14% mais e potência e 11,4% de torque proporciona acelerações mais vigorosas, retomadas seguras em alta carga e excelente desempenho em qualquer faixa de rotação.
O motor também recebeu melhorias no cabeçote, corpo de borboleta, injeção e arrefecimente, resultando em pilotagem mais suave e eficiente, tanto do ponto de vista da economia de combustível quanto da emissão de poluentes. Com ECU atualizada e novos perfis de comando, a resposta ao acelerador passa a ser ainda mais contundente em todos os regimes, mas sobretudo nas médias rotações, que são as mais utilizadas. A Versys 1100 está prevista para chegar aos concessionários autorizados Kawasaki de todo o Brasil na primeira quinzena de junho. Confira os preços:
Versys 1100: R$ 78.890 – com frete incluso Versys 1100 SE Grand Tourer: R$ 100.990 – com frete incluso
Titano com novo motor – A linha 2026 picape média Titano chegou com renovações estéticas e uma nova mecânica. Ah, e ganhou nova nacionalidade: em vez de montada no Uruguai com peças vindas da China, agora é produzida na Argentina. A melhor das novidades é o motor 2.2 turbodiesel, que equipa a Ram Rampage, o Jeep Commander e a Fiat Toro e rende 200cv e 45,9kgfm e tem transmissão automática de oito velocidades.
Isso significa que o modelo absorve 11% a mais de potência e 12% de torque. Vale lembrar: o 2.2 anterior rendia 180 cv e 40,8 kgfm, com transmissão automática ou manual de apenas seis velocidades. Dados do Inmetro mostram que, agora, o modelo consome 9,9 km/l na cidade e 10,8 km/l de diesel – ou 16% mais econômica. Sem falar que ficou mais rápida, indo de 0km/h a 100 km/h em 9,9s.
Confira, abaixo, preços e versões:
Endurance (manual) – R$ 233.990 Volcano AT – R$ 263.990 Ranch AT – R$ 285.990
A Titano passou por outras mudanças, uma delas corrigindo um grave problema da versão anterior: a suspensão. A nova calibração, segundo a Fiat, oferece mais conforto e estabilidade em terrenos irregulares. Ela também ganhou direção elétrica. E mais: na questão da segurança, ganhou freio a disco nas quatro rodas — sendo que a versão topo de linha passa a ter um pacote de assistências à condução com controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência e monitoramento de ponto cego.
As mudanças no para-choque para inserir os sensores de automação também foram brecha para que a Fiat desse um retoque no visual dianteiro. O para-choque traseiro, por sua vez, segue a cor do novo skid plate (ou “peito de aço”). Para aperfeiçoar o interior, a Fiat incluiu nova alavanca de câmbio ao estilo manche e freio de estacionamento elétrico, no lugar do freio de mão. A versão Ranch também ganha novo quadro de instrumentos com tela colorida de sete polegadas e a família recebe nova central multimídia de dez polegadas, com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. De acordo com a Fiat, a Titano 2026 entra em pré-venda a partir de junho. As entregas começam em julho.
Novo Kicks será lançado em 16 de junho – O completamente renovado SUV compacto da Nissan já tem data para dar as caras oficialmente: 16 e 17 de junho, em evento no interior de São Paulo. Ele chega para tentar tomar mercado de SUVs como o Creta (Hyundai), com o Compass (Jeep) e o T-Cross da Volkswagen. A nova versão do Kicks surge mais robusta, com quatro versões bem diferenciadas e preço competitivo. O motor do Kick ‘s 2026 é o 1.0 turbo flex — tornando o modelo “esperto” no meio urbano e “eficiente” nas rodovias. Serão quatro versões.
A de entrada é a Sense — mas que vem com seis airbags e frenagem autônoma. A segunda é a Advance, que une a estes itens uma central multimídia de 12,3 polegadas e uma câmera 360 0. A terceira terá também sistema de som Bose e retrovisor eletrocrômico. A quarta versão, a Platinum, é a topo de linha e adiciona a todos os ítens anteriores e mais o teto solar e rodas com 19 polegadas.
Preços – O novo Kicks será vendido com preços entre R$150 mil e R$180. Para produzir o Kicks 2026, a Nissan, em — praticamente — dois anos, investiu R$2,8 bilhões na construção de uma planta específica para ele, contratou mais de mil novos colaboradores e turbinou a sua fábrica em Resende, no Rio de Janeiro. A nova planta tem a capacidade de fabricar 32 novos Kicks por hora e pretende exportar para pelo menos 20 países latino americanos.
Chega o Scudo turbodiesel 2.2 – O Fiat Scudo começou a ser comercializado com nova motorização anunciada no início do ano. O modelo disponível nas versões Cargo e Multi agora é equipado com motor 2.2 turbodiesel. Com ele, o Scudo ficou mais potente, passando a entregar 150 cv e 370 Nm de torque, o que representa 30 cv a mais e 23,2% de aumento no torque. A mudança trouxe melhorias no consumo — e os números chegam a 12,4 km/l na cidade e 13,7 km/l na estrada, ficando 4,2% e 15,1% mais econômico, respectivamente.
O modelo mantém sua ótima capacidade de carga de até 1,45 tonelada, com um comprimento de 5,3 m, 6,1 m³ de volume e 1,97 m de altura, uma configuração que permite a agilidade necessária no ambiente urbano, acessando lugares que veículos maiores não conseguem e contando com a inteligência da porta traseira dupla, com abertura de 180 graus, além da porta lateral deslizante, que facilitam o momento de carga e descarga.
Preços
Scudo Cargo – R$ 223.990,00 Scudo Multi – R$ 229.990,00
Ford F-150 Tremor – A nova picape esportiva da marca norte-americana começa a ser vendida no Brasil com uma proposta inédita na categoria: além do desempenho superior todo-terreno, com a força do motor Coyote V8 e tração inteligente 4WD, a F-150 Tremor se destaca pela versatilidade e conforto para o uso diário. Os seus recursos off-road incluem suspensão exclusiva, pneus All-Terrain, protetores metálicos, bloqueio eletrônico do diferencial traseiro e diferencial dianteiro Torsen. Outra novidade é o Pro Power Onboard, gerador embarcado com tomadas de 127 V que permite a conexão de equipamentos e ferramentas elétricas. Completa e com preço de R$ 580 mil, a F-150 Tremor chega para ocupar o topo da linha, ao lado das versões Lariat e Lariat Black.
Carro eletrificado e o preço dos seguros – Nos últimos 12 meses, o Brasil registrou um impressionante crescimento de 200% na venda de carros elétricos e híbridos, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), sinalizando uma mudança no comportamento do consumidor em busca de opções mais sustentáveis e econômicas no setor automotivo. Parte desse avanço tem sido impulsionada pela chegada de modelos importados, especialmente da China, que, segundo relatório da associação das fabricantes de automóveis de passeio de lá, a CPCA, aumentou em 536% as exportações de carros eletrificados para o mercado brasileiro entre janeiro e abril do último ano, colocando o país em destaque no radar das montadoras asiáticas.
Embora os carros elétricos compartilhem algumas características com os veículos tradicionais, eles apresentam peculiaridades e muitas vezes recebem atendimento diferenciado das seguradoras. Quer dizer: além da cobertura tradicional para colisões e roubos, o usuário pode ser contemplado também com serviços exclusivos, como assistência em caso de falta de carga e pontos de recarga gratuitos.
Segundo levantamento de mercado, os valores médios de seguro para veículos elétricos e híbridos tendem a ser mais altos do que os convencionais. No entanto, isso não significa que o custo do seguro seja mais elevado, mas sim que ele está diretamente relacionado ao valor do automóvel. A principal diferença no preço do seguro está na franquia, que é mais cara devido ao custo mais elevado das peças desses veículos.
Acima dos R$ 5 mil – Para se ter uma ideia, o seguro de um Seal sedã 2024 pode ultrapassar os R$ 5.800, representando cerca de 2,4% do valor do veículo, enquanto para modelos como o BYD Song Plus Premium e o Haval Great Wall Premium giram em torno de R$ 5 mil, com percentuais próximos a 1,9% e 1,86% do valor de tabela, respectivamente. “Isso ocorre porque eles demandam uma abordagem diferenciada, devido a aspectos como custo de reposição de peças, que na maioria das vezes são importadas, além da mão de obra especializada, que tende a ser mais cara em carros elétricos e híbridos. Somado a isso, as seguradoras precisam adaptar seus processos, treinar seus funcionários e redes de assistência para lidar com a nova tecnologia presente nesses carros, o que também impacta no custo final”, comenta Marcelo Biasoli, Country Manager da 123Seguro no Brasil.
Maior oferta – A tendência é que, conforme o mercado de carros elétricos se expande, o de seguros também evolua, com maior oferta de planos e uma redução nos preços ao longo do tempo. O cenário é positivo; segundo a ABVE, só em 2024, as vendas de veículos elétricos e híbridos no Brasil atingiram um recorde, com 177.358 unidades emplacadas entre janeiro e dezembro, representando um aumento de 89% em relação ao ano anterior. “Independentemente do tipo de carro, ter um seguro é essencial para proteger o investimento do consumidor.
Quando falamos de elétricos e híbridos, essa necessidade se intensifica, já que são veículos com tecnologias avançadas e um custo de reparo mais alto”, completa Biasoli. O seguro para carros elétricos e híbridos geralmente cobre os mesmos itens que os seguros tradicionais, como colisão, roubo, incêndio e danos causados por desastres naturais. No entanto, algumas seguradoras estão oferecendo coberturas específicas para esses veículos, como assistência 24h especializada, cobertura de danos à bateria e à infraestrutura de recarga.
Saiba como cuidar bem dos seus pneus – Manter os pneus do veículo em boas condições é extremamente importante para garantir a segurança, economizar recursos e prolongar a vida útil. Um dos principais cuidados preventivos recomendados é o rodízio dos pneus, que ajuda a evitar o desgaste irregular ou precoce. Para realizar o rodízio de forma eficaz, é importante seguir as orientações do manual do proprietário do veículo. A maioria das montadoras recomenda que o procedimento seja feito a cada 5.000 a 10.000 km, mesmo que não haja sinais visíveis de desgaste. Hugo Terazaki, gerente de Serviços Técnicos da Dunlop Pneus, destaca que o rodízio é um procedimento simples, mas fundamental para uma condução segura e confortável, além de aumentar a vida útil dos pneus.
Cuidados ao realizar o rodízio – O primeiro passo para um rodízio seguro e eficiente é encontrar uma loja com profissionais qualificados. A experiência desses especialistas é essencial, pois a montagem correta dos pneus é crucial. Alguns pneus precisam ser instalados com um sentido de rotação específico ou possuem um lado determinado para montagem. Montagens incorretas podem afetar a dirigibilidade e a segurança do seu veículo.
Por isso, confiar em profissionais assegura que seu carro funcione sempre da melhor maneira possível. Para que o procedimento seja realizado de forma eficaz, é importante seguir o esquema de rodízio indicado pelo manual do veículo. É importante lembrar que o rodízio não corrige problemas de desgaste causados por pressões inadequadas ou componentes mecânicos danificados. Para isso, é necessária uma avaliação técnica.
Alinhamento e balanceamento – Após realizar o rodízio dos pneus, é altamente recomendável realizar o alinhamento e o balanceamento do veículo. O alinhamento ajusta os ângulos das rodas, promovendo economia de combustível, prevenindo acidentes e garantindo uma direção mais estável. Já o balanceamento elimina vibrações, proporcionando maior conforto e evitando desgastes prematuros. Além do rodízio, o balanceamento deve ser feito em situações como:
Troca de pneus;
Impactos fortes, como buracos ou meio-fios;
Vibrações no volante em velocidades acima de 50 km/h.
Já o alinhamento é recomendado a cada 10.000 km, mesmo que não haja sinais de desalinhamento. Consultar o manual do proprietário é essencial para verificar os intervalos adequados. “Manutenções preventivas, como o rodízio, alinhamento e balanceamento, são passos fundamentais para assegurar a performance dos pneus e a segurança do veículo. Seguir as orientações do fabricante e realizar inspeções regulares são atitudes que fazem toda a diferença na vida útil dos pneus e na experiência ao dirigir”, conclui Terazaki.
Para otimizar, a Dunlop sistematizou os benefícios do rodízio, alinhamento ou balanceamento em um quadro:
BENEFÍCIOS
Rodízio de pneus
Alinhamento dos pneus
Balanceamento dos pneus
Desgaste uniforme
Desgaste uniforme dos pneus
Condução suave
Aumento da vida útil dos pneus
Melhoria na dirigibilidade
Redução de vibrações
Melhor desempenho e segurança
Aumento da segurança
Aumento da vida útil dos pneus
Economia de combustível
Direção precisa
Eficiência no consumo de combustível
Detecção de problemas mecânicos
Frenagem otimizada
Menos desgaste no veículo
Cumprimento de garantias
Resposta rápida em manobras
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.