O maior patrimônio que Marco Maciel deixou para a família foi o seu “estilo”

Por Igor Maciel*

No livro que está para ser lançado esta semana sobre Marco Maciel, destaque para um outro personagem: Marco Antônio. Era assim que a viúva do ex-governador, ex-vice-presidente e senador se referia ao marido. Não existiria o Marco Maciel que conhecemos sem dona Anna Maria Maciel. E a obra do jornalista Magno Martins, a ser publicada pela editora CRV e apresentada ao público na próxima quinta-feira (24), na Academia Brasileira de Letras, é bem sucedida ao mostrar isso.

Atestado

O livro não é uma biografia, é bom que se diga. É mais um atestado coletivo, uma reunião de impressões e de convicções sobre o jeito Marco Maciel de ser, de agir e proceder em cada situação. É um testemunho daqueles que desfrutaram do convívio com a personalidade pernambucana mais importante da política nas cinco décadas que se encerraram em 2010.

Importante

E quando falamos, não do homem público em si, mas da estrutura intelectual, moral e comportamental que baseiam as ações desse homem, sua companheira, Anna Maria Maciel, assume o papel principal. Não é por acaso que no livro, “O Estilo Marco Maciel”, Magno utiliza depoimentos variados da fiel companheira do senador em inúmeros capítulos e isso mostra a importância dela em momentos históricos do país.

O futuro do país

Dona Anna testemunhou momentos da redemocratização de uma posição privilegiada. Em todo o tempo, faz questão de lembrar que não participava das conversas, mandava servir um café aos presentes e ia para o quarto. Esses presentes à sala da família Maciel não eram visitantes ordinários da política brasileira. Estamos falando de Tancredo Neves, José Sarney, Pedro Simon, entre outros. Estavam planejando o futuro de um país.

Mente privilegiada

A esposa de Marco Antônio, como ela o chama sempre, não estava alheia, sem entender o que se passava. É difícil de acreditar nisso. Socióloga, funcionária concursada da Sudene, dona Anna, certamente, entendia com profundidade o que estava em jogo naqueles dias, mas sabia agir com a discrição reservada às grandes mentes, que são muito mais efetivas em resoluções do que os que se jogam aos holofotes com vaidades.

Exemplo

O destino do Brasil se desenrolou sob as vistas de Anna Maria sem que ela tivesse a necessidade de ser protagonista de nada. O que não significa que não tenha influenciado muito nessa estrada, mesmo que nunca admita, em virtude de sua discrição. Depois de ser primeira-dama do estado e segunda-dama do Brasil, ter atuado em várias ações ao longo dos mandatos do marido, sua postura é um exemplo como o senador também sempre foi exemplo.

Patrimônio

A discrição é uma marca da família de Marco Maciel. Muita gente, lendo o livro, vai “descobrir” suas duas filhas e seu filho, todos trabalhando ativamente, alguns concursados, e sem qualquer aproveitamento indevido de herança de influência política. Todos discretos, com declarações sensatas e equilibradas. O livro de Magno, que será lançado na próxima quinta-feira na Academia Brasileira de Letras é uma prova inconteste de que o estilo Marco Maciel foi o que ficou como o maior patrimônio de Marco Maciel. E ele é muito valioso.

Ruy Barbosa

Por falar em grandes mulheres e grandes homens. Da esposa de Ruy Barbosa, diz-se que era uma figura extremamente discreta e nunca se envolvia nas conversas políticas do marido, mas o influenciava quase sem que ele percebesse. Através dos anos foi apaziguadora do gênio difícil do marido, principalmente.

O conselheiro come

E tinha outra característica contada pelo escritor João Ubaldo Ribeiro. A esposa de Ruy Barbosa, dona Maria Augusta, sabia que o marido era muito procurado para conselhos políticos e jurídicos, mas não cobrava por isso, fazia tudo de graça, mesmo quando não estava ocupando nenhum cargo público. Ela, então, aguardava a saída do visitante, abordava-o à porta e dizia despretensiosamente: “o conselheiro come”. E era assim que se sustentava a casa de Ruy Barbosa.

*Jornalista do Jornal do Commercio

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O STF (Supremo Tribunal Federal) abriu nesta sexta-feira (11) a ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por integrarem o núcleo central da trama golpista de 2022.

Mais cedo nesta sexta, a corte publicou o acórdão da decisão da Primeira Turma pelo recebimento, por unanimidade, da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o primeiro núcleo da acusação.

O julgamento foi concluído em 26 de março. A publicação do acórdão é a formalização da decisão colegiada e dá início ao andamento do processo penal. As informações são da Agência Brasil.

Da mesma forma que a petição por meio da qual tramitava a denúncia contra o grupo, o processo será relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.

A decisão do Supremo abre caminho para julgar o mérito da denúncia contra o ex-presidente até o fim do ano, em esforço para agilizar o julgamento e evitar que o caso seja contaminado pelas eleições presidenciais de 2026.

O recebimento da denúncia também impacta a situação política de Bolsonaro, declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2023. Com o avanço no Supremo do processo que pode levá-lo à prisão, aliados do ex-presidente se dividem sobre a antecipação da escolha de um candidato para a corrida eleitoral do próximo ano.

Mas o julgamento do fim de março analisou apenas de a acusação feita pela PGR tinha materialidade e indícios razoáveis de que Bolsonaro liderou esforços para evitar a posse de Lula (PT) em 2022 e os outros denunciados participaram do planejamento.

Além de Bolsonaro, foram tornados réus Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-chefe da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).

Eles são acusados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.

A partir de agora tem início a fase de instrução do processo contra eles, quando são colhidas mais provas e novos depoimentos, indicados tanto pela acusação quanto pela defesa. Depois, a Primeira Turma da corte decidirá pela condenação ou absolvição.

Ao fim, as partes podem apresentar recursos à decisão. As penas previstas chegam a mais de 40 anos de reclusão.

O ex-presidente acompanhou o primeiro dia de julgamento no STF na primeira fila da sessão, mas não compareceu à corte nesta quarta. Assistiu à distância, no gabinete do filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no Senado.

Ele escreveu em rede social que a Justiça quer tirá-lo da disputa eleitoral em 2026 e que há um “teatro processual”.

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Na próxima segunda-feira, a Assembleia Legislativa de Pernambuco promove audiência pública para debater os impactos socioeconômicos da greve dos auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil. A reunião terá início às 10h, no auditório Sérgio Guerra.

A audiência pretende expor para a sociedade os prejuízos decorrentes da paralisação e também buscar soluções para o impasse causado pelo descumprimento do Termo de Compromisso N° 1, de 2024, pelo qual o Governo Federal se comprometia a negociar, via Ministério de Gestão e Inovação, pautas remuneratórias e não remuneratórias com a categoria.

Promovida pela Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo, por solicitação do deputado Abimael Santos, atendendo a pleito do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil – Delegacia de Pernambuco, a audiência deve reunir senadores, deputados estaduais e federais, prefeitos, vereadores, representantes de sindicatos da área fiscal e de outros segmentos correlacionados.

A meta é discutir as consequências da inflexibilidade do governo federal em negociar o reajuste anual e também caminhos para pressionar a Secretaria de Relações do Trabalho a retomar o diálogo.

Serviço:

Audiência Pública: “Greve dos auditores-fiscais da Receita Federal e seus impactos socioeconômicos”

Data: 14 de abril de 2025

Horário: 10h

Local: Auditório Senador Sérgio Guerra, localizado no Edifício Governador Miguel Arraes de Alencar, Rua da União, s/n, Boa Vista

Dulino Sistema de ensino

Em meio a briga interna que se instalou no MDB estadual, onde de um lado está o atual presidente, Raul Henry, e do outro estão o senador Fernando Dueire e o deputado estadual Jarbas Filho, ambos de olho no comando da legenda, surge um personagem inusitado. A filha do ex-senador Jarbas Vasconcelos, a advogada Adriana de Andrade Vasconcelos, que não se envolve em questões políticas, se posicionou ao lado de Raul e contra o irmão.

“Entrei no partido com Raul na presidência e continuarei com ele”, disse Adriana em carta aberta à imprensa, na tarde de hoje. “Acho lamentável o que está acontecendo no nosso partido. Trazer meu pai para essa disputa é não respeitar a sua vontade de não mais querer se envolver em disputas políticas. Ele me declarou de viva voz sua posição de neutralidade”, completou a advogada. Confira abaixo à integra do documento.

Carta aberta

“Não são os cargos que dão liderança. Os cargos têm um mandato certo. As lideranças, quando são lideranças, permanecem no tempo”. – Ulysses Guimarães

Nasci com meu pai já na política como Deputado Estadual. Em 1978, eu tinha apenas seis anos quando o vi disputar o Senado pelo MDB, contra Nilo Coelho e Cid Sampaio, ambos da Arena. Meu pai, apesar de ser o mais votado, foi derrotado pela sublegenda.

Lembro, apesar da pouca idade, de viajar com os meus pais e a minha irmã mais velha pelo interior no nosso estado. Acompanhei praticamente toda a sua vida pública.

Senti na minha casa o medo da ditadura, principalmente quando meu pai ia para tribuna da assembleia citar os nomes dos torturados e dos torturadores. Lembro da minha mãe falando em códigos, no período da ditadura, com Ofélia, esposa do saudoso Paulo Cavalcanti.

Fui pra rua pela redemocratização. Lutamos pelas Diretas Já! Conheci Dr. Ulysses Guimarães, Ibsen Pinheiro, Pedro Simon e muitos outros.

Ainda adolescente, fiz parte da turma que fazia as pesquisas no Centro Teotônio Vilela, sob a liderança da saudosa Cristina Tavares, que, além de referência intelectual e política, foi também uma pioneira ao se eleger deputada federal por Pernambuco, abrindo caminhos para tantas outras mulheres na política.

Conheci todos que faziam parte do MDB autêntico: Egídio Ferreira Lima (tenho orgulho de tê-lo como padrinho), Fernando Lyra, Maurílio Ferreira Lima, Edgar Moury Fernandes, Marcus Cunha. A sede do MDB, que na época funcionava no Derby, era muito bem dirigida por Adilson Gomes e Bezerrinha.

No dia 13 de março de 1985, quando foi inaugurado o escritório político Debate, eu estava lá. Participei ativamente da estratégia da campanha de 1985, idealizada por Téogenes Leitão, quando saíamos todas as noites de porta em porta mostrando o nosso candidato e apresentando as suas propostas.

Na Caravana da Esperança, em 1986, com Dr. Arraes, eu também estava presente. Participei nos bastidores de todas as campanhas eleitorais. Lembro muito do Sr. Raul, pai de Raul Henry, junto com meu pai na luta por votos na zona da mata sul. Lembro do carinho do meu pai por Raul Henry ao longo desses anos. Todos até diziam que ele era o filho mais velho. Querer negar a trajetória de Raul ao lado do meu pai é um grande erro. Com apenas 21 anos de idade ele já era chefe de gabinete do meu pai na Prefeitura do Recife.

Dentre tantas outras lições, com meu pai aprendi que política se faz com diálogo, mas que se deve ter lado e, sobretudo, que campanha se ganha no voto.

Acho lamentável o que está acontecendo no nosso partido. Trazer meu pai para essa disputa é não respeitar a sua vontade de não mais querer se envolver em disputas políticas. Ele me declarou de viva voz sua posição de neutralidade. É importante lembrar que ele se licenciou do cargo de Senador por não mais se sentir em plenas condições de seguir num cargo de tamanha relevância e de não poder se dar por inteiro à estatura do cargo. “Não consigo fazer nada pela metade”, dizia ele, às vésperas de renunciar.

Nos últimos anos, Raul tem mostrado competência da condução do partido. E continua sendo o mais preparado para seguir no seu comando. Entrei no partido com Raul na presidência e continuarei com ele. E juntos estaremos unidos com um único objetivo: fortalecer o partido e lutar para que o MDB esteja no protagonismo que sempre ostentou.

Já faço parte da comissão provisória do MDB/Recife e, agora, entrarei também no diretório estadual, ao lado de Raul e de tantos outros, como Paulo Roberto e Iza Arruda.

Aliás, ao citar Iza, que faz um brilhante primeiro mandato federal, aproveito para destacar a necessidade de um protagonismo feminino na política, que representa um avanço essencial para a consolidação da democracia e para a promoção de uma sociedade mais justa e plural. À medida que mais mulheres ocupam espaços de poder e decisão, elas contribuem com perspectivas diversas, promovem políticas públicas mais inclusivas e desafiam estruturas historicamente dominadas por homens.

Ainda que a representatividade feminina esteja em constante crescimento em todas as esferas da sociedade, persistem desafios estruturais e culturais que precisam ser enfrentados para garantir igualdade de oportunidades e valorização efetiva da participação feminina na construção do futuro do país.

Nesse contexto, é fundamental que continuemos fortalecendo espaços que incentivem e acolham a presença feminina na política, reconhecendo a capacidade, a sensibilidade e o compromisso das mulheres com a transformação social. Com coragem e responsabilidade, sigo somando esforços nessa caminhada, movida também pelo propósito de honrar e defender o legado do meu pai, que dedicou mais de 50 anos à vida pública com integridade, respeito e dedicação ao bem comum. É com esse mesmo espírito que me coloco à disposição para seguir contribuindo com a construção de um futuro mais justo, inclusivo e comprometido com os verdadeiros valores da política.

Recife – PE, 11 de abril de 2025.

Adriana de Andrade Vasconcelos – advogada

Petrolina - O melhor São João do Brasil

O ex-prefeito Zé Queiroz (PDT) voltou à UPA do Vassoural, fechada há um ano e quatro meses pela gestão Rodrigo Pinheiro, e ouviu moradores revoltados com a situação atual do prédio. “Infelizmente, o que encontrei foi abandono, lixo acumulado, ratos, baratas e o mau cheiro tomando conta do local. Uma vergonha!”, criticou.

Zé Queiroz disse ainda que, ao sair da Prefeitura de Caruaru, deixou quatro UPAs funcionando. De lá para cá, nenhuma nova UPA foi construída e a do Vassoural permanece fechada há mais de um ano e sem previsão de reabertura. “Isso é um desrespeito com as pessoas que mais precisam de saúde pública de qualidade. O povo merece mais do que promessas. Merece ação”, afirmou.

Durante o período eleitoral, no ano passado, o prefeito Rodrigo Pinheiro esteve no local e prometeu que reabriria a UPA do Vassoural até o final do ano, mas a unidade continua com as portas fechadas e a obra paralisada, causando um grande prejuízo à população que necessita dos serviços médicos.

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FolhaPE

Promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a 1ª Semana Nacional da Saúde reuniu, no Recife, especialistas e familiares de pessoas autistas para debater sobre esse tipo de neurodivergência. No Brasil, há cerca de 4 milhões de pessoas com autismo.

O encontro aconteceu na manhã desta quinta-feira (10), no auditório do segundo andar do Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra. Na pauta, os principais pontos sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A primeira mesa foi formada por volta das 10h, com mediação da juíza Ana Cláudia Brandão de Barros Correia, que também é titular da coluna Direito e Saúde, da Folha de Pernambuco.

“A gente debate o tema para poder melhorar, assegurar o direito dessas pessoas e também garantir a ética nesses tratamentos, assim como a evidência científica que vai, sim, proporcionar o tratamento adequado para essas crianças”, explicou Ana Cláudia.

Ela lembrou a importância de debater o assunto junto a vários atores: profissionais do direito, da saúde, gestores públicos e família. “São atores que trabalham com o tratamento e o acolhimento”, afirmou.

Compondo o grupo de debatedores, o neurologista Daniel Azevedo, que é autista suporte nível 1, tratou sobre o ‘Diagnóstico e evidências científicas dos tratamentos de TEA’.  “Como o autismo não tem aparência, o diagnóstico acaba sendo muito complicado e difícil, e a pessoa tem que ficar em observação. Os pontos mais importantes são a comunicação, interação social e padrões”, frisou ele.

As ‘Políticas públicas para o público neurodivergente’ foram pauta do painel, apresentado pelo procurador do Recife Gustavo Andrade e pela secretária Executiva de Regulação Média e Alta Complexidade do Recife, Anna Renata Lemos. ‘Plano terapêutico para o TEA’ foi discutido pela doutora neuropediatra Rafaela Vasconcelos Viana.

Cláudia Monteiro, esposa de Eduardo de Queiroz Monteiro, presidente do Grupo EQM e fundador da Folha de Pernambuco, compareceu ao evento. Avó atípica, ela entende a necessidade de eventos como este, que, acontecendo em todo o Brasil, afirmam a relevância dos olhares do Judiciário para esse público.

“Vejo com grande importância essa iniciativa do CNJ e TJPE da Semana Nacional da Saúde. Trazer o Judiciário para perto da população, promovendo atenção básica à saúde, através de serviços essenciais e palestras esclarecedoras como a condição do TEA é a verdadeira inclusão”, destacou Cláudia Monteiro.

“É de suma importância essa iniciativa de inclusão, por meio dessa parceria do TJPE e do CNJ, em prol da dignidade da pessoa humana. Inclusive do tratamento e de toda a atenção básica à saúde”, argumentou também a advogada Luzia Valois.

2º momento

Quem mediou a segunda mesa debatedora foi a presidente da Associação dos Amigos da Justiça de Pernambuco (AAJUPE), Sandra Paes Barreto. “É um assunto atual, mas que existe há muito tempo e tem pessoas com maior vulnerabilidade que não têm acesso a este tipo de palestra de conhecimento. Então, tem mãe de autista lá do Conselho da Imbiribeira. É de muita valia, porque [as pessoas] terão conhecimentos que podem até tornar um pouco mais leve o tratamento com a criança autista. Eu fico muito feliz em estar fazendo parte dessa história da Semana da Saúde”, explicou Sandra.

Também foi apresentado o tema ‘Tecnologia Assistiva em prol da vida diária das pessoas no espectro do autismo’, com a advogada Cândida Andrade. “O apelo que eu faço é que a Justiça entenda, como já tem entendido, que [o autismo] não é questão de saúde, mas de educação e adaptação dos espaços”, frisou Cândida, durante o discurso.

Outros temas debatidos pela mesa foram ‘Afinal, quem cuida de quem cuida? A jornada de cuidado das mães de crianças neurodivergentes e o adoecimento mental’, com Sâmia Lacerda, da Rede Mira – Mulheres e Identidades Restauradas por Apoio; ‘TEA e Comunicação’, com a fonoaudióloga Adriana Carli; ‘O apoio familiar na rotina do autista’, com a psicóloga clínica Pollyana Pontual. O último assunto foi ’TEA e saúde bucal’, explanado pela dentista Ana Carolina Maia.

A dona de casa Márcia Silva, de 40 anos, é mãe de Israel Elliabe, de 12 anos. Com autismo, a criança não fala e interage com algumas pessoas. Márcia agradeceu ao TJPE a oportunidade de participar de um evento como esse.

“Está sendo gratificante para a gente, porque todos realmente podem entender um pouco da nossa realidade, que não é fácil. Que possa, a partir daqui, abrirem os olhares para saber o que passamos e do que os nossos filhos precisam, que é de terapia, fonoaudiologia, entre outros”, indicou ela, que é integrante da Rede de Mulheres e Identidades Restauradas por Apoio (Mira).

Caruaru - São João na Roça

O município de Serra Talhada foi escolhido como piloto para um projeto inovador de busca ativa de pacientes com Doença de Chagas ainda na fase inicial da enfermidade. A iniciativa será realizada em parceria com a Universidade de Pernambuco (UPE) – campus Serra Talhada, e contará com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde, fortalecendo o compromisso da cidade com a saúde pública e o cuidado preventivo.

“Estou muito feliz com a implantação deste projeto no nosso município. Agradeço, em especial, à Dra. Cristina Carrazzone, por liderar essa importante ação e proporcionar a Serra Talhada a oportunidade de ser referência nacional. Também deixo meu agradecimento ao Ministério da Saúde, por meio do ministro Alexandre Padilha, e ao Dr. Mozart Sales, pelo apoio e incentivo à saúde da nossa população”, afirmou a secretária de Saúde, Lisbeth Rosa.

A proposta tem como foco identificar precocemente casos da Doença de Chagas, ampliando o acesso ao diagnóstico e tratamento antes do avanço da enfermidade. O modelo adotado será espelhado em outros municípios brasileiros, com base na experiência desenvolvida em Serra Talhada, tornando-se referência para todo o país por meio do Ministério da Saúde.

Camaragibe Cidade do Trabalho

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin (PSB), discutiu os desdobramentos das tarifas anunciadas pelo governo americano com o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, por videoconferência, hoje. A conversa aconteceu em meio à escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, com Pequim elevando tarifas sobre os produtos americanos a 125%, diz que não irá além disso e chama de ‘piada’ medidas do presidente Donald Trump.

Segundo a assessoria do Mdic, vice-presidente e o ministro chinês trataram de temas como as alterações tarifárias no cenário internacional da economia. “Convergiram na defesa do multilateralismo e do sistema internacional de comércio baseado em regras, com o fortalecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, diz o Ministério. As informações são do portal O Globo.

Além disso, os dois discutiram sobre cooperação econômica e comercial, como a relação comercial bilateral, oportunidades e complementaridades das duas economias. “A China é importante parceiro econômico do Brasil e os dois países mantém diálogo estratégico, com papel de destaque à Cosban, a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, presidida por seus vice-presidentes”, diz nota do Mdic.

Na ocasião, os representantes dos dois governos também discutiram a próxima reunião de ministros de comércio dos BRICS que acontecerá em Brasília no mês de maio. Na quinta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse que ainda é cedo para fazer uma avaliação criteriosa sobre os desdobramentos econômicos das recentes medidas anunciadas pelos Estados Unidos.

“Como as coisas mudam a cada 24 horas, não há uma diretriz clara, e as pessoas estão com muita insegurança com o que está acontecendo com o governo dos EUA. Então não é possível fazer uma avaliação criteriosa, qualquer coisa que eu falar aqui pode ser desmentida amanhã a depender dos desdobramentos”, afirmou o ministro.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

Por Aldo Paes Barreto*

No final dos anos 1950, o gaúcho Plínio Pacheco, então funcionário civil da Aeronáutica e diagramador do Jornal do Commercio, teve duas avassaladoras paixões: uma pela jovem Diva Mendonça, com quem casaria e outra pela encenação pública do Drama da Paixão, realizado na vila de Fazenda Nova, distrito de Brejo da Madre de Deus, território da família de Diva. Naquela época o arruado era apenas casario simples, reduto dos Mendonça. Anualmente, na Sexta-feira Santa, a família se reunia e celebrava a céu aberto a peça sacra, teatralizada e adaptada pelo líder Epaminondas.

Plínio trouxe novas ideias, pensava alto e acreditava tornar aquela encenação mais conhecida na região, trazendo gente de outras cidades para assistir ao drama. Fazenda Nova, apesar do chão pedregoso, duro, da vegetação rasteira, já atraia visitantes, inclusive do Recife, por conta do clima ameno, do frio seco. Luís Dias, então dono do restaurante Leite, construiu um hotel e deu-lhe o nada modesto nome de Grande Hotel Fazenda Nova. Era ali que os mais endinheirados se reuniam para jogar pôquer, conversar amenidades, gozando do clima do lugar.

A teatralização crescia e aparecia. Plínio convidara um grupo de halterofilista para integrar o elenco personificando os centuriões romanos. Os rapazes recifenses, entre eles José Pimentel, aderiram. Divertiam-se e namoravam as Marias do lugar.  Nos primeiros anos, uma tragédia quase afastava o grupo. Um deles, da família Porto Carrero, morreu em desastre na precária estrada que ligava Caruaru à Fazenda Nova. Foi Pimentel quem convenceu o grupo a continuar até como homenagem ao colega falecido.

A morte do jovem também serviria para o governo estadual construir o calçamento da estrada. Fazenda Nova atraia as atenções. Quando Plínio idealizou construir a Nova Jerusalém no meio do nada, uma cidade-teatro, cercada por muralhas, torres, e tudo o que na sua imaginação fazia lembrar a cidade original, Pimentel foi indispensável. Integrou-se cada vez mais ao projeto. Figurante, ator, entendia de eletricidade, de efeitos especiais, sonorização.

Na edição de 1978, ele chegou ao personagem principal. Jesus Cristo. Pela primeira vez iria encerar o espetáculo vivendo a comovente cena do crucificado na ascensão.  Vestiu o manto branco, subiu à plataforma de madeira que o elevaria do chão, através de roldanas e cabos de aço. Lentamente, o personagem Jesus Cristo ia sendo iluminado, enquanto tênue fumaça se espalhava, transmitindo a imagem da elevação. O manto criava vida tremulando sob os ventos suaves da vila, parecendo que Cristo pairava no ar. Aquela cena era memorável e, naquele ano, esteve perto da perfeição.

Nos primeiros minutos da elevação aconteceu o imprevisto: Pimentel, meu parceiro no jornalismo e colega de infortúnio, também deslocava o ombro. Era como um prego enferrujado enfiado no ombro. A dor insuportável. Pimentel sentiu o ombro fora do lugar e a dor incontida. Com os braços e o corpo atados à cruz, estava imobilizado. Olhou para o ombro e podia-se ver sua fisionomia sofrida como na tortura do calvário.

Ao suspirar profundamente sentiu que o ombro voltava ao lugar. A dor fora embora e ele sentiu uma paz imensa, o corpo repousado, um bem-estar como nunca havia sentido. Do alto, já no ponto extremo da elevação teatral, ele podia ver toda a plateia, o cenário, os muros, as torres. Estava no seu mundo. O teatro. Lembrou a cena inicial- o Sermão da Montanha – e pensou nas lições não aprendidas: “Bem-aventurados os sedentos de Justiça, porque eles serão saciados”.

*Jornalista

Toritama - Prefeitura que faz

O diretor da Rosatom América Latina, Ivan Dybov, destacou, durante evento recente, realizado em Salvador (BA), as novas tecnologias no campo dos Reatores Modulares de Pequeno Porte (SMRs) que podem resolver o problema de déficit de energia em regiões isoladas – como na Amazônia, por exemplo. Dybov participou de um dos principais encontros de negócios no Brasil – o International Brazil Energy Meeting iBEM 2025.

O evento reuniu cerca de 3.000 participantes de 26 países, que discutiram questões-chave de fornecimento de energia, desenvolvimento sustentável e implementação de tecnologias inovadoras. Segundo o representante da Rosatom (gigante nuclear russa) os SMR são uma das maiores promessas do setor nuclear. “Consistem em soluções voltadas para o fornecimento ininterrupto de energia limpa para territórios remotos. A tecnologia está pronta para satisfazer a crescente demanda por energia confiável em áreas críticas, como data centers, onde a estabilidade e a segurança são vitais’’, enfatizou o diretor.

Palmares - Pavimentação Zona Rural

Folha de Pernambuco

Por definição do próprio autor “O amor entre duas pessoas, que faz com que a gente se sinta bem, feliz e realizado” dá significado a uma “Flor do Bem” – nome do single assinado pelo poeta e cantador Paulo Matricó, artista de Tabira, Sertão pernambucano.

Ele lança, amanhã, nas plataformas digitais os versos musicados que celebram o amor em forma de canção, e reforçam o que o próprio autor entende como a arte do encontro: “‘Flor do Bem’ é isso, o bem que alguém faz para alguém”.

A música, um xote romântico, dá start ao décimo disco de carreira de Matricó, com previsão de lançamento neste 2025. A canção será apresentada, também, com um videoclipe no “Encontro de Gerações do Sertão do Pajeú”, em Olinda, no Alma, Arte e Café. Por lá passam ainda, como convidados, Tonfil, Ednardo Dali & Miguel Marinho. Confira abaixo em primeira mão:

Trajetória

Da terra da poesia e do repente, Paulo Matricó é veterano na arte de contar (e cantar) o amor e outras temáticas, cuja convivência com nomes como Louro do Pajeú e o próprio pai, Albino Monteiro, poeta e repentista, o fez enveredar pela arte da música.

Inclusive ele esteve à frente do Grupo Matricó, como fundador, na década de 1980 e, posteriormente, seguiu em trabalhos solo e assim permanece até os dias atuais.

Em sua discografia soma dez CDs, uma mescla que traz, além do xote, baião e toadas. Turnês palcos afora, incluindo cidades europeias, também contam sobre sua trajetória como artista. E em se tratando de parcerias, nomes como Xangai e Amelinha integram sua narrativa.

Poesia e cordel

Para além dos palcos musicais Paulo Matricó também é autor do livro “Lua Alegria” e do cordel operístico de mesmo nome, este confeccionado sob fomento do Funcultura.

“Dois Versos – Ser Tão Louco” é outra literatura poética assinada por ele, com predominância de influências que vêm de Luiz Gonzaga, João do Vale e Zé Marcolino, entre outros.

Depois de passar com o lançamento de “Flor do Bem” em Olinda, Matricó desembarca em Caruaru, no Agreste, para shows nos próximos dias 16 e 17, onde segue com a cantoria sobre “Um xote romântico brindando a chegada de um grande amor, anunciado por um misterioso beija-flor” – enunciado exposto em seu Instagram.

SERVIÇO

Lançamento do single “A Flor do Bem”, de Paulo Matricó

Com participações de Tonfil, Ednardo Dali & Miguel Marinho

Quando: Sábado (12), a partir das 17h

Onde: Alma, Arte e Café – Ladeira da Misericórdia, 106, Carmo, Olinda

Couvert: R$ 30

Informações: @almaartecafe // @paulomatrico

Na manhã de hoje, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou mal, durante uma viagem pelo Rio Grande do Norte, parte da agenda de fortalecimento do Partido Liberal (PL) no Nordeste. Bolsonaro iniciou a jornada com visitas previstas a três cidades do interior potiguar. No entanto, durante o trajeto para a cidade de Tangará, ele apresentou um quadro de indisposição. Segundo pessoas próximas, o ex-presidente já vinha enfrentando episódios de obstrução intestinal nos últimos dias.

O ex-ministro do Turismo e da Cultura no governo Bolsonaro, Gilson Machado (PL), fiel aliado do ex-presidente, tranquilizou os apoiadores em declaração pública, explicando que a situação está sob controle. “Eu quero tranquilizar a todos. O presidente está indo para Natal por precaução. Infelizmente, ele foi vítima de um atentado que mudou a vida dele, e isso deixou sequelas. Hoje, às 5 da manhã, ele passou mal no quarto”, relatou.

De acordo com Gilson, os médicos que acompanham Bolsonaro identificaram um quadro de gases e inchaço abdominal. Com o uso da medicação prescrita, o ex-presidente se sentiu melhor e decidiu prosseguir com a agenda. No entanto, após o primeiro compromisso público em Santa Cruz, ele voltou a sentir-se mal, o que levou a comitiva a procurar atendimento médico imediato. “Fomos direto para a unidade de saúde. A equipe médica fez um trabalho excepcional ao estabilizar a pressão dele, que estava alta devido à dor”, afirmou Gilson. Como medida preventiva, Bolsonaro está sendo transferido de helicóptero para Natal, onde passará por avaliação mais detalhada.

Conhecido como o ‘Rei do Forró’, artista com mais de 40 anos de carreira, Alcymar Monteiro é o convidado do programa Sextou de hoje. Em um bate papo inédito, o cantor e compositor cearense traz detalhes do seu novo projeto, que conta com canções emocionantes, como a canção ‘O tempo é quem faz todos iguais’. Uma música que fala sobre amor e perdão.

Já na pegada do São João, Alcymar lançou, juntamente com o músico Chambinho do Acordeão, a música ‘O São João de Outrora’, relembrando as festas juninas de antigamente. Ainda passeando pelo forró raiz, uma belíssima canção com o também cantor e compositor Flávio José, a ‘Mundança’.

O Sextou vai ao ar hoje, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir o Sextou pela internet, clique no link do Frente a Frente no alto da página deste blog ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.