Ministro nega pedido para excluir vídeo em que Lula chama Bolsonaro de covarde e mentiroso

O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou um pedido do PL para que sejam excluídos de redes sociais vídeos em que o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, chama o presidente Jair Bolsonaro de mentiroso e covarde.

O ministro entendeu que, apesar de ser uma crítica ácida e possuir tom hostil, não ficou caracterizado discurso de ódio. Araújo afirmou que o TSE tem entendimentos de que não é qualquer crítica contundente ou ofensa à honra que caracteriza propaganda eleitoral negativa contra adversário.

“O direito fundamental à liberdade de expressão não se direciona somente a proteger as opiniões supostamente verdadeiras, admiráveis ou convencionais, mas também aquelas que são duvidosas, exageradas, condenáveis, satíricas, humorísticas, bem como as não compartilhadas pelas maiorias”, escreveu o ministro.

Araújo é o mesmo ministro que, nesta semana, determinou a remoção, das redes sociais, de um vídeo em que Lula chama Bolsonaro de genocida. Segundo Araújo, “ressalta-se que, mesmo as declarações errôneas, estão sob a guarda dessa garantia constitucional”.

O PL questionou trechos do discurso de Lula em evento em Fortaleza, no dia 30 de julho. Ao TSE, o partido de Bolsonaro afirmou que Lula fez propaganda antecipada positiva em seu favor e propaganda antecipada negativa em detrimento de Bolsonaro, com adoção de discurso de ódio e ofensas à honra e à imagem.

O ministro do TSE entendeu que o discurso do petista “não contém pedido explícito de voto, consubstancia-se na exaltação de suas qualidades pessoais, revela opiniões críticas aos seus adversários, bem como exterioriza pensamento pessoal sobre questões de natureza política”.

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Lula foge das ruas no 1º de Maio

Pela primeira vez, o presidente Lula (PT) não compareceu às manifestações dos trabalhadores pelo 1º de Maio. Na véspera, preferiu um discurso na TV em aceno aos trabalhadores. Disse que vai discutir o fim da chamada jornada 6 por 1, em que a pessoa descansa um dia por semana e trabalha seis.

O presidente não foi temendo o esvaziamento do ato, como no ano passado, que contou com apenas 1,6 mil pessoas, e também porque sabia que iria ser cobrado pela demissão do ministro da Previdência, Carlos Lupi, que foi alertado sobre a garfada de R$ 6,3 bilhões do dinheiro dos aposentados e pensionistas por uma quadrilha, sem tomar nenhuma medida.

Na sua fala na TV, prometeu aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho vigente no país, na qual o trabalhador cumpre seis dias no serviço com apenas um dia de descanso. A chamada jornada 6 por 1. “Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou.

Ainda em seu pronunciamento, o presidente mencionou a investigação da Polícia Federal que descobriu fraude no INSS. Um esquema em que associações de convênios tiravam irregularmente dinheiro de pensionistas. Afirmou que vai determinar o ressarcimento pelas associações à população afetada.

Este é o segundo pronunciamento de Lula em alusão ao Dia do Trabalhador desde a posse, em 2023. No ano passado, uma fala semelhante foi feita pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT).

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi questionada sobre a ausência do presidente nas festividades neste ano. Ela negou que a motivação seja a falta de articulação para levar um público considerável ao ato.

ACENO AOS TRABALHADORES – Nos últimos meses, o governo tem apostado em medidas para tentar se reaproximar da classe trabalhadora, que foram mencionadas na fala de Lula em rede nacional. Entre as apostas estão o projeto para isentar do imposto de renda trabalhadores que recebem até R$ 5 mil, o uso da plataforma e-Social para facilitar a concessão de empréstimos consignados a trabalhadores do setor privado e a regulamentação do trabalho de motoristas e entregadores por aplicativos.

União Progressista dá start de filiações – Dois dias após a formalização da União Progressista, federação partidária resultado do ajuntamento entre PP e União Brasil, o presidente da federação em Pernambuco, Eduardo da Fonte, assinou, ontem, a primeira filiação de um prefeito, Miruca, de Água Preta, na Zona da Mata. “Miruca chega para somar e já conta com todo o apoio da Federação. Esse é o início de um movimento de fortalecimento e crescimento que, com certeza, fará história em Pernambuco e no Brasil”, afirmou Eduardo.

Mais presídios – O Governo do Estado publicou, ontem, licitação para a execução das obras remanescentes em três unidades prisionais masculinas do Centro Integrado de Ressocialização (CIR) em Itaquitinga, na Zona da Mata. A previsão é que as três unidades sejam concluídas em 2026, com 3.024 novas vagas no regime fechado, sendo 1.008 em cada uma. Essas ocupações se somam às 2.754 vagas do presídio de Araçoiaba, com obras em andamento e início de entrega ainda para este ano. As vagas também se juntam às 155 previstas para a penitenciária de Caruaru e às 1.854 já entregues desde 2023, totalizando 7.787 vagas prisionais.

Zema quer demissão de Lupi – O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou, ontem, em ato no Dia do Trabalho em Belo Horizonte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por não demitir o ministro Carlos Lupi (Previdência) depois que a Polícia Federal revelou um esquema criminoso de cobranças indevidas contra aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Lupi foi o responsável por indiciar o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto. Segundo as investigações, foram desviados R$ 6,5 bilhões de aposentadorias.

Prefeito reclama da governadora – O prefeito de São Caetano, Josafá Almeida (UB), lamentou, ontem, que a governadora Raquel Lyra (PSD) continue discriminando o município, sem apoiar eventos nem ajudar na consolidação do polo de confecções. “Não recebemos um tostão para a 10ª edição do Festival da Carroça de Burro”, disse, adiantando que até hoje aguarda a liberação de R$ 2 milhões para o acesso ao Polo de Confecção de Moda Infantil, projeto orçado em R$ 20 milhões via emendas federais. “Sou um prefeito independente e talvez isso não agrade ao Governo, mas a governadora não pode gerir o Estado com viés discriminatório”, afirmou.

CURTAS

UMA MERRECA – Já para o Festival de Jericos, em Panelas, que começou na quarta-feira passada e se estende até domingo, uma festa orçada em R$ 2 milhões, a governadora só liberou R$ 200 mil. Mesmo assim, o prefeito Ruben Lima, o Rubinho (PSB), agradeceu. “É pouco, mas foi um gesto e estamos agradecidos”, afirmou.

PORTAS FECHADAS – Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o prefeito de São Caetano, Josafá Almeida (UB), disse que espera há dois anos uma audiência com a governadora para tratar do maior projeto econômico do município, o polo de confecção de moda infantil. “Só fui recebido até hoje pelo secretário da Casa Civil”, relatou.

ÍNDIOS SEM VOZ – Já o prefeito de Petrolândia, Fabiano Marques (Republicanos), ficou estarrecido com a decisão do cerimonial da governadora, de não permitir que os representantes da comunidade Pankaru, em Jatobá, no Sertão, tenham tido o direito de falar na inauguração da Cozinha Comunitária Raízes Indígenas, naquele município. “Os índios foram desrespeitados dentro do território deles”, disse Marques.  

Perguntar não ofende: Quem é o “sábio” que está organizando os eventos do Governo no Interior e dando as coordenadas políticas à governadora?

Dulino Sistema de ensino

O ministro de Portos e Aeroportos e presidente do Republicanos Pernambuco, Silvio Costa Filho, filiou aos quadros do partido o vice-prefeito de Petrolândia, Rogério Novaes. O ato, realizado na sede da legenda, contou com as presenças do prefeito Fabiano Marques, do médico Bruno Marques, do economista e advogado Carlos Costa e do primeiro-secretário da sigla, Samuel Andrade.

“Dia muito importante para os Republicanos em Pernambuco. Filiamos Rogério, uma das grandes lideranças de Petrolândia, ao time do ‘10’; comandando na cidade por esse grande prefeito que é Fabiano Marques, tendo Bruno ao seu lado nos nossos quadros. Vamos, junto ao presidente Lula, ao prefeito Fabiano e a todo partido seguir trabalhando muito para assegurar recursos que se transformem em programas e ações, melhorando, assim, a vida do povo”, pontuou Silvio Costa Filho.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

Do jornal O Globo

Morreu hoje, aos 84 anos, a cantora Nana Caymmi, uma das vozes mais emblemáticas da música brasileira. A informação foi confirmada por uma fonte próxima.

Nana havia passado seu aniversário de 84 anos, na última terça-feira (29), em estado delicado de saúde. A cantora, que está internada há nove meses, sofreu uma “overdose de opioides”, conforme informou ao GLOBO seu irmão, o músico Danilo Caymmi. A causa da morte ainda não foi informada.

Nana deu entrada na Clínica São José, em Botafogo, Zona Sul do Rio, em agosto do ano passado, diante de um quadro de arritmia cardíaca. Ela passou por cateterismo e traqueostomia. Na última terça, Nana passou por reposição de glicose e teve medicação ajustada pelos médicos.

Em 1973, aos 32, em entrevista ao GLOBO, ela já se definia com uma franqueza que seria mantida por toda a sua carreira:

“Nana Caymmi é uma senhora neurótica. Venho de uma família de dois compositores e dois intérpretes que muito me orgulham, onde a música é mais nossa vida que nosso ganha-pão”

Nascida Dinahir Tostes Caymmi, em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro, Nana foi a primogênita do casal formado pelo cantor e compositor baiano Dorival Caymmi e pela cantora Stella Maris. Quando ela nasceu, o pai já era conhecido no rádio, por gravações como a que Carmen Miranda fizera de “O que é que a baiana tem?”. Na escadinha, foi seguida por Dori em 1943 e Danilo em 1948 — todos os irmãos acabariam virando músicos também.

Estreia em disco

Em 1960, ainda na adolescência, Nana Caymmi gravou pela primeira vez como cantora, em disco do pai, na faixa “Acalanto”, que ele compôs em sua homenagem, quando ela ainda era criança. Os versos se tornaram conhecidos por quase todas as crianças do Brasil: “Boi, boi, boi / boi da cara preta / pega essa menina que tem medo de careta”.

— Meu pai estava em São Paulo para gravar um LP e minha mãe ia gravar “Acalanto”, mas na hora ela tremeu, ficou com medo — contou Nana, na entrevista de 1973.

“Aí meu pai me pegou pelo braço e me levou ao estúdio. A confiança que ele teve em mim nesse dia foi fundamental para a minha carreira, eu nunca havia pensado em ser cantora profissional. Mas tudo correu bem.”

Ainda em 1960, Nana lançou seu primeiro compacto solo, um 78 rpm, contendo as músicas “Adeus” (Dorival Caymmi) e “Nossos beijos” (Hianto de Almeida e Macedo Norte). No dia 26 de abril, assinou contrato com a TV Tupi, apresentando-se no programa “Sucessos Musicais”. Em seguida, passou a apresentar, acompanhada por Dori, o programa “A Canção de Nana”, produzido por Eduardo Sidney.

Casamento e vida na Venezuela

Em 1961, surpreendentemente, Nana largou tudo para se casar com o médico Gilberto José Aponte Paoli e mudou-se para a Venezuela. Lá, nasceram suas filhas: Stella Teresa (em 1962) e Denise Maria (em 1963).

Mas a música seguiu em sua vida. Três anos depois, participou do disco “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, ao lado do pai e dos irmãos. No ano seguinte, gravou pelo selo Elenco seu primeiro LP, “Nana” e, em dezembro, separou-se do marido e voltou para o Brasil grávida (do filho João Gilberto), com as filhas.

— A gravação desse LP praticamente decidiu o fim do meu casamento. Fiquei muito emocionada, senti que não podia viver longe da música e das pessoas com quem eu me identificava musicalmente — contou ela ao GLOBO, em 1973.

“Fugi, praticamente, da Venezuela para atender a um apelo maior. Para dar uma resposta a mim mesma. Para fazer o que seu sentia necessidade de fazer: música.”

Segundo casamento, com Gilberto Gil

Em 1966, Nana venceu o I Festival Internacional da Canção da TV Globo, interpretando a canção “Saveiros”, do irmão Dori com Nelson Motta.

No ano seguinte, veio o segundo casamento, com Gilberto Gil. Com ele, compôs “Bom dia”, canção apresentada no III Festival de Música Brasileira (TV Record), em 1967. No ano seguinte, Nana e Gil estariam separados, mas não antes dela gravar compacto duplo, em que foi acompanhada pelos Mutantes de Rita Lee, cantando “Bom dia”, “Alegria, alegria” (Caetano Veloso), “O cantador” e “O penúltimo cordão” (do irmão Danilo com Caetano e Sergio Fayne).

— Os Mutantes eram jovens, ingênuos e faziam vocais ótimos. Eu vivi a Tropicália de todas as formas, só não a entendia! Ah, e outra coisa que não entendi foi a passeata contra as guitarras elétricas — disse Nana ao GLOBO, em 2012, referindo-se à manifestação organizada em São Paulo pelos representantes da MPB contra a jovem guarda, da qual, inclusive, um Gil pré-tropicalista participou. — Ah, mas o Gil foi na conversa da maluca da Elis (Regina). Eu devo ter aproveitado a passeata para vir ao Rio, ir à praia.

Nana Caymmi adentrou os anos 1970 cantando com talentos emergentes da MPB, como Marcos Valle, e fazendo shows pelo Brasil, Uruguai e Argentina. Em 1973, gravou pelo selo argentino Trova, o seu segundo LP, “Nana Caymmi”, com várias composições do pai, “O amor é chama” (dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle), “Atrás da porta” (Chico Buarque e Francis Hime), “Pra você” (Silvio César) e “Ahié” (Paulo César Pinheiro, João Donato e Flora Purim).

O álbum definitivo

Em 1975, a filha de Dorival Caymmi lançou o LP que a projetaria de fato no cenário da MPB: “Nana Caymmi”, no qual mergulhou de cabeça no repertório do Clube da Esquina, com “Ponta de areia” (de Milton Nascimento e Fernando Brant, com participações do próprio Milton e de Tom Jobim) e “Beijo partido” (do guitarrista Toninho Horta, que também tocou na faixa, incluída na trilha da novela “Pecado capital”), além de recriar de forma definitiva uma das canções do pai: “Só louco”.

Nos anos 1970, Nana cantou, com sucesso, o fino da MPB — Milton, Toninho, João Donato, Ivan Lins, Sueli Costa, João Bosco, Gonzaguinha e Claudio Nucci (do grupo Boca Livre, com quem foi casada entre 1979 e 1984). E manteve importantes parcerias com pianistas: caso de Donato (com quem viveu um romance), de Cesar Camargo Mariano (ex-marido e maestro de Elis Regina, com quem ela gravou aquele que dizia ser o disco de sua vida, “Voz e suor”, de 1983), Wagner Tiso (do álbum “Só louco”, de 1989) e Cristovão Bastos (que também lhe deu um de seus maiores sucessos, “Resposta ao tempo”, parceria com Aldir Blanc, abertura da minissérie “Hilda Furacão”, em 1998).

Boleros nos anos 1990

Em 1991, depois de meses cuidando do filho, que sofrera um grave acidente de moto, Nana Caymmi voltou ao cenário, participando, ao lado do irmão Danilo, de espetáculo realizado no Rio Show Festival (RJ), que reuniu o pai Dorival e Tom Jobim. Ela ainda cantou, com Dorival e Danilo, no Festival Internacional de Jazz de Montreux. O show foi gravado ao vivo e gerou o disco “Família Caymmi em Montreux”.

Nos anos 1990, Nana Caymmi lançou um CD só de boleros, “Bolero” (de 1993, que ela gravou “morrendo de vergonha”, na onde de cantores jovens, como Luis Miguel, e que foi um inesperado sucesso de vendas, com quase 100 mil cópias) e “A noite do meu bem – as canções de Dolores Duran”(1994). Em 1999, Nana foi contemplada com o primeiro disco de ouro de sua carreira, pelas 100 mil cópias vendidas do CD “Resposta ao tempo”.

— No dia em que eu, carioca do Grajaú, vender um milhão de discos, vão vender mais Drummond e Vinicius. Vai ter tumulto em livraria! — ameaçava ela, em 1998, em entrevista ao “Jornal do Brasil”.

Morte dos pais

Em agosto de 2008, com o falecimento dos pais, Dorival e Stella Maria, num curto intervalo de tempo, Nana chegou a cogitar a possibilidade de deixar a carreira artística, mas no ano seguinte voltou a ser falada por causa do dueto com Erasmo Carlos em “Não se esqueça de mim”, executado com sucesso na novela “Caminho da Índias”. Em 2010, o diretor franco-suíço Georges Gachot lançou um documentário sobre a cantora, “Rio Sonata”.

Distante dos palcos desde 2016, depois de passar por uma cirurgia de remoção de um tumor cancerígeno na parte externa do estômago, a cantora, contudo, não deixou de gravar discos, como “Nana Caymmi canta Tito Madi” (que em 2019 foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira) e “Nana, Tom, Vinícius” (indicado em 2021 ao Grammy Latino de Álbum do Ano).

— Não pisei na bola no meu repertório, não gravei o que não queria ter gravado, teria feito tudo igual — gabava-se Nana em 2021, ao GLOBO, dizendo no entanto, acreditar que “o povo cancelou o tipo de música” que ela fazia.

“Estou defasada, o canto não é mais uma coisa que se queira ouvir, os meus fãs estão velhos. Com o fracasso do disco, com a queda das gravadoras, com essa música que está sendo tocada no Brasil… Isso não é para mim! Não é que eu tenha me aposentado, me aposentaram.”

Na mesma entrevista, Nana reclamava ter sido “mal interpretada e jogada às trevas” em 2019 por declarações simpáticas a um Jair Bolsonaro ainda em início de governo. Nas redes sociais, alguns se questionavam: era possível cancelar Nana Caymmi e deixar de ouvir os seus discos?

— Se quiser me cancelar, cancela. Não deixei de comer por causa disso. Achei até engraçado, uns iam jogar meus discos fora, outros me quiseram morta — gracejou Nana. — No Brasil, você não pode ter opinião, você é malhado feito Judas. Infelizmente, aqui é gado, tem que ir um cheirando o rabo do outro. A internet deu vazão à frustração, a pessoas sem o menor gabarito que condenam outras à morte.

Ipojuca - IPTU 2025 - Vencimento 30 Abril

Do g1

A jornalista e escritora Míriam Leitão foi eleita ontem para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Comentarista política da Globo, a mais nova “imortal” vai ocupar a cadeira número 7, cujo patrono é Castro Alves, e que estava ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro.

Míriam é a 12ª mulher eleita para a ABL na história e a segunda na cadeira 7 – Dinah Silveira de Queiroz foi a primeira. “É a realização máxima, é o máximo, é um sonho. Meu sonho não era chegar aqui, era viver e escrever livros, e os livros me levaram até aqui, a Academia Brasileira de Letras. Eu tenho um sentimento de humildade, de responsabilidade e de muito orgulho do que está acontecendo neste momento”, disse a jornalista.

Na votação, feita com urna eletrônica, a jornalista teve 20 votos contra 14 do segundo colocado, o economista e ex-ministro da Educação do Brasil Cristovam Buarque.

“A Míriam é uma grande jornalista, grande escritora e ela tem um espectro de interesse muito amplo, que coincide com os interesses da Academia Brasileira de Letras. Ela tem preocupações com o Meio Ambiente, tem preocupação com a democracia, com os negros, com a política oficial do governo sobre as minorias”, disse o presidente da ABL, Merval Pereira.

Perfil

Míriam Azevedo de Almeida Leitão nasceu em Caratinga (MG) em 7 de abril de 1953. É a sexta filha de um total de 12 do casal Uriel e Mariana, ambos educadores, sendo ele também pastor presbiteriano.

Iniciou sua carreira profissional no Espírito Santo, passando por Brasília e São Paulo, até se estabelecer definitivamente no Rio de Janeiro. em 1986.

Como escritora, Míriam publicou 16 livros (veja a lista abaixo) em diversos gêneros literários, incluindo não ficção, crônicas, romances e literatura infantil.

Como jornalista, atuou em jornal impresso, rádio, TV e mídia digital. Ao longo de seus 53 anos de carreira, trabalhou em vários veículos de comunicação, como Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil.

Desde 1991, Míriam faz parte do grupo Globo, onde é colunista do jornal O Globo, comentarista no Bom Dia Brasil, na Globonews e na CBN, além de apresentar o programa de entrevistas Miriam Leitão na GloboNews.

Em dezembro de 1972, aos 19 anos e grávida, Míriam foi presa e processada pela Lei de Segurança Nacional devido à sua oposição à ditadura militar.

Obras

Livros:

  • Convém sonhar, coletânea de crônicas e colunas, (Record), 2011
  • Saga brasileira, a longa luta de um povo por sua moeda, 2012 — Prêmio Jabuti de livro reportagem, e Jabuti de livro do ano de não ficção. (Record), 2012
  • Tempos extremos, romance— finalista do Prêmio São Paulo (Intrínseca), 2014
  • História do futuro — O horizonte do Brasil no século XXI, livro-reportagem (Intrínseca), 2015
  • A verdade é teimosa — coletânea de colunas, (Intrínseca), 2017
  • Refúgio no sábado — crônicas, finalista do Prêmio Jabuti (Intrínseca), 2018
  • Democracia na armadilha — Crônicas do desgoverno, (Intrínseca), 2022
  • Amazônia na encruzilhada, 2024 — livro-reportagem — (Intrínseca) Prêmio Juca Pato, 2024

Infantis:

  • A perigosa vida dos passarinhos pequenos — Prêmio FNLIJ. Selo de Altamente Recomendável da FNLIJ; semi-finalista do Prêmio Jabuti, 2013, (Rocco)
  • A menina do nome enfeitado, 2014, (Rocco)
  • Flávia e o bolo de chocolate, 2015 (Rocco)
  • O estranho caso do sono perdido — Selo de Altamente Recomendável da FNLIJ, 2016 (Rocco)
  • O mistério do pau oco, 2018, (Rocco)
  • As Aventuras do tempo, 2019, (Rocco)
  • O menino que conhecia o fim da noite, 2022, (Rocco)
  • Lulli, a gata aventureira, 2025, (Rocco)

Prêmios recebidos na atividade jornalística:

  • Prêmio Jornalismo para a Tolerância, da Federação Internacional de Jornalistas pelo caderno “A Cor do Brasil”, 2004
  • Prêmio Maria Moors Cabot, da Universidade de Columbia, 2005
  • Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos, pelo documentário “História inacabada”, sobre o desaparecimento de Rubens Paiva, 2012
  • Prêmio Esso pela reportagem feita com Sebastião Salgado “Paraíso Sitiado” sobre o povo indígena Awá Guajá – 2013
  • Prêmio Liberdade de Imprensa — ANJ — Associação Nacional dos Jornais, 2017
  • Prêmio Contribuição ao Jornalismo — ABRAJI — Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, 2019
Caruaru - São João na Roça

Com uma abordagem investigativa e fundamentada, o jornalista Chico Araújo lança “Sombras do Poder”, livro que mergulha nos bastidores da corrupção política a partir da Operação Ptolomeu, no Acre. A obra vai além da exposição de escândalos: propõe uma reflexão sobre como esses episódios moldam a percepção pública e impactam diretamente a governança no Brasil.

Araújo reconstrói a linha do tempo dos eventos com documentos, depoimentos e análises jurídicas, revelando as conexões entre interesses políticos e econômicos que alimentam estruturas ilícitas. Ao destacar também os obstáculos enfrentados por órgãos fiscalizadores e pela imprensa, o autor denuncia a pressão política que frequentemente silencia investigações e reforça a importância da transparência e do engajamento da sociedade.

Sombras do Poder se estabelece como um registro histórico e uma ferramenta de conscientização, essencial para quem busca compreender os mecanismos que sustentam a corrupção. A obra pode ser adquirida diretamente com o autor, por R$ 99,99 (autografada, via WhatsApp 61 98327-7470), ou pela Editora Uiclap no link: https://loja.uiclap.com/titulo/ua93569.

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

Do Poder360

O Brasil criou 71.576 empregos com carteira assinada em março de 2025. O resultado representa uma queda de 70,83% na comparação com o mesmo mês de 2024, quando o saldo foi de 245.395 postos.

A quantidade de novos empregos com carteira assinada está bem abaixo das projeções dos agentes financeiros, que estimavam a criação de aproximadamente 210 mil postos de trabalho. Trata-se do pior resultado para o mês desde março de 2020 – início da pandemia de covid –, quando houve o fechamento de 294.985 vagas.

Este é o terceiro mês seguido em que há saldo positivo, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados foram divulgados na última quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Eis a íntegra.

Em março, houve 2,23 milhões admissões e 2,16 milhões de desligamentos. O Brasil agora tem pouco mais de 47,5 milhões de pessoas trabalhando formalmente nos setores público e privado.

De janeiro a março de 2025, foram abertos 654.503 postos de trabalho. O saldo acumulado é 9,84% menor do que o mesmo período em 2024, quando houve a criação de 725.973 postos.

“Então, de repente, isso deixa o povo do Banco Central feliz. Quem sabe eles possam, com isso, tirar o pé do freio da contenção e liberar a economia para funcionar melhor. Está na hora de falar de parar de aumentar a taxa Selic, e a hora de começar a falar de reduzir a taxa Selic. Essa é a mensagem aqui do mercado de trabalho”, declarou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

Hoje, a taxa básica de juros está em 14,25% ao ano. O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciará o novo patamar da Selic na próxima quarta-feira (7). A expectativa é de nova alta no juro-base.

Em fevereiro de 2025, foram criados 437.111 postos. Marinho disse que esse saldo registrado foi “excepcionalmente bom” e que o “mercado não gostou muito”. O ministro afirmou que sinalizou em fevereiro uma “antecipação” do que viria a acontecer em março e citou o Carnaval. “Em fevereiro, eu preparei o espírito de vocês”, declarou em entrevista a jornalistas.

Salário médio

O salário médio de admissão foi de R$ 2.225,17 em março. O resultado representou um aumento de R$ 4,06 (ou de 0,18%) em relação a fevereiro, considerando o valor corrigido pela inflação (R$ 2.221,11).

Em relação a março de 2024, houve um acréscimo real de R$ 29,25 (ou alta real de 1,33%).

Setores

De acordo com o Caged, três dos cinco grupos de atividades econômicas tiveram saldo positivo em março.

Eis os resultados setoriais:

• serviços – 52.459 postos;

• construção ­– 21.946 postos;

• indústria – 13.131 postos;

• agropecuária ­– menos 5.644 postos;

• comércio – menos 10.310 postos

No acumulado do ano, quatro grupos tiveram saldo positivo. Eis os resultados setoriais de janeiro a março de 2025:

• serviços ­– 362.866 postos;

• indústria – 153.868 postos;

• construção – 100.371 postos;

• agropecuária – 51.064 postos;

• comércio – menos 13.659 postos.

Estados

Segundo o ministério, 19 das 27 unidades federativas registraram saldo positivo na criação de empregos em março. O Estado de São Paulo teve o maior número de postos (34.864, alta de 0,24%), com destaque para serviços (+20.301).

Alagoas foi o Estado com maior queda no saldo: menos 9.492 postos (-1,84%), com impacto da indústria (-6.899), especificamente a fabricação de açúcar em bruto (-6.800).

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

No programa de hoje, analisei o pronunciamento do presidente Lula, exibido em rede nacional de televisão na última quarta-feira (30), véspera do Dia do Trabalhador, no qual ele afirmou que o governo pretende aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho e defendeu também o fim da escala 6×1.

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Toritama - FJT 2025

Da CNN Brasil

O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) protocolou ontem o requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar fraudes estimadas em mais de R$ 6 bilhões em descontos na folha de aposentados.

O pedido foi apresentado com 185 assinaturas. O número mínimo necessário é de 170 apoios – alcançados na terça-feira (29). Deputados de partidos que ocupam vagas na Esplanada registraram 81 apoios ao requerimento, sendo: 25 do União Brasil, 18 do PP, 18 do Republicanos, 11 do MDB e 9 do PSD.

Integrantes do PL são a maioria dos que apoiaram o pedido, com 81 assinaturas. Outras 23 são de deputados do Novo, PRD, Avante, Podemos, Cidadania, PSDB e Solidariedade.

As fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram reveladas por operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) na semana passada.

Autor do pedido, Chrisóstomo tem chamado a iniciativa de “CPI do Roubo dos Aposentados”. Ele também fez um apelo, em entrevista a jornalistas na Câmara, pelo afastamento do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. “Não dá para uma CPI investigar com o ministro dentro do ministério com certeza fazendo seus acordos contra as investigações; minha sugestão é que o ministro Lupi peça para sair”, disse.

Em paralelo, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), também reforçou que a oposição também recolhe assinatura para uma comissão de inquérito mista, formada por deputados e senadores.

O colegiado é uma alternativa, segundo ele, caso a CPI na Câmara não avance. Isso porque a Casa tem, de acordo com Sóstenes, mais de dez pedidos de comissão de inquérito aguardando serem criadas. “Vamos lutar pela CPI aqui na Câmara […] Mas, em caso de algum impedimento regimental ou dificuldade com o presidente Hugo Motta, nós não teremos a vaidade de [não querer] ter que ir para uma CPMI, se for o caso”, disse.

Veja quem assinou o pedido de CPI na Câmara:

Coronel Chrisóstomo – PL/RO
Bibo Nunes – PL/RS
Zé Trovão – PL/SC
Zucco – PL/RS
Delegado Paulo Bilynskyj – PL/SP
Silvia Waiãpi – PL/AP
Messias Donato – REPUBLIC/ES
Mauricio do Vôlei – PL/MG
Mario Frias – PL/SP
Capitão Alberto Neto – PL/AM
Coronel Meira – PL/PE
Pastor Eurico – PL/PE
Carlos Jordy – PL/RJ
Dr. Fernando Máximo – UNIÃO/RO
Coronel Fernanda – PL/MT
Rosana Valle – PL/SP
Jefferson Campos – PL/SP
Sargento Fahur – PSD/PR
Capitão Alden – PL/BA
Pr. Marco Feliciano – PL/SP
Roberta Roma – PL/BA
Delegado Caveira – PL/PA
Luiz Philippe de Orleans e Bragança – PL/SP
Mauricio Marcon – PODE/RS
Sanderson – PL/RS
Marcelo Moraes – PL/RS
Delegado Palumbo – MDB/SP
Coronel Assis – UNIÃO/MT
Osmar Terra – MDB/RS
Sargento Portugal – PODE/RJ
Dr. Luiz Ovando – PP/MS
Lincoln Portela – PL/MG
Cabo Gilberto Silva – PL/PB
Rodrigo Valadares – UNIÃO/SE
Junio Amaral – PL/MG
Helio Lopes – PL/RJ
Rodrigo da Zaeli – PL/MT
Felipe Francischini – UNIÃO/PR
Mendonça Filho – UNIÃO/PE
Wellington Roberto – PL/PB
Rodolfo Nogueira – PL/MS
Delegado Ramagem – PL/RJ
Carlos Sampaio – PSD/SP
Adilson Barroso – PL/SP
Coronel Ulysses – UNIÃO/AC
Gustavo Gayer – PL/GO
Filipe Martins – PL/TO
Joaquim Passarinho – PL/PA
Pezenti – MDB/SC
Reinhold Stephanes – PSD/PR
Sóstenes Cavalcante – PL/RJ
Clarissa Tércio – PP/PE
Ricardo Guidi – PL/SC
General Girão – PL/RN
José Medeiros – PL/MT
Vicentinho Júnior – PP/TO
Paulinho da Força – SOLIDARI/SP
Capitão Augusto – PL/SP
Kim Kataguiri – UNIÃO/SP
Luiz Carlos Hauly – PODE/PR
Zé Silva – SOLIDARI/MG
Silvye Alves – UNIÃO/GO
Altineu Côrtes – PL/RJ
Gisela Simona – UNIÃO/MT
David Soares – UNIÃO/SP
Alberto Fraga – PL/DF
Gilvan da Federal – PL/ES
Diego Garcia – REPUBLIC/PR
Luiz Lima – NOVO/RJ
Luiz Carlos Busato – UNIÃO/RS
Pedro Lupion – PP/PR
Nelson Barbudo – PL/MT
Nicoletti – UNIÃO/RR
Nikolas Ferreira – PL/MG
Any Ortiz – CIDADANIA/RS
Julia Zanatta – PL/SC
Daniela Reinehr – PL/SC
Sargento Gonçalves – PL/RN
Marcel van Hattem – NOVO/RS
Carla Dickson – UNIÃO/RN
Dr. Frederico – PRD/MG
Rosangela Moro – UNIÃO/SP
Luiz Fernando Vampiro – MDB/SC
Evair Vieira de Melo – PP/ES
Fred Linhares – REPUBLIC/DF
Adriana Ventura – NOVO/SP
Missionário José Olimpio – PL/SP
André Fernandes – PL/CE
Carla Zambelli – PL/SP
Dr. Jaziel – PL/CE
Dayany Bittencourt – UNIÃO/CE
Cristiane Lopes – UNIÃO/RO
Rodrigo Estacho – PSD/PR
Amaro Neto – REPUBLIC/ES
Zé Haroldo Cathedral – PSD/RR
Roberto Monteiro Pai – PL/RJ
Alfredo Gaspar – UNIÃO/AL
Fernando Rodolfo – PL/PE
Raimundo Santos – PSD/PA
Giovani Cherini – PL/RS
Eros Biondini – PL/MG
Daniel Agrobom – PL/GO
Franciane Bayer – REPUBLIC/RS
Giacobo – PL/PR
Ossesio Silva – REPUBLIC/PE
Marcio Alvino – PL/SP
Soraya Santos – PL/RJ
Marcelo Álvaro Antônio – PL/MG
Miguel Lombardi – PL/SP
Zé Vitor – PL/MG
Chris Tonietto – PL/RJ
Dr. Zacharias Calil – UNIÃO/GO
Luiz Carlos Motta – PL/SP
Silas Câmara – REPUBLIC/AM
Tião Medeiros – PP/PR
Marcos Pereira – REPUBLIC/SP
Daniel Freitas – PL/SC
Weliton Prado – SOLIDARI/MG
Fausto Santos Jr. – UNIÃO/AM
Pedro Westphalen – PP/RS
Silvia Cristina – PP/RO
Ricardo Salles – NOVO/SP
Thiago Flores – REPUBLIC/RO
Allan Garcês – PP/MA
Magda Mofatto – PRD/GO
Pastor Diniz – UNIÃO/RR
Afonso Hamm – PP/RS
Marcelo Crivella – REPUBLIC/RJ
Domingos Sávio – PL/MG
Alexandre Guimarães – MDB/TO
Bia Kicis – PL/DF
Maurício Carvalho – UNIÃO/RO
Caroline de Toni – PL/SC
General Pazuello – PL/RJ
Gilson Marques – NOVO/SC
Delegado Éder Mauro – PL/PA
Aluisio Mendes – REPUBLIC/MA
Marcos Pollon – PL/MS
Roberto Duarte – REPUBLIC/AC
Saulo Pedroso – PSD/SP
Delegado Matheus Laiola – UNIÃO/PR
Professor Alcides – PL/GO
Matheus Noronha – PL/CE
Daniel Trzeciak – PSDB/RS
Emidinho Madeira – PL/MG
Paulo Freire Costa – PL/SP
Stefano Aguiar – PSD/MG
Thiago de Joaldo – PP/SE
Rosângela Reis – PL/MG
Eli Borges – PL/TO
Mauricio Neves – PP/SP
Delegado Bruno Lima – PP/SP
Lafayette de Andrada – REPUBLIC/MG
Greyce Elias – AVANTE/MG
Coronel Armando – PL/SC
Ronaldo Nogueira – REPUBLIC/RS
Lucas Redecker – PSDB/RS
Fausto Pinato – PP/SP
Paulo Alexandre Barbosa – PSDB/SP
Ana Paula Leão – PP/MG
Simone Marquetto – MDB/SP
Celso Russomanno – REPUBLIC/SP
Filipe Barros – PL/PR
Eduardo Velloso – UNIÃO/AC
Gustinho Ribeiro – REPUBLIC/SE
André Ferreira – PL/PE
Geovania de Sá – PSDB/SC
Delegado Fabio Costa – PP/AL
Icaro de Valmir – PL/SE
Neto Carletto – AVANTE/BA
Vitor Lippi – PSDB/SP
Renilce Nicodemos – MDB/PA
Ismael – PSD/SC
Pauderney Avelino – UNIÃO/AM
Rafael Simoes – UNIÃO/MG
Otoni de Paula – MDB/RJ
Maria Rosas – REPUBLIC/SP
Alex Manente – CIDADANIA/SP
Sergio Souza – MDB/PR
Da Vitoria – PP/ES
Ricardo Maia – MDB/BA
Beto Pereira – PSDB/MS
Alceu Moreira – MDB/RS
Ely Santos – REPUBLIC/SP
Covatti Filho – PP/RS

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Da CNN Brasil

O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), respondeu ontem à solicitação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que prestasse esclarecimentos sobre declarações envolvendo emendas parlamentares.

Sóstenes utilizou o argumento de imunidade parlamentar para justificar que não precisaria dar explicações ao ministro. “Na qualidade de deputado federal e líder do Partido Liberal. amparado no disposto no art. 53 da Constituição Federal, consigno que fico eximido de apresentar quaisquer explicações sobre o conteúdo da referida entrevista, concedida exclusivamente no âmbito do exercício do mandato parlamentar”, afirmou o documento enviado pelo deputado.

A resposta veio após Dino determinar, no domingo (27), que o deputado explicasse as declarações dadas em entrevista ao jornal O Globo. Na ocasião, Sóstenes sugeriu que poderia descumprir um acordo firmado entre líderes partidários e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a divisão das emendas de comissão.

No documento enviado ao STF, Sóstenes reforçou que sua posição está protegida pela Constituição e citou outro trecho do mesmo artigo. “Os deputados e senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações”, complementou.

Na entrevista que originou o pedido de explicações, o líder do PL afirmou que seu partido poderia assumir a gestão integral das emendas das comissões que comanda na Câmara, em vez de seguir o acordo atual, que prevê a divisão de 30% para o partido presidente da comissão e 70% para outras siglas.

Segundo Sóstenes, essa ruptura seria uma forma de pressionar Motta a pautar o projeto de lei que prevê a anistia de condenados pelos atos criminosos do dia 8 de janeiro de 2023.

Diante dessas declarações, o ministro Flávio Dino considerou que poderiam existir indícios de descumprimento da legislação e da Constituição.

“As declarações atribuídas ao líder do PL na Câmara, Deputado Sóstenes Cavalcante, se verdadeiras, poderiam indicar que emendas de comissão estariam novamente em dissonância com a Constituição Federal e com a Lei Complementar nº 210/2024”, afirmou Dino na decisão.

A lei complementar citada por Dino foi aprovada no ano passado, em um acordo entre os Legislativo e Judiciário, para resolver o impasse com o STF sobre o pagamento de emendas parlamentares.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que o governo federal vai devolver os valores debitados indevidamente das contas de aposentados e pensionistas vítimas de um esquema de fraude no INSS, revelado pela Polícia Federal. Sem apresentar um plano definido, Haddad disse que a forma de ressarcimento ainda está sendo estudada, mas garantiu que o Executivo vai “encontrar o caminho” para reparar o prejuízo das pessoas lesadas.

A operação da PF revelou que associações fraudavam autorizações de desconto nos benefícios previdenciários, com uso de assinaturas falsas e sem consentimento dos segurados. O esquema pode ter causado um prejuízo de até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A gravidade do caso levou à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, além do afastamento de servidores e da prisão de seis suspeitos. As informações são do g1.

De acordo com Haddad, a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) estão encarregadas de definir os próximos passos. Já o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o INSS está realizando um pente-fino nos cadastros indevidos e que esses recursos podem ser utilizados no ressarcimento das vítimas, dentro do próprio orçamento do órgão.

No entanto, o governo não descarta a necessidade de suplementação orçamentária caso a revisão interna não seja suficiente para cobrir os valores devidos. “Se isso não for suficiente, pode haver demanda de execução orçamentária, que terá que passar pela Junta Orçamentária”, explicou Ceron, ponderando que a situação, embora grave, pode ser resolvida dentro dos instrumentos já existentes.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou hoje o pedido da defesa do ex-presidente Fernando Collor, 75, e autorizou que ele cumpra sua pena em regime domiciliar.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia se manifestado a favor da concessão de prisão domiciliar a Collor, condenado a oito anos e dez meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As informações são da CNN Brasil.

A idade avançada do ex-presidente e problemas de saúde, como a doença de Parkinson, Apneia do Sono Grave e Transtorno Bipolar, foram argumentos utilizados pela PGR no parecer.

“A manutenção do custodiado em prisão domiciliar é medida excepcional e proporcional à sua faixa etária e ao seu quadro de saúde, cuja gravidade foi devidamente comprovada, que poderá ser vulnerado caso mantido afastado de seu lar e do alcance das medidas obrigacionais e protecionistas que deverão ser efetivadas pelo Estado”, afirmou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, em manifestação ao STF.

Collor chegou ao presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL) na última sexta-feira (25). Na ocasião, foi determinado que ele ficasse em ala especial por ter exercido a Presidência da República.

Ele aguardava a decisão de Moraes em uma cela com ar-condicionado, cama e vista para a horta do presídio.

Em nota, a defesa de Collor diz que recebe com “serenidade e alívio” a decisão de Moraes.

NOTA DA DEFESA DO EX-PRESIDENTE FERNANDO COLLOR DE MELLO

A defesa recebe com serenidade e alívio a justa decisão do Ministro Alexandre de Moraes, amparada por parecer favorável da Procuradoria-Geral da República, que concedeu o pedido de cumprimento da pena em regime domiciliar. De fato, conforme comprovado e reconhecido, a idade avançada e o estado de saúde do ex-presidente, que está em tratamento de comorbidades graves, justificam a medida corretamente adotada.

Marcilio Regio (PP), candidato à prefeitura de Goiana, reafirmou em discurso no Tejucupapo, na noite de ontem, que a construção de um hospital municipal para atender os distritos é prioridade e que, caso eleito, será uma de suas primeiras ações, porque trata-se de uma obra histórica para a saúde do povo goianense.

Marcilio quer descentralizar o atendimento do Hospital Regional, que é do Governo do Estado, para que as pessoas tenham uma assistência mais eficiente, mais rápida e não tenham despesas se deslocando até a cidade. Muitos desses pacientes, de acordo com o candidato, vivem basicamente de auxílio do Governo Federal e não têm sequer condições de pagar o transporte público.

Sobre o apoio do ex-prefeito Eduardo Honório, que deixou a gestão com uma popularidade superior a 80%, Marcilio reafirmou que sabe da responsabilidade de substituir um grande gestor, mas também assegurou que está pronto para transformar Goiana. “Honório fez muito em Tejucupapo. A estrada de Cajueiro, praça, unidade mista, quadra e muito mais. Agora, eu serei o responsável e vou construir uma creche e a principal obra – o Hospital Municipal de Tejucupapo”.

Ainda, Regio também elevou o tom de críticas ao adversário Eduardo Batista (Avante) nesta reta final das eleições suplementares em Goiana: “Não fez nada por Goiana”. Ao discursar para uma multidão em Tejucupapo, o candidato fez uma breve retrospectiva dos desmandos de Batista na vida pública e pessoal, relembrando que o prefeito interino já teve um robusto patrimônio, mas não soube administrar: “Tinha tantas coisas, e perdeu tudo. Como um homem desse tem condição de administrar Goiana?”