Mulheres conservadoras viram aposta para 2026 após direita eleger mais prefeitas do que a esquerda

Por Camila Turtelli
Do Jornal O Globo

As eleições deste ano mostraram a força da direita também em fomentar candidaturas de mulheres e projetar seus nomes para 2026. Enquanto o PT e outras siglas de esquerda expuseram dificuldade para emplacar prefeitas e formar lideranças femininas de peso, apesar da maior proximidade com movimentos feministas, partidos de centro e de direita elegeram a maioria das mulheres que vão comandar as máquinas municipais nos próximos quatro anos.

Entre as siglas com mais nomes entre as 728 prefeitas eleitas este ano destacam-se MDB (129), PSD (102), PP (89), União (88), PL (60) e Republicanos (51). Já o PT elegeu 41, e fica atrás do PSB, que emplacou 51.

O resultado da direita nas urnas reflete, em parte, o esforço de legendas em buscar mulheres com perfil conservador para disputar as eleições. No campo bolsonarista, o desempenho é atribuído ao “trabalho de base” capitaneado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, no PL, e pela vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).

Formações básicas
As três, cada uma pelo seu partido, percorreram centenas de cidades formando mulheres identificadas por elas como conservadoras. O trabalho, iniciado um ano e meio antes do pleito, consistia em formações básicas, desde palestras sobre como falar em público, até sobre como se vestir, além da definição de pautas consideradas mais populares e capazes de atrair um público maior.

“Vimos que a mulher não queria vir muito para a política porque a pauta se resumia a aborto e igualdade de gênero. Começamos a trazer pautas, como mães atípicas, empreendedorismo feminino, invisibilidade de mulheres de comunidades tradicionais, como quilombolas e marisqueiras”, disse Damares ao GLOBO. “Antes, se gastava o dinheiro da cota para fazer palestra motivacional nos estados, coach e eventos. Eu e Michelle transformamos isso em treinamento. Qualificamos mulheres”, concluiu.

Elas conseguiram, inclusive, atrair mulheres trans, como Thalyta Baronne, que saiu candidata a vereadora pelo Republicanos, em Sento Sé, no interior da Bahia, embora não tenha sido eleita. Ela participou da formação, que incluiu dicas para mudar o visual.

“Para mim é o partido que mais luta pelos direitos e pela defesa das mulheres e crianças. Por eu ser uma mulher trans e de direita isso traz uma perspectiva única e potencial para desafiar estereótipos e romper bolhas políticas”, afirma Thalyta.

Para a senadora, a dificuldade da esquerda de avançar no fomento das mulheres está no fato de manter o foco no que ela classifica como “pautas identitárias”. Para ela, “a mulher do dia a dia não quer mais isso”.

Após a eleição municipal, Cristina Graeml, candidata a prefeita pelo PMB derrotada no segundo turno em Curitiba, e Emília Corrêa, eleita pelo PL em Aracaju, cresceram no campo bolsonarista como possíveis nomes para ocupar cargos com maior destaque, além da própria Michelle.

A ex-primeira-dama é frequentemente citada como possível postulante ao Senado pelo Distrito Federal. Graeml também é cotada para disputar o cargo pelo Paraná. Já Emília Corrêa pode se cacifar para concorrer ao governo de Sergipe. Essas novas lideranças contam com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.

De olho em 2026, PP, PL e Republicanos também pretendem realizar um grande encontro de mulheres eleitas em março, em Brasília, e distribuir um pacote com projetos de lei, requerimentos de informação e protocolo de formação de frentes parlamentares para elas levarem aos seus municípios.

No outro lado da disputa política, há o reconhecimento de que muito trabalho precisa ser feito para se contrapor à direita. Secretária Nacional de Mulheres do PT e coordenadora do programa “Elas por Elas”, Anne Moura afirma que o fato de a legenda estar no governo, neste momento, gerou um conflito de prioridades.

“Muitos quadros, mulheres que poderiam estar nessa linha de frente também, estão ajudando no governo. Isso tira alguns nomes que poderiam disputar na ponta”, pontua.

O PT registrou seus melhores desempenhos na eleição, justamente, com duas mulheres. Em Contagem, Marília Campos foi reeleita com 61% dos votos no primeiro turno e é um dos nomes neste campo que se projeta para 2026, cotada a estar em uma chapa para o governo de Minas de Gerais. Em Juiz de Fora, Margarida Salomão também foi reeleita no primeiro turno. Nem Lula ou a primeira-dama Janja estiveram no palanque dessas candidatas na campanha.

Moura afirma que apesar de não ter feito um grande número de prefeitas mulheres, o partido segue crescendo na questão de gênero e que é preciso “rever a estratégia”. Ela faz, contudo, uma ponderação:

“As mulheres de esquerda e da pauta feminista não são mulher de alguém ou filha de alguém. Isso acontece na direita e é muito mais fácil para essas mulheres (se destacarem)”.

Janja ausente
No PT, só Natália Bonavides, em Natal, teve Lula em seu palanque. Após ser cotada como cabo eleitoral do PT para o pleito municipal, a primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, encerrou o período eleitoral longe da campanha e com apenas uma participação em atos do gênero: uma caminhada de Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo.

“O nosso trabalho é um trabalho contínuo”, diz a deputada Maria do Rosário, que foi candidata do PT em Porto Alegre. “Não se trata só de preparar para o processo eleitoral. O PT, por exemplo, é um partido que mais tem mulheres nas suas diretorias e é presidido por uma mulher. A maior bancada de mulheres no Congresso hoje é a do PT”, destacou.

Professora do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), Flávia Biroli avalia que o aumento da participação das mulheres na política é um efeito dos movimentos feministas. Ela defende que a criação das cotas de gênero para o uso do fundo eleitoral é um dos motivos para o interesse da direita em ter mais mulheres entre seus quadros.

“É interessante porque Michelle Bolsonaro pode ser claramente definida como uma mulher antifeminista, mas a postura dela só é possível por efeito das lutas feministas ao longo dos anos por maior participação das mulheres”, ressalta a pesquisadora.

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Fiat Pulse T200 Hybrid: vale a pena pagar um pouquinho a mais?

Este colunista ficou uma semana com o Fiat Pulse híbrido, versão Impetus, topo de linha, para testes. A tradicional, exclusivamente a combustão, custa R$ 138.990, conforme consta no site da montadora italiana, na aba Monte o seu. A testada, híbrida leve, com o mesmo pacote de equipamentos, principalmente de segurança, R$ 144.990. A diferença bruta, excetuando-se aqui as inevitáveis negociações entre consumidor e concessionária, é de R$ 6 mil. Vale a pena, então, pagar esse valor a mais? Para ajudar a responder, vamos elencar aqui alguns detalhes e diferenças entre ambas.

O Pulse T200 Hybrid vem com o já conhecido e eficiente motor 1.0 de três cilindros de 130 cavalos e torque de 20,4kfgm. Ao contrário do convencional, traz também um pequeno (por isso chamado de leve) motor híbrido de 12 volts. Acrescenta ao conjunto todo apenas 4cv de potência e 1 kgfm de torque e nem mesmo consegue movimentar sozinho o veículo. Mas o 12 volts ajuda em alguns momentos, quando o motor a combustão supera os 3.500rpm, por exemplo. Esse mecanismo (cuja bateria fica embaixo do banco do motorista) substitui o alternador convencional e o motor de arranque. Por meio de uma central eletrônica específica, ele, enfim, auxilia o conjunto. Então, para o dia a dia das cidades, no chamado ciclo de consumo urbano, vale ter essa versão, sim. O motorzinho absorve energia nas frenagens e desacelerações e a gasta nas arrancadas rápidas em semáforos, por exemplo. E ainda há a adoção do start&stop, que desliga automaticamente o motor a combustão em paradas e o religa instantaneamente assim que o motorista pressiona o acelerador.

Com isso, a média de consumo – e sempre dependendo do comportamento do motorista – chega a até um pouco mais 14 km/l. Louva-se, aqui, a consciência verde, digamos assim. O Inmetro garante que é 12% mais econômico. Esse tipo de híbrido é chamado oficialmente de MHEV (da sigla em inglês Mild Hybrid Electric Vehicle). Por não ser tão cara (bastam um pequeno motor e uma mini bateria de 11 amperes), a tecnologia tem se tornado mais acessível. E, sim, mesmo em pequenas quantidades os híbridos-leves reduzem os níveis de emissões. Importante: o motor é flex, mais limpo ambientalmente que os convencionais. Não há mais diferenças entre as duas versões (só uma cor exclusiva para o híbrido) e a condução continua sendo agradável em ambas. O motor casa bem com o câmbio CVT, a direção é leve, o acabamento é sóbrio para o padrão de preço Fiat e por aí vai. O painel de instrumentos, no caso do MHEV, mostra o nível de carga e regeneração das baterias. E com informações em tempo real.

BYD: o sucesso em Caruaru e Petrolina – As estratégias de mercado da BYD no Brasil, que passam por importações em grandes volumes e estabelecimento de preços agressivos, têm dado resultado. No mês de março, por exemplo, a empresa chinesa chegou ao top 5 no ranking das marcas que mais venderam no varejo (diretamente ao consumidor, por meio de concessionárias). Foram, neste terceiro mês de 2025, mais de 6,8 mil unidades, garantindo uma fatia de 8,3% de participação de mercado – a melhor desde que chegou ao Brasil. No ranking geral, que considera a soma das vendas de varejo com as vendas diretas, a BYD em março ficou na nona colocação. Foram 8.064 unidades vendidas e 4,52% de participação de mercado. Em relação ao mês anterior o crescimento foi de mais de 14% nas vendas e de 8,3% em relação a fevereiro.

No Distrito Federal, os números são chamativos: a liderança de carros Okm foi garantida com 19,15% de participação. E o curioso é que o desempenho no patamar de cima não foi obtido somente em capitais ou grandes centros urbanos. Em Lauro de Freitas, no interior baiano, a greentch foi dona de 25% de mercado em março. Na também baiana Vitória da Conquista, de 22,78%. Idem, com percentuais semelhantes, nas cidades pernambucanas de Caruaru (17,22%) e Petrolina (23,93%). 

Linha 25/25 do Haval H6: veja os preços e o que mudou – A GWM já pôs nas concessionárias a linha 25/25 do Haval H6. Ela chega com diversas melhorias, tanto estéticas quanto tecnológicas, para oferecer ainda mais sofisticação, conforto e inovação aos consumidores brasileiros. A primeira versão disponível para os clientes é o Haval H6 HEV2, híbrido autorrecarregável – que é atualmente o líder de vendas da linha Haval. Seu preço de tabela é de R$ 220 mil. Ele pode ser comprado diretamente no site da GWM (gwmmotors.com.br), no Mercado Livre, no aplicativo My GWM ou nas concessionárias da marca no Brasil. Já as versões plug-in – Haval H6 PHEV19 (R$ 245 mil), Haval H6 PHEV34 (R$ 288 mil) e Haval H6 GT (R$ 325 mil) – estarão disponíveis em breve.

Os novos Haval H6 25/25 apresentam mudanças estéticas sutis. As externas, com lanternas escurecidas e novo logotipo GWM na tampa traseira. As internas, com o acabamento do painel e das portas em novo revestimento que simula aço escovado. Isso, segundo a marca, proporciona uma sensação mais premium, atendendo às expectativas de um público que busca mais qualidade. O SUV chega ainda com novidades na lista de equipamentos. Um dos destaques é o comutador automático de farol alto, que proporciona maior segurança e comodidade ao motorista. O modelo também ganhou travamento automático das portas quando a chave se afasta do veículo.As versões PHEV34 e GT passam a contar com o exclusivo recurso de ajuste automático de banco por reconhecimento facial – uma tecnologia inédita no modelo. Ela vai proporcionar uma personalização ainda maior para os motoristas. O modelo PHEV34 também oferece agora preparação para subwoofer.

Novidades 

Em toda a linha Haval H6 

– Lanternas traseiras escurecidas

– Nova logotipia com destaque para o logo GWM no centro da tampa traseira

– Novo revestimento que simula escovado no console central e nas portas

– Comutador automático do farol alto

– Travamento automático das portas por afastamento da chave

– Iluminação por led no porta-luvas

No H6 PHEV34 e GT

– Ajuste do banco elétrico do motorista por reconhecimento facial, por meio de câmera na coluna dianteira

No Haval H6 PHEV34 

– Inclusão da câmera na coluna dianteira

– Preparação para subwoofer, alto-falante específico para reproduzir frequências baixas, responsáveis pelos sons mais graves nas músicas e áudio em geral

As versões PHEV 34 e GT usam motor 1.5 turbo a gasolina aliado a outros dois elétricos de tração, um dianteiro e um traseiro. Com isso, entregam 393 cv de potência e 77,7 kgfm de torque combinados. As baterias têm 34 kWh de capacidade. Já o PHEV19 não tem propulsor elétrico traseiro. A potência total, nesse caso, é de 326 cv, além do torque de 54 kgfm. As baterias têm capacidade de 19 kWh.

A HEV2 (híbrido por regeneração) usa também o 1.5, oferecendo até 850 km de autonomia. 

Tank 300: meta de um mês em uma semana – E por falar em GWM, a filial brasileira está comemorando outro marco interessante do recém-lançado Tank 300, seu primeiro SUV híbrido plug-in de luxo off-road: ele superou a meta de vendas do mês em apenas seis dias. Lançado oficialmente em 4 de abril, o modelo alcançou 518 unidades vendidas até a quarta-feira  (9), ultrapassando a previsão inicial de 500 veículos para o mês inteiro.

Com preço de lançamento de R$ 333 mil, válido até o dia 30 de abril, o Tank 300 chega ao país já como modelo 2026 e estreia com força no competitivo mercado de SUVs de luxo. Ainda não há definição do preço a partir de 1º de maio. O GWM Tank 300 une força bruta, sofisticação e muita tecnologia. Ele é equipado com um conjunto híbrido plug-in de última geração, composto por um motor 2.0 turbo a gasolina de injeção direta e um motor elétrico, conectados a um câmbio automático de 9 marchas. Juntos, entregam 394 cv de potência e impressionantes 750 Nm de torque, acelerando de 0 a 100 km/h em apenas 6,8 segundos.

Chevrolet prepara o lançamento de sua 100ª série especial – A General Motors chegou ao Brasil em 1925. Desde então, lançou uma versão especial (ou limitada) por ano. Elas marcam por propostas às vezes ousadas, homenagens simbólicas, diferenciais visuais ou mesmo inovações tecnológicas. A S10 100 anos, alusiva ao centenário da fabricante no país, será, curiosamente, a centésima. A S10 100 Anos focará na customização e irá contar, entre outros itens, com suspensão e pneus personalizados, numa referência às versões de rally que trazem um conjunto preparado para trilhas off-road mais extremas.

Mini John Cooper Works – A marca inglesa Mini, mas pertencente à alemã BMW, acaba de trazer a versão apimentada John Cooper Works. O modelo esportivo vem com 231 cv e duas carrocerias: três portas (R$ 319.990) e Cabrio (R$ 349.990). Ambos usam o motor 2.0 turbo do Cooper S, mas com 27cv extras. O torque é de 38,7mkgf. A transmissão é de dupla embreagem e sete marchas. Com esse conjunto, o charmoso hatch só precisa de 6,1 segundos para bater os 100 km/h. O conversível precisa de 6,4 s. A velocidade máxima é limitada a 250 km/h.

Audi abre pré-venda do superesportivo RS 3 sedã – A direção da marca alemã Audi no Brasil acaba de anunciar a pré-venda do novo Audi RS 3. O modelo já pode ser encomendado nas mais de 40 concessionárias. São duas versões disponíveis: RS 3 sedã (R$ 660 mil)e RS 3 sedã Track (R$ 715 mil).  O modelo, vale lembrar, é aquele que bateu o recorde de volta mais rápida em sua categoria no lendário circuito de Nürburgring, na Alemanha. Sob o capô, o propulsor 2.5 de 400 cavalos empurra o superesportivo dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,8 segundos – 0,3s mais rápido que a geração anterior, tornando-o o único de sua categoria no mercado nacional a cumprir tal marca abaixo da casa dos 4 segundos. A nova linha RS 3 é equipada com motor 2.5 litros TFSI, turbo, cinco cilindros em linha, com torque de 50.99 kgfm. A transmissão é automática S tronic de sete velocidades, com a consagrada tração quattro.  

Volkswagen: R$ 20 bi,17 modelos – O insano tarifaço de Donald Trump não atrapalhou, pelo menos por enquanto, os planos da Volkswagen para o Brasil. A marca alemã confirmou um investimento histórico de R$ 20 bilhões para a América do Sul. Até 2029. O foco é em novos carros, fábricas e tecnologias mais modernas. Desse total, o Brasil receberá R$ 16 bilhões até 2028. Já a Argentina contará com US$ 580 milhões para ampliar a estrutura da fábrica em General Pacheco. A montadora reconhece que a região se tornou uma das regiões mais estratégicas do mundo. O motivo é o crescimento constante nas vendas e produção. Somente em 2024, a marca cresceu mais de 21% no continente. Foram quase 480 mil carros vendidos, sendo mais de 400 mil apenas no Brasil, segundo dados.

Começa a pré-venda da BMW R 1300 GS Adventure – Os apaixonados por aventura sobre duas rodas já podem garantir uma unidade da mais esperada big trail da marca alemã: a R 1300 GS Adventure. Ela, que é fabricada em Manaus, está em regime de pré-venda e a marca quer que ela seja um novo patamar de inovação, por ser a “mais moderna e tecnológica já produzida no Brasil”. Há condições exclusivas de pré-venda para os primeiros 500 compradores, como o financiamento com taxa de 0,69% em até 24 meses, com entrada de 60%. A R 1300 GS Adventure está disponível em seis versões. O foco do modelo é no conforto e no desempenho – na qual combina ergonomia, proteção aerodinâmica e muita tecnologia. A aventureira, vale lembrar, foi apresentada no mercado mundial em julho de 2024. O motor é o já lendário boxer de dois cilindros. Porém, agora mais potente: são 145cv, com torque de 15,1kgfm. A BMW Motorrad lembra que este é o boxer mais poderoso já produzido em série. 

Confira os preços de lançamento

GS Adventure Plus – R$ 136.500

GS Adventure Trophy – R$ 138.500

GS Adventure Triple Black – R$ 138.500

GS Adventure Triple Black ASA – R$ 144.500

GS Adventure Option 719 – R$ 148.500

GS Adventure Option 719 ASA – R$ 154.500

Confira as principais tecnologias 

  • Controle de torque de arrasto do motor;
  • Controle dinâmico de frenagem;
  • Controle de partida em subida;
  • Controle dinâmico de tração de série;
  • Controle de cruzeiro dinâmico com função de freio de série;
  • Assistente de pilotagem com controle de cruzeiro ativo;
  • Aviso de colisão frontal;
  • Aviso de mudança de faixa e aviso de colisão traseira;
  • Controle adaptativo de altura do veículo
  • Faróis e auxiliares em LED integrados à carroceria como padrão;
  • Protetores de mão com indicadores de direção integrados;
  • Compartimento de carregamento para smartphone com entrada USB integrada e tomada de alimentação de 12V integrada;
  • Aquecimento do assento para o condutor e o passageiro
  • Punhos aquecidos; passeio sem chave (direção, ignição e trava do tanque de combustível);
  • Monitor de pressão dos pneus

Você acelera da forma correta? – Pesquisa realizada pelo sistema Mobs2 mostra que mais da metade dos motoristas brasileiros (55%) faz uso excessivo do pedal do acelerador. O que grande parte dessa parcela da população não sabe, no entanto, é que, além do risco de acidentes e multas por excesso de velocidade, acelerar demais e de forma inadequada pode causar sérios danos aos motores dos automóveis. O formato de aceleração mais indicado, conforme ressalta o coordenador de capacitação e suporte técnico dos lubrificantes Mobil, José Cesário Neto, é a progressiva, que se mantém regular após atingir o máximo permitido e viabiliza uma resposta otimizada dos motores. “Em vez de pisar no acelerador de uma vez, aumentar a pressão gradualmente permite que o veículo se ajuste melhor e entregue potência de forma mais eficiente”, ressalta. Para ilustrar casos em que a aceleração estaria incorreta, Cesário Neto lista práticas comuns aos motoristas e os riscos que elas causam aos motores dos automóveis. Confira: 

  • Acelerar de forma brusca com o motor frio pode causar desgaste prematuro – Antes que o lubrificante atinja a temperatura ideal, ele não alcança completamente as peças internas, o que pode aumentar o atrito e o desgaste. 
  • Acelerar antes e logo em seguida desligar o carro pode ser prejudicial – Muita gente faz isso achando que ajuda o motor, mas, na verdade, pode causar acúmulo de combustível não queimado e desgaste prematuro.  Se o veículo for dotado de turbocompressor, haverá desgaste prematuro dos seus componentes, reduzindo sua eficiência e durabilidade.
  • Pisadas curtas e bruscas no acelerador podem gastar mais combustível – Se você acelera e solta rapidamente várias vezes, o motor pode interpretar que precisa de mais potência, injetando mais combustível do que o necessário, o que gera maior gasto na hora de abastecer. 
  • Acelerar até o limite em motores turbo logo após a partida – Turbinas precisam de lubrificação adequada, e forçá-las antes que o óleo esteja circulando completamente pode causar danos ao sistema.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

Jaboatão dos Guararapes - UBS Pet Massangana

Por Flávio Chaves*

Há amores que chegam sem dizer nada, sem fazer barulho, sem trazer flores nas mãos ou certezas no bolso. Amores que não vêm pela porta da frente, mas pelos fundos da alma, atravessando o terreno baldio das memórias, das saudades antigas, das cicatrizes abertas como janelas que nunca mais conseguimos fechar.

E quando eles chegam, não anunciam: apenas se instalam. Não pedem, ocupam. Não explicam, invadem. Não acendem a luz — deixam que o escuro diga tudo. E é ali, justamente ali, no lugar onde o medo cochila e a esperança respira devagar, que a pele começa a escutar o que os olhos não veem, o que a mente não entende, o que o corpo sente antes de qualquer tradução racional.

O amor verdadeiro não chega com a luz dos refletores. Ele prefere o escuro dos bastidores, o ranger das tábuas do palco vazio, o silêncio das cortinas antes de se abrirem. Ele vem quando tudo parece indecifrável, quando já desistimos de entender o que sentimos, e apenas sentimos. Ele se apresenta tremendo, suando, cheio de dúvida no olhar e tropeçando nos próprios passos — e ainda assim, ficamos. Não por coragem, mas por um chamado que vem de dentro, como se algo muito antigo e muito íntimo dissesse: fica. E ficamos.

Há quem diga que amor bom é aquele que ilumina, que guia, que mostra o caminho. Mas eu desconfio. Os amores que mais nos transformam são os que nos levam para dentro de grutas. São os que nos obrigam a caminhar tateando paredes, tropeçando em pedras invisíveis, ouvindo goteiras internas, enfrentando nossos monstros escondidos em quartos de infância. São os que nos pedem entrega sem mapa, salto sem rede, permanência sem garantias. São os que nos colocam diante de um rosto que não sabemos descrever, mas que nunca mais conseguimos esquecer. Um rosto que é espelho do nosso próprio avesso. Um rosto que nos reconhece como somos, e ainda assim permanece.

Não há nada mais perigoso do que amar no escuro. Mas também não há nada mais verdadeiro. Porque ali, onde não vemos, sentimos com mais força. Com os dedos. Com a respiração. Com o silêncio. Com os sustos. Com a memória. É nesse escuro que tudo se intensifica. Que o beijo dura mais. Que o abraço diz mais. Que a ausência dói mais. Que a presença cura mais.

O amor verdadeiro não precisa de holofote. Precisa de presença. De coragem. De entrega. De um corpo que treme, mas não recua. De uma alma que sabe que pode doer — e mesmo assim aceita. Porque sabe que há algo naquele toque, naquela voz, naquele gesto, que nenhuma luz seria capaz de revelar.

E talvez seja isso o amor: esse rosto no escuro que nos chama sem prometer nada, mas nos oferece tudo. Essa força que não grita, mas nos cala. Essa vertigem que não nos derruba — apenas nos desarma. Esse susto que, por alguma razão misteriosa, a gente não quer evitar. Esse silêncio que nos ouve por inteiro. Esse abraço que acontece antes mesmo do corpo. Esse olhar que não vemos, mas sentimos dentro do peito. Esse risco que a gente corre com a alma nua. Essa luz que nasce sem precisar acender nada — porque a gente já está inteiro em combustão por dentro.

Não, o amor verdadeiro não precisa de claridade. Precisa apenas de uma verdade íntima, bruta e doce, que diga baixinho: eu te sinto. E um corpo — ainda que trêmulo, ainda que cego — que diga de volta: eu fico.

*Jornalista, poeta e escritor

Dulino Sistema de ensino

Da Agência Brasil

Os servidores públicos do Executivo Federal receberão em 2 de maio o reajuste salarial retroativo a janeiro, confirmou ontem o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Os percentuais serão os da Medida Provisória 286, editada no fim do ano passado, como resultado das negociações do governo com as diversas carreiras do funcionalismo.

Segundo o MGI, o reajuste e os ajustes de carreira terão impacto de R$ 17,9 bilhões no Orçamento deste ano e R$ 8,5 bilhões, no de 2026. Apesar de ter sido substituída por um projeto de lei, conforme acordo entre o governo e o Congresso, a MP 286 continua vigente até 2 de junho.

O MGI confirmou o pagamento do reajuste após a sanção do Orçamento Geral da União de 2025. Por causa do atraso na aprovação do Orçamento pelo Congresso, o aumento acertado no ano passado não poderia começar a ser pago sem que a lei orçamentária estivesse sancionada.

A MP 286 formalizou os acordos das mesas de negociação entre o MGI e os representantes das carreiras civis do Poder Executivo Federal ao longo do ano passado. Segundo o ministério, as negociações de 2024 e os acordos anteriores garantiram a recomposição salarial para 100% dos servidores ativos, aposentados e pensionistas da União.

Em 2023, o governo havia concedido reajuste linear aos servidores do Poder Executivo Federal de 9% nos vencimentos e de 43,6% no tíquete alimentação. No ano passado, não houve atualização.

Planos de carreira

Além dos aumentos salariais, os acordos para 2025 e 2026 preveem ajustes de carreira e mudanças estruturais no serviço público. Em relação aos planos de carreira, o tempo para que os servidores atinjam o topo da progressão foi atualizado, para adequar a evolução funcional à realidade fiscal e às novas exigências de gestão pública.

Na reestruturação do serviço público federal, o governo substituiu 14.989 cargos obsoletos por 15.670 funções, que, segundo o MGI, são mais compatíveis com as demandas de um setor público mais moderno, sendo 10.930 voltados à área da educação. A última rodada de negociação ampla ocorreu em 2015, no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

Por Jorge Cosme

Do Diário de Pernambuco

O primeiro passo para o armamento gradual da Guarda Municipal do Recife ocorreu na última quarta-feira (9), com o prefeito João Campos (PSB) protocolando o pedido de cooperação técnica na Polícia Federal em Pernambuco, procedimento necessário para iniciar o processo de autorização. Especialistas ouvidos pela reportagem se mostram descrentes com a eficácia da medida, classificando o armamento dos guardas como uma decisão política, arriscada e de pouca efetividade.

Para o ex-secretário Nacional de Segurança Pública e coronel da reserva da Polícia Militar (PM), José Vicente da Silva Filho, é importante que a guarda municipal “procure o seu devido espaço”.

“O aparato da prefeitura não é para combater, é para prevenir a violência. A prefeitura tem estrutura, política e recursos para trabalhar bem essa questão da prevenção”, acrescenta Filho, citando como exemplos, a regulação do silêncio urbano, do fechamento de bares, mediação e conciliação de conflitos nos bairros, iluminação e arrumação de praças. “O ambiente tem impacto sobre o comportamento das pessoas”, completa.

“Essa ilusão de que vai afetar a segurança através do trabalho armado não funciona”, ele resume. Segundo o ex-secretário, há estudos com guardas municipais de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais indicando que não houve impacto do armamento nos níveis de crimes contra a vida ou contra o patrimônio.

“Ou seja, vai armar a guarda municipal e não vai mexer nos indicadores de violência da cidade”, acredita ele, que já visitou um Centro Comunitário da Paz (Compaz), no Recife, e elogia o projeto na redução da violência envolvendo jovens.

A diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, teme que o aspecto ostensivo tome o espaço do trabalho preventivo e comunitário da guarda.

“Dependendo do contexto, se é um lugar muito violento, talvez a guarda precise ter arma, mas eu acho que é um risco investir nisso”, ela resume.

Ricardo avalia que o tema do armamento está associado ao campo da direita, mas, por falta de repertório, tem sido utilizada pela centro-esquerda e esquerda. “Esse campo progressista não sabe o que fazer na segurança pública”, diz.

“Se eu fosse o prefeito João Campos, se eu quisesse realmente armar minha guarda, eu prepararia um projeto mais amplo, de profissionalização da guarda, para ela ser a mais treinada e profissional do Brasil. Está difícil agora voltar, mas eu trabalharia fortemente para agregar outras transformações na guarda”.

Opinião semelhante é defendida pelo membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) Roberto Uchôa. Segundo ele, o problema de segurança pública é multidimensional e “está longe de se resumir à questão das armas de fogo”.

“A gente tem observado nos últimos anos vários municípios tendo essa ação como uma forma de atuar na segurança pública, quando teriam muitas outras formas mais efetivas”, diz Uchôa.

“Quando você tem a mistura do gestor com o agente político, ele toma medidas pensando não somente na efetividade dela, mas no impacto político que ela terá”, pondera o conselheiro da FBSP. “O gestor está preocupado com a implantação de uma política pública, análise de evidências, como ela foi implantada em outros locais. O político, não. Esse quer saber o impacto eleitoral da medida dele e está pensando no curto prazo”.

Riscos

Uchôa avalia que um dos riscos do projeto é tornar os guardas municipais potenciais alvos. “O criminoso, sabendo que aquele guarda está armado, vai atuar de outra forma. Você aumenta o potencial de letalidade em qualquer confronto”, afirma.

Ele também comenta sobre o treinamento desses profissionais. “A gente sabe que tem um plano de cooperação e treinamento. Agora, como vai ser a continuação disso? Qual vai ser o acompanhamento desse profissional? A gente hoje tem várias polícias que passam por processos de treinamento e não têm outro treinamento posterior”.

“Meu medo é a gente colocar as guardas municipais em uma corrida armamentista com o crime organizado, que não vai ganhar nunca”, acrescenta.

Uchôa se recorda que um estudo mostrou que municípios no interior de São Paulo que passaram por esse processo registraram uma participação mais efetiva das guardas em registros de ocorrências, abordagens e prisões.

“Isso quer dizer que seja reflexo do armamento da guarda? Não. Mas pode ser que com esse armamento a guarda passe a atuar de forma mais presente, mais firme”, diz ele, que concorda que grupos táticos e que atuem em áreas mais perigosas possam ter armas, mas se preocupa com o uso indiscriminado do instrumento.

Nesta semana, o Ministério Público Federal (MPF) emitiu uma nota técnica expressando preocupação com um projeto no município do Rio de Janeiro que busca permitir o armamento da guarda municipal. A coordenadora regional do Fogo Cruzado em Pernambuco, Ana Maria Franca, analisa que os pontos levantados também dialogam com a realidade do Recife. “Eles listaram a falta de treinamento adequado, porque a arma traz um risco muito grande e vai expor a sociedade, e também o adoecimento mental desses guardas, que é algo que já vem sendo apresentado pelas polícias”, diz Franca.

O ex-secretário Nacional de Segurança Pública e coronel da reserva da Polícia Militar (PM), José Vicente da Silva Filho lembra que muitos guardas em São Paulo procuraram o serviço médico alegando estarem com problemas mentais. “A partir daí, o médico dá uma restrição para o uso da arma. A gente chegou a ter 30% do efetivo da guarda que não podia trabalhar porque não podia usar arma”.

Categoria comemora

Enquanto os especialistas criticam a decisão, a categoria dos guardas tem comemorado as últimas notícias. Ainda em fevereiro, o presidente da Associação das Guardas Civis Municipais de Pernambuco (AGCMPE), Etevaldo Genuíno, celebrava os avanços da proposta na cidade. 

“Finalmente a prefeitura do Recife vai armar a Guarda Municipal. Já não era sem tempo. A violência é cada dia maior e a guarda municipal é um órgão policial”, declarou em vídeo postados nas redes sociais da associação.

Para o presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Luiz Torres, a guarda municipal armada está chegando de forma tardia ao Recife. “É de suma importância o apoio da guarda. A gente recebe a notícia de hoje com grande satisfação, porque precisamos unir as forças”.

Ipojuca - IPTU 2025 - Vencimento 30 Abril

O presidente estadual do Avante, Sebastião Oliveira, divulgou neste sábado (12) um vídeo para parabenizar o campus da Universidade de Pernambuco (UPE) em Serra Talhada, após o curso de Medicina da unidade ter recebido nota máxima (5) no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes).

No vídeo, Sebastião se disse emocionado com o resultado e relembrou sua atuação para levar o curso ao município. “Tempos atrás, quando não medi esforços para levar esse importante aparelho para Serra Talhada, eu sabia e conhecia o valor dos serra-talhadenses e dos sertanejos”, afirmou.

O dirigente do Avante destacou ainda o impacto do curso para a região, colocando Serra Talhada como um dos principais polos universitários do Sertão de Pernambuco. Ele também aproveitou para parabenizar estudantes, professores e funcionários da instituição. O curso de Medicina da UPE em Serra Talhada foi criado em 2013 e tem se consolidado como referência no interior do estado.

Caruaru - São João na Roça

Do g1

De um lado, o maior governo comunista do mundo defendendo o multilateralismo e a “globalização econômica” e investindo em parcerias. Do outro, o país símbolo do capitalismo apontando para o isolacionismo comercial.

Além de provocar uma montanha russa nos mercados mundiais, a guerra tarifária entre Estados Unidos e China também pode estar reconfigurando a atual geopolítica mundial.

Ao longo da semana, em meio aos aumentos mútuos de tarifas entre os dois países, o governo chinês repetiu que a política tarifária de Donald Trump só vai conseguir isolar Washington, enquanto Pequim tem se esforçado para “conectar mercados” — como a África, a América Latina e a Europa.

Desde que começou seu segundo mandato, em dezembro, Trump tem apostado em decretos que afastam mercados e cidadãos estrangeiros, além de investir nas medidas protecionistas, como o tarifaço. É uma forma de o líder norte-americano impor suas regras no tabuleiro mundial, na avaliação do professor de Relações Internacionais da ESPM, Gustavo Uebel, especialista em geopolítica. “Isso é uma forma de Trump alcançar mudanças geopolíticas sem precisar de guerras ou da diplomacia internacional”, disse Uebel.

Já o presidente chinês, Xi Jinping, propôs na última sexta-feira (11), ao se pronunciar pela primeira vez sobre a guerra das tarifas, que o mundo se esforce para “manter a tendência de globalização econômica e resistir conjuntamente ao unilateralismo e à intimidação”.

Uebel diz achar que o líder chinês seguirá investindo em parcerias e alianças globais, “o único caminho possível” para alimentar e manter a economia chinesa. Mas a luta de braço entre Putin e Xi, afirma o professor, deve provocar a fragmentação da multipolaridade, que marca a geopolítica atual. No lugar, o mundo pode se encaminhar para três grandes zonas de influência: os EUA, a China e Rússia. “Essa deve ser uma mudança no regime internacional mais a longo prazo, mas que vai se desenhando”, afirmou Uebel.

Em fevereiro, uma reportagem da revista “The Economist” chamou a política de Trump de “mafiosa”. O texto afirmava que Trump, criando um reequilíbrio de poderes no mundo, rompe com “a era pós-1945” — em referência ao fim da Segunda Guerra Mundial — e propõe um modo de resolução de conflitos “ao estilo de Don Corleone” — o mafioso fictício que protagoniza o filme “O Poderoso Chefão”.

“Aproxima-se rapidamente um mundo no qual quem tem poder faz o que quer e em que grandes potências fecham acordos e intimidam as pequenas”, disse a revista.

Nova configuração mundial

Na nova configuração mundial, a União Europeia, acuada nos EUA com Trump e em uma guerra indireta contra a Rússia na Ucrânia, já vem ensaiando uma aproximação com a China. Na sexta-feira, Xi Jinping se reuniu com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e pediu que a União Europeia se una a Pequim para uma resistência mútua ao tarifaço de Trump.

A tendência será que os europeus, que devem ser os principais perdedores da guerra tarifária, se aproximem cada vez mais do governo de Xi Jinping, de acordo com Uebel. “Pela primeira vez, a UE não está ditando as regras do jogo na geopolítica mundial. Eles se aliarão à China por exclusão”, afirmou. Em paralelo, o governo chinês também busca ampliar a influência na América Latina, a maior zona de influência dos Estados Unidos.

Também na sexta, o ministro do Comércio da China falou por telefone com o vice-presidente Geraldo Alckmin. Segundo ambas as partes, a conversa, solicitada pelo governo chinês, girou em torno de fortalecer organismos multilaterais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), um dos pilares da globalização.

Camaragibe Cidade do Trabalho

Por Genivaldo Henrique

Da Folha de Pernambuco

O dia começou cedo com uma paisagem de caos para comerciantes do Mercado da Madalena, Zona Norte do Recife. Eles acordaram com a notícia de um incêndio que atingiu duas operações do ponto na madrugada deste sábado (12). Em conversa com a reportagem, já no início da tarde, os relatos foram de “perda total”.

Uma dessas comerciantes foi Julyana Bezerra, 42 anos. Ela é proprietária de uma loja de aquários e contou à reportagem o desespero que passou ao receber a notícia.

“Logo de madrugada eu recebi vídeos do mercado, como minha loja estava, e vim para cá. Consegui entrar em um momento e foi perda total. Tudo está destruído. Não tem mais aquário, tem mais nada. Agora estou esperando alguma definição”, afirmou.

Outro comerciante que ficou com um grande prejuízo foi Peterson Stanley, 48 anos. Ele é proprietário de uma sapataria e conta que também perdeu tudo no incêndio.

“Estava em casa e vi pelo Instagram a notícia do incêndio. Primeiramente pensei que não tinha a ver com nossa loja, mas vim checar. Cheguei por volta das 1h40, já tinha fogo, mas estava controlado pelos bombeiros”, começou.

“Pela manhã entrei lá, fiz filmagens. O mecânico estava bastante danificado, os eletrodomésticos também, como geladeira e micro-ondas. Não sabemos se atingiu alguma máquina, então estamos aguardando o fim da perícia para saber o que vamos fazer”, continuou.

Carro teria sido foco do incêndio

Conforme apurou a reportagem com alguns comerciantes do local, o motivo o foco do incêndio teria sido um carro, que estava estacionado dentro das limitações do Mercado da Madalena. Ainda não se sabe, no entanto, porque o veículo estava no local.

“O que sabemos é que tem um carro lá dentro que pegou fogo. Quando entramos conseguimos ver ele também. Ainda não passaram algum posicionamento oficial, isso vai ser só com a perícia. Estamos esperando. Na minha loja a perda foi total. Queimou tudo”, afirmou Jaime Medeiros, comerciante de 72 anos.

O Corpo de Bombeiros também chegou ao local na manhã deste sábado. De acordo com alguns comerciantes, ainda existiam pequenos focos de incêndio na área. Funcionários da prefeitura não confirmaram a informação.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

Do jornal O Globo

Após a oposição bolsonarista atingir o patamar de 257 assinaturas pela aprovação do requerimento de urgência na apreciação do projeto que anistia os envolvidos nos ataques golpistas do 8 de janeiro, o governo Lula já sacou da cartola uma narrativa para defender publicamente que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), não paute a discussão na Casa.

O argumento que já vem sendo explorado nos bastidores é de que a Câmara tem 1.136 projetos com urgência aprovada e prontos para serem pautados por Motta, que em tese estão na frente da fila para serem votados. Há outros 401 aguardando encaminhamento para votação. Assim, não faria sentido a anistia “furar a fila” – alguns projetos já estão prontos para serem votados desde 2018.

A tese é retórica, já que é prerrogativa do presidente da Câmara definir qual texto de caráter urgente deve ser priorizado em relação a outro. Mas, no Palácio do Planalto, o que se diz é que a fila é um argumento válido para ajudar a conter a pressão sobre Motta, que foi emparedado pelo PL de Jair Bolsonaro e aliados do ex-presidente como o pastor Silas Malafaia.

O artifício dos requerimentos de urgência foi uma marca da gestão de Arthur Lira (PP-AL), que deixou a presidência da Casa em fevereiro, para desengavetar pautas de interesse dos deputados, do próprio Lira ou dos presidentes Bolsonaro e Lula.

O regimento interno da Câmara prevê que o caráter urgente pode ser votado, entre outras razões, quando se tratar “de matéria que envolva a defesa da sociedade democrática e das liberdades fundamentais”.

Nos bastidores, tanto petistas quanto oposicionistas reconhecem que uma das promessas de campanha de Motta foi a de não votar requerimentos de urgência justamente por conta do represamento de pedidos na Câmara. Essa conduta foi, inclusive, elogiada pelo líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões Jr. (AL), em entrevista ao GLOBO na última sexta-feira.

Mas a oposição rebate o argumento do governo com ironia.

“Houve essa promessa, mas ele já votou e aprovou requerimentos de urgência para criar o Dia do Axé, que era uma pauta da esquerda. E também aprovou outros quatro projetos encaminhados de interesse do Judiciário. A nossa única bandeira é a anistia. Ele não vai votar?”, disparou o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ).

Como publicamos no blog na última quarta-feira, aliados de Bolsonaro avaliam que Hugo Motta está sendo pressionado por Lula e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a não pautar o assunto no plenário. Na leitura de integrantes da bancada e interlocutores da cúpula do PL, a viagem de Motta à Ásia integrando a comitiva presidencial serviu para intensificar a ofensiva.

A preocupação com a virada de Motta levou Bolsonaro a se reunir com ele nesta quarta-feira (9) em Brasília. Como também mostramos na coluna, Sóstenes revelou que o presidente da Câmara prometeu ao ex-presidente que pautaria a votação se o PL conseguisse as assinaturas necessárias, o que ocorreu na noite do dia seguinte.

No entanto, até agora não há qualquer sinalização por parte do deputado do Republicanos nesse sentido.

Os bolsonaristas também afirmam que, para se cacifar como único candidato viável à sucessão de Lira, Motta fez acordos contraditórios com o PT e o PL em relação à anistia aos golpistas. Ainda assim, apostam que o presidente da Câmara acabará cedendo em função das assinaturas obtidas.

“Motta está super pressionado pelo Supremo e pelo governo. Quando atingirmos o número de assinaturas, será que ele vai ficar contra a maioria da Câmara?”, declarou um aliado de Valdemar Costa Neto à equipe da coluna de Malu Gaspar na última quarta.

Ruídos

A estratégia do Planalto para administrar o impasse da anistia, porém, já começou entre solavancos.

Na última quinta-feira, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, declarou que a discussão sobre perdoar os crimes de golpistas ou da dosimetria das penas “é defensável do ponto de vista de alguns parlamentares” e que esse debate precisa ser feito “no Congresso”, mas ponderou que a anistia não deveria contemplar os líderes da trama golpista – em um recado direto a Jair Bolsonaro.

A fala de Gleisi, porém, foi mal recebida por ministros do STF, segundo a jornalista Andréia Sadi no G1. À colunista do GLOBO Bela Megale, a ministra recuou e disse que fez uma fala “mal colocada” e frisou que a revisão de penas cabe ao Poder Judiciário, e não ao Legislativo.

Conforme publicamos no blog na última quinta-feira (10), Hugo Motta tenta costurar uma solução para o abacaxi da anistia que não passe pelo Congresso. Após ser atacado no ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo, o presidente da Câmara subiu o tom e declarou que não pautaria o projeto porque ele “aumentaria a crise institucional” que o Brasil, na sua visão, “já vive”.

Nos bastidores, Motta apresentou a Lula a proposta de um indulto presidencial aos presos do 8 de Janeiro que não se envolveram diretamente em crimes graves durante a invasão e a depredação da sede dos Três Poderes, em Brasília. A sugestão, porém, não foi bem recebida pelo presidente da República. O chefe da Câmara vem tentando outras alternativas, mas por enquanto nenhuma delas o ajudou a sair do corner.

Toritama - Prefeitura que faz

Da CNN Brasil

O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), réu por ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, deixa a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), na tarde deste sábado (12), para ficar em prisão domiciliar.

Segundo apurou a CNN, o parlamentar irá em um voo comercial da capital sul-mato-grossense para o Rio de Janeiro (RJ) acompanhado de agentes federais, após colocação de tornozeleira eletrônica.

O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu prisão domiciliar a Brazão na última sexta-feira (11), devido às condições de saúde do parlamentar.

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen) recebeu a notificação do alvará de soltura no início da tarde deste sábado.

Chiquinho Brazão irá usar uma tornozeleira eletrônica de MS e quando chegar na prisão domiciliar, uma nova ordem deve trocar o equipamento por uma das equipes locais do Rio de Janeiro.

Prisão domiciliar

Na decisão de ontem, o ministro Moraes levou em consideração o deputado ser “portador de doença arterial coronariana crônica, com obstrução de duas artérias e implante de stents”, inclusive com um colocado recentemente, em janeiro.

Além disso, Chiquinho tem diabetes e hipertensão. Para o relator, se trata de uma situação “excepcional” para a “prisão domiciliar humanitária”.

Moraes, dessa forma, revogou a prisão preventiva e a substituiu pela detenção domiciliar. Para isso, Brazão tem que seguir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e não utilizar redes sociais, inclusive de terceiros.

Além disso, o deputado está proibido de ter contato com demais envolvidos em seu caso e de conceder entrevistas. Ele também não poderá receber visitas, com exceção de advogados e dos irmãos, filhos e netos.

Moraes é relator da ação em que o deputado é réu, acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018 ao lado do motorista Anderson Gomes.

O processo contra os acusados está em fase final de tramitação no STF e deverá ser pautado no segundo semestre deste ano.

Além de Chiquinho, são réus pelo caso o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, o major Ronald Paulo Pereira, e o policial militar Robson Calixto Fonseca.

Já na Câmara dos Deputados, o processo de cassação do mandato de Chiquinho está há um ano em tramitação na Câmara. Preso desde março de 2024, o congressista segue recebendo salário mesmo afastado das atividades parlamentares.

Palmares - Pavimentação Zona Rural

O ex-prefeito Romero Leal tem se destacado como um nome cada vez mais forte nos bastidores da política pernambucana, sendo cogitado como um possível candidato a deputado estadual. Com uma trajetória consolidada no PSDB, Romero foi prefeito de Vertentes por quatro mandatos consecutivos, destacando-se pela habilidade em eleger seus sucessores em duas eleições seguidas, o que reflete seu peso político na região.

Sua influência, no entanto, não se limita apenas aos limites de Vertentes. Em Toritama, cidade vizinha, seu filho exerceu dois mandatos como vice-prefeito, enquanto sua nora ocupa atualmente o cargo de vereadora mais votada do município. Além da carreira política, Romero tem experiência na segurança pública, tendo atuado como delegado da Polícia Civil, o que amplia ainda mais sua relevância nos cenários político e social da região.

Reconhecido por sua habilidade de articulação e capacidade de diálogo, Romero é uma liderança respeitada dentro de diversas correntes partidárias. Seu nome tem sido constantemente mencionado com entusiasmo tanto por eleitores quanto por líderes do Agreste, onde mantém uma forte presença e goza de simpatia popular, reforçando seu papel de liderança regional.

Com um legado robusto na área de infraestrutura, onde foi considerado o prefeito que mais investiu e trabalhou para o desenvolvimento da região, Romero se apresenta como um dos nomes mais fortes na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Seu histórico e capital político lhe conferem grandes chances de vitória.

Tão logo acabou meu podcast Direto de Brasília, quarta-feira passada, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), começamos a conversar amenidades depois dele perguntar a minha idade.

Aproveitei e quis saber dele se não tinha tido mais problemas intestinais em consequência da facada, algo muito comum quando estava no poder, provocando várias internações em caráter emergencial.

Ele me respondeu que estava muito bem e que nunca mais havia sido acometido de crises de qualquer natureza em consequência das sequelas da facada.

Nos despedimos, depois de informá-lo que meu segredo da saúde em dia seria os meus 8 km que corro diariamente.

Ontem, quando estava a caminho de Arcoverde, meu refúgio ao lado da minha Nayla, chega a informação de que Bolsonaro teria passado mal e estava internado.

A vida nos surpreende, as pessoas também. Assim, vamos vivendo, para que nossa falta não seja somente percebida, mas sim sentida, não por um momento, mas por toda vida. Quando menos esperar, tudo pode mudar, um gesto, uma palavra, uma situação.

Após incêndio registrado na madrugada, o Mercado da Madalena foi vistoriado na manhã deste sábado (12). De acordo com nota emitida pela Prefeitura do Recife, o fogo comprometeu duas operações comerciais dentro do centro de compras. A ocorrência mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e, logo após o controle das chamas, o local foi vistoriado pela Secretaria Executiva de Defesa Civil.

O prefeito em exercício do Recife, Victor Marques, esteve no mercado nas primeiras horas da manhã para acompanhar de perto os desdobramentos da situação. As causas do incêndio ainda serão investigadas.

Como medida preventiva, as atividades da área interna do mercado foram suspensas temporariamente para limpeza e avaliação da rede elétrica. A expectativa é que, em até 72 horas, as operações que não foram afetadas pelo fogo possam retomar o funcionamento. Já os restaurantes localizados na área externa do mercado voltaram a funcionar ainda neste sábado, no início da tarde.

Segundo a Prefeitura, o Mercado da Madalena passou por intervenções recentes. Em 2022, o equipamento teve a cobertura recuperada e a rede elétrica requalificada, com a fiação sendo embutida para aumentar a segurança. A gestão municipal afirmou que está à disposição dos permissionários para prestar apoio e discutir alternativas para a retomada plena das atividades.