Juíza cita “evolução dos tempos” ao permitir que cachorro seja autor em processo na Paraíba

A juíza Flávia da Costa Lins, do 1º Juizado Especial da Fazenda Pública de João Pessoa, concedeu a um cachorro o direito de figurar como autor em um processo contra o Município. A ação judicial trata de um suposto erro médico ocorrido em uma clínica veterinária pública. A decisão, divulgada ontem, é inédita na Paraíba. As informações são do blog do Maurílio Júnior.

De acordo com a magistrada, embora tenha sido questionada a legitimidade do cão “Pelado” para ingressar com a ação, ficou decidido que ele poderia participar do processo desde que representado por seu tutor. A juíza destacou que a decisão abre um precedente para a discussão sobre danos causados por agentes públicos a animais domésticos.

Com a tentativa de conciliação frustrada, o próximo passo será a realização de uma avaliação veterinária no animal para apurar os danos sofridos. Para a juíza, a Justiça deve acompanhar a evolução dos tempos, reconhecendo as relações afetivas e jurídicas entre humanos e seus animais de estimação.

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Acionados pela governadora Raquel Lyra (PSDB), os deputados governistas Antônio Moraes (PP), Débora Almeida (PSDB) e Joaquim Lira (PV) recorreram, ontem, ao Tribunal de Justiça do Estado, já tarde da noite, como última tentativa desesperadora para anular o ato do presidente interino da Assembleia Legislativa, Rodrigo Farias (PSB), de antecipar a eleição das comissões temáticas do Legislativo. O processo será relatado pelo desembargador Carlos Moraes.

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Jaboatão dos Guararapes - IPTU 2025

A cidade de Olinda contará com um reforço tecnológico na segurança durante o Carnaval 2025. Um convênio entre a Prefeitura e o Grupo Preserve Liserve permitirá a instalação de 35 Totens de Vigilância Inteligente no sítio histórico e em outros pontos estratégicos. O sistema contará com mais de 100 câmeras de alta definição e visão noturna, operando em integração com as forças de segurança municipal e estadual.

Os equipamentos ficarão ativos 24 horas por dia durante os dias de folia. As imagens captadas serão armazenadas em nuvem e disponibilizadas para as autoridades responsáveis pelo monitoramento. O Grupo Preserve Liserve será responsável pela manutenção e operação do sistema.

Após o Carnaval, parte da estrutura permanecerá na cidade. 15 totens continuarão em funcionamento para reforçar a vigilância no sítio histórico. A iniciativa busca ampliar o monitoramento por meio de tecnologia e aumentar a segurança na região, que recebe grande fluxo de turistas e moradores durante o ano.

Conheça Petrolina

Por César Felício

Do Valor Econômico

As pesquisas Datafolha são presenciais por ponto fluxo, com cerca de 2 mil entrevistas em um campo muito curto, dois dias no caso do levantamento sobre avaliação de governo divulgado nesta sexta-feira (14). É, portanto, uma pesquisa que capta bem a fotografia do momento. A crise do Pix, maior dano reputacional do governo em 2025, já tem mais de um mês. Como então atribuir a esse evento o fato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva somar apenas 24% de bom e ótimo, ante 41% de ruim e péssimo?

A explicação está na natureza da perda que o presidente teve. É uma perda ancorada na decepção. No episódio da crise do Pix, Lula recuou com mais força entre seus eleitorados cativos, no Nordeste, na baixa renda, entre mulheres. Decepções são feridas de cicatrização muito mais difícil porque o desafio que se coloca é retomar a confiança perdida. A decepção, de certa forma, equivale a uma traição. Em casos assim, os efeitos subsistem mesmo depois de cessada a causa.

Este é um processo inédito no governo Lula III, mas não no Brasil. O cientista político do Ipespe Antonio Lavareda, com décadas de experiência em pesquisas de opinião, lembra que o ex-presidente Jair Bolsonaro também viveu a defecção de parte de seus eleitores, perdendo espaço de maneira generalizada em seus redutos do Sul e do Sudeste, até mesmo em Estados como Santa Catarina, entre a eleição de 2018 e 2022. “Fundamentalmente ele perdeu a eleição por isso. É o mesmo risco que Lula corre agora”, comentou.

A defecção é mais difícil de reverter porque depende de uma sequência de fatos positivos para a anulação de um fato negativo. O presidente pode chamar o marqueteiro para assumir um ministério, mas não há narrativa que sobreviva à falta de marca. Há um problema, comentado de forma generalizada por analistas políticos e pelos próprios políticos, de falta de assunto ao governo. Não há uma compreensão sobre qual é o significado básico da volta de Lula ao poder, terminado o consenso momentâneo que seus adversários proporcionaram a ele com os atos de 8 de janeiro. Assim sendo, o governo fica vulnerável a qualquer vento de proa, de acordo com o diagnóstico de Lavareda.

Este é um momento delicado para o presidente porque deve crescer dentro da base petista a pressão por um cavalo de pau na economia, cortando os elos que ainda existem entre o governo e o mercado financeiro, assentados na manutenção de um enquadramento fiscal mínimo. Já é esta a tônica dentro de grupos de apoiadores do governo nas redes sociais.

Dulino Sistema de ensino

Como diria Chacrinha: “Quem não se comunica, se estrumbica”. Essa máxima ficou clara, na manhã de ontem por parte do Palácio do Campo das Princesas, durante a tentativa frustrada de impedir que a oposição liderasse as três principais Comissões da Assembleia Legislativa.

A falta de diálogo do executivo com o legislativo não é novidade, mas desta vez a tentativa de interferência nos ditames internos da Casa Legislativa foi ostensiva, desastrosa e inaceitável.

O documento que protocolou o blocão foi entregue, pasmem, pelo Chefe de Gabinete da Secretaria da Casa Civil, Popó Vaz, ou seja, nem sequer teve o trabalho de propor a um deputado governista essa tarefa. Ainda: João Victor, uma das pessoas mais ligadas à vice governadora Priscila Krause, participou de forma ostensiva, descabida e inoportuna das reuniões das comissões.

Além disso, teve a presença dos assessores do secretário da Casa Civil, Iuri e Igor Cadena, dois cães de guarda do secretário Túlio Vilaça que, abertamente, tentaram interferir em assuntos da Casa Legislativa, o que causou desconforto e um sentimento de coação entre todos os parlamentares.

O incrível é que o sentimento entre os deputados governistas não é de perplexidade com o desrespeito e a falta de diálogo do governo Raquel Lyra, que busca prevalecer a sua vontade através da truculência. Isso deixa claro para todos a singular inabilidade política em sua relação com o Poder Legislativo.

Este comportamento, que tem sido recorrente por parte da governadora, certamente levará o Governo a sofrer mais uma derrota política no enfrentamento com o parlamento.

Ipojuca No Grau

Raquel em mais uma queda de braço com a Alepe

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

Os bastidores da política pernambucana estão pegando fogo, desde ontem (14), com mais um episódio da difícil relação entre o Governo Raquel Lyra (PSDB) e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Em uma manobra bem articulada, a oposição na Casa poderá impor à tucana a derrota na eleição das presidências das principais comissões temáticas para o biênio 2025/2026, o que, na prática, significa que a gestora poderá ter a governabilidade abalada nos dois anos que faltam para a disputa estadual.

Presidente em exercício na Alepe, o deputado Rodrigo Farias (PSB) publicou uma edição extra do Diário Oficial convocando as instalações das comissões e eleições de presidentes e vices, deixando a bancada governista sem tempo para negociar mais e trocar membros nos grupos, o que poderia reverter a desvantagem no número de aliados do Palácio integrando os colegiados.

A tarde e a noite de ontem foram de muita negociação e a nova líder da bancada governista, Socorro Pimentel (União Brasil), protocolou um recurso na Casa contrário ao ato de Rodrigo Farias. “Manter a confiança e o respeito às instituições é a base fundamental da nossa democracia. A convocação foi feita às pressas, ao apagar das luzes, surpreendendo a todos os deputados e deputadas. Claramente, os atos descumprem o Regimento Interno da Casa de Joaquim Nabuco. Não há justificativa para a urgência e observamos desrespeito à normatividade interna da Assembleia”, afirmou a parlamentar.

O documento também foi assinado pelos deputados Joãozinho Tenório (PRD), Kaio Maniçoba (PP), Romero Sales Filho (UB), Débora Almeida (PSDB), Antônio Moraes (PP), Wanderson Florêncio (SD), Henrique Queiroz Filho (PP), Fabrizio Ferraz (SD), Luciano Duque (SD), João Paulo (PT), William Brigido (RP) e Joaquim Lira (PV).

Independentemente de o Governo vencer ou não mais essa queda de braço com parte da Casa, esse é mais um desgaste que poderia ter sido evitado se lá atrás a governadora tivesse tido um pouco mais de humildade, ao assumir o Poder Executivo. O que se assiste nesse caso, que pode se transformar em mais uma derrota acachapante da gestão Raquel Lyra, é tão somente o resultado de um processo que começou junto com o governo dela, que chegou olhando de cima para baixo para o Poder Legislativo. 

A POLÍTICA NÃO PERDOA – Qualquer governo que tenha a intenção de dar certo precisa ter uma boa relação com o Legislativo. Raquel Lyra teve essa oportunidade. O hoje presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), era seu aliado. Poderia ter sido o “presidente de Raquel” na Assembleia. Mas não foi assim que as coisas foram feitas e a gestão tucana acumula, em dois anos, mais desgastes e dores de cabeça nessa relação do que qualquer outra na história recente da política de Pernambuco. Esse foi o primeiro erro: não segurar Álvaro do seu lado. O segundo foi peitar a Alepe com os vetos dos trechos da LDO, fazendo com que os deputados derrubassem em seguida esses vetos e deixassem o Poder Executivo desmoralizado.

Era tarde demais – Depois das inabilidades citadas, Raquel ficou sem ambiente na Casa e enfrenta até hoje dificuldades para reverter. Por exemplo, a Primeira Secretaria e a maioria da Mesa Diretora estão nas mãos de opositores, justamente porque a gestora ficou sem condições de articular muita coisa dentro da Alepe. Em um momento como o de agora, que precisa eleger líderes nas comissões, todos os erros do passado pesam e levam Raquel a seguinte situação: estar na iminência de ter Alberto Feitosa (PL), um ferrenho opositor, como presidente da comissão mais importante, a de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ).

Governabilidade em xeque – Ter um opositor à frente da CCLJ é péssimo para qualquer governo, porque é o grupo por onde começam a tramitar todos os projetos, sendo de autoria do Poder Executivo ou dos próprios deputados. Quem está sentado nessa cadeira tem o poder de dar agilidade às propostas do Executivo ou travar esse processo. Pode ainda pautar matérias que não são do interesse do governo. Essa articulação política cheia de falhas pode custar a governabilidade da gestão, em dois anos estratégicos, os dois últimos. Caso se confirme essa derrota, é coisa para derrubar secretário. Apesar do esforço dos deputados governistas, como Antônio Moraes (PP) e Débora Almeida (PSDB), não há como os aliados fazerem milagres na Casa sem a cooperação do Palácio.

PSOL 1 – O PSOL do Recife enviou nota repercutindo a possível eleição de Alberto Feitosa para a CCLJ. “O referido deputado, que é do PL, mesmo partido de Jair Bolsonaro, homem responsável pela morte de mais de 700 mil pessoas na pior pandemia dos últimos tempos enquanto ocupava a presidência do Brasil, é o mesmo parlamentar que persegue e criminaliza movimentos e outros parlamentares de esquerda, como foi o caso da atual vereadora do PSOL na Câmara do Recife”, diz um trecho do texto.

PSOL 2 – “O PL está frontalmente contra todos os princípios do Partido Socialismo e Liberdade, por isso que enquanto presidente do Diretório Municipal do PSOL não podemos admitir que qualquer pessoa que esteja nas nossas fileiras aprove manobras de figuras como o citado deputado parlamentar”, enfatizou Cristiano Silva, presidente do PSOL-Recife.

CURTAS

Renildo Calheiros – O deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB-PE) é o novo líder do PCdoB na Câmara dos Deputados e reforça seu papel como uma das principais vozes do partido no Congresso Nacional em 2025. “Assumo a liderança do PCdoB na Câmara com o compromisso de fortalecer a democracia, defender os direitos do povo brasileiro e ampliar o diálogo para avançarmos em políticas públicas que promovam justiça social e desenvolvimento para o país”, afirmou.

João Campos no PSB nacional 1 – O prefeito João Campos (PSB) disse que ser o possível presidente nacional do PSB não o fará trabalhar menos pelo Recife. Ele foi lançado como candidato pelo atual presidente da sigla, Carlos Siqueira, durante reunião do diretório nacional. Campos garantiu que conseguirá conciliar as duas funções sem comprometer a administração da capital pernambucana.

João Campos no PSB nacional 2 – “A gente vai seguir trabalhando, como eu sempre faço, eu me dedico muito a cuidar do Recife. Eu hoje sou vice-presidente nacional do partido e tenho uma dedicação plena à cidade. Então, aos finais de semana, à noite, de madrugada, de manhã bem cedo, a gente pode conciliar com outras atividades. Então isso é bom. Fazer gestão passa por também fazer política”, afirmou o prefeito.

Perguntar não ofende: a governadora Raquel Lyra vai conseguir colocar aliados à frente das comissões na Alepe?

Caruaru - Prefeitura na porta

Por Letícia Lins
Do Oxe Recife

A trágica história de Soledad Barret já virou livro, espetáculo de teatro. Agora está registrada no pedestal de sua estátua, que foi inaugurada nessa sexta-feira (14), na Rua da Aurora, pertinho do Monumento Monumento Tortura Nunca Mais, no bairro de Santo Amaro. Durante a ditadura militar , ela se juntou à Vanguarda Popular Revolucionária, integrando um grupo de jovens sonhadores que pretendiam derrubar a ditadura com a luta armada. Em 1973, ela foi torturada e morta na chamada “Chacina da Chácara de São Bento”.

Pelo menos, foi assim que passou a chamar-se o massacre comandado por forças da repressão. Ela fora denunciada por seu noivo, que era ninguém menos que o famigerado Cabo Anselmo, uma das figuras mais controversas dos anos de chumbo. Ele infiltrou-se disfarçado no grupo, como se militante fosse, denunciou o grupo às forças de segurança e participou das torturas que a levaram à morte. Estava grávida e o filho que esperava do suposto “noivo” morreu com ela, em um dos mais dramáticos casos de tortura registrados em Pernambuco durante os anos de exceção.

Para os que não sabem: Soledad Barrett Viedma foi uma militante paraguaia, nascida em 1945. Sua trajetória foi marcada pela resistência às ditaduras da América Latina. Filha de uma família politicamente engajada, desde jovem enfrentou perseguições e exílios, vivendo em países como Argentina, Uruguai, Cuba e Brasil. Em sua adolescência, foi sequestrada e marcada por neonazistas no Uruguai, o que reforçou sua militância.

Em Cuba, casou-se com o brasileiro José Maria Ferreira, também militante, e tiveram uma filha, Ñasaindy Barrett. Após a morte de José Maria pela ditadura brasileira, Soledad se juntou à VPR e se mudou para Pernambuco. Em janeiro de 1973, aos 28 anos e grávida, foi presa, torturada e assassinada na chamada “Chacina da Chácara São Bento”, tendo sua morte encoberta pelo regime militar com uma versão falsa de tiroteio entre “terroristas” e forças de segurança.

A cerimônia de inauguração da estátua contou com a presença dos membros da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. A obra do artista plástico José Roberto da Silva foi feita em material concreto polido e patinado e custou quase R$ 29 mil. “A inauguração do busto de Soledad Barrett Viedma promove uma reflexão sobre o quanto a gente precisa incentivar as pessoas a conhecerem, especialmente as novas gerações, um passado não tão distante e um passado que não deve se repetir”, afirmou o secretário de Direitos Humanos e Juventude, Marco Aurélio Filho.

“Esse busto é muito mais do que uma homenagem a uma desaparecida política. Na verdade, é um compromisso da gestão no fortalecimento dessa política pública da memória e da verdade. É importante as novas gerações conhecerem a verdadeira história desse país, para que a gente possa fortalecer a democracia”, acrescentou o gestor.

Camaragibe Cidade do Trabalho

A deputada estadual Socorro Pimentel (União) protocolou, nesta sexta-feira (14), um recurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) solicitando a anulação dos atos que convocaram a instalação e eleição das lideranças das comissões de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), Finanças, Orçamento e Tributação e de Administração Pública. A parlamentar alega que a decisão do presidente em exercício da Casa, Rodrigo Farias, foi tomada sem respeito ao Regimento Interno da Alepe e de forma precipitada.

Líder do Governo na Alepe, Socorro Pimentel criticou a convocação e afirmou que o processo desrespeita a institucionalidade do parlamento. “Manter a confiança e o respeito às instituições é a base fundamental da nossa democracia. A convocação foi feita às pressas, surpreendendo os deputados e deputadas, e claramente descumpre o Regimento Interno da Casa de Joaquim Nabuco”, declarou. O pedido de anulação questiona os Atos nº 122/2025 e nº 123/2025, alegando que as indicações para as comissões não seguiram as normas regimentais.

O recurso apresentado conta com a assinatura de outros 12 parlamentares: Joãozinho Tenório, Kaio Maniçoba, Romero Sales Filho, Débora Almeida, Antônio Moraes, Wanderson Florêncio, Henrique Queiroz Filho, Fabrizio Ferraz, Luciano Duque, João Paulo, William Brigido e Joaquim Lira. O grupo argumenta que as decisões não observaram a normatividade interna da Casa e pede que a situação seja revista pela Mesa Diretora.

Toritama - Prefeitura que faz

Em meio à ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brics, a presidência do Brasil do bloco se comprometeu a desenvolver uma plataforma que permita aos países-membros usarem suas próprias moedas para o comércio entre eles, o que poderia abrir caminho para substituir, em parte, o dólar como moeda do comércio internacional.

“De forma a cumprir o mandato estabelecido pelos líderes do Brics na Cúpula de Johanesburgo em 2023, a presidência do Brasil dará continuidade aos esforços de cooperação para desenvolver instrumentos de pagamento locais que facilitem o comércio e o investimento, aproveitando sistemas de pagamento mais acessíveis, transparentes, seguros e inclusivos”, informa o documento. As informações são da Agência Brasil.

A medida contraria os interesses dos Estados Unidos, que iniciaram uma guerra comercial com a elevação de tarifas para alguns mercados e produtos, incluindo o aço e alumínio, mercadorias que o Brasil exporta para o país norte-americano.

Ontem (13), antes de se reunir com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que faz parte do Brics, o presidente Trump disse que o bloco estaria “morto” depois das ameaças que fez de taxar em 100% as importações dos países que substituam o dólar.

Por sua vez, o documento da presidência brasileira do Brics afirma que o “recurso insensato ao unilateralismo e a ascensão do extremismo em várias partes do mundo ameaçam a estabilidade global e aprofundam as desigualdades”.

O documento completa dizendo que “o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem destacado o potencial do Brics como espaço para construção das soluções de que o mundo tanto precisa. Mais do que nunca, a capacidade coletiva de negociar e superar conflitos por meio da diplomacia se mostra crucial. Nosso agrupamento dialoga com todos e está na vanguarda dos que defendem a reforma da governança global”.

Desdolarização
O professor de ciência política Fabiano Mielniczuk, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), destacou que o Brasil terá que deixar mais claro para o mundo o que significa esse tipo de mecanismo de pagamento em moeda local.

“O Brasil tem enfatizado bastante, principalmente na figura do seu Sherpa novo, o [embaixador] Maurício Lirio, que não pretende avançar no sentido da desdolarização das relações econômicas internacionais. O Brasil não quer criar atritos com os EUA. E o Brasil precisa deixar claro até que ponto a criação de mecanismos para pagamento em moeda local no âmbito do Brics representa, ou não, uma alternativa ao dólar”, ponderou.

Para especialistas consultados pela Agência Brasil, os EUA buscam preservar sua hegemonia econômica global, que tem no dólar como moeda internacional uma das suas principais vantagens. Por outro lado, os países do Brics defendem que o uso de moedas locais para o comércio traz benefícios econômicos e reduz fragilidades externas, pois os países não precisariam recorrer sempre ao dólar para o comércio exterior.

A professora de relações internacionais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) Ana Elisa Saggioro Garcia avalia que a nota do Brasil não trouxe novidades em relação ao que já vinha sendo discutido no âmbito do bloco em relação aos meios de pagamento, faltando ainda detalhar como isso seria implementado.

“Há muito o que se fazer para enfrentar esse período Trump. Acho que se, de fato, o Brics conseguir avançar em facilitar o comércio interno dentro do bloco, à revelia das tarifas impostas, avançando nos descontos de transações de crédito e no financiamento do comércio em moedas locais, vamos ter um avanço significativo”, comentou Ana Elisa, que é pesquisadora do Brics Policy Center, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

IA e indústria
O Brasil ainda promete fortalecer a recém-criada Rede de Think Thanks sobre Finanças e a cooperação em infraestrutura, tributação e aduanas, assim como aprofundar a Parceria Brics para a Nova Revolução Industrial (PartNIR), “cujo objetivo é a diversificação e a atualização tecnológica da base industrial dos países do agrupamento”.

A regulação da Inteligência Artificial (IA) é outra agenda da presidência brasileira no Brics. Para o professor Fabiano Mielniczuk, o Brasil e os Brics precisam avançar na proteção dos dados produzidos nos países.

“Esses dados estão gerando riqueza para as big techs. O Brasil deveria focar na dimensão econômica da economia de dados que está por trás da geração de modelos de IA e não apenas regular o uso da IA. Se o viés econômico de economia de dados avançar no tratamento de IAs, aí os interesses do Sul Global vão ser atendidos”, argumentou o especialista em Brics.

FMI e Banco Mundial
No documento que detalha as prioridades da presidência brasileira, o país se comprometeu ainda a promover a defesa da reforma das instituições financeiras internacionais, em especial, do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI).

“A presidência brasileira pretende aumentar a representação dos países em desenvolvimento em posições de liderança [no FMI e Banco Mundial], refletindo melhor as contribuições das nações do Sul Global para a economia mundial, bem como objetiva trabalhar para aprimorar iniciativas como o Novo Banco de Desenvolvimento e o Arranjo de Reservas para Contingências”, diz o texto.

O Arranjo de Reservas para Contingências do Brics (CRA), criado em 2014, provê suporte para os países com recursos para casos de crises de liquidez das economias do bloco. O CRA conta com, ao menos, US$ 100 bilhões em reservas. Já o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) é o banco dos Brics, atualmente comandado pela ex-presidenta brasileira, Dilma Rousseff, que tem defendido a expansão do uso de moedas locais.

Belo Jarfim - Cidade Limpa

Por Letícia Lins
Do Oxe Recife

Depois de ter realizado a maior festa de Réveillon da história do Recife, na virada 2024/2025, a cidade está preparada, também, para ter o seu maior carnaval. E com certeza, o mais diverso do Brasil, pois nenhuma outra cidade reúne, em uma mesma festa, quantidade tão grande de diferentes manifestações: frevo de vários tipos – do de rua ao de bloco – maracatus de baque solto (foto acima), maracatus de baque virado, afoxés, clubes de frevo, blocos, troças, la ursas, caboclinhos… Já o maior.. Pelo menos, no que diz respeito à quantidade de dias.

É que embora as manifestações de época – blocos, maracatus, troças, caboclinhos – já estejam sempre nas ruas, a data oficial do início da festa será a quarta-feira, 26 de fevereiro, com a cerimônia Umbuntu, no Marco Zero. E mesmo após a Quarta- Feira de Cinzas, a estrutura montada naquele quartel general do frevo – permanece, pois haverá shows na quinta (6) e na sexta (7). Já o Tumaraca, que tradicionalmente era na sexta, agora é na quinta, com a reunião de cortejo de 700 batuqueiros dos maracatus
pernambucanos.

As informações foram divulgadas hoje pelo Prefeito João Campos (PSB), que disse que haverá 51 polos de animação, com nada menos de 3 mil atrações para animar o folião recifense. Desses polos, doze serão descentralizados, 15 comunitários, cinco em locais no foco da folia – como Marco Zero, Praça do Arsenal, Rua da Moeda . Dois estarão na passarela de desfile das agremiações carnavalescas (Avenida Dantas Barreto). A Prefeitura espera 3,5 milhões de foliões, 97 por cento de ocupação hoteleira e uma receita de R$ 2,7 bilhões com a festa. Várias atrações de fora estão programadas – Pablo Vitar, Ney Matogosso, Xamã, Alcione, Glória Groove – mas o Prefeito garante que 98 por cento da programação é formada por artistas locais.

Em 2025, os homenageados da festa são o cantor Marrom Brasileiro (que vai dar shows na festa) e a Troça Abanadores do Arruda. Nessa sexta-feira, a Governadora Raquel Lyra anunciou que haverá ponto facultativo nos dias 3, 4, 5 e 7 de março no Estado. Isso significa que os foliões vão poder se esbaldar ao máximo. Olhem só o feriadão. Na sexta, ninguém trabalha mesmo, pois todo mundo está na folia. No sábado, é Dia do Galo. No domingo é domingo mesmo, haja ou não carnaval. Dias 3 e 4 correspondem à segunda e à terça-feira do reinado momesco. O 5 é Quarta-Feira de Cinzas, quando está todo mundo de ressaca. O 6 de março é feriado cívico, Data Magna de Pernambuco. E o 7, a sexta, imprensou.

E ainda tem sábado (8/3) e domingo de novo (9/3)… O feriadão é válido para repartições públicas do estado, sejam da administração direta ou indireta. Mas que todo mundo vai imprensar… ah, isso vai. E o recifense, que ama um carnaval, vai continuar a folia. Na quinta-feira, 6/3, Padre Fábio de Melo ocupa o Marco Zero, para gravação de CD. O sacerdote cantor está com depressão, mas já garantiu que cumprirá a agenda de shows. Na sexta (7), o espaço será tomado pelo brega. Então, vem muita coisa por aí. À medida que a festa for se aproximando, o #OxeRecife vai divulgando a programação diária do carnaval. Pois texto demais, tudo num dia só cansa, não é?…

Por Blog da Folha

A tentativa de instalar e eleger os presidentes das comissões permanentes da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sem, supostamente, seguir o regimento interno gerou reação entre os parlamentares nesta sexta-feira (14). O deputado Antônio Moraes (PP), parlamentar mais antigo da Casa, criticou a antecipação da eleição e cobrou respeito às normas estabelecidas para garantir a transparência dos trabalhos legislativos.

“Essa manobra é algo que nunca aconteceu neste Poder Legislativo, uma antecipação de instalação e presidência de comissões, sem haver demandas urgentes a serem discutidas. O regimento é claro ao informar que cabe ao presidente da comissão ou ao vice-presidente convocarem a instalação e eleição dos integrantes, e deve ser cumprido. Temos que respeitar as regras para assegurar que o Legislativo siga com respeito, transparência e diálogo”, defendeu Moraes.

A movimentação ocorreu após o deputado Rodrigo Farias (PSB), que preside a Casa na ausência de Álvaro Porto (PSDB), ter estabelecido o prazo para recebimento das indicações das bancadas até o final do expediente de quinta-feira (13). No entanto, o ofício do União Brasil, assinado pelo deputado Antônio Coelho, foi apresentado com assinaturas registradas até as 19h10, fora do prazo regimental.

A tentativa de apressar o processo gerou questionamentos entre os deputados, que foram pegos de surpresa na manhã desta sexta-feira. “Não está acontecendo nenhum fato urgente para uma convocação unilateral”, finalizou Antônio Moraes.

Por Julia Duailibi e Felipe Turioni
Do g1

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14) aponta que 24% dos eleitores brasileiros aprovam o governo do presidente Lula (PT) e que 41% reprovam. Segundo o Datafolha, é o pior nível de aprovação em todos os três mandatos do presidente Lula, e a reprovação também é recorde.

Nunca há só um fator que pode explicar uma queda na aprovação de um governo, e Lula enfrenta um contexto complexo no momento.

Veja abaixo 8 fatores que podem explicar o baixo índice de popularidade do presidente:

  1. Contexto internacional: a esquerda está fragilizada globalmente, enquanto a direita está fortalecida. A vitória de Trump é um exemplo.
  2. Oposição eficaz: a oposição tem sido mais eficaz aqui no Brasil em criticar e fragilizar o governo em diversas frentes.
  3. Erros do governo: quando o governo comete erros, a oposição amplifica esses problemas, algo que não acontecia tanto nos governos anteriores.
  4. Cansaço com o governo: há uma sensação de que o governo é antigo e não traz novas pautas, o que gera um desejo de mudança.
  5. Dificuldade de comunicação com jovens: o governo tem dificuldade em se comunicar com os jovens, que estão mais inclinados a discursos de empreendedorismo e estado menor.
  6. Valores conservadores: o crescimento de valores mais conservadores na população, que o governo não consegue alcançar.
  7. Esquizofrenia política: o governo foi eleito com uma aliança de centro, mas enfrenta pressões para implementar pautas de esquerda, causando uma espécie de esquizofrenia política.
  8. Alta nos preços: alimentos mais caros e a crise do PIX também contribuíram para a queda de popularidade.

A prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), anunciou nesta sexta-feira (14) a instalação de 108 câmeras de videomonitoramento na área do Sítio Histórico, como parte do esquema de segurança para o Carnaval. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a gestão municipal e o Grupo Preserve Liserve, garantindo um reforço na vigilância das ruas e espaços de grande circulação de foliões.

A implantação do sistema começou nesta semana e estará em pleno funcionamento até o dia 25 de fevereiro. Serão instalados 35 totens de monitoramento em pontos estratégicos da Cidade Alta. “Essa parceria é fundamental para garantir mais segurança aos foliões, turistas e moradores. O Carnaval de Olinda recebe cerca de quatro milhões de pessoas e estamos preparando a cidade para oferecer uma festa segura”, destacou Mirella Almeida.

As imagens captadas pelas câmeras serão utilizadas pela Guarda Civil Municipal e compartilhadas com o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods), que atua em conjunto com as Polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros, reforçando a segurança da festa.