Eleições 2026: O que muda com Bolsonaro réu?

Por Antônio Lavareda

Da CNN Brasil

No nosso segundo programa mensal, que vai ao ar sempre no último domingo de cada mês às 22h45, analiso os últimos fatos relativos à eleição de 2026, na companhia da jornalista Clarissa Oliveira.

Dois terços dos brasileiros, como se vê no primeiro gráfico acima, entrevistados pelo Ipespe, pouco antes do anúncio da decisão do STF acolhendo a denúncia da PGR e colocando Bolsonaro como réu no processo da “trama golpista”, acreditam que ele será condenado; apenas 29% disseram o contrário.

Uma eventual condenação não mudará sua situação legal do ponto de vista eleitoral, posto que o ex-presidente se encontrava inelegível por decisão do TSE desde junho de 2023, mas certamente consolidará a convicção em muitos dos seus eleitores de que é preciso pensar em alternativas.

O que os políticos aliados fazem há algum tempo. Pesquisa Atlas recente apontou um empate estatístico na opinião pública a respeito: 47,1% acham que Bolsonaro deve indicar outro nome, enquanto 45,9% querem que mantenha sua candidatura.

Entretanto, as coisas não são simples assim. O segundo gráfico do Ipespe mostra que 40% do total esperam que Bolsonaro venha a ser beneficiado por anistia ou revisão do processo, adquirindo, portanto, condições de estar presente na urna. Entre os bolsonaristas, chega a 70%.

Esses números sugerem as consequências da decisão do STF. Bolsonaro, réu e com ampla expectativa de condenação, assistirá insatisfeito uma maior movimentação dos pré-candidatos do seu campo para ocupar o espaço legalmente vago.

Em seu favor, ele pode contar com a garantia de um comparecimento expressivo dos seus seguidores às ruas, animados pela expectativa de que poderá concorrer. A partir das manifestações que começaram no Rio e chegarão a São Paulo, combinadas com a campanha da anistia no Congresso, ele constrangerá os nomes da direita que se arvoram em disputar seu espaço.

O governador Tarcísio, ciente disso, fez-se presente em Copacabana, e certamente não faltará aos próximos eventos, a despeito dos desgastes a que se expõe nas redes, buscando assumir a posição de sucessor “natural”, absolutamente “leal”, e melhor posicionado nas pesquisas que os familiares do ex-presidente.

No ranking de presidenciabilidade, Lula sai na frente, mas Tarcísio ganha no saldo

No pelotão da frente, na resposta à indagação se, independente do seu voto, o eleitor acha que “seria um bom presidente”, Lula marca 40%, seguido por Tarcísio, com 35%, Haddad com 33%, e Eduardo Bolsonaro, com 30%.

O presidente fica cinco pontos acima do governador de São Paulo, mas na resposta contrária (“não seria”) Tarcisio tem vantagem de dez pontos: é apontado por 47%, ao passo que Lula por 57%.

Ou seja, considerando-se os saldos (“seria” menos “não seria”) o governador obtém o menor saldo negativo do ranking (-12 pontos), enquanto o presidente viria em segundo com -17 pontos. Ele tem ainda um grau de desconhecimento de 15 pontos, maior como se vê na tabela (16% versus 1% de Lula).

Esse ranking é resultado de uma mesma pergunta (que pode ser vista abaixo do gráfico) repetida para cada um dos dez nomes testados. Simples, compreensível e direta.

Como variável, a “presidenciabilidade” tem um grande poder preditivo, sendo reconhecida na literatura de ciência politica como um forte indicador do apelo do candidato, porque consegue sintetizar variadas percepções de atributos dos nomes testados (competência, preparo, integridade, capacidade de articulação, entre outras), além do grau de conhecimento dos mesmos.

Nessa etapa, para projetar a força futura de uma eventual candidatura, é muito mais eficaz que as perguntas de intenção de voto necessariamente baseadas em listas arbitrárias.

Índice CNN: Lula aprovado por 41%; para o incumbente, o que vale mesmo é sua aprovação

Como comentei no artigo anterior, para o candidato em cargo executivo que concorre sentado na cadeira que estará em jogo, a variável chave é a “aprovação” do seu trabalho, do seu governo, mais que qualquer outro indicador, incluindo a “presidenciabilidade” ou “intenção de voto”, que nesse caso específico (incumbente) sempre estarão estreitamente relacionadas a ela.

O Índice CNN de março — média de todas as pesquisas realizadas — mostra a “aprovação” caindo dois pontos em relação a fevereiro, chegando a 41%, e a “desaprovação” oscilando um ponto para cima, atingindo 54%.

Com esses números, seria impossível ao presidente se reeleger, caso a eleição fosse disputada em breve, independente da força eleitoral que os possíveis adversários tenham no momento. Para ele se mostrar competitivo precisará reconquistar 45% de aprovação. E aproximar-se dos 50% para voltar a ser visto como favorito.

Abordei no programa de fevereiro as causas do mergulho da popularidade do presidente. Agora, cabe um exame atento da evolução dos “saldos”. Ele nos mostra que a queda vem tendo sua intensidade reduzida. Janeiro foi o momento da grande inflexão, quando ele passou de +1 para -6, ou seja, um movimento negativo de 7 pontos. Em fevereiro, a queda foi menor, de 4 pontos (-6 para -10); e em março o novo recuo do saldo é de 3 pontos (-10 para -13).

Agregando-se outras informações, é plausível supor que a imagem do governo esteja no momento “deixando de piorar” e que possa vir a recuperar adiante pelo menos alguns pontos dos que teve na primeira metade do governo.

Por que digo isso? Independente das pesquisas, minha longa experiência anterior como consultor de opinião pública e de comunicação de governos aconselha a não se desprezar a “vantagem do incumbente”, onde se inclui o controle da agenda, a iniciativa das políticas públicas, a capacidade de se articular com os outros poderes, e a propaganda governamental. Assim, embora a inflação dos alimentos continue a fustigá-lo, o governo começou a reagir.

Melhorou para o Planalto o volume de notícias positivas no confronto com as negativas. O farto noticiário sobre iniciativas como a isenção do Imposto de Renda para até R$ 5.000, a divulgação do consignado para os celetistas, a intensa movimentação na mídia do novo Ministro da Saúde preenchendo o vazio anterior nessa área, a abertura de mercados na viagem do presidente ao Japão e Vietnã em companhia dos chefes do Congresso, são alguns exemplos nítidos.

Some-se a isso o início de forte publicidade online e off-line das ações do Lula 3.

IDP: Ratinho, Caiado e Lula se destacam na batalha das redes

Dois governadores chegaram ao topo do Índice Datrix dos Presidenciáveis em março, e pelos mesmos motivos: Ratinho Jr., do Paraná (IDP +14,71), e Ronaldo Caiado, de Goiás (IDP +13,61).

Segundo João Paulo Castro, cientista de dados da Datrix, eles são muito bem avaliados em seus estados e ainda pouco presentes nas discussões sobre política nacional — o que significa menor exposição a críticas e ataques. Ao contrário do incumbente, que segue sendo, disparado, o nome mais comentado nas redes entre os concorrentes de 2026 (cerca de 80% do volume total analisado). Lula já esboçou reação no ambiente das redes, e agora aparece na terceira colocação, com +10,53.

Popularidade digital tem dinâmicas diferentes das avaliações de governo, porque os “defensores” conseguem gerar mais volume de postagens e amplificar os elementos positivos nos algoritmos das redes sociais. Os movimentos do presidente têm deixado o jogo menos negativo para ele, mas é preciso entender como — e se — isso pode virar capital eleitoral no ano que vem.

Ratinho Jr., Caiado e Lula assumiram as primeiras colocações também porque dois nomes de destaque saíram do IDP em março. O cantor Gusttavo Lima anunciou que não vai concorrer a nenhum cargo em 2026 e, ainda no fim de fevereiro, a Justiça Eleitoral determinou a inelegibilidade de Pablo Marçal por oito anos.

Por fim, como ressalta João Paulo Castro, Tarcísio, que vinha se destacando no ranking nos dois primeiros meses do ano, quando sua popularidade parecia imune aos ataques direcionados ao principal aliado, Jair Bolsonaro, viu nesse momento seu índice sofrer forte inflexão, recuando de +28,97 em fevereiro para -1,6 em março.

João Paulo Castro aponta que isso ocorreu muito por conta da maior visibilidade de sua aproximação com o ex-presidente, e também pelo grande volume de críticas nas redes às ações da Polícia Militar paulista.

A Datrix lembra que a performance digital dos potenciais candidatos é medida de forma original nesse Índice com notas que vão de -100 a + 100, combinando três grandes dimensões: engajamento nas redes próprias dos presidenciáveis, comentários em páginas da mídia, de influenciadores e de outros políticos, e a tonalidade das postagens numa escala de muito positiva a muito negativa.

Milhões de dados das mais importantes plataformas (X, Facebook, Instagram, Threads, Bluesky, YouTube, entre outras) são extraídos e analisados com Inteligência Artificial).

Você pode assistir a esse programa e ao anterior no site da CNN.

Falta um ano e seis meses para a eleição de 2026.

Veja outras postagens

A Sudene realiza, amanhã, o evento “Diálogos do Desenvolvimento: Transnordestina e Pernambuco”. Com início às 15h30 na sede da autarquia, no bairro de Boa Viagem, o encontro tem o objetivo de se tornar um ambiente de debates para compartilhar desafios, perspectivas e soluções para viabilizar a conclusão da obra. Nesta edição, a Superintendência traz como pauta os desdobramentos do trecho da ferrovia em solo pernambucano.

O evento contará com a participação do Secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Eduardo Tavares, além do Secretário Nacional de Nransporte Ferroviário, Leonardo Cezar Ribeiro, vinculado ao Ministério dos Transportes, e do superintendente da Sudene, Danilo Cabral.

Maior financiadora da ferrovia, com aporte já realizado no valor de R$ 4,2 bilhões, a Sudene tem atuado como um dos principais agentes de estruturação do equipamento no Nordeste.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

Do UOL

Não é só uma ponte que separa as cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), cada uma em um lado do rio São Francisco, no sertão, que marca a fronteira entre os dois estados.

Com as mesmas condições climáticas, distância das capitais e do litoral, as vizinhas se desenvolveram de formas distintas, com decisões tomadas por políticos locais que moldaram suas histórias.

Os apartamentos luxuosos dos fazendeiros de Petrolina, na orla do rio, têm vista para Juazeiro, onde o padrão de vida é outro. Hoje, há 90 mil pessoas empregadas em Petrolina, e 48,6 mil em Juazeiro.

No Censo de 2010, a disparidade já era desproporcional à população. Em Petrolina, havia 3.284 pessoas com renda acima de dez salários mínimos. Em Juazeiro, 1.614.

A população do lado pernambucano é maior – com 386 mil pessoas em Petrolina e 237 mil em Juazeiro. Mas nem sempre foi assim. A cidade baiana era maior até os anos 1980. O crescimento populacional aconteceu quando surgiram oportunidades de trabalho do lado pernambucano do rio.

Nos últimos dez anos, especialmente por influência do ex-senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Petrolina recebeu R$ 464 milhões em transferências do governo federal, segundo levantamento do UOL. Juazeiro, por sua vez, teve só R$ 86 milhões.

Modelo de irrigação

O modelo adotado pela estatal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) nos projetos de agricultura irrigada nos dois municípios explica, em parte, essa diferença.

Em Petrolina, mais lotes foram distribuídos para pequenos produtores, que se beneficiaram do “boom” econômico na exportação de uva e manga. O PIB dos dois municípios foi de R$ 1,4 bilhão, em 2000, para R$ 14 bilhões em 2022.

A região é responsável por quase toda a exportação das duas frutas no Brasil. O clima é ideal para produtividade, com sol o ano todo e irrigação generosa.

Nos projetos da Codevasf em Petrolina, 14,8 mil hectares são lotes familiares. Em Juazeiro, são 5.900. A mão de obra é intensiva dos dois lados, com milhares de trabalhadores, mas mais agricultores enriqueceram em Pernambuco.

Esses projetos são instalados com dinheiro público, mas depois se tornam independentes financeiramente, concedidos a associações privadas. Os custos do bombeamento de água são rateados entre os produtores.

A região atraiu também investidores em outras áreas, tornando-se um dos principais polos de produção de vinhos do país após a tecnologia permitir a adaptação da uva ao semiárido.

Os padrinhos de Petrolina

A infraestrutura dos dois municípios foi influenciada pelo fato de Petrolina ter padrinhos políticos fortes em nível nacional, ao contrário de Juazeiro.

Petrolina era apenas a cidade de “passagem de Juazeiro” e, mesmo depois de emancipada, foi um município pequeno até os anos 1960, quando Nilo Coelho, filho de um influente fazendeiro local, tornou-se governador de Pernambuco.

Coelho prometeu “governar de costas para o mar”, e assim o fez. Em 1967, primeiro ano de sua gestão, ele conseguiu que o governo federal criasse a Suvale (Superintendência do Vale do São Francisco) para atender a região sertaneja. Sete anos depois, a superintendência virou a Codevasf.

Foi a influência da família que garantiu que, em 1979, o projeto mais bem-sucedido da companhia se instalasse em Petrolina — hoje, seu nome é Distrito de Irrigação Nilo Coelho. Em 2024, seus lotes produziram R$ 4,5 bilhões.

Moradores de Juazeiro lembram que a “queridinha” Petrolina ganhou, em 1968, a instalação de um porto, sendo que o rio é mais raso do lado de Pernambuco, ou seja, menos propício para atracar. O porto funcionou por pouco tempo, já que, em 1974, a barragem de Sobradinho, a 40 km da cidade, interrompeu a navegação no rio.

Nilo Coelho foi também senador e presidente do Senado. A rodovia BR-428, cujo traçado passa perto de Petrolina graças a ele, ganhou seu nome em sua homenagem. Em 1985, a cidade inaugurou um aeroporto, que também se chama Senador Nilo Coelho.

Outros da família Coelho, como os ex-prefeitos Guilherme Cruz de Souza Coelho, Augusto de Souza Coelho e José de Souza Coelho, integram a dinastia política.

O ex-senador Fernando Bezerra Coelho, sobrinho de Nilo, hoje é o líder político da família. No governo Dilma Rousseff (PT), foi ministro da Integração Nacional, responsável pelo projeto de transposição do rio São Francisco.

Seu filho, Miguel Coelho, foi prefeito de Petrolina entre 2017 e 2022.

Rivais, mas nem tanto

Apenas no Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, foram 15 vezes mais recursos enviados para o município pernambucano do que para o baiano entre 2014 e 2024.

A rivalidade, porém, não é maior que a colaboração entre as cidades. Muitos serviços de saúde e educação acabam sendo usados pela população dos dois lados, e as atividades produtivas caminham juntas.

Por isso, muitos indicadores econômicos e sociais são parecidos. O salário médio dos trabalhadores formais é o mesmo, de dois salários mínimos, e a população ocupada é de cerca de 20% nas duas cidades.

As nove instituições de ensino superior de Petrolina atendem também moradores de Juazeiro, onde há apenas cinco faculdades. E o mesmo vale para o sistema de saúde, já que a cidade baiana tem 337 estabelecimentos médicos, e Petrolina, 820.

Juazeiro não tem ruas largas e grandes obras como sua vizinha pernambucana. Na periferia, as ruas não têm asfalto. Mas a cidade também é um polo de desenvolvimento, com 28,3 mil hectares de área irrigada em projetos da Codevasf, além de outros empreendimentos.

Para os moradores da região ouvidos pelo UOL, prevalece o companheirismo eternizado no forró de Jorge de Altinho: “Petrolina, Juazeiro / Juazeiro, Petrolina / Todas as duas eu acho uma coisa linda / Eu gosto de Juazeiro / E adoro Petrolina”.

Dulino Sistema de ensino

Acabei de checar e aprovar o estúdio e o cenário do meu podcast ‘Direto de Brasília’, parceria do meu Blog com a Folha de Pernambuco, que estreia amanhã, tendo como convidado o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que acumula no Governo Lula o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Terá duração de uma hora, das 18 às 19 horas, com transmissão pelo YouTube da Folha e deste blog. O podcast será transmitido também pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Bahia e Alagoas, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, integrante do Grupo EQM. Ainda no Nordeste vão se integrar na transmissão a Rede Mais, pool com 14 emissoras na Paraíba, à frente o jornalista Heron Cid, que incluiu também a TV Mais, da sua rede, na transmissão.

Já em Alagoas, a transmissão do podcast será feita pela TV Gazetta News, do Grupo Collor, e pela Rede Francês de Rádio, do empresário João Caldas, pai do prefeito de Maceió, JHC. Por fim, no Ceará o grupo parceiro será a Rede ANC, formada por mais de 50 emissoras no Ceará, que reproduzirá também no seu YouTube e nas redes sociais.

Ipojuca No Grau

A prefeitura de Palmares está pavimentando mais de um quilometro no Engenho Lajedo, um investimento que trará mais mobilidade e qualidade de vida para a população. Essa obra se soma a uma série de melhorias que já chegaram à comunidade, como a nova iluminação em LED, a reforma da escola municipal e a ampliação da Unidade Básica de Saúde. O trabalho do prefeito Junior de Beto (PP) na Zona Rural mostra que ele está cumprindo uma das principais promessas de campanha, não fazer distinção entre o centro e o campo.

Caruaru - IPTU 2025

Por Larissa Rodrigues – repórter do blog

Defensora aguerrida da gestão Raquel Lyra (PSD), a deputada Débora Almeida (PSDB) passou por um constrangimento durante a audiência pública da Comissão de Administração, na manhã de hoje, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

O colegiado convocou o secretário de Educação do Estado, Gilson Monteiro Filho, para explicar os problemas na pasta e há vários estudantes e profissionais no encontro.

Ao afirmar que a educação “é uma prioridade do Governo Raquel Lyra”, Débora Almeida levou uma vaia do público e alguns estudantes se levantaram do chão, onde muitos estão sentados, para confrontar a parlamentar. O local está lotado.

O presidente da comissão, Waldemar Borges (PSB), pediu que a plateia se acalmasse e respeitasse o momento de cada pessoa falar. Débora encerrou destacando que a Casa é democrática e todos os lados têm o direito de se manifestarem.

Os deputados estão fazendo vários questionamentos para o secretário. Os principais problemas expostos são a merenda escolar, o atraso nos kits escolares e a desorganização no Programa Ganhe o Mundo.

Camaragibe Cidade do Trabalho

Por Larissa Rodrigues – repórter do blog

O Plenário Sérgio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), está lotado, na manhã de hoje, para acompanhar a audiência pública da Comissão de Administração, que convocou o secretário de Educação do Estado, Gilson Monteiro Filho, o terceiro a assumir a secretaria neste Governo.

Os deputados convocaram o gestor para dar explicações sobre os diversos problemas que a pasta vem enfrentando, como a dispensa de licitação para a merenda, o atraso na entrega dos kits escolares e as inúmeras dificuldades pelas quais estão passando os estudantes selecionados para o Programa Ganhe o Mundo.

Neste momento, o secretário escuta os questionamentos dos parlamentares. Além do presidente da comissão, Waldemar Borges (PSB), estão presentes os deputados Sileno Guedes (PSB), Dani Portela (PSol), Antônio Coelho (UB), Júnior Matuto (PSB), Rodrigo Farias (PSB), Renato Antunes (PL), Mário Ricardo (Republicanos), Cayo Albino (PSB) e Joel da Harpa (PL). Também estão no local três defensores da gestão, a líder da bancada do Governo, Socorro Pimentel (UB), Débora Almeida (PSDB), Joãozinho Tenório (PRD) e Rosa Amorim (PT).

O líder da bancada de oposição, deputado Diogo Moraes (PSB), criticou algumas informações passadas pelo gestor. “O que a gente vê aqui é uma sucessão de erros elementares. Quando a gente fala em merenda e kit escolar, a gente sabe que tem um calendário e que todo ano vai haver. Mas estamos com o terceiro secretário e as coisas ainda estão acontecendo. É um atestado de incompetência”, afirmou Diogo Moraes.

Durante a audiência, alguns estudantes gritaram “Gilson Monteiro tem que escutar, os estudantes querem estudar”. Também já foram feitas manifestações do público sobre a merenda.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

Poder360

Pesquisa divulgada pela AtlasIntel, hoje, mostrou que a desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de 53,6%, contra 44,9% de aprovação. Outros 1,5% responderam “não sei”. No levantamento divulgado em março, a desaprovação do presidente foi de 53%, e a aprovação, 45,7%.

A pesquisa foi realizada pela Latam Pulse, Bloomberg e AtlasIntel. Os dados foram coletados de 20 a 24 de março de 2025, em formulários on-line aleatórios. Foram entrevistadas 4.659 pessoas. A margem de erro é de 1 ponto percentual e o intervalo de confiança é de 95%.

Quando perguntados sobre a avaliação do governo, 49,6% dos entrevistados avaliaram a gestão como ruim/péssima, enquanto 37,4% disseram ser ótima/boa. Outros 12,5% disseram que a gestão federal é regular. 0,5% responderam “não sei”. Em março, 50,8% avaliaram o governo como ruim/péssimo, enquanto 37,6% disseram ser ótimo/bom.

ELEIÇÕES

A pesquisa mostrou que Pablo Marçal (PRTB) e Jair Bolsonaro (PL) ganham de Lula em um eventual 2º turno nas eleições de 2026. O petista empata tecnicamente com Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ganha em todos os outros cenários. Leia as comparações:

  • Pablo Marçal (PRTB) 51% X Lula (PT) 46%; 
  • Jair Bolsonaro (PL) 48% X Lula (PT) 46%;
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos) 47% X Lula (PT) 46%;
  • Ronaldo Caiado (União Brasil) 37% X Lula (PT) 47%;
  • Eduardo Leite (PSDB) 36% X Lula (PT) 46%;
  • Romeu Zema (Novo) 25% X Lula (PT) 44%.

As porcentagens faltantes para completar 100% são provenientes votos branco/nulo/não sei.

Toritama - Prefeitura que faz

Às vésperas do Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, celebrado amanhã (2), o programa Hora H, transmitido pela TV Norte Paraíba e apresentado pelo jornalista Heron Cid, reuniu especialistas em TEA – Transtorno do Espectro Autista para esclarecer e tirar dúvidas dos telespectadores sobre o tema.

Durante o debate, foram abordados temas como o diagnóstico, o tratamento, o acesso à inclusão e os desafios das pessoas autistas e suas famílias! Além de muitas informações, o programa transbordou emoções. Entre os convidados, o filho de Heron, Bemjamim, de 9 anos, criança autista, que fez questão de participar e deixar uma mensagem. Clique no link e confira, está emocionante!

Palmares - Outlet

Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) deveriam assistir com atenção a explanação do secretário estadual de Educação, Gilson Monteiro, em sabatina na Assembleia Legislativa, hoje. Basicamente, podemos resumir que quase todos os problemas na Secretaria, na visão do secretário, se devem a cautelares do TCE que paralisaram processos. Gilson chegou a citar nominalmente alguns conselheiros. Em um dos pontos mais dolentes, Gilson disse que o programa ‘Ganhe o Mundo’ está atrasado por interferências do TCE.

Especialistas e pesquisadores científicos estão preocupados com as doenças ocasionadas pela má qualidade do ar, em especial o mofo em ambientes internos. Segundo artigo divulgado durante encontro realizado na última semana, várias pesquisas mostram que, nestes tempos de crise climática, com enchentes e incêndios fora de controle, a atenção para focos de mofo e fungos (seja em casa ou local de trabalho) é importante para evitar problemas de saúde que vão além de micoses, alergias e inflamações na população.

Para Nelzair Vianna (foto), pesquisadora em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estudos recentes confirmam que a exposição a esse ambiente no médio prazo pode resultar em quadros mais graves de doenças diversas. De acordo com ela, a exposição ao mofo pode danificar as vias aéreas pela presença de toxinas, levar a problemas pulmonares e demência. Além disso, uma infecção fúngica no cérebro (meningite) se não for tratada adequadamente pode resultar em sequelas graves e até a morte, mas, segundo ela, casos como estes infelizmente têm sido subdiagnosticados.

A pesquisadora defendeu uma mudança de paradigma, visto que já existem evidências científicas sobre a transmissão de doenças pelo ar. Segundo ela, com a tecnologia atualmente disponível, é possível controlar mais estas doenças por meio de técnicas já disponíveis para melhorar o ar interno e as condições gerais do ambiente. Na visão de Nelzair, infecções fúngicas não consistem só em um problema médico, precisam da colaboração de outras áreas, como a engenharia, e medidas práticas como filtragem do ar, uso de máscaras e sistemas de ventilação adequados.

Frederico Paranhos, da MofoPro, unidade da empresa Ecoquest, ressaltou que na última década foram desenvolvidas diversas tecnologias para a prevenção da formação do mofo em locais públicos, escritórios e residências. Ele alertou que produtos químicos apenas reduzem a presença visível do mofo, mas não eliminam completamente o foco e que se a fonte de umidade não for tratada, o mofo tende a voltar em menos de três meses – tornando a solução temporária e aumentando os custos de manutenção em até 40% em cinco anos.

O engenheiro Leonardo Cozac, CEO da Conforlab Engenharia Ambiental, destacou a importância de um diagnóstico preciso e da adoção de soluções eficazes para combater o mofo. “A poluição do ar interno ainda é um problema subestimado, apesar de seus impactos diretos na saúde humana e na segurança dos ambientes”, frisou. O grupo defende a realização de mais pesquisas e maior atenção por parte do poder público para com esses problemas, que atingem desde locais diversos de trabalho até as próprias residências dos cidadãos.

Veja Online

Inelegível por decisão da Justiça Eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) venceria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Distrito Federal, caso pudesse enfrentar o petista nas urnas. É o que aponta levantamento publicado hoje, pelo instituto Paraná Pesquisas.

Segundo a pesquisa, Bolsonaro lidera com 40,3% das intenções de voto, contra 23,5% de Lula. Neste cenário, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), aparece com 11,2%, tecnicamente empatado com o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), com 8,6%.

Na simulação com Michelle Bolsonaro na disputa ao Planalto, a ex-primeira-dama também venceria Lula, com margem mais apertada. Ela aparece com 31,4% dos votos e o petista com 23,6%, enquanto Caiado fica em terceiro com 17,1% do eleitorado.

Tarcísio empata com Lula no DF

Se o candidato do bolsonarismo em 2026 fosse o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a situação no primeiro turno seria de empate técnico com o presidente Lula no Distrito Federal.

Neste cenário, Lula lidera numericamente com 24,3% dos votos, enquanto Tarcísio fica com 24,1% do eleitorado. Fora do empate na liderança, Caiado aparece na sequência, com 18,4% das intenções de voto.

O instituto Paraná Pesquisas entrevistou 1.600 eleitores no Distrito Federal entre os dias 21 e 25 de março de 2025. O grau de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é estimada em 2,5 pontos percentuais (pp) para mais ou para menos.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Após uma semana fria, com os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos) e Davi Alcolumbre (UB), respectivamente, em viagem à Ásia com o presidente Lula (PT), o Congresso Nacional deve trabalhar intensamente nos próximos dias. Uma série de assuntos expressivos devem caminhar durante a semana nas comissões das duas Casas Legislativas.

Um dos assuntos mais polêmicos, e que está ganhando total empenho da oposição, é o pedido de anistia para os golpistas do 8 de janeiro. Com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarado réu na Justiça, os parlamentares da sua base aliada tentam dar impulso a algum projeto pela anistia. Motta tem reunião com líderes partidários, hoje, para discutir o andamento das propostas na Casa.

Também hoje, o relator do projeto que vai definir o funcionamento do Comitê Gestor do novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), senador Eduardo Braga (MDB-AM), item de regulamentação da Reforma Tributária, vai a um almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo discutir o texto. Amanhã, ele deve apresentar o seu plano de trabalho na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Outro ponto de interesse do Governo Lula e que pode entrar em discussão no Congresso ainda esta semana é o projeto para aumentar a faixa de isenção do imposto de renda. A expectativa é de que o presidente da Câmara possa anunciar quem vai relatar o projeto na Casa.

Por fim, a proposta de reforma do Código Eleitoral que tramita no Senado, relatada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), deve começar a ser discutida amanhã, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa Alta. Para ter efeito já nas eleições de 2026, ela precisa ter sua tramitação concluída na Câmara e no Senado até o início de outubro deste ano.

O texto deve ser analisado nos próximos meses. A última versão do parecer altera normas como o prazo para um parlamentar ficar inelegível e de desincompatibilização. Também estabelece uma reserva de 20% das vagas na Câmara e no Senado para mulheres.