Um dia após sofrer uma tentativa de homicídio, o prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira (PSB), nos encaminhou um vídeo mostrando que está se recuperando bem do atentado – ele também aproveitou para agradecer o apoio que está recebendo.
Convidado nesta terça-feira do almoço de Grupo de Lideranças Empresariais do DF (Lide-DF), o líder da minoria no Senado, Ciro Nogueira (PP-PI), um dos presidentes da União Progressista, federação que une seu partido ao União Brasil, fez um duríssimo discurso de oposição.
Usou do espaço para pregar a união de forças de centro e de direita para construir uma alternativa política ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2026. Obteve o apoio do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Ele só não disse quando é que a oposição da federação vai se dar na prática, com a entrega dos seus quatro ministérios, da presidência da Caixa e de outros cargos. Questionado, Ciro desconversou.
“Não somos oposição ao país. Somos oposição ao governo”, respondeu Ciro Nogueira. O presidente do PP só não esclareceu como se pode ser oposição ao governo fazendo parte dele. “Nunca trabalharemos contra a governabilidade do país”, acrescentou o líder da minoria.
Nesse sentido, Ciro acaba relativizando a tática de obstrução da oposição para forçar a urgência para a anistia pelo 8 de janeiro. Tal obstrução, de forma total, poderia prejudicar projetos de interesse do país e dos empresários. “Nessas pautas, estaremos presentes”.
Ciro Nogueira, portanto, demonstrou que, muito provavelmente, a União Progressista seguirá por um tempo com um pé em cada canoa. O que não significa que não incremente seu plano de construir um projeto alternativo em 2026. Ciro narrou que recentemente houve uma reunião em sua casa com diversos representantes da oposição, inclusive governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Claudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR). “Esses governadores, unidos, não tem chance de perderem a eleição”, apostou Ciro Nogueira. “Posso garantir é que não estaremos no palanque de Lula”.
Ciro já foi aliado do PT. Já apoiou no Piauí o hoje ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. Ele afirmou, porém, que o Lula que apoiou já não existe mais. “Lula é hoje um homem com os olhos voltados para trás”, disse. “É hoje um homem ressentido e ultrapassado”.
Ciro Nogueira afirmou ter visto pesquisas qualitativas que apontam Lula hoje como uma pessoa antiquada, fora do seu tempo. Ele comparou Lula a Getúlio Vargas no seu retorno. “Ultrapassado, não conseguiu governar da mesma forma”. Vargas suicidou-se em 1954.
Ciro acha mesmo que as circunstâncias – a baixa popularidade, a união contrária, a idade e a saúde – poderão levar Lula a não disputar a eleição em 2026. Ou disputar com poucas chances de vitória. “Não vamos ter o fator Lula na próxima eleição”, aposta.
Presente no almoço, Ibaneis Rocha reforçou o discurso oposicionista. “O PT faz muito mal ao país”, disse o governador do DF. Ele criticou frase do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. “A grande maioria aqui estaria na vala pelo desejo dele”, afirmou o governador.
O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), oficializou, na noite de ontem, a suspensão do mandato de Gilvan da Federal (PL-ES). O deputado teve o afastamento aprovado, também na terça, pelo Conselho de Ética da Casa, por ofensas a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. A decisão já previa cumprimento imediato.
O despacho de Motta, publicado na noite de terça, determina que Gilvan seja considerado suspenso. “Considera-se o deputado Gilvan da Federal suspenso cautelarmente do exercício do mandato por três meses, nos termos da decisão do Conselho de ética e Decoro Parlamentar”, diz o documento. As informações são do portal G1.
Na manhã de hoje, os sistemas da Casa também foram atualizados para informar que Gilvan não está mais no exercício do mandato. O Conselho de Ética determinou, por 15 votos a 4, que Gilvan fique afastado do mandato por três meses.
O parlamentar foi denunciado ao conselho pela própria direção da Câmara. Ele é acusado de quebrar o decoro ao proferir ofensas contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em uma audiência pública da Comissão de Segurança da Câmara. O afastamento não levará à convocação de um suplente. Isso somente poderia ocorrer se a suspensão fosse superior a 120 dias.
Durante o período de suspensão do mandato, Gilvan deverá ficar sem salário e perder outros benefícios relacionados ao mandato. A suspensão não isentará Gilvan da Federal de responder a um processo disciplinar, no Conselho de Ética, que pode levar à cassação definitiva do mandato. O conselho deverá instaurar o procedimento em outra ocasião, e outro relator deverá assumir o caso.
Sabe-se que 108 dos 133 cardeais eleitores que participarão do conclave que se inicia hoje foram nomeados por Francisco. Tal fato permite pensarmos que seja maior a possibilidade de termos um papa na linha que Bergoglio tentou imprimir à Igreja Católica nos doze anos de seu pontificado. Mas, ao mesmo tempo, convém não ignorar que os prelados mais conservadores aproveitaram os dias pré-conclave para tentar impedir essa continuidade nos rumos da Igreja.
A saída de cena do Papa Francisco ainda repercute. Mais do que líder espiritual de 1,4 bilhão de pessoas em todo o mundo, Francisco também impactou milhões de pessoas de outros credos exatamente por sua atuação em defesa dos mais pobres, dos perseguidos e desvalidos. Não à toa, depois de eleito papa, em março de 2013, sua primeira viagem foi à ilha italiana de Lampedusa, no Mar Mediterrâneo, local de chegada de milhares de imigrantes africanos que aportam em solo europeu e são sempre recebidos com indiferença. Em sua esmagadora maioria esses imigrantes são muçulmanos. Ali, o novo papa já indicava que aquela seria uma de suas preocupações constantes.
Ao longo de seu papado, Francisco se esforçou por implantar uma “Igreja em saída”, expressão usada para se referir à Igreja voltada para as periferias, para os mais pobres, os excluídos. Outra sua marca que impressionou o mundo foi a simplicidade, visível, primeiro, na escolha de seu nome, em homenagem a São Francisco de Assis, e, depois, no comportamento que adotou tão logo anunciado como papa. Com firmeza, desde o início, Francisco recusou toda a pompa reservada aos papas. Concluído o conclave, não quis o carro que lhe tinham oferecido e seguiu no ônibus onde estavam os cardeais eleitores. Surpresa ainda maior foi sua decisão de morar na Casa Santa Marta, uma espécie de hotel para religiosos de passagem pelo Vaticano, e não no apartamento apostólico, onde viveram seus antecessores. E assim foi durante todo o pontificado.
Grande pacifista, Francisco também deixou claro seu posicionamento contra todas as guerras, incomodando, com isso, lideranças políticas que o queriam preocupado apenas com a fé das pessoas. Condenou o ataque do Hamas a Israel, bem como os bombardeios israelenses à população civil da Faixa de Gaza. Rezou pelas vítimas do conflito entre Ucrânia e Rússia. Pediu sempre o empenho dos poderosos para buscarem a paz.
Ao mesmo tempo em que se destacou pela simplicidade e pela defesa da paz, Francisco também se mostrou firme contra o escândalo dos abusos sexuais (de padres, bispos ou cardeais) e os casos de corrupção no interior da Igreja. Sua postura trouxe resistência e até mesmo oposição. Os mais conservadores discordaram de algumas de suas decisões e também torceram para que seu pontificado fosse breve.
Francisco renovou e procurou expandir a Igreja, criando cardeais em países que não tinham nenhum, sobretudo em nações da Ásia, África e Oceania. Não à toa, fez viagens a países antes quase invisíveis no mapa da Igreja, como Tailândia, Mongólia e Sudão do Sul. Sempre fazendo questão de se encontrar com os mais pobres, deixando claro que aqueles eram os que mais precisavam da sua mensagem.
Outro fato a destacar é que essa expansão para outros continentes fez diminuir o peso da Europa na escolha do próximo papa. Em 2013, no conclave que escolheu Francisco, os europeus representavam 62% dos cardeais eleitores. Hoje, eles são 39%. Enquanto isso, 22% vêm da América Latina e do Caribe, 20% da Ásia e Oceania e 13% da África.
O conclave, que terá sua primeira votação já na tarde desta quarta-feira, será acompanhado com ansiedade por católicos e não católicos. Afinal, o mundo sabe que o posicionamento do papa diante dos problemas de hoje tem o seu peso e importa. Esperemos que o sucessor de Francisco também assuma o mais alto posto da Igreja tendo plena consciência disso.
A corridinha diária de 8 km, hoje, foi nas entrequadras da 202 Norte, em Brasília, já sob o início da temporada de frio no Planalto Central. Faço esse tipo de postagem para estimular as pessoas a largarem a vida sedentária.
A atriz Luana Piovani, celebridade que frequenta bastante a ilha de Fernando de Noronha, usou a internet para criticar o Governo do Estado de Pernambuco e pedir justiça para o ambulante Emanuel Apory, que foi baleado, na madrugada de segunda (5), pelo delegado Luiz Alberto Braga de Queiroz.
Emanuel Pedro Apory, de 26 anos, levou dois tiros na perna desferidos pelo policial depois de uma briga, no Forte dos Remédios. A vítima teve fratura exposta e passou por uma cirurgia. Em vídeo postado nas redes sociais, Luana relatou o que aconteceu e cobrou providências do Estado. “O que é isso, governo de Pernambuco? Noronha é uma ilha pacífica, não tem um crime há não sei quantos anos, fora vocês pegarem o dinheiro que a gente dá e não colocam na ilha; a ilha caindo aos pedaços”, declarou Luana.
A atriz também fez um apelo para ajudar o rapaz que foi baleado. “Quero saber que morador foi esse que tomou tiro. Vamos fazer uma vaquinha, vamos ajudar, vamos fazer coisas”, disse Luana Piovani
No último dia 5, celebramos o Dia Mundial da Língua Portuguesa. A história não vive apenas nos arquivos empoeirados nem repousa esquecida em bibliotecas silenciosas. Ela pulsa viva na pena dos que ousam resgatá-la com zelo, paixão e compromisso com a verdade. É exatamente isso que o jornalista, escritor e poeta Magno Martins realiza em sua nova obra: ‘Os Leões do Norte’, seu 13º livro, uma ode à política de Pernambuco, um tributo aos que, com acertos e equívocos, moldaram os rumos do Estado e ecoaram no cenário nacional.
Mais do que um compêndio biográfico, o livro é um exercício de memória, de escavação minuciosa do tempo, de reconstituição de trajetórias que, por vezes, pareciam condenadas ao esquecimento. Nele, Magno revela-se não apenas o cronista político aguçado que sempre foi, mas um memorialista de mão cheia, um guardião das narrativas que, entre gabinetes e palanques, costuraram a tessitura do poder em Pernambuco.
São 22 perfis de governadores – da era do interventor Carlos de Lima Cavalcanti, em 1930, até o ex-governador Paulo Câmara – que o autor nos oferece com olhar apurado, texto envolvente e senso histórico aguçado. Cada capítulo é um mergulho em contextos distintos, com suas respectivas urgências, disputas e marcas. Carlos de Lima, Agamenon Magalhães, Barbosa Lima Sobrinho, Cordeiro de Farias, Arraes, Marco Maciel, Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos e tantos outros surgem como personagens vivos, com suas luzes e sombras, todos retratados com o devido respeito, mas sem endeusamentos fáceis.
Com o selo da pernambucana ‘Eu Escrevo Editora’, sob a batuta do cartunista Samuca, e prefácio do jurista e ex-deputado Maurício Rands, o livro se propõe a ir além do público habitual dos compêndios políticos: quer chegar às salas de aula, às mãos dos jovens estudantes e futuros líderes, como leitura formadora, indispensável. E cumpre esse papel com clareza e densidade.
Não é apenas a política factual que nos é apresentada, mas também o espírito de uma época, o sopro das ideias que moviam cada figura retratada. Como bem observou o cientista político Antônio Lavareda, a obra “muito contribuirá para o conhecimento da política de Pernambuco”. E como afirmou o jornalista Júlio Mosquéra, há na escrita de Magno o eco das vozes que acreditavam no diálogo, no entendimento, no labor democrático como virtude essencial do homem público.
Magno Martins não escreveu apenas um livro. Ergueu um farol para futuras gerações. Sua obra é uma trincheira contra o esquecimento, uma celebração da palavra como instrumento de memória e um gesto de gratidão à terra que o forjou como jornalista e cidadão.
A noite de autógrafos, marcada para o dia 9 de junho, no Boteco Porto Ferreiro, na Avenida Rui Barbosa, promete ser mais do que um lançamento: será um reencontro com a própria história. Que Pernambuco se levante em honra de seus leões e de quem lhes oferece, com maestria, as páginas que jamais deixarão de rugir.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
Jantei, ontem, em Brasília, com os ex-deputados federais José Carlos Aleluia e Benito Gama, e o jornalista Houldine Nascimento, do site Poder360. Uma conversa rica, agradável e divertida sobre os bastidores da cena nacional. Aleluia e Benito foram duas grandes lideranças nacionais no Congresso.
Antes de emplacar seu primeiro mandato, Aleluia presidiu a Chesf, Companhia Hidroelétrica do São Francisco, morando uma boa temporada no Recife. Benito Gama também já morou no Recife, quando atuou na Sudene nos seus tempos áureos. Na Câmara, Benito e Aleluia fizeram história. Como líder do então PFL, substituindo Inocêncio Oliveira, outra figura exponencial do Congresso, Aleluia viveu sua fase de maior destaque no Congresso.
Teve seis mandatos de deputado pela Bahia. Foi líder do PFL na Câmara entre 2003 e 2005, e líder da Minoria de 2005 a 2007. Como principais ações no parlamento, Aleluia foi o relator da Lei de Crimes Ambientais; da Lei de Informática; da PEC dos Portos; e do Regime Automotivo Especial do Nordeste. Aleluia também é o autor da emenda que criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).
Em abril de 2017, foi membro da Comissão que debateu e aprovou a reforma trabalhista de Temer, atuando em defesa do fim do imposto sindical. Em agosto de 2017, votou contra o processo em que se pedia abertura de investigação do então Presidente Michel Temer. Em novembro de 2017, como membro da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, votou a favor da PEC que pede o fim do foro privilegiado para políticos, juízes e demais autoridades.
Já Benito Gama teve cinco mandatos federais pela Bahia. Foi presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e seu líder na Câmara. Em 2013, foi nomeado vice-presidente do Banco do Brasil. Em abril de 2017 votou a favor da Reforma Trabalhista.
Foi presidente da Empresa de Turismo de Salvador (Emtursa), uma autarquia da Prefeitura da capital baiana. Na votação do impeachment de Fernando Collor, contrariou a orientação do então governador baiano Antonio Carlos Magalhães, seu líder político, e votou contra o presidente.
ACM irritou-se, mas Benito continuou no grupo carlista, chegou a líder do governo na Câmara no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso e foi secretário da Indústria na Bahia no estratégico momento de atração da indústria automobilística para o Estado. Pertenceu ao carlismo até 2001, quando trocou o PFL pelo PMDB no instante em que ACM se afastou do governo federal.
Governo Lula e PDT ainda podem se acertar, defende Humberto Costa
Por Larissa Rodrigues – repórter do Blog
Presidente nacional do PT de forma interina, o senador Humberto Costa acredita que a saída do PDT da base do Governo Lula (PT) poderá ser revertida. Para ele, não deverá haver uma postura de oposição da sigla ao Poder Executivo. Humberto Costa foi o entrevistado de ontem (6) do podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste blog.
A bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu romper com o governo em reunião realizada ontem. O motivo é a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência, por causa das investigações de fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O encontro foi na casa do líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (MG), em Brasília. O próprio Lupi participou. A bancada é formada por 17 deputados, que decidiram iniciar uma postura independente na Casa.
Humberto lembrou que o PDT sempre se associou às ideias progressistas, motivo pelo qual não será oposição a Lula. “Eu acredito que há todas as condições para que isso venha a ser revertido. Acho que o governo, inclusive, não deixou de ser solidário com Lupi ou com o PDT. Tanto é que aceitou a indicação do nome do nosso companheiro Wolney Queiroz, uma pessoa da confiança de Lupi”, comentou Costa.
Mesmo com as informações de bastidores de que o presidente Lula já queria Wolney no cargo e que teria sido dele a escolha, Humberto reforçou que nada foi feito à revelia do próprio PDT. Para Costa, a saída do PDT da base é um ato quase que intempestivo. “Eu acho que essa é uma manifestação muito em cima do calor dos fatos, e eu acredito que é possível se buscar uma reconstituição dessa relação”, declarou.
Ainda sobre o tema INSS, o senador disse que o governo não teme uma CPI, porque não haveria nada de novo para acrescentar além da investigação da Polícia Federal. Para Costa, a instalação de uma CPI é eficaz sobretudo quando há uma negativa da parte do governo e dos órgãos de fiscalização e de controle de investigar as questões, como no caso da CPI da Covid.
“Hoje o que está acontecendo é diferente. O governo não está negando o que está acontecendo e reafirma que há esse esquema já há algum tempo. O governo investigou, operou para que fossem desvendados os crimes que existem e vai garantir a devolução para os aposentados que foram os grandes prejudicados com esses descontos”, destacou o senador. Ainda segundo Humberto Costa, o Poder Executivo vai até as últimas instâncias para obter esse dinheiro de volta das entidades que ilegalmente fizeram os descontos.
Relação com outros partidos – O senador Humberto Costa também falou sobre a relação do Governo Lula (PT) com outros partidos. União Brasil, PSD, MDB, PP e Republicanos estão no governo. Ocupam 11 ministérios, mas não têm compromisso político com o PT e com a reeleição de Lula, em 2026. Em 2024, a maior parte dessas siglas fez mais coligações com o PL, de Jair Bolsonaro. No tema da anistia, são desses partidos de quem se espera votos e assinaturas para o projeto avançar. Humberto resumiu que a convivência com essa base aliada de ocasião e sem perspectiva de reciprocidade eleitoral é o resultado da eleição passada, na qual o PT não conseguiu construir a maioria nas casas legislativas.
Algo constante – Humberto exemplificou que, no Brasil, esse processo tem sido uma coisa constante. “Às vezes o presidente da República é eleito com mais de 50% dos votos e o seu partido às vezes tem 20% da quantidade de deputados, tem uma quantidade pequena de senadores também. daí porque se busca essa chamada coalizão, o presidencialismo de coalizão, aonde se vai atrás de partidos ou de partes de partidos para construir uma maioria. E assim acontece, neste momento, também com o nosso governo”, frisou.
Governo errou na formação dos ministérios – Para o senador, houve também alguns erros iniciais no processo de formação do governo. Muitos ministérios foram entregues a partidos sem que houvesse uma clareza e uma garantia de que eles dariam os votos necessários para que o governo pudesse aprovar as suas principais propostas. No entanto, disse Costa, “é importante dizer também que em vários temas o Congresso não tem faltado com o governo. O próprio centrão não tem faltado. Se você for analisar o arcabouço fiscal, a PEC da Transição, a reforma tributária, em muitas das questões mais importantes no campo da economia, nós tivemos apoio do Congresso”.
Suspensão de deputado bolsonarista – O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, ontem, a suspensão imediata do mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES). O parlamentar foi denunciado pela própria direção da Casa. Ele é acusado de quebrar o decoro ao proferir ofensas contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), em uma audiência pública da Comissão de Segurança da Câmara. O afastamento, aprovado por 15 votos a 4, terá duração de três meses, prazo menor do que o proposto pela cúpula da Câmara. Antes de a suspensão do mandato ser efetivada, Gilvan da Federal ainda poderá recorrer ao plenário contra a deliberação do Conselho de Ética.
Nem Lula nem Bolsonaro – O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, descartou o apoio da federação “União Progressista” para a reeleição do presidente Lula (PT) e para o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Palácio do Planalto. “Estamos encerrando o ciclo do PT e vai começar o ciclo dos partidos de centro, que estarão unidos na próxima eleição e, se estiverem unidos, vamos ganhar as eleições”, disse. A declaração foi dita durante uma palestra-almoço do Lide Brasília, ontem, no Lago Sul, para empresários e gestores públicos.
CURTAS
FÓRUM DE TRABALHADORES DA AVIAÇÃO CIVIL – O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (RP), participou, ontem, da reunião inaugural do Fórum Permanente para Discussão de Políticas Públicas para os Trabalhadores da Aviação Civil, o primeiro do país. O encontro, realizado em meio às comemorações do mês do trabalhador, marcou o início das atividades do colegiado, criado pela Portaria nº 359, de 14 de novembro de 2024, com a missão de fortalecer o setor aéreo por meio da valorização de seus profissionais.
O QUE DISSE SILVINHO – “O fórum é um marco importante para a aviação brasileira. Os temas discutidos aqui ampliam o diálogo com sindicatos, empresas e trabalhadores e apontam para a construção de um setor mais justo, democrático e eficiente”, afirmou o ministro.
TARCÍSIO DE FREITAS CIDADÃO DE PERNAMBUCO – A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, ontem, um projeto de resolução que concede o Título Honorífico de Cidadão Pernambucano ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O deputado Joel da Harpa (PL) é o autor e justificou que Freitas merece o título por “significativa contribuição para o desenvolvimento de Pernambuco, especialmente no setor de infraestrutura e transportes, além de sua marcante passagem pelo estado durante sua trajetória militar e administrativa”.
Perguntar não ofende – O PL-PE já está tirando Bolsonaro do jogo e colocando Tarcísio no lugar do capitão?
Em meio às especulações sobre sua saída da chapa presidencial no ano que vem, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ganhou um aliado de peso. O senador e presidente nacional interino do PT, Humberto Costa, avalia que o ex-governador de São Paulo reúne todas as condições para continuar no posto, em especial pela lealdade demonstrada ao presidente Lula (PT). Todavia, Humberto ressalta que conjuntura será avaliada mais na frente para se concretizar essa decisão.
“Se prevalecer a competência, a lealdade e o espírito de colaboração, sem dúvida o melhor nome é o de Geraldo Alckmin. Ele mostrou que é leal, que tem todas as condições, mas sabemos que na política as coisas são imprevisíveis. Ele pode ser um grande candidato a governador ou a senador em São Paulo. E pode ser que o presidente Lula (PT) precise ampliar o seu conjunto de forças, colocando outro partido mais forte que o PSB na vice. Mas pelo desempenho, pela lealdade e pela postura, acho que o melhor nome seria o de Geraldo Alckmin”, avaliou Humberto, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.
Sobre a recente polêmica que culminou no pedido de demissão do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, do Ministério da Previdência, e a consequente saída do partido da base do governo, Humberto avaliou que se deve respeitar a história da legenda, mas que a situação “tornou muito difícil a continuidade”. “Acredito que a posição de independência da bancada do PDT não será uma postura de oposição. É natural, mas não se pode dizer que o governo não foi solidário com Lupi e o PDT, tanto que o presidente aceitou a indicação do companheiro Wolney Queiroz para o ministério. Ao ponto em que a coisa chegou, era difícil ele (Lupi) permanecer. Creio que essa manifestação (independência) é muito em cima do calor dos fatos, mas é possível buscar a reconstituição dessa relação, com os parlamentares e o partido de modo geral”, observou Humberto.
Prestes a comandar o processo de eleições diretas (PED) da sigla, Humberto revelou que espera que a corrente majoritária do PT, a Construindo um Novo Brasil (CNB), entre para a disputa unificada. Atualmente, a ala tem o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, como candidato já confirmado. Mas o prefeito de Maricá-RJ, Washington Quaquá também ensaia lançar seu nome, e tem até o dia 25 deste mês para registrar a postulação – prazo que Humberto avalia como suficiente para conversar e tentar a unidade.
“Estamos marchando dentro da CNB para conseguirmos uma unificação. Hoje temos a candidatura de Edinho e foi colocado o nome de Quaquá, que também é do campo da CNB. Vamos tentar construir esse consenso. Na condição de presidente nacional do PT, vou trabalhar intensamente para que isso possa acontecer. Se não for possível, não acredito que isso inviabilize um processo de unidade ao final dessa disputa. Estaremos todos juntos após essa eleição interna”, colocou o senador.
A eleição interna está marcada para o dia 6 de julho. Humberto ressalta que após a definição do novo comando, o PT sairá unido. “O partido sempre marcha na defesa das teses que forem aprovadas e no apoio da direção que vier a ser eleita. Passado esse processo interno, estaremos juntos para encaminharmos rumo à disputa de 2026, que é o nosso maior objetivo. É vencer e garantir a continuidade do nosso projeto, preparando o Brasil para o futuro, sob o comando do presidente Lula”, concluiu.
A saída do PDT da base do governo Lula e os constantes movimentos de pressão de partidos do chamado centrão são vistos como naturais pelo senador e presidente nacional interino do PT, Humberto Costa. O dirigente avalia que o governo tem melhorado seu desempenho e sua comunicação, e que chegará forte para a reeleição em 2026, o que, por extensão, seria importante para manter as alianças.
“A eleição ainda está longe. Se os partidos têm hoje espaços importantes nos ministérios, é porque há neles segmentos expressivos apoiam o governo. A expectativa é que possamos ter o apoio dessas forças para a disputa. Tudo vai depender de como o presidente Lula chegará, mas como nós achamos que ele chegará bem, então poderemos contar com vários partidos. Acho que eles vão permanecer”, colocou o senador, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, ancorado por Magno Martins.
Sobre a saída do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, do Ministério da Previdência após uma série de denúncias na pasta, Humberto disse respeitar a história do partido, que sempre teve ideal progressista. No entanto, a situação do ex-ministro “tornou muito difícil a continuidade”.
“Acredito que a posição de independência da bancada do PDT não será uma postura de oposição. É natural, mas não se pode dizer que o governo não foi solidário com Lupi e o PDT, tanto que o presidente aceitou a indicação do companheiro Wolney Queiroz para o ministério. Ao ponto em que a coisa chegou, era difícil ele (Lupi) permanecer. Creio que essa manifestação (independência) é muito em cima do calor dos fatos, mas é possível buscar a reconstituição dessa relação, com os parlamentares e o partido de modo geral”, observou Humberto.
Sobre o fato dos partidos do centrão (leia-se União Brasil, MDB, PP, Republicanos e PSD) ocuparem 11 ministérios na Esplanada, o dirigente petista atribuiu o quadro ao resultado das últimas eleições, em que os presidentes não conseguiram construir maiorias legislativas com seus partidos.
“Tem sido uma constante no Brasil o presidente da República ser eleito com mais de 50% dos votos, mas seu partido ter somente 20% dos deputados e uma quantidade pequena de senadores. Por isso se busca a coalisão. Acho que houve alguns erros iniciais na formação do governo, ministérios foram entregues a partidos sem que houvesse clareza de que eles dariam votos necessários para aprovar propostas, embora o centrão não tenha faltado com o governo em temas como o arcabouço fiscal, a PEC da transição e a reforma tributária. Acredito que vai continuar assim”, concluiu.
Exercendo a presidência nacional do PT de forma interina, o senador pernambucano Humberto Costa revelou que seu campo político, a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), tem buscado construir uma só candidatura para o processo de eleições diretas (PED) do partido. Atualmente, o grupo tem o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, como candidato confirmado para disputa interna, mas o prefeito de Maricá-RJ, Washington Quaquá, também é pré-candidato. Ele tem até o dia 25 deste mês para registrar a postulação, prazo que Humberto avalia como suficiente para conversar e tentar a unidade.
“Estamos marchando dentro da CNB para conseguirmos uma unificação. Hoje, temos a candidatura de Edinho e foi colocado o nome de Quaquá, que também é do campo da CNB. Vamos tentar construir esse consenso. Na condição de presidente nacional do PT, vou trabalhar intensamente para que isso possa acontecer. Se não for possível, não acredito que isso inviabilize um processo de unidade ao final dessa disputa. Estaremos todos juntos após essa eleição interna”, colocou o senador, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.
Humberto ainda avalia que a disputa pelo comando petista não deverá influenciar negativamente o Governo Lula. “A eleição está marcada para o dia 6 de julho, e depois disso o partido marchará unido, como sempre marcha, na defesa das teses que forem aprovadas e no apoio da direção que vier a ser eleita. Passado esse processo interno, estaremos juntos para encaminharmos rumo à disputa de 2026, que é o nosso maior objetivo. É vencer e garantir a continuidade do nosso projeto, preparando o Brasil para o futuro, sob o comando do presidente Lula”, completou.
Em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’, o senador e presidente nacional do PT, Humberto Costa, confessou que o presidente Lula (PT) apoia a candidatura de Edinho Silva à presidência da Executiva Nacional da legenda. “Ele não disse publicamente, mas nos disse em reuniões e tem agido em consonância com esse objetivo”, afirmou Humberto. Confira!