Por Roberto Maciel – portal Opinião
O governador eleito do Ceará, Elmano de Freitas (PT), terá uma bancada bem expressiva para apoiá-lo na Assembleia Legislativa. O partido dele fez oito deputados (Diassis Diniz, Fernando Santana, Jô Farias, Juliana Lucena, Julinho, Larissa Gaspar, Missias do MST e Moisés Braz) e aliados conseguiram cinco cadeiras (Agenor Neto, Danniel Oliveira e Davi de Raimundão, pelo MDB; Renato Roseno, PSOL; Alysson Aguiar, PCdoB), sem contar as demais filiações que podem se aproximar, como as do PDT (13 deputados), PSD (três) e PSDB (uma). Assim, somam 30 entre 46 posições. Pode-se avaliar que, mesmo oscilante em algumas situações, esse desenho pode oferecer algum conforto e alguma segurança para Elmano.
Leia maisNão necessariamente nessa ordem
Três fatores devem ser considerados essenciais para a base que Elmano terá quando começarem os trabalhos em 1º de janeiro de 2023. O primeiro é o próprio Elmano – com 54,02% dos votos, somando 2.808.300. O segundo se chama Lula. No Ceará, o ex-presidente conseguiu 3.578.355 votos, representando 65,91% dos votos válidos. O outro foi Camilo Santana, com 69,76% das indicações dos eleitores, totalizando 3.389.513.
Ponte aérea
Na Câmara Federal, a bancada do Ceará terá 13 deputados (sim, 13!) com perfis potencialmente favoráveis a Elmano e nove alinhados com o bolsonarismo (os quatro do União e os cinco do PL).
Pai, filho e espírito eleitoral
Mais votado entre os deputados federais eleitos, o bolsominion André Fernandes (PL) inaugurou uma nova linha política no Ceará: o dos filhos que elegem pais. André recebeu 229.509 votos e, com isso, ajudou decisivamente a eleger o pai dele, Alcides, para a Assembleia Legislativa. Alcides, que obteve 79.207 votos, tem expressão magra no meio em atua profissionalmente – ele é pastor evangélico em Iguatu.
Pirou
Se houver fila do Sine em Miami (EUA), o ex-agente do FBI George Piro pode já começar a se encaminhar para lá. Personagem da campanha de Wagner Sousa, Piro traria para o Ceará tecnologias e métodos da política federal norte-americana. Era só conversa mole: acordo assim precisaria de aval dos governos brasileiro e dos EUA e dos senados dos dois países.
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