Mauro Cid já ofereceu três temas à PF: joias sauditas, cartão de vacina de Bolsonaro e minuta do golpe

Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já ofereceu, segundo apurado pelo blog da Andréia Sadi, três temas aos investigadores da Polícia Federal em sua proposta de delação premiada: joias sauditas, cartão de vacinação e golpe de Estado.

Para os investigadores, que aceitaram os temas oferecidos, está clara a implicação de Jair Bolsonaro em alguns episódios narrados na proposta de delação detalhada por Cid, apesar de Cezar Bittencourt, o advogado que defende o ex-ajudante de ordens, vir a público reiteradas vezes dizer que Cid não “aponta o dedo’’ para ninguém.

Integrantes do Ministério Público Federal (MPF) se manifestaram contra a delação de Cid. A PF, porém, tem autonomia para celebrar acordos, conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2018.

Como lembram fontes estão envolvidas na investigação e que acompanham a delação, ‘’Cid não tinha autonomia para tomar decisões’’, como fez parecer Jair Bolsonaro em declaração do dia 18 de agosto. O envolvimento criminal do pai de Cid, o general Lourena Cid, e da esposa do ex-ajudante de ordens, Gabriela Cid, somado a declaração de Bolsonaro, tirou a família Cid do eixo.

Em entrevista ao Estudio i, Bittencourt chegou a citar Sinhozinho Malta para dizer que Bolsonaro estava implicado diretamente na ordem da venda do relógio Rolex. “Ele disse resolve esse problema [sobre ordem para venda de relógio]. Lembra o Sinhozinho Malta? Diga aí, resolve. Não estou dizendo nada, resolve. Para bom entendedor…”, disse Bittencourt.

Há uma preocupação para que a defesa insista nessa versão pública: o medo do que a família Cid passou a chamar de ‘’conglomerado do outro lado’’, ou seja, do bolsonarismo. O termo já havia sido usado por Bittencourt durante entrevista ao Estudio i, na GloboNews, quando ele disse que temia pela vida de Cid e seus familiares.

O objetivo, agora, é blindar a família de ameaças e intimidações. Cid será chamado para prestar novos depoimentos a partir da semana que vem. A expectativa de sua família é a de que ele seja liberado para cumprir prisão domiciliar—mesmo que com tornozeleira eletrônica— apesar de ele não querer usá-la.

A partir dos depoimentos de Cid, novas diligências serão tomadas, entre elas, prisões e buscas. Isso causa preocupação no entorno bolsonarista, que se diz no ‘’escuro’’ com as informações de delação premiada aceitas pela Polícia Federal.

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Foi inaugurado ontem, em Vertentes, no agreste de Pernambuco, a Unidade de Saúde da Família do bairro Gravatazinho. A ação é a última do prefeito Romero Leal (PSDB), que chega ao final de seu último mandato à frente da gestão municipal. A inauguração da unidade contou com a presença de secretários, vereadores, servidores públicos e lideranças comunitárias, além do prefeito e da primeira dama Dra. Rejane Leal.

A nova USF trabalhará em conjunto com as demais unidades nos bairros e distritos do município visando desafogar os atendimentos no Hospital Municipal Evaristo Ferreira Filho, ofertando serviços voltados aos cuidados e à atenção básica de saúde. O novo empreendimento atenderá aos moradores dos bairros Gravatazinho I, II e III, além de bairros e comunidades ao redor.

Além da distribuição de medicamentos, marcação de consultas, acompanhamento familiar, pré-natal, imunização e uma gama de serviços e exames, a USF do bairro Gravatazinho terá atendimento odontológico três vezes por semana. A unidade, que leva o nome do agente comunitário Cosme Bezerra Serra Seca em forma de homenagem, conta com 327 metros quadrados e demandou recursos da ordem de mais de R$ 500 mil reais.

Em tom de agradecimento, o prefeito Romero Leal disse: “Estamos fazendo a entrega de uma ferramenta muito importante para a comunidade. No fim desse mandato, seguimos fazendo entregas e tornando a população cada vez mais bem atendida”.

Jaboatão dos Guararapes - Natal Solidário 2024

Catulo da Paixão Cearense poetizou e Gonzagão imortalizou: “Não há, ó gente, ó não/Luar como esse do sertão/ Não há, ó gente, ó não/Luar como esse do sertão”.

E ela se abriu radiante, ontem, jogando luz no quintal da minha choupana em Arcoverde, para deleite meu e da minha Nayla.

Conheça Petrolina

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) formou maioria, ontem (13), para cassar o mandato e deixar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) inelegível por divulgar informações falsas sobre as eleições de 2022.

Iniciado por uma ação da também deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), o caso tem quatro votos contra a parlamentar. A corte é composta por sete juízes.

O julgamento foi interrompido por um pedido de vista da juíza Maria Cláudia Bedotti.

Com a decisão, a parlamentar pode ficar inelegível até 2030. Ela ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O julgamento surgiu de publicações feitas nas redes sociais por Zambelli com ataques ao sistema eleitoral e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao votar a favor da condenação, o desembargador Encinas Mafré citou “abuso da liberdade de expressão e ato de evidente má-fé”, e comentou sobre uma publicação que a deputada teria feito em 2022 em que divulgava que urnas eletrônicas na cidade de Itapeva, no interior de São Paulo, teriam sido manipuladas.

Em nota, Zambelli diz que “nada mudou”.

“Por enquanto, a maioria está formada, no sentido da minha cassação. Mas isso ainda pode ser revertido, com o pedido de vista que foi feito”, declarou a deputada.

Da CNN Brasil.

Camaragibe Avança 2024

No próximo dia 21, em João Pessoa, farei uma palestra sobre o resultado das eleições municipais deste ano e seus possíveis impactos no pleito de 2026, no VII Seminário Nordestino de Agentes e Políticos, que acontece entre os dias 20 a 23 no hotel Manaíra.

Muita gente conhecida e influente do Nordeste estará presente. De Pernambuco, também entre os palestrantes a senadora Teresa Leitão (PT). Autoridades e políticos serão homenageados. A promoção é da ONG Aprender e Capacitar.

Na última quinta-feira (12), o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) , Ricardo Paes Barreto, e o reitor da Tribunal de Justiça de Pernambuco (Unicap), padre Pedro Rubens, assinaram um protocolo de intenções que resultará, em 2025, na instalação de uma Câmara Privada de Conciliação vinculada à recém-inaugurada Escola de Consenso da Unicap.

Credenciada pelo tribunal, a câmara promete ser um equipamento diferenciado na área de conciliação, ampliando as opções para a resolução de conflitos de forma ágil e desburocratizada.

O Exército definiu que o general da reserva Walter Braga Netto, preso neste sábado (14), ficará detido no quartel da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro.

A organização militar é subordinada ao Comando Militar do Leste, órgão que foi chefiado pelo próprio Braga Netto de 2016 a 2019. O general ainda acumulou nos últimos dois anos desse período a chefia da intervenção federal no Rio de Janeiro.

A prisão de Braga Netto, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente, pegou o Exército de surpresa. O comando da Força discutiu por cerca de três horas qual seria o melhor local para deixar o general preso.

O Exército não tem informações sobre um general dessa patente ter sido preso antes na história.

O comando da Força, porém, já sabia da possibilidade de generais quatro estrelas da reserva serem presos. O indiciamento de sete oficiais-generais no inquérito sobre a trama golpista indicava o caminho.

A expectativa era de que as prisões fossem realizadas em Brasília. A prisão de Braga Netto no Rio de Janeiro, portanto, envolveu articulações nos bastidores para se definir onde o general ficaria detido.

Em nota, o Exército afirmou que acompanha as diligências realizadas por determinação da Justiça e colabora com as investigações em curso. “A Força não se manifesta sobre processos conduzidos por outros órgãos procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República”, completa a nota.

O Exército também confirma que Braga Netto ficará sob preso no Comando da 1ª Divisão de Exército no Rio.

Dois oficiais-generais ouvidos pela Folha contam que a tradição das detenções em quartéis prevê que o militar preso não seja superior ao chefe da organização militar onde ele está detido.

Essa tradição envolve os conceitos de hierarquia e disciplina, típicos das carreiras militares. Com a prisão de um general quatro estrelas —o topo da carreira—, a situação se inverteu de forma inédita. A 1ª Divisão de Exército é comandada pelo general de divisão Eduardo Tavares Martins, de três estrelas.

Braga Netto foi preso neste sábado por obstrução de Justiça. A suspeita é que o general tenha tentado atrapalhar as investigações ao buscar detalhes sigilosos sobre o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid no âmbito de sua delação premiada.

Principal assessor do general, o coronel da reserva Flávio Peregrino também foi alvo de buscas e apreensões e de uma cautelar diversa da prisão.

A operação foi solicitada pela Polícia Federal e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A PGR (Procuradoria-Geral da República) concordou com o pedido de prisão.

As suspeitas relacionadas à tentativa de Braga Netto e Peregrino de interferir nas investigações vêm sendo acumuladas desde setembro de 2023, quando o tenente-coronel Mauro Cid teve homologado seu acordo de colaboração premiada no STF.

O próprio Cid relatou a Alexandre de Moraes, durante depoimento no Supremo, que Braga Netto usou auxiliares para ter acesso a detalhes de seus depoimentos. A Polícia Federal apreendeu na sede do PL no início do ano, em mesa usada pelo coronel Peregrino, um documento redigido à mão com pontos que teriam sido abordados pelo tenente-coronel na delação premiada.

A PF afirma que são cumpridos ainda “dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal”.

As medidas judiciais teriam como objetivo, segundo a PF, “evitar a reiteração das ações ilícitas”.

Da Folha de São Paulo.

João Pessoa homenageou, na última quinta-feira (12), o empresário Antônio Ferreira de Souza com o título de Cidadão Pessoense, em reconhecimento à sua trajetória de superação e dedicação à cidade. Natural do sertão do Ceará, Antônio construiu uma história de sucesso e inovação em mais de duas décadas de atuação na capital paraibana, transformando o mercado local e impulsionando o desenvolvimento econômico. À frente do Grupo Ferreira Souza, o empresário é responsável por gerar empregos e implementar soluções inovadoras que fortalecem a economia da cidade.

A Polícia Federal afirma que o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, atuou em dois núcleos do grupo suspeito da trama golpista.

Ele foi preso neste sábado (14) pela PF em razão de seu envolvimento na trama golpista. O mandado judicial foi expedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

De acordo com as investigações, o militar da reserva do Exército teria participado do “Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado” e do “Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência e Apoio a Outros Núcleos”.

A descrição desses grupos, os nomes dos integrantes, incluindo o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e a forma de atuar de cada um estão descritos em decisão desta terça-feira (26) do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que retirou o sigilo da apuração.

De acordo com a decisão de Moraes, com base em informações da PF, o grupo teria agido para desacreditar o processo eleitoral, planejar e executar o golpe de Estado e abolir o Estado democrático de Direito “com a finalidade de manutenção e permanência de seu grupo no poder”.

Em novembro, a PF indiciou Bolsonaro e mais de 30 pessoas pela trama golpista para evitar a posse de Lula. A lista inclui os ex-ministros Augusto Heleno (GSI), Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Defesa), além de Braga Netto e Cid.

Veja os grupos, segundo a PF:

Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral

Mauro Cid, Anderson Torres, Angelo Martins Denicoli, Fernando Cerimedo, Eder Lindsay Magalhães Balbino, Hélio Ferreira Lima, Guilherme Marques Almeida, Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Tércio Arnaud Tomaz.

Forma de atuação: produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto à lisura das eleições presidenciais de 2022 com a finalidade de estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o golpe de Estado, conforme exposto no tópico “Das Medidas para Desacreditar o Processo Eleitoral”.

Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado

Walter Braga Netto, Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, Ailton Gonçalves Moraes Barros, Bernardo Romão Correa Neto e Mauro Cid.

Forma de atuação: eleição de alvos para amplificação de ataques pessoais contra militares em posição de comando que resistiam às investidas golpistas. Os ataques eram realizados a partir da difusão em múltiplos canais e por meio de influenciadores em posição de autoridade perante a audiência militar.

Núcleo Jurídico

Filipe Martins, Anderson Torres, Amauri Feres Saad, Jose Eduardo de Oliveira e Silva e Mauro Cid.

Forma de atuação: assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado.

Relatório da PF sobre trama golpista

Moraes retira sigilo e envia inquérito à PGR
PF põe Braga Netto em 2 núcleos de trama golpista
Infografia: veja os 6 núcleos da trama
Exército tem 12 militares da ativa indiciados pela PF
Bolsonaro nega golpe e admite chance de prisão
Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas

Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, Bernardo Romão Correa Neto, Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Alex de Araújo Rodrigues e Cleverson Ney Magalhães.

Forma de atuação: a partir da coordenação e interlocução com o então ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cesar Cid, atuavam em reuniões de planejamento e execução de medidas no sentido de manter as manifestações em frente aos quartéis militares, incluindo a mobilização, logística e financiamento de militares das forças especiais em Brasília.

Núcleo de Inteligência Paralela

Augusto Heleno, Marcelo Câmara e Mauro Cid.

Forma de atuação: coleta de dados e informações que pudessem auxiliar a tomada de decisões do então presidente Jair Bolsonaro na consumação do golpe de Estado. Monitoramento do itinerário, deslocamento e localização do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e de possíveis outras autoridades da República com objetivo de captura e detenção quando da assinatura do decreto de golpe de Estado.

Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência e Apoio a Outros Núcleos

Walter Braga Netto, Almir Garnier Santos, Mario Fernandes, Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, Laércio Vergílio e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Forma de atuação: utilizando-se da alta patente militar que detinham, agiram para influenciar e incitar apoio aos demais núcleos de atuação por meio do endosso de ações e medidas a serem adotadas para consumação do golpe de Estado.

Da Folha de São Paulo.

O presidente do Instituto de Previdência da Pedra (IPREPE), Dr. João Batista de Moura Tenório, foi afastado do cargo por determinação judicial em uma Ação Civil Pública que apura crime de improbidade administrativa. A decisão ocorre em meio a um período de desafios políticos e jurídicos para o prefeito Júnior Vaz, que enfrenta investigações e processos relacionados à sua gestão e ao pleito eleitoral de 2024.

Além do afastamento de seu aliado político, o prefeito está sendo alvo de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs). Em uma delas, há denúncias de emissão de cheques públicos em grande volume durante o período eleitoral, o que, segundo relatos, teria transformado o processo em um “balcão de negócios”. A outra AIJE aponta suspeitas de fraude na cota de gênero, uma questão que contraria dispositivos da Súmula Vinculante nº 73 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Meu amigo Aristeu Plácido Júnior, embaixador da colônia de Pernambuco em Brasília, promoveu, ontem, uma confra com um grupo de pernambucanos num restaurante da cidade, entre eles Pedro Luck, José Múcio Monteiro Filho, João Madruga, Napoleão Guimarães, Rubem Mariz, Marcos Cintra e Armando Bisneto.

Foi um momento muito relaxante, divertido e emocionante. Afinal, são gente de alto nível e da melhor qualidade, profissionais liberais que já estão em Brasília há muito tempo, mas sempre com um pezinho em Pernambuco e o coração no Recife. Nas conversas, a pauta foi ampla, diversa e democrática, com o molho, claro, da política pernambucana.

Afinal, a começar pelo próprio embaixador, são, literalmente, maníacos políticos, leitores deste blog e ouvintes do Frente a Frente. A celebração reforçou os laços estreitos e fortes. Todos são integrantes igualmente da Confraria desde blog em Brasília, realizada uma vez por mês no restaurante Camarada Camarão, no shopping ID, na Asa Norte, do meu amigo Eduardo Lira.

A Polícia Federal prendeu, há pouco, Walter Souza Braga Netto, ex-vice de Bolsonaro na chapa de 2022. Ele é alvo do inquérito do golpe. A PF realiza buscas na casa dele.

Ele foi preso no Rio, em Copacabana. Será entregue ao Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército.

Braga Netto é general da reserva do Exército, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo Bolsonaro e candidato a vice na chapa que perdeu a eleição de 2022.

A Polícia Federal indiciou Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid por tentativa de golpe de Estado.

Na lista, também estão ex-ministros do governo Bolsonaro, ex-comandantes do Exército e da Marinha, militares da ativa e da reserva e ex-assessores do ex-presidente.

As pessoas foram indiciadas pela PF pelos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa.

O blog da Andréia Sadi apurou que, de acordo com as investigações, Braga Netto atuou diretamente para financiar ações ilícitas, inclusive dando dinheiro em uma sacola de vinho.

“Vida que segue”, tanto para Yves Ribeiro quanto para o PT

Por Larissa Rodrigues

Repórter do blog

Seria hoje (14) a votação do diretório estadual do PT para a expulsão do partido do prefeito de Paulista, Yves Ribeiro (PT). O gestor, no entanto, se antecipou e anunciou ontem, no dia 13, a sua desfiliação. Enviou uma carta à sigla pedindo para sair. Ainda assim, o encontro do PT está mantido, segundo o presidente do diretório estadual, o deputado Doriel Barros, porque a reunião tem outros objetivos, como a avaliação de conjunturas e outras deliberações.

O assunto Yves Ribeiro, entretanto, é caso encerrado, tanto para o PT quanto para o próprio Yves. “Vida que segue”, afirmaram Doriel Barros e Ribeiro. “Diante das falas que ele vinha fazendo, não havia condições de ele permanecer (no PT)”, comentou Doriel. Já o prefeito disse que não se adaptou às confusões internas da legenda, mas vai continuar votando no presidente Lula (PT) e no senador Humberto Costa (PT).

“O projeto de Lula é muito maior do que essas desavenças de correntes internas do PT. Continuo ao lado dele e de Humerto. Já agredeci também ao presidente estadual, Doriel”, enfatizou Ribeiro, que adiantou seu posicionamento para as eleições estaduais, em dois anos. “Em 2026, vou trabalhar para reeleger a governadora Raquel Lyra (PSDB)”, assegurou.

A saída de Ribeiro da legenda era um processo natural, depois de desgastes com a sigla nas eleições de 2024. Yves desistiu de buscar a reeleição pelo PT. Depois, não seguiu a orientação petista em Paulista. Já no primeiro turno, apoiou o candidato ligado à governadora Raquel Lyra (PSDB), Ramos (PSDB), que foi eleito prefeito da cidade. Os petistas haviam apresentado o nome de Francisco Padilha (PDT), que tinha uma vice do PT.

No segundo turno, o clima entre Ribeiro e o PT azedou de vez, quando o partido decidiu apoiar o histórico rival de Yves, o deputado estadual Júnior Matuto (PSB). Até a executiva nacional se envolveu e reforçou que o candidato em Paulista era Matuto. Nenhum dos lados tinha mais interesse em continuar com a parceria.

Nem Yves Ribeiro e nem o PT estavam confortáveis. Na verdade, Ribeiro nem era tão petista assim. Ele tem menos de um ano de filiação. Assinou a entrada no Partido dos Trabalhadores em dezembro de 2023. Na carta de desfiliação, Ribeiro cita que não tem mais pretensões eleitorais e afirmou a este blog que não pensa em entrar em nenhuma legenda mais e que não sairá candidato a deputado estadual em 2026.

Liberdade para falar – Yves Ribeiro se diz livre, a partir de agora, para falar o que pensa e pretende continuar compartilhando sua experiência administrativa e política com quem desejar. “A partir de agora, terei total liberdade para expressar meus pensamentos, ideias e oferecer os conhecimentos administrativos e políticos àqueles que desejarem. Este acumulado de experiências não é meu, mas dado por Deus, pois para ele toda honra e glória”, declarou Yves na carta de desfiliação enviada ao PT.

Balanço de vida pública – “Durante 48 anos de vida pública, como vereador (01 vez) e prefeito (07 vezes) em três cidades diferentes (Itapissuma, Igarassu e Paulista), dediquei minha vida para atender às necessidades daqueles que mais precisavam. Não me arrependo de nada que fiz para atender a população, se não fiz tudo, mas fiz o que era possível, honrando o erário público e usando da minha liberdade concedida por Deus”, disse o prefeito logo no início da carta.

Agradecimentos – Ribeiro agradeceu às lideranças petistas pela passagem na sigla. “Aproveito para neste resumo da minha vida, agradecer ao Senador Humberto Costa, ao Deputado Federal Carlos Veras, que me convidaram para meu ingresso no PT. Agradeço também a Doriel, ao diretório de Paulista que me acolheram nesta breve passagem pelo Partido dos Trabalhadores”. Também agradeceu aos eleitores. “Obrigado a todos que me elegeram e em mim depositaram sua confiança nesta tarefa árdua e bonita que é administrar com honestidade com o povo e para o povo.”

A Saída de quem nunca foi – O presidente do diretório do PT no Recife, Cirilo Mota, enviou, ontem, à imprensa uma nota com palavras duras sobre a passagem de Yves Ribeiro pelo partido. “Na Política às vezes existem alguns casos emblemáticos: é o caso da filiação de Yves Ribeiro no PT. É sabido de todos e todas as posições anti-LULA do prefeito de Paulista ao longo de sua história, mas numa posição oportunista tentou buscar sua sobrevivência política com apoio de alguns petistas, vendo que não teria êxito por causa de uma gestão desastrosa e mal avaliada resolveu mostrar sua verdadeira carapuça colocando o partido numa situação vexatória desistindo de sua candidatura aos 49 minutos do segundo tempo e descumprido as posições partidárias”, afirmou Cirilo.

Contrário desde sempre – Cirilo Mota disse que nunca concordou com a entrada de Ribeiro no PT. “Não era nem para ele ter entrado”, enfatizou. “Fomos contra a sua filiação desde o início e defendemos sua expulsão desde do primeiro momento dos ataques ao Governo Lula (PT) e suas posições políticas contrárias às decisões partidárias”, frisou.

CURTAS

Reforma administrativa do Recife – Faltando duas semanas para acabar o ano, o grupo de trabalho da Prefeitura do Recife responsável por redesenhar o secretariado da nova gestão corre contra o tempo para enviar, ainda em 2024, o projeto de reforma administrativa à Câmara de Vereadores. Secretarias devem ser desmembradas e novas pastas podem surgir. O objetivo é que o prefeito reeleito, João Campos (PSB), tome posse para o segundo mandato já com a reforma aprovada. A Câmara Municipal trabalha em caráter ordinário até 22 de dezembro, mas poderá analisar a reforma em caráter extraordinário a partir do dia 23.

Jaboatão saiu na frente – Em Jaboatão dos Guararapes, a reforma do prefeito reeleito, Mano Medeiros (PL), foi aprovada pela Câmara de Vereadores na última quinta-feira (12). O gestor criou mais duas secretarias: de Planejamento e Gestão e de Governo. Subiu para 10 o número de secretários municipais. O município terá, também, 31 secretarias executivas e o gabinete da vice-prefeita. No total, foram extintos 65 cargos comissionados. Para esse corte, a prefeitura diz que foi realizado um estudo mercadológico para propor a reformulação.

Bronca em Araripina – Em Araripina, no Sertão, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE)suspendeu três processos licitatórios da prefeitura, que passavam de R$ 10 milhões. Eram contratos para gestão de frotas, recapeamento asfáltico e aquisição de kits paradidáticos, todos com indícios de irregularidades e programados nos últimos meses do atual mandato, que encerra em 15 dias. O Ministério Público de Contas apontou que as contratações violavam o artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe gestores de assumirem novas despesas sem lastro financeiro nos dois últimos quadrimestres do mandato. Está em jogo o equilíbrio orçamentário da nova administração.

Perguntar não ofende: Raquel Lyra já digeriu os números das pesquisas Quest e do Instituto Opinião, apontando João Campos disparado para governador em 2026?