Elon Musk vai morar em Urano, o planeta azul

Dedico este artigo aos argonautas libertários da Antiguidade da estirpe do poeta Fernando Pessoa

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Breaking news: impedido de atuar com sua rede social X e os satélites da Starlink no planeta Terra, o argonauta bilionário Elon Musk obteve asilo interplanetário e vai decolar em seu foguete Falcon Heavy (Falcão do Céu) para morar em Urano, o planeta azul, da cor do oxigênio. Urano é abraçado por um sistema de anéis multicores, beleza sublime do Criador visualizada pelos telescópios.

Parêntese: O genial poeta Fernando Pessoa sonhou em versos: “Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Quero para mim o espírito (d)esta frase…”

Urano gira ao contrário da Terra e de Marte, o planeta vermelho. Urano e Marte são adversários siderais. O céu de Urano é ornamentado por 27 luas azuis, a lua dos namorados, apaixonados, dos amigados, amancebados, dos ficantes, dos amores impossíveis, desiludidos do amor, dos amores platônicos, dos que namoram por telepatia. aquela ingrata me abandonou…

As redes e as poltronas sociais são liberadas para todos, os marcianos, jupterianos, saturnianos, netunianos, ucranianos, plutonianos, sul-africanos, brasilianos, gregos e troianos. Transmitem, livremente, as sessões de surubas e bacanais do programa BBB. A mundiça adora.

A caterva vermelha de Marte decretou guerra interplanetária contra Urano, em meio à liberação das redes e dos alpendres sociais. Os vermelhos dispararam milhares de mísseis contra Urano. Os artefatos foram interceptados pelas forças de defesa de Urano. Centenas de manifestantes foram presos na Praça da Paz Celestial Vermelha, durante exibição do filme de Bob Marley, acusados de ações subversivas em favor da liberação da pamonha. A Souza Cruz faz campanha em favor do consumo de nicotina. Os cartazes dizem: “Nicotina faz bem aos pulmões e ao coração”. As autoridades de Urano liberaram o consumo de pamonha para fins medicinais.

Saibam vocês, magnânimos leitores, que antes de Elon Musk e Neil Armstrong os precursores das viagens interplanetárias foram paraibanos da gema, modéstia à parte. Eu digo e provo, porque não sou macho de mentira. Assim falou o mega poeta Augusto dos Anjos aos seus discípulos: “Vestido de hidrogênio incandescente,/vaguei um século, improficuamente,/ pelas monotonias siderais”. “Eu, filho do carbono e do amoníaco, (….)” Augusto era uma molécula ambulante.

Década de 1960, quando os russos lideravam a corrida espacial com Iuri Gagarin, um Zé lá da Parahyba: Zé Gomes Filho, meu ídolo Michael Jackson do Pandeiro, viajou para a lua, ele e seu parceiro Ary Lobo:

“Eu vou prá lua, mamãe eu vou morar lá/ saio no meu Sputnik do Campo do Jiquiá// Lá não tem juventude transviada/ os rapazes de lá não têm malícia/ quando há casamento na polícia/ a moça é que é sentenciada/ porventura se a mulher for casada/ enganar o marido a coisa é feia/ ela pega 10 anos de cadeia/ e o conquistador não sofre nada”. Ao pousar na cratera de São Jorge, o baixinho fez a declaração histórica: “Este é um pequeno passo para um Michael Jackson do Pandeiro lá da Parahyba, terra de cabra macho, e um grande lance para a humanidade”.

O campo do Jiquiá, onde pousou o Zeppelin, era a NASA de Pernambuco e Michael Jackson do Pandeiro foi o nosso Neil Armstrong.

*Periodista, escritor e quase poeta

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Você sabia que o Brasil é o país que mais cassa mandatos no mundo? Muitas condenações poderiam ser evitadas. Em tempos de eleições municipais, todo cuidado é pouco para partidos e candidatos.

Para alertá-los, o escritório da advogada Gabriela Rollemberg e a startup “Quero Voce Eleita” lançam, hoje, um manual sobre a publicidade institucional e as condutas vedadas e permitidas em ano de eleição. A publicação tem a intenção de orientar os gestores de forma prática sobre como conduzir a administração pública no processo eleitoral.

Na última terça-feira, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, escapou da cassação de seu mandato no TSE, mas foi condenado a pagar multa por publicações indevidas em site da administração. O tema é polêmico e já implicou em inelegibilidade para o ex-Governador do DF, Agnelo Queiroz.

Paulista - Prêmio Sebrae

O Brasil segue reunindo esforços para ajudar o povo gaúcho após fortes enchentes devastar grande parte dos munícipios do estado. Desde que o país se mobilizou em prol do Rio Grande do Sul, centenas de toneladas de donativos foram arrecadados em todas as regiões brasileiras. Para garantir que todas essas doações cheguem ao destino certo, de forma ágil e segura, o Governo Federal, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Casa Civil, Ministério da Defesa e demais órgãos federais, montou uma força tarefa responsável pela logística do material pelos modais aéreo e marítimo.

O Porto de Rio Grande, único do estado gaúcho aberto para operações, já recebeu cerca de 460 toneladas para as vítimas das enchentes. A maior parte dos donativos é composta por água mineral, vestuário, colchões, cobertas, produtos de higiene pessoal, de limpeza, dentre outros itens não perecíveis. A partir do recebimento no porto, os donativos são transportados até o cais público, onde são armazenados e distribuídos pela Defesa Civil do Estado, Exército, Marinha e demais entidades envolvidas.

Segundo o ministro do MPor, Silvio Costa Filho, todo material arrecadado no país tem sido transportado sem custos pelas empresas parceiras. “Essa força-tarefa é fundamental para amenizar as dificuldades que nossos irmãos gaúchos vêm passado. Vamos, juntos, continuar trabalhando pela reconstrução do Rio Grande do Sul”, destacou. “Seguimos firmes na colaboração dos trabalhos e no fortalecimento do estado”, acrescentou.

O recebimento de donativos ao Rio Grande do Sul segue em ritmo acelerado. A Portos RS, administradora dos complexos portuários do estado, estima que cerca de 1.480 toneladas de materiais sejam transportadas ao porto nos próximos dias. Segundo a empresa, são remessas que foram arrecadadas no Distrito Federal Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, e Pernambuco em dois navios, um total estimado de 25 contêineres de 40 pés carregados com doações, o que equivale a aproximadamente 700 toneladas.

Para o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, o trabalho colaborativo faz a diferença no momento de extremo desafio vivido pela população gaúcha. “Vivemos um dos episódios mais tristes da história do Rio Grande do Sul e sabemos que nesse momento a união é a melhor forma de superarmos tudo isso. O envio desses materiais até o complexo portuário do Rio Grande demonstra a solidariedade dos brasileiros. Como autoridade portuária não poderíamos ficar atentos apenas a situação dos portos sob a nossa administração”, destaca o presidente.

O envio eficiente de todo material só foi possível graças aos órgãos do governo e empresas que estão à frente da operação logística, considerando que boa parte das doações são realizadas por multimodais. As doações que saem das Bases Aéreas de Brasília e de Anápolis/GO, por exemplo, vão conteinerizadas ao Porto Seco de Anápolis, embarcam em composição ferroviária na Ferrovia Norte Sul direto ao Porto de Santos, onde são embarcadas para cabotagem. É uma verdadeira integração logística orientada para o Rio Grande do Sul.

“Todo o Brasil está mobilizado pelo Rio Grande do Sul. De norte a Sul, estamos juntos com união pela reconstrução do estado”, afirmou Costa Filho.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Com a participação de autoridades de diversos órgãos, a Comissão de Esporte e Lazer da Assembleia Legislativa de Pernambuco debateu, ontem, medidas que possam combater a violência em dias de jogos de futebol no Estado. A iniciativa foi proposta pelo deputado Pastor Júnior Tércio (PP), que preside o colegiado.

Para o parlamentar, medidas de combate à violência precisam ser adotadas urgentemente, como a instalação do reconhecimento facial e o reforço do policiamento, assim como a implantação de ações coercitivas, caso seja necessário. Júnior Tércio também se colocou contra a torcida única. “A cultura da paz e o respeito precisam prevalecer nos jogos de futebol, esse esporte que é uma paixão nacional, que une as pessoas. Não existe espaço para violência em nosso futebol”, destacou o deputado Pastor Júnior Tércio.

Ipojuca - Minha rua top

Por Edward Pena – repórter do Blog

O pedido da Advocacia Geral da União para manter a desoneração da folha de pagamento não beneficia os municípios. Isso porque o texto enviado ao Supremo Tribunal Federal, que pede um prazo de 60 dias, compreende apenas os 17 setores da economia e deixa as cidades de fora. Segundo a decisão que acabou com desoneração, as empresas deveriam ter pago ao INSS 20% sobre a folha de salários do mês de abril já no último dia 20.

O pedido por mais tempo, que preteriu as cidades, não foi recebido bem pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). De acordo com o presidente da entidade, Marcello Gouveia, as articulações seguem em Brasília para tentar nova decisão. “O governo pediu pra um prazo de 60 dias, mas citou apenas os 17 setores. Ele não fala em municípios na peça. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, está trabalhando fortemente para ter até segunda algum acordo também para os municípios”, disse ao blog.

“Tivemos uma reunião nesta semana com com o ministro Haddad, e o ministro Padilha. A reunião foi produtiva, mas no ponto da desoneração Haddad foi inflexível, intransigente. Depois, fomos para o Senado e o presidente Pacheco abraçou a nossa causa”, acrescentou Gouveia.

Caruaru - Geracao de emprego

O Brasil perdeu, nas últimas 24 horas, três grandes ícones do jornalismo esportivo: Washington Rodrigues, Antero Greco e Silvio Luiz. As mortes, que aconteceram em menos de 24 horas, deixam um vazio imenso no mundo das coberturas esportivas e geram comoção em todo o país.

Na noite de ontem, aos 87 anos, faleceu o radialista, repórter e comentarista Washington Rodrigues, mais conhecido como “Apolinho” ou “Velho Apolo”. Vítima de um câncer agressivo, ele lutava contra a doença há algum tempo.

Na madrugada de hoje, aos 69 anos, faleceu o jornalista Antero Greco. Ele estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, desde junho de 2022, em tratamento contra um tumor cerebral.

Já na manhã de hoje, morreu, aos 89 anos, o narrador esportivo Silvio Luiz. Ele estava internado no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, desde o dia 8 de maio, após sofrer um AVC durante a transmissão do jogo entre Palmeiras e Santos pela final do Campeonato Paulista.

Washington Rodrigues, Antero Greco e Silvio Luiz dedicaram suas vidas ao jornalismo esportivo, transmitindo paixão, emoção e conhecimento para gerações de torcedores. Seus trabalhos marcaram a história do esporte brasileiro e deixam um legado inestimável para o país.

Camaragibe Agora é Led

Amanhã, o senador Fernando Dueire (MDB) aguarda, no Sertão do Araripe, a governadora Raquel Lyra. Eles estarão em Bodocó ao lado do prefeito, Otávio Pedrosa, e do deputado estadual Jarbas Filho para formalizar a ordem serviço para a pavimentação da PE-560. A via é estratégica para toda região, ligando o centro à Vila de Sipaúba, onde reside mais da metade da população da cidade.

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

Há 90 dias, minha Nayla Valença e eu almoçamos com dona Fana, viúva do ex-deputado federal José Mendonça Bezerra, pai do deputado federal e ex-governador Mendonça Filho. A conversa foi tão boa, divertida e com bastidores tão interessantes, que resolvemos fazer um bis. No mesmo restaurante que ela adora: o Zio, do shopping Recife.

Adoramos dona Fana!

Vitória Reconstrução da Praça

O cantor, compositor e escritor Leoni se apresentará no Teatro do Parque, em Recife, no próximo dia 14 de junho. Com um show intimista, Leoni será acompanhado por seu filho, Antonio Leoni, na guitarra e nos vocais. O evento terá início às 18h30 e contará com a abertura da cantora e compositora independente Mayara Pera. O espetáculo, feito para que o público cante junto do começo ao fim, promete emocionar. Os ingressos podem ser adquiridos a partir de R$ 60 através do Sympla.

Leoni iniciou sua carreira nos anos 80 como membro fundador da Kid Abelha, atuando como baixista e principal compositor da banda. Após quatro discos de ouro e mais de 500.000 discos vendidos, deixou o grupo em 1986 para formar os Heróis da Resistência, assumindo o papel de vocalista. Com os Heróis, lançou três álbuns e conquistou outro disco de ouro. Em 1993, partiu para a carreira solo, tendo lançado sete álbuns.

No repertório do show, estarão presentes os sucessos de Leoni, algumas reinterpretações de seus contemporâneos, uma parceria de pai, filho e mãe, a Luciana Fregolente, e uma canção de Antonio Leoni. Entre as músicas mais conhecidas estão “Garotos II”, “Por que não eu?”, “Exagerado”, “Temporada das flores”, “Só pro meu prazer”, “A fórmula do amor”, entre outras.

O espetáculo ainda conta com o show de abertura de Mayara Pera. Cantora, compositora e produtora, com 15 anos de carreira como artista independente, ela traz consigo uma bagagem marcada pela irreverência e honestidade. Em 2009, Pera se destacou nos palcos com sua primeira banda autoral, Lulu Champagne. Após passar por esse e outros projetos musicais, ela retornou em 2017 com sua própria identidade artística, lançando singles e clipes independentes. Sua trajetória inclui colaborações com artistas recifenses e participações em diversos festivais.

Como uma forma de reconhecimento aos resultados obtidos pelas unidades de ensino do município do Paulista, a Secretaria Municipal de Educação realizou um evento de premiação de escolas municipais, na última segunda-feira, no auditório do Senac Paulista. A solenidade de premiação contemplou categorias como: resultados positivos quanto à pactuação de frequência no SAEPE e participação expressiva no SAEV; destaques docentes; atuação de gestão escolar; e ainda, premiação das unidades por proficiência.

Na plateia, o público foi formado por representantes das escolas municipais, através de suas equipes gestoras, supervisores e professores das turmas dos 2º, 5º e 9º anos. Na abertura, o público presente prestigiou a apresentação cultural com estudantes da Creche Escola Maria de Nazaré, de Jardim Paulista.

Os representantes das escolas foram chamados para receber a premiação, iniciando pelas quatro (4) escolas que atingiram 80% de frequência, seguindo por 21 que alcançaram 90%, 27 escolas que tiveram 100%, e uma com participação expressiva no SAEV. Além disso, ocorreram menções honrosas como premiação dos destaques docentes de 5 escolas; um reconhecimento da atuação na gestão escolar, e por fim, teve a premiação de seis (6) escolas por proficiência, nas turmas de 2º, 5º e 9º ano.

Na composição da mesa, estiveram presentes o prefeito Yves Ribeiro, a secretária de Educação, Kátia Clemente, o vereador Eudes Farias, o ex-secretário de Educação e atual Procurador Geral do Município, Geraldo Lima (representando o secretariado municipal) e a representante da Lyceum Consultoria e Programa Educar Para Valer, Patrícia Brum. Participaram ainda as secretárias executivas Rafaela Gomes, Patrícia Coruso e Danielly de Oliveira Bezerra.

O prefeito Yves Ribeiro parabenizou os representantes das escolas municipais que receberam a homenagem. Em seu discurso, ele ressaltou que o trabalho da gestão municipal em diversos setores, sobretudo na educação, tem o intuito de fortalecer e valorizar o conhecimento.

“Com 48 anos de vida pública, eu me sinto muito feliz de estar em Paulista como prefeito no meu 7º mandato, e saber que o concurso que fizemos em 2005 foi importante para essa cidade. Foi fundamental e hoje essa premiação é mais do que merecida, pois é um estímulo para que no próximo ano a gente tenha o dobro de escolas, porque vocês são grandes incentivadores para a gente mudar o mundo”, declarou o gestor municipal.

O ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, enviou um pedido ao Supremo Tribunal Federal, ontem, para que seja suspenso o efeito da medida liminar (provisória) que determinava o fim da desoneração da folha de salários de empresas de 17 setores da economia e dos municípios com até 156,2 mil habitantes. O pedido foi endereçado ao ministro Cristiano Zanin, autor da decisão que obrigava as empresas a pagarem ao INSS já em 20 de maio 20% sobre a folha de salários do mês de abril. As informações são do portal Poder360.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou em um discurso recente que o governo havia entrado no Supremo com esse pedido apenas para forçar uma negociação com o Congresso e com os setores afetados. O acordo político saiu em 9 de maio. Agora, A AGU pede que o STF suspenda o efeito da medida liminar até que o Congresso possa votar, em até 60 dias, o projeto de lei apresentado também ontem pelo senador Efrain Filho (União Brasil-PB).

Agora, trata-se de uma decisão do ministro Zanin, que tem poder para atender ou não ao Planalto. Caso a liminar permaneça válida até a próxima segunda-feira, as empresas não têm saída: precisam recolher os 20% sobre os salários de seus funcionários. Se o magistrado concordar em suspender a medida, aí fica valendo o acordo feito em Planalto e Congresso – que será depois oficializado quando o projeto de lei for aprovado.

Pelo acordo, neste ano de 2024 a desoneração permanece válida para os 17 setores da economia. No ano que vem, 2025, começa a ser aplicada uma alíquota de 5%. Esse percentual sobe para 10% em 2026, vai a 15% em 2027 e chega a 20% em 2028. Clique aqui e confira a matéria na íntegra.

A Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados aprovou, ontem, um projeto de lei de autoria do deputado federal Fernando Monteiro (PP) para dar mais agilidade aos trabalhos de gerenciamento de crise efetuados pela Defesa Civil.

O PL 1.983/2023 propõe que a Defesa Civil possa agir antes da ocorrência dos desastres naturais que a cada ano causam prejuízos e mortes no Brasil. “Os dispositivos legais já existentes não têm sido suficientes para respaldar e garantir essa intervenção nos cenários de risco iminente”, reforça o deputado. O projeto segue agora para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça.

Fernando Monteiro também tem investido recursos federais no desenvolvimento da tecnologia inovadora criada na UFPE e que produz água potável a partir do reaproveitamento da água da chuva. Mais do que isso, a captação da água da chuva nos reservatórios específicos impede que boa parte da água se infiltre no solo, evitando deslizamentos, principalmente nas áreas de morro.

O parlamentar já destinou R$ 1 milhão em recursos federais para o desenvolvimento da tecnologia, criada pela Startup Pluvi, incubada no Pólo Tecnológico e Criativo da Universidade Federal de Pernambuco. Já são 33 reservatórios instalados e funcionando no Alto da Telha, bairro de Passarinho, na zona Norte do Recife. Em seis meses, serão 75 reservatórios neste bairro.

“Na Região Metropolitana do Recife chove praticamente todos os meses. Usar a água da chuva ajuda a população a ter água na torneira e mitiga os riscos de infiltração do solo”, destaca. O trabalho do deputado Fernando Monteiro é para que o projeto se amplie e vire realizada em todo o Estado.

Por Diana Câmara*

A arrecadação prévia de recursos na modalidade financiamento coletivo de campanha, popularmente chamadas de vaquinhas, já pode ser realizada. Entretanto, a liberação de recursos por parte das entidades arrecadadoras fica condicionada ao cumprimento, pela candidata ou pelo candidato, dos seguintes requisitos: requerimento do registro de candidatura; inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); abertura de conta bancária específica destinada a registrar a movimentação financeira de campanha. Só após essas três etapas concluídas é que o então candidato irá poder fazer uso dos recursos recebidos em doação.

As regras que disciplinam a arrecadação e os gastos de recursos por partidos políticos e candidatas ou candidatos em campanha eleitoral e a prestação de contas à Justiça Eleitoral estão na Resolução TSE nº 23.607/2019. Esta norma diz que as doações de pessoas físicas e de recursos próprios somente poderão ser realizadas, inclusive pela internet, por meio de instituições que promovam técnicas e serviços de financiamento coletivo por meio de sítios da internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares.

O financiamento coletivo é uma possibilidade, não é obrigado o candidato ou a candidata adotar esse instrumento de captação de recursos para a campanha. Contudo, se adotado, deverá atender alguns requisitos.

Em primeiro lugar, é necessário que o pré-candidato escolha uma das empresas, instituição arrecadadora, que tenha realizado cadastro prévio na Justiça Eleitoral, observado o atendimento, nos termos da lei e da regulamentação expedida pelo Banco Central do Brasil, dos critérios para operar arranjos de pagamento. Não pode essa arrecadação coletiva ser realizada de forma artesanal e muito menos diretamente na conta do pré-candidato ou de algum apoiador. Apenas é admitido através de instituição arrecadadora devidamente cadastrada no TSE.

Como essa modalidade de arrecadação não é tão usual, tendo em vista que nem todos os candidatos optam por se utilizar dessa ferramenta, sempre há dúvidas de como funciona essa doação e, principalmente, quanto a questão das taxas. Vale explicar que todas as doações recebidas mediante financiamento coletivo deverão ser lançadas individualmente pelo valor bruto na prestação de contas de campanha eleitoral de candidatas ou candidatos e partidos políticos. Por outro lado, as taxas cobradas pelas instituições arrecadadoras deverão ser consideradas despesas de campanha eleitoral e lançadas na prestação de contas de candidatas ou candidatos e partidos políticos, sendo pagas no prazo fixado entre as partes no contrato de prestação de serviços.

Não obstante, havendo conta intermediária para a captação de doações por financiamento coletivo, a instituição arrecadadora deve efetuar o repasse dos respectivos recursos à conta bancária de campanha eleitoral da candidata ou do candidato ou do partido político (conta “Doações para Campanha”) quando esta for aberta.

Importante registrar que se não for solicitado o registro da candidatura, as entidades arrecadadoras deverão devolver os valores arrecadados às doadoras ou aos doadores na forma e nas condições estabelecidas entre a entidade arrecadadora e à pré-candidata ou ao pré-candidato. Isso aconteceu, por exemplo, na eleição presidencial de 2018 quando um candidato a presidente teve o seu registro de candidatura indeferido e o partido teve que lançar outro nome para a disputa, na oportunidade, os valores arrecadados não puderam ser aproveitados para o novo candidato, tiveram que ser devolvidas todas as contribuições.

Quando se fala em gastos de campanha a primeira coisa que o candidato deve ter em mente é: numa eleição o candidato não pode gastar sem limites. Digo isto pois, desde 2016, foi estipulado um limite de gastos para cada cargo em disputa, ou seja, há um teto que deve ser respeitado e não pode ser ultrapassado pelo candidato.

Assim, o valor máximo a ser arrecadado deverá ter por referência o limite legal fixado para doação para o cargo em questão, prefeito ou vereador, com a advertência de que o valor do limite é calculado pela soma de todas as doações realizadas no período eleitoral e a sua não observância poderá gerar aplicação de multa de até 100% do valor excedido. Assim, os valores arrecadados na vaquinha virtual jamais poderão ser superiores ao limite de gasto da campanha.

Para relembrar como começou o limite de gastos, com as alterações promovidas pela Reforma Eleitoral 2015 (Lei nº 13.165), o teto máximo das despesas dos candidatos foi definido com base nos maiores gastos declarados na circunscrição eleitoral anterior, no caso, as eleições de 2012. Uma tabela contendo os valores fixados para cada município foi divulgada antes das Eleições 2016. Esta lei estabeleceu ainda que nos municípios com até 10 mil eleitores, o limite de gastos ficaria de R$ 100.000,00 para prefeito e de R$ 10.000,00 para vereador. Este valor também serviu de parâmetro para os municípios em que os valores calculados foram inferiores a este teto mínimo.  De lá para cá, a cada eleição há o reajuste destes valores através da atualização do IPCA individualizado município a município.

Por fim, as pessoas físicas cada vez menos se interessam em realizar doações a políticos. Diante do descrédito da classe política, as doações de cidadãos são insuficientes para bancar campanhas eleitorais. Tanto é verdade que a instituição da crowdfunding, financiamento coletivo de campanha através de vaquinhas virtuais, de forma macro pode ser considerada um fiasco, tendo muitos candidatos optado por sequer criar sua plataforma de arrecadação temendo virar chacota pelo não engajamento dos seus apoiadores ou ainda dos seus eleitores. Entretanto, para candidatos que conseguem mobilização social e engajamento, a vaquinha virtual é um excelente instrumento de arrecadação para as campanhas.

*Advogada especialista em Direito Eleitoral, atual presidente da Comissão de Relações Institucionais da OAB/PE, membro fundadora e ex-presidente do Instituto de Direito Eleitoral e Público de Pernambuco (IDEPPE), membro fundadora da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP) e autora de livros.