Obras da barragem de Panelas II são retomadas com recursos garantidos pela bancada federal

A conclusão da última fase da barragem de Panelas II, que teve a ordem de serviço assinada pela governadora Raquel Lyra na última terça-feira (30), só vai ser possível graças ao empenho da bancada federal, que é liderada pelo deputado Augusto Coutinho. Em vídeo enviado ao blog, o parlamentar afirmou que desde 2019, a bancada já destinou R$ 46 milhões para a construção da barragem localizada em Cupira, Agreste de Pernambuco.

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O prefeito de Itapetim, no Sertão do Pajeú, Adelmo Moura (PSB), que encerra seus oito anos de mandato com quase 90% de aprovação, fez uma exposição da frota municipal adquirida ao longo de suas gestões. A iniciativa destacou o avanço significativo da infraestrutura do município, em comparação ao cenário encontrado em 2005, quando assumiu a administração, depois de vencer o grupo do ex-prefeito Zé Lopes. Na época, o município não contava com veículos funcionais, apenas destroços sucateados.

Agora, Adelmo deixa como legado uma frota robusta e em pleno funcionamento, composta por mais de 70 veículos, incluindo 15 ônibus, mais de 20 veículos de frota leve, 5 ambulâncias, 2 motoniveladoras, 4 retroescavadeiras, 5 tratores, pá carregadeira, pipa, caçamba, Unidade Móvel de Saúde, 1 UTI Móvel, 2 caminhões coletores, 12 motocicletas e 01 ambulância do SAMU.

“Recebi um município sem estrutura, mas, com muito trabalho e dedicação, conseguimos reverter essa situação. Hoje, entregamos uma frota completa e funcional, pronta para continuar atendendo a população com qualidade e eficiência”, destacou Adelmo Moura.

A frota será entregue à prefeita eleita, Aline Karina, apoiada por Adelmo, que assume a gestão municipal no dia 1º de janeiro. A administração atual, marcada por altos índices de aprovação, deixa um legado de investimentos sólidos em infraestrutura e serviços públicos, consolidando um novo patamar de desenvolvimento para Itapetim.

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O deputado João Paulo, da bancada do PT na Assembleia Legislativa, reagiu com estranheza as declarações do prefeito reeleito João Campos (PSB), sinalizando para o PL bolsonarista. “É preciso ter humildade, o que o pai tinha. Querer sinalizar acordo com setores do PL, o mesmo partido que perseguiu o presidente Lula é, no mínimo, uma “falta de respeito” a todos na esquerda, falta de maturidade”, disse.

O PT, no entender de João Paulo, começou a pagar a conta de optar por ser partido auxiliar ao PSB, como se deu recentemente na eleição no Recife. O deputado cobrou do partido uma posição independente, um debate interno para o partido voltar a ter o seu protagonismo.

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Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula (PSD), está otimista quanto à reeleição da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), em 2026. Na opinião dele, o Governo está arrumado e o Estado está equilibrado, o que torna a gestora forte para o pleito. Para André de Paula, mesmo que a disputa seja contra o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), que acumula bons índices de aprovação na capital, Raquel sairá vitoriosa.

Em entrevista exclusiva para a Folha de Pernambuco, o ministro cravou o resultado para a tucana. “Raquel não precisa escolher o adversário. Se for João Campos, Raquel vai ganhar. Se não for João Campos, Raquel vai ganhar. Nós vamos trabalhar, vamos ampliar essa aliança política que ela lidera. Temos tempo, temos engenho e instrumentos que nos dão muito conforto de que ela será uma candidata muito competitiva e, inclusive, vai ser, desde o primeiro momento, a favorita das pesquisas”, afirmou André de Paula, que acrescentou “se João decidir (ser candidato), a gente respeita. É uma eleição que tem tudo para ser muito bonita e disputada, mas Raquel ganha a eleição”.

André de Paula acredita que o fato de ser uma candidatura à reeleição já fortalece a governadora e citou os exemplos de outros candidatos que se reelegeram, como o presidente Lula (PT), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e os ex-governadores Eduardo Campos (PSB) e Paulo Câmara (ex-PSB). No entanto, o ministro acredita que as entregas da gestão tucana farão a diferença em 2026.

“Há um conjunto de intervenções importantes. Por exemplo, temos 3,5 mil quilômetros de estradas contratadas, sendo que mil já foram entregues. Na área da educação, houve a renovação da frota de ônibus, entre outras ações. Eu tenho muito otimismo porque eu acho que o Governo passa a ser bem avaliado quando as entregas vão acontecendo e acho que Raquel plantou a semente para fazer a colheita nesses próximos dois anos”, destacou.

André de Paula comentou sobre uma possível troca de ministério no Governo Lula (PT) para acomodar melhor o seu partido, o PSD, que saiu fortalecido das eleições municipais. “Eu digo sempre que essa é uma questão muito pessoal do presidente, porque a gente está tratando da equipe dele. Para mim, tem sido uma honra e eu sou muito grato por essa oportunidade de servir a Pernambuco e ao Brasil. Obviamente, depois das eleições municipais todo político tem que estar muito atento, fazer a leitura. Eu entendo que é preciso ter tranquilidade e aguardar que o presidente tome a iniciativa”, ressaltou.

No entanto, o ministro reforçou a importância do PSD na base de Lula. Ele deu como exemplo o pacote de corte de gastos votado na Câmara. Segundo André de Paula, da bancada de 44 deputados do PSD, 42 votaram com o Governo. “A bancada da Câmara entende que poderia (o PSD) ter uma maior expressão do ponto de vista da capacidade de ação do ministério nos estados, na energia política, de um orçamento mais robusto. O que se vê é que de alguma forma há essa aspiração”, salientou.

Ao observar a posição contrária dos governadores do Rio, Goiás e Distrito Federal, reproduzida na coluna deste blog, à regulamentação do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que restringe o uso de armas por policiais durante abordagens, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Ranilson Ramos, disse que a medida chega em boa hora.

“O que está ocorrendo hoje no Brasil é que todos os policiais, quase sem exceção, sejam de qualquer nível na federação, estão usando a arma como forma única de abordagem. Isso é crime”, afirmou.

O Sextou de hoje traz a cantora e compositora Marina Elali, neta de Zé Dantas, grande parceiro de Luiz Gonzaga em canções antológicas. Marina nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte, e é formada em música e canto no Berklee College of Music, em Boston. Depois da temporada nos EUA, a artista participou do programa Fama, da Rede Globo, e logo emplacou a música “Você”, de Roberto e Erasmo Carlos, como tema de Deborah Secco e Murilo Benício na novela “América”.

Entre os seus sucessos mais famosos estão “Eu Vou Seguir” e “One Last Cry”, músicas que viraram trilha sonora de novelas globais. Há alguns anos, Marina lançou um CD/DVD intitulado “Marina Elali Duetos – Homenagem a Luiz Gonzaga e Zé Dantas”. O trabalho foi gravado em Recife e é repleto de homenagens a Gonzagão e Zé Dantas, avô materno de Marina.

O Sextou vai ao ar hoje, na Rede Nordeste de Rádio, no horário do Frente a Frente, de 18 às 19 horas, para mais de 40 emissoras nos Estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Bahia. Se você deseja ouvir pela internet, clique no botão Rádio acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store. Imperdível!

Cerca de 200 mil pessoas lotaram a Orla do Pina, na Zona Sul do Recife, para acompanhar o show do rei Roberto Carlos. O espetáculo foi a abertura da programação oficial de réveillon da cidade, que teve início ontem e segue até a próxima terça-feira. Em seu Instagram, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), publicou uma foto aérea do publico e afirmou que o primeiro dia de festa foi histórico.

“Foi bonito demais! Uma multidão foi até a praia do Pina para viver toda a emoção do show desse grande ícone da música brasileira, que é Roberto Carlos. O primeiro dia da Virada Recife 2025 foi lindo, histórico, apaixonante!”, disse João.

Na abertura da festa, o Rei emocionou milhares de fãs com seus clássicos e novas canções. O cantor capixaba iniciou a primeira noite de shows com a tradicional música “Emoções”, comovendo os espectadores. O espetáculo seguiu com o repertório de sucesso do artista, incluindo a sua faixa mais recente ”Eu Ofereço Flores”. Antes de Roberto Carlos subir ao palco, a Orquestra Sinfônica do Recife realizou a abertura do show com uma sequência de clássicos do cantor brasileiro.

Para o Secretário de Turismo e Lazer do Recife, Antônio Coelho, Recife vive um momento histórico. “A primeira noite da Virada Recife trouxe milhares de pessoas para a Praia do Pina, criando um mar de emoção e energia única. Com o Rei Roberto Carlos no palco, a cidade deu início a um dos maiores réveillons do Brasil, mostrando toda a força da nossa cultura e da nossa capacidade de realização. Esse é só o começo!”, afirmou Antônio em seu perfil no Instagram.

A Câmara dos Deputados enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na madrugada de hoje, uma série de informações requisitadas pelo ministro Flávio Dino sobre a legalidade das emendas indicadas pelas comissões parlamentares da Casa.

Na segunda, Dino voltou a suspender o pagamento dessas emendas por entender que as indicações não estavam obedecendo os novos critérios de transparência definidos em decisões anteriores.

Ontem, antes do envio das informações ao STF, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, depois, com líderes partidários para tentar destravar o tema.

“Se houve no mínimo uma compreensão equivocada da determinação do Tribunal, é lícito concluir que há espaço interpretativo para tanto, visto que seis órgãos jurídicos assim entenderam e assim orientaram as Casas Legislativas”, diz a Câmara.

Ministro do STF Flávio Dino suspende pagamento de mais de R$ 4 bi. em emendas parlamentares

O documento enviado ao STF pela Câmara repete, no conteúdo, a argumentação que Lira havia expressado na quinta: a ideia de que as emendas de comissão confirmadas no início de dezembro estão, sim, de acordo com a legislação atual sobre o tema.

Na quinta, após as reuniões com Lula e com líderes, Lira já havia defendido a legalidade dos repasses.

“Esperamos que no fim do recesso natalino os ministros que estão retornando possam esclarecer os procedimentos, como foram feitos e tratados, fruto daquela reunião numa segunda feira com o presidente Lula, quando ele teve o procedimento médico a fazer, com a presença do presidente do Senado, ministros, e foi acertado todo procedimento pra liberação orçamentária de 2024”, disse Lira.

Lula duela com governadores

Se já não anda em sintonia com a população, fechando o ano com baixíssimos índices de aprovação, o presidente Lula (PT) comprou uma briga desnecessária com os governadores. Tudo por causa de um decreto do Ministério da Justiça sobre o uso da força por policiais em todo o País.

Publicado na última terça-feira, o texto, que prevê o uso da força e de armas de fogo apenas em último recurso, foi duramente criticado pelos governadores do Rio, Cláudio Castro (PL); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Enquanto isso, o ministro Ricardo Lewandowski voltou a demonstrar descontentamento com ações violentas da polícia.

Isso depois de uma jovem ser baleada na cabeça por um policial rodoviário federal, na véspera de Natal, no Rio. O caso deve levar a pasta a acelerar a regulamentação e detalhamento do texto, antes previsto para 90 dias. As críticas dos governadores giram em torno dos repasses financeiros aos Estados.

Apesar das medidas do decreto não serem obrigatórias, elas servirão como condição para o repasse de verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), principalmente na aquisição de equipamentos. Desta forma, o governo pretende fazer com que as regras sejam implementadas pelos 27 entes federados.

Castro prometeu ir ao STF para sustar os efeitos da medida. “Nós do Rio vamos entrar imediatamente com uma ação no STF para cassar esse absurdo. Por fim, espero que a população cobre dos responsáveis por esse decreto quando bandidos invadirem uma residência, roubarem um carro ou assaltarem um comércio”, disse o governador.

O decreto prevê que agentes policiais só devem usar armas de fogo em último recurso, em caso de risco pessoal. O uso da força física também deve ser evitado. Para implementar essas medidas, os profissionais passarão por capacitação.

ENGESSAMENTO DA POLÍCIA Um dos primeiros a reagir publicamente ao texto foi o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Ele classificou o decreto como “engessamento das forças policiais” e como uma “chantagem explícita contra os Estados”, ao impor aos governadores sanções de “acesso aos fundos de segurança e penitenciário”, caso não sigam as “diretrizes do governo do PT”. “O texto evidencia que a cartilha do governo Lula para a segurança pública foca apenas crimes de menor potencial ofensivo, como furtos. Mas não estamos na Suécia”, disse Caiado.

Nem um pio de Raquel – Pelo menos até o fechamento desta coluna, ontem, a governadora Raquel Lyra (PSDB) não havia se manifestado sobre o decreto que engessa o policiamento nos Estados, conforme definiu Caiado, e é inconstitucional, segundo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que o decreto é um “presentão de Natal para a bandidagem do país inteiro”.

Intervenções atabalhoadas – Por falar em Raquel, impressiona suas intervenções amadoristas na política. Seu novo alvo, para tentar se confrontar com o PSB, é reduzir o número de consórcios de prefeitos geridos por socialistas ou gestores simpáticos à pré-candidatura de João Campos a governador. Depois do Pajeú, intervenção que não deu em nada, agora fere de morte um aliado do deputado federal Luciano Bivar (UB), o prefeito de São Caetano, Josafá Almeida (UB). Estimula a candidatura à presidência do Coniape, formado por 34 associados, o prefeito eleito de Surubim, Cléber Chaparral.

Reforma aprovada – A Câmara do Recife aprovou, ontem, em primeiro turno, o projeto de reforma administrativa enviado à Casa pelo prefeito reeleito João Campos (PSB). O segundo turno está marcado para hoje, sem nenhum risco. Confiante no aval da Câmara, o socialista já anunciou sua equipe pelas redes sociais, inclusive obedecendo o novo organograma em discussão pelo parlamento municipal. Entre as mudanças, a Secretaria de Governo, que faz a interlocução com os vereadores, foi extinta e em seu lugar surgiram duas novas pastas.  

Com quem Bivar fica? – Ao investir no controle do Coniape, consórcio de 34 prefeitos do Agreste e Zona da Mata, a governadora Raquel Lyra (PSDB) comprou uma briga com o poderoso deputado federal Luciano Bivar, ex-presidente do União Brasil e atual primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Presidente da instituição, Josafá Almeida (UB), prefeito de São Caetano, é a principal liderança do Agreste ligada ao grupo de Bivar. É um cão de guarda, de tão fiel a Bivar. Pelo menos até o momento, Bivar ainda não se manifestou em relação a 2026, mas diante disso pode ficar mais próximo de João.

CURTAS

SÍNDICO – “Do jeito que vai, daqui a pouco a governadora vai intervir até em eleição de síndico”, reagiu, ontem, em tom de brincadeira, um deputado estadual ao acompanhar o noticiário das tentativas da gestora de tirar o controle dos consórcios de prefeitos de aliados de João Campos (PSB).

ACELERA 1 – O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, quer acelerar a regulamentação do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que restringe o uso de armas por policiais durante abordagens. As portarias com as diretrizes devem ser enviadas já em janeiro.

ACELERA 2 – O prazo de regulamentação da medida é de 90 dias. Ou seja, o governo tem três meses para detalhar como devem ser os procedimentos seguidos pelos agentes. Segundo apurou o site Poder360, o ministro da Justiça já estava trabalhando nos detalhes antes mesmo do decreto ser assinado pelo presidente Lula.

Perguntar não ofende: Depois dos consórcios, qual será a próxima instância de briga que Raquel vai comprar com João?

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira que a defesa do ex-deputado Daniel Silveira explique, em 48 horas, a presença em um shopping center no dia 22 de dezembro, quando estava ainda sob liberdade condicional. Em despacho, o magistrado também sustentou que os advogados divulgaram uma versão falsa de que o ex-parlamentar estava com um grave problema de saúde.

Silveira foi preso novamente após descumprir medidas restritivas, segundo o ministro do STF.

Não bastasse o desrespeito ocorrido no sábado e na madrugada de domingo, durante o restante do dia 22 (domingo), o sentenciado, de maneira inexplicável, manteve-se por mais de 10 (dez) horas fora de sua residência, de onde não poderia – por expressa determinação legal – ausentar-se em momento algum. Entre outros inúmeros endereços visitados, o sentenciado passou mais de uma hora no Shopping (ocorrência 14, data: 22/12/2024, chegada: 13:12, saída: 14:16), reforçando a inexistência de qualquer problema sério de saúde, como alegado falsamente por sua defesa”, escreveu Moraes.

Mais cedo, a defesa de Silveira afirmou que o ex-deputado passou no dia de Natal, e foi atendido na Unidade de Pronto-Atendimento do complexo penitenciário de Bangu. Segundo seus advogados, ele sentiu dores e apresentou sangue na urina, em decorrência do quadro renal que fez o mesmo procurar atendimento médico no último domingo (22).

“Fomos informados que ele chegou entre 14/15h na cela. Ainda, que uma ultrassonografia foi requerida para avaliar os cálculos”, diz o advogado Paulo Faria.

A defesa do ex-deputado entrou com um recurso na quarta-feira contra a decisão de Moraes. Os advogados classificam a medida como “obscura” e “omissa”, além de pedirem novamente a concessão de um alvará de soltura.

Os representantes de Silveira também pedem que “seja disponibilizado à defesa um número direito de servidor, ou até do próprio ministro, para, em caso de nova emergência médica, pedir autorização e opinião se o caso é de urgência ou não, para que, somente após o deferimento, correr ao hospital, se ainda estiver vivo”.

Silveira foi preso nesta terça-feira (24), por desrespeitar o toque de recolher. No domingo, ele procurou atendimento médico, mas deixou o hospital por volta de meia noite. Em seguida, esteve em um condomínio até 2h da manhã, o que motivou a decisão de Moraes pelo retorno da prisão preventiva. Silveira, por sua vez, alegou que o endereço é de sua mulher, que teria ido com ele ao hospital.

“O sentenciado demonstrou, novamente, seu total desrespeito ao poder judiciário e à legislação brasileira, como fez por, ao menos, 227 (duzentas e vinte e sete) vezes em que violou e descumpriu as medidas cautelares diversas da prisão durante toda a instrução processual penal”, disse Moraes na decisão.

Seus advogados também pedem que o ministro reveja a decisão. O argumento da defesa é de que o desrespeito à medida cautelar ocorreu por necessidade médica.

“Não houve dolo em descumprir absolutamente nada, mas tão somente garantir atendimento médico hospitalar ao paciente, que sofre de crises renais”, diz trecho do embargo de declaração apresentado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota nesta quarta-feira, sua equipe jurídica reforçou: “a defesa entende que houve erro técnico-interpretativo do relator, requeridos esclarecimentos”, diz trecho do posicionamento.

Daniel Silveira estava preso desde 2 de fevereiro de 2023. Ele foi condenado, em 2022, a oito anos e nove meses de prisão por ameaçar o Estado Democrático de Direito e coagir o andamento do processo. Em outubro passado, ele ganhou progressão de regime fechado para o semiaberto e, na última sexta-feira, conquistou a liberdade condicional.

Do Jornal O Globo.

Por Letícia Lins
Do Oxe Recife

Diga rapidinho: Qual é a ilha mais bonita, Itaparica (BA) ou Itamaracá (PE)? Qual das duas possui maior importância histórica? Qual delas vive no completo abandono por parte dos órgãos oficiais? Qual das duas tem sempre entulhos de lixo em seus principais atrativos turísticos? Qual das duas não tem sorte com prefeitos, que fazem (todos sem exceção) tudo para afundar de vez a ilha? Se você disse Itamaracá, acertou. A ilha pernambucana era considerada um paraíso entre as décadas de 1970 e 1980, quando chegou a ser um dos locais mais disputados no Estado para veraneio. Desde então, Itamaracá só faz degringolar. E cada dia, mais…

Faltam controle urbano, coleta adequada de lixo, limpeza na areia das suas praias e, sobretudo, cuidado com seu patrimônio histórico e arquitetônico. Não tenho ido ao Forte de Orange, mas sei que o seu entorno carece de cuidados. O antigo Projeto Peixe Boi, que era uma das atrações vizinhas à edificação do século 17, não está mais lá. Na última vez que estive na Ilha, com um amigo do Rio de Janeiro, sinceramente, passei vergonha: sujeira, porcos mexendo no lixo, bagunça nas praias, areias emporcalhadas por todos os tipos de detritos. Uma pena, no meio de natureza tão exuberante, onde ainda se destacam coqueiros, mangueiras, cajueiros, araçazeiros.

O Pontal, antes belíssimo, foi cercado com um muro alto que aprisionou aquela paisagem paradisíaca de tantos coqueiros. O Engenho São João virou uma montanha de ruínas. Vila Velha, que fica no alto de uma colina – de cima da qual se avista uma paisagem deslumbrante – está entregue às baratas, em todos os aspectos. Dá pena. Frequentei muito o vilarejo, nos tempos do Porto Brasilis, do meu querido e saudoso amigo Luís Jasmim. Fechado o restaurante, sua sede que deveria abrigar algum projeto social ficou em ruínas. Com a morte do artista, Vila Velha ficou ainda mais esquecida.

Não era para estar assim. Vila Velha é tombada pelo Estado, por meio da Fundarpe. Engloba os povoados de Fazendas Nossa Senhora da Conceição, Salinas e São Judas Tadeu; e os Sítios Carmelo, Joque e Paripe. O vilarejo está protegida pelo Estado de Pernambuco através da Lei de Tombamento nº 17.181, de 19/03/2021 e do Decreto nº 50.528, de 12/04/2021, constituindo Sítio Arqueológico e está inserida na Área de Proteção Ambiental de Santa Cruz, regulamentada através do Decreto nº 32.488, de 17 de outubro de 2008.

Não só Vila Velha mas toda a ilha passou anos relegada pelo poder público de Pernambuco, que só tinha olhos para o Litoral Sul, principalmente Porto de Galinhas. Resultado: Itamaracá foi sucumbindo ao longo do tempo. E agora enfrenta até mesmo avanço do mar em algumas de suas praias. Mas há alguns dias, pelo menos, a ilha tão disputada no passado por holandeses e portugueses, e depois por veranistas, foi alvo de uma boa notícia.

É que a Governadora Raquel Lyra anunciou que vai reconstruir a ponte de acesso à Vila Velha, na Ilha de Itamaracá. Apesar do seu estado precário, a ponte é muito utilizada para caminhadas ecológicas. Ela passa sobre o Rio Paripe e integra a chamada Trilha dos Holandeses (formada de bonitas paisagens).

Segundo o Palácio do Campo das Princesas, a obra contará com investimento de R$ 1,3 milhão. A contratação da empresa responsável foi publicada na edição da quinta-feira (19), do Diário Oficial do Estado. A obra será tocada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). A reconstrução da ponte começa em janeiro, segundo a governadora.

“Esta é uma obra que soma à recuperação da PE-001, com um investimento de R$ 9 milhões, que dá acesso ao Forte Orange e a PE-035, que chega ao Pilar, e tem aporte de R$ 25 milhões, por meio do PE na Estrada”, ressalta a governadora Raquel Lyra. Raquel pode até ter lá seus defeitos, mas está mostrando empenho muito maior na restauração do patrimônio histórico e arquitetônico de Pernambuco que seus antecessores mais recentes. Depois, é cobrar dos seus assessores e dos gestores locais o tratamento que Itamaracá merece, para voltar à situação dos velhos tempos. Do jeito que está, a Ilha não faz jus à fama nem à sua moradora mais famosa: Lia da Ciranda.

Por Arnaldo Santos*

Em seu livro de crônicas, Sempre Paris, já no primeiro parágrafo da página sete, a jornalista Rosa Freire D’aguiar, escreve: “Tudo começou com uma porta de vidro”! Em sua narrativa, ela retrata a surpresa e a emoção que sentiu ao desembarcar no aeroporto de Orly, e, após percorrer a salle que a levaria a um ponto de táxi, encarar uma larga porta envidraçada, que se abriu sozinha.

Foi exatamente ali que, ao embarcar para Roma, o também jornalista Vianney Mesquita encontrou um bolinho de quatro notas de duzentos euro – assim mesmo, sem “s”, como muito bem indica esse professor meu amigo, em artigo editado no blog da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo. Quem disso duvidar é só conferir nas notas dessa numisma: 10 euro, 50 euro, 500 euro… Haja vinho italiano para o mencionado professor da UFC, Vianney Mesquita, e sua Socorro!

Nessas despretensiosas e mal traçadas linhas, engendro uma crônica que é mais um registo de memória sobre a minha última estada em Paris. E por isso escrevo: “Tudo começou com uma garrafa de água benta, trazida do Santuário de Fátima”, pela minha amada e surpreendente mulher.

Confesso que não era do meu conhecimento a benta bagagem que ela conduzia, e fê-la se demorar em uma quimérica argumentação com o fiscal alfandegário do aeroporto de Lisboa, tentando liberar a botelhinha contendo aquela água quase santificada, pelo menos para ela, que, na intensidade da sua fé e ardor devocional a Nossa Senhora de Fátima, acreditava que a mim faria pedi-la em casamento aos pés da Tour Eiffel, como procedem os casais apaixonados.

Ufa! Foi por pouco. Não que a minha alegre e às vezes moleca e sorridente Alexsandra não merecesse. Não é isso. Escapei “fedendo”, entretanto, em bom “cearensês”. Não foi dessa vez que o milagre se operou.

Como ensina a sabedoria popular, o marido é sempre o último a saber, razão pela qual declaro a quem interessar possa que, até então, desconhecia o porquê da sua demora, e o não comparecimento à sala de embarque, e, menos ainda, que seria por pretexto de fé. Aliás, fé em demasia!

Em seu favor, registo o fato de que, na condição de boa advogada e detentora de grande capacidade argumentativa, mesmo não tendo sido suficiente para convencer o fiscal alfandegário, para que liberasse a bendita água, fez valer o juridiquês e dele exigiu que fossem seguidos todos os trâmites canônicos cabíveis e aplicados à ocorrência  sob narração, porquanto não se dava o caso de uma bagagem qualquer, e sim de uma garrafa d’agua benta, jorrada e envasada das mãos de Nossa Senhora, na fonte do Santuário de Fátima. Por expressa razão, requereu que o recurso impetrado fosse enviado à última instância em Roma, com um pedido de tutela episcopal ao Santo Ofício, com vistas a liberação pontifícia imediata.

Enquanto era travado um demorado debate sobre essa peça do Direito Romano, que eu nem sabia estivesse a ocorrer, então no âmbito do Juris Canonici, pela mudança de jurisdição apelativa, mesmo sem a sua doce presença, assenti em ser levado para o embarque, na esperança de minha amada ainda chegar a tempo, antes do fechamento de portas da aeronave e posterior decolagem. Para o meu quase desespero, não foi o que ocorreu!

Sim, o contexto de estresse deixou-me irritado, angustiado, os nervos à flor da pele, suando frio do cangote ao mucumbu, como se diz em “cearensês”-raiz, por não saber o que havia “assucedido”.

Estava preocupado e tremendo feito vara verde, imaginando o seu temor de ficar sozinha largada naquele aeroporto, e de perder a oportunidade de chegar a Orly segurando a minha mão. Este era um sonho acalentado por um tempo considerável. Além disso – é claro – houve a minha reação pelo ocorrido, motivo por que fui forçado a desembarcar, mesmo contra a vontade dos comissários responsáveis, pelo voo que nos levaria à mais bela e histórica cidade do Mundo, às primeiras horas da manhã daquela quarta-feira ensolarada em Lisboa!

Depois de todas as incertezas que envolviam o reembarque, nossos queridos amigos, ansiosos e preocupados com todo aquele contratempo, nos aguardavam para aquela que viria a ser uma noite inesquecível no restaurante Caviar Kaspia. Finalmente, no dia 16 de outubro de 2024, às 18h42, o Voo TAP 432 tocou o solo aeroportuário de Orly, localizado em Essone e Val-de-Marne, sob uma temperatura de 18 graus Celsius e ventos moderados. Foi o que acabara de informar o comandante, ao iniciar o taxiamento, para o desembarque. Assim sucedeu nossa chegança! Superado o causo, tudo foi só alegria, emoção e benquerença.

Não era minha primeira vez na Capital Frâncica. E a porta de vidro automática – que se abrira sozinha à frente da colega Rosa Freire D’aguiar, e a deixara fascinada, quase extasiada pela Modernidade que ela nunca vira ao deixar o Brasil, para morar e trabalhar ali como correspondente – já não me surpreendeu.

À extensão da primeira década deste século, havia estado duas vezes ali – como estudante, para eventos acadêmicos, no período de doutoramento, na Universidade Nova de Lisboa. Ainda assim, a emoção que irrompera naquele instante me fizera experimentar as sensações, o fascínio e as expectativas de quando se está perante o desconhecido.

Dessa vez, tudo era novo e inusitado, pois me fazia acompanhar da minha mulher, Alexsandra, fervorosa devota da Virgem de Fátima, e que, por causa de uma benta garrafa de água, me levara a transitar por situações até aquele momento jamais vivenciadas.

Com seu jeito extrovertido de adolescente sapeca, movida por aguçado romantismo juvenil, de há muito insistia para que fôssemos a Paris. E, embora alimentasse seu desejo, sempre dava um jeito de adiar o sonho acalentado.

Chegara a termo o grande dia e, então, era como se fosse a primeira vez, pois, nos referidos tempos de doutorando, para atividades acadêmicas na Sorbonne, os hotéis onde eu ficava “hospedado” eram de céu totalmente desestrelejado e desprovidos, pelo menos, de uma lua quarto minguante: sem elevador, com escadas estreitas em caracol, nem banheiro no quarto, pia no corredor, com café preto e pãozinho sem manteiga. (Diz o adágio que “o pão do pobre só cai com a margarina pra baixo”). Tudo isso ficara para trás. Naquele momento, as condições eram glamourosas. 

Diferentemente das vezes anteriores, nesse outono, além da amável companhia da minha querida Alexsandra, realizando o acalentado sonho de estarmos juntos em Paris, experimentamos o privilégio da companhia de vários amigos, e, para o deleite de todos, tivemos por anfitrião o querido e elegante casal César e Denise Montenegro, os quais nos receberam em seu indescritível apartamento, localizado no 142 bis, Rue de Grenelle, 7º  arrodissement – uma chiqueza, onde das janelas se descortina uma privilegiada e deslumbrante visão da Tour Eiffel, deixando Alexsandra, no modo “maria-retrato”, registrando aquele momento em centenas de fotografias, ao cair da noite quando as lâmpadas da Tour eram acesas.

O belo, amplo e histórico AP, com decoração que mescla o clássico e o moderno, ao estilo minimalista, tem 1908 como ano de edificação, e situa-se a três quadras do Seine, no roteiro mais cultural banhado pelo Rio, sendo vizinho ao museu Rodin, próximo do D’Orsay e do Louvre, a poucas quadras da Assemblée Nationale – sede da Câmara Baixa do Parlamento de França, vizinha do Senat, a Câmara Alta.

Naquele memoroso período de oito dias, em que fomos hóspedes de Cesar e Denise, quando a elegância e a simplicidade do casal se incorporaram a bom gosto, leveza e gentileza permanente, provamos da agradabilíssima companhia dos não menos queridos amigos Rafael Neto e Helena Fernandes, Carlos Maia e Cristiane Boris, Paulo “c’est le matin” Fontenele e Salete, com os quais dividimos deliciosos roteiros culturais e gastronômicos, regados aos melhores vinhos nacionais.

A propósito, no livro Paris dos Escritores Americanos – (1919-1939), no capítulo 2 – “Descobrindo Paris”, Ralph Schor assinala que os escritores ianques exploravam metodicamente a Metrópole Parisiense, como se seguissem um plano preestabelecido, mas também fazendo peregrinações improvisadas. Foi mais ou menos como fizemos no extenso roteiro gastronômico que percorremos, sugestionado pelos nossos anfitriões, devidamente coordenado e cuidado com esmero pela querida Flávia, a brasileira mais francesa que conheço, pois sabe mais acerca da Ile de France e arredores do que muitos franceses.

Vale o resgate de um dos roteiros gastronômicos, que incluiu os restaurantes Caviar Kaspia, já referenciado como o local do nosso jantar da primeira noite da conturbada chegada à Capital de França, bem como o Civetta Tratoria Italiana, Lê Basílic, Ralph’s, La Coupole, Le Voltaire, La poule au Pot, dentre outros!

Um brinde a todos com os desejos de que voltemos o quanto antes à Cidade-Luz!

Saúde, paz e fraternidade. Hô hô hô hô!

Comentários e críticas para: arnaldosantos13@live.com

*Jornalista

Na entrevista de final de ano que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), concedeu ao Blog Dantas Barreto e Diario de Pernambuco, nesta quinta-feira (26), ele deu uma demonstração clara de que poderá concorrer ao Governo do Estado, em 2026. Questionado se algum dia deseja ser governador, João respondeu se referindo à eleição que acontecerá daqui a menos de dois anos.

“Essa pergunta não é feita a todas as pessoas. Talvez seja feita por reconhecimento”, disse João Campos. Em seguida falou: “Vou estar numa posição, em 2026, com um componente de experiência e tenho idade para isso. Em 2026, a Frente Popular vai ter um projeto e vai discutir os nomes. É uma discussão que será feita ao longo do caminho”, acrescentou.

Instigado a ser mais claro sobre as intenções, João Campos disse que vai “discutir com a Frente Popular, não para mim, mas para as pessoas”. O prefeito admitiu que o resultado obtido na reeleição deste ano, com 78% dos votos, “pode ser visto de várias formas, não é só número, é como foi feita a caminhada”.

Questionado se o PSB merece voltar ao Governo do Estado, diante das declarações críticas da governadora Raquel Lyra (PSDB) de como encontrou Pernambuco, Campos observou que “tem que combinar com o povo”.

E também apontou problemas que a atual gestão estadual ainda não conseguiu resolver, daí ter afirmado que o Recife precisa de respeito. Voltou a salientar a falta de câmeras do Governo nas ruas. Apesar de o Governo afirmar que utiliza os equipamentos da Prefeitura enquanto não instala os próprios, João Campos advertiu que “nossas câmeras não são para estratégia de segurança”.

Também acrescentou: “O respeito é referente aos grandes hospitais e segurança, que precisam ser cuidados com zelo. Tenho feito a minha parte. Meu papel é de prefeito do Recife e sei das limitações que tenho”. O prefeito ressaltou que pesquisas indicam insatisfações da população em relação aos atendimentos nos grandes hospitais e que isso está sobrecarregando a rede municipal de saúde.

Do Blog Dantas Barreto.