Ministros do Supremo Tribunal Federal, ouvidos pelo blog da Andréia Sadi, veem um movimento de fuga da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Na explicação de um integrante da corte, a deputada evadiu do país para evitar a aplicação da lei penal.
Sem respaldo político, Zambelli seguiu o exemplo de Eduardo Bolsonaro e deixou o Brasil, hoje, em busca de apoio internacional. A viagem acontece 20 dias depois de a parlamentar ser condenada, pelo STF, a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Leia maisA movimentação é vista por ministros que acompanham o caso de perto como uma tentativa individual de evitar consequências legais no país, onde ela já enfrenta condenações e é alvo de investigações da Polícia Federal.
Eles avaliam que Zambelli pode ser considerada foragida, caso fique comprovado que sua saída teve como objetivo escapar da aplicação da lei penal. Nesse cenário, ela pode ter a prisão preventiva decretada e ser incluída na lista de procurados da Interpol.
A expectativa agora gira em torno da reação do STF, da Polícia Federal e da Câmara dos Deputados, diante do avanço das investigações e da ausência da parlamentar do território nacional.
A deputada teve o passaporte devolvido e não pode ser considerada foragida, mas a sua saída do Brasil, revelada pelo blog e pelo colunista do g1 Octavio Guedes, levanta suspeitas sobre uma possível tentativa de driblar as apurações. Até agora, não há informações oficiais sobre seu destino nem previsão de retorno. Ela disse apenas que se baseará na Europa.
Conhecida por sua atuação radical no bolsonarismo, a deputada está politicamente isolada e sem apoio do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele atribui a Zambelli parte da responsabilidade por sua derrota em 2022, devido ao episódio em que ela perseguiu um homem armada nas ruas de São Paulo às vésperas do segundo turno.
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