A governadora Raquel Lyra (PSD) enfrenta novas críticas em relação à falta de apoio do Governo do Estado aos estudantes da rede pública estadual. Depois da crise envolvendo os 700 alunos do Ganhe o Mundo, que ainda aguardam solução para embarcar ao intercâmbio nos Estados Unidos e Canadá, agora o caso é da Olimpíada Brasileira de Tecnologia (OBT) 2025. Alunos da Escola de Referência em Ensino Médio Engenheiro Lauro Diniz, no bairro do Ipsep, no Recife, gravaram um vídeo pedindo ajuda diretamente à governadora para participar da etapa nacional da competição, que acontecerá em São Paulo.
Apesar de aptos a participar do evento e com ótimo desempenho, os estudantes só tiveram garantidos transporte em ônibus e hospedagem, sem direito a alimentação. Segundo relatos, eles poderiam ter recebido passagens aéreas e vales-alimentação, o que reforça a sensação de negligência por parte do governo com talentos da rede pública. A situação chama atenção por se repetir: no caso do Ganhe o Mundo, os alunos completaram todas as etapas do programa, deveriam ter viajado em março, mas seguem sem respostas do governo, mesmo após a aprovação de uma lei do vice-presidente da Alepe, deputado Rodrigo Farias (PSB), que garante a manutenção da viagem.
Leia maisFarias criticou duramente a condução da política educacional do governo estadual. “A gestão da educação em Pernambuco está sem prioridade, sem rumo e sem sensibilidade. As olimpíadas de conhecimento são portas abertas para o futuro de jovens talentos, e o Estado simplesmente vira as costas para eles”, afirmou o parlamentar.
O deputado também anunciou que vai protocolar um pedido de informação à Secretaria de Educação de Pernambuco, cobrando transparência e respostas sobre o apoio institucional à participação de estudantes em olimpíadas de conhecimento. O pedido inclui questionamentos sobre a existência de políticas públicas, dotação orçamentária, critérios de seleção, dados atualizados de apoio e a resposta oficial no caso específico da EREM Engenheiro Lauro Diniz.
As olimpíadas científicas e tecnológicas oferecem muito mais que medalhas: elas garantem acesso facilitado a universidades, bolsas de estudo, reconhecimento acadêmico e desenvolvimento pessoal e profissional. Ignorar esse potencial, segundo Rodrigo Farias, é desperdiçar oportunidades e desestimular alunos que se esforçam para transformar suas histórias através da educação.
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