
Assinatura de veículos e outros análises
O mercado de automóveis tem passado por vários perrengues. Aí, o consumidor se vira e vai atrás de novidades como o serviço de assinatura – que já representa 8% de todos os carros alugados no Brasil. É um serviço mais vantajoso em relação à compra de um automóvel? Bem, já comentamos sobre isso aqui na coluna. Um carro não custa apenas o valor total. Por trás dessas cifras, existe o gasto com manutenção, seguro, documentação e revisões. Além disso, há outro custo invisível: o tempo para gerir a emissão e atualização de IPVA, a cotação, contratação e renovação de seguro e as idas e vindas a oficinas e concessionárias em caso de reparos ou revisões. “O consumidor enxerga o veículo como um objeto de mobilidade e, para isso, busca junto com a assinatura um alto nível de serviço que garanta sua comodidade, tranquilidade e segurança”, afirma André Campos, CEO e um dos fundadores da empresa For You Fleet, locadora de veículos por assinatura. Fique, então, atento.
Leia maisElétrico é 10 vezes mais eficiente – Existem diferentes maneiras de medir o impacto do uso de um automóvel em relação ao aquecimento global. Para especialistas, a melhor maneira de calcular a emissão de um automóvel é somando os gases que o veículo emite pelo escapamento mais o impacto que a produção do seu combustível provoca no meio ambiente. É a famosa equação “do poço à roda”.
Interessante observar que um mesmo modelo de carro pode apresentar resultados diferentes dependendo do mercado. Esta oscilação ocorre devido a variações, entre elas, a da matriz energética daquele país. No Brasil, por exemplo, a gasolina conta com até 27% de etanol em sua composição e existem carros que podem rodar apenas com o combustível vegetal. Outro fato é que 84% da energia elétrica vem de fontes renováveis, como a hídrica, a solar e a eólica. Tudo isso cria perspectivas diferentes para cada tecnologia de propulsão.
Aqui, o carro elétrico vira uma opção ainda mais sustentável. Mais que o carro híbrido e mais que o flex (por exemplo: gasolina 100%, flex 79%, híbrido flex 57% e elétricos 10%). A conta leva em consideração a média de eficiência energética dos automóveis comercializados no país e participantes do programa de etiquetagem veicular do Inmetro, tendo os resultados comparados com um carro puramente a gasolina.
Os cálculos foram feitos de acordo com uma metodologia inovadora elaborada pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), que aplica a intensidade de carbono da matriz energética local.
“Dentro do conceito do poço à roda, tanto um veículo flex quanto um híbrido trazem ganhos ambientais importantes em relação a um movido puramente a gasolina. Já um carro elétrico é cerca de 10 vezes mais eficiente, em média, até porque é o único que consegue conciliar a eficiência do motor elétrico com a matriz energética predominantemente limpa do Brasil. Tudo isso porque o EV roda em tempo integral no modo zero emissão – nem escapamento tem”, explica Luiz Gustavo Moraes, gerente de regulamentações da GM América do Sul.
O segmento dos carros 100% elétricos é o que mais cresce no mundo. Representaram mais de 7% das vendas de automóveis e comerciais leves em 2021. Políticas voltadas à redução de emissões, maior conhecimento dos benefícios dos carros zero emissão e o aumento no preço dos combustíveis são fatores que contribuem para o maior interesse global pelos EVs, assim como a maior oferta de modelos e a redução da diferença de preço em relação aos demais tipos de automóveis.
A tendência é que a venda de veículos elétricos e eletrificados continue a crescer também no Brasil. Estudo do BCG divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê que dois terços dos veículos vendidos no país serão eletrificados até 2035, caso as empresas sigam por aqui tendências globais.

Blazer elétrica é revelada – A Chevrolet acaba de mostrar o SUV Blazer EV, modelo para seguir a meta de oferecer veículos zero emissão da marca e ingressar em um segmento de crescimento global: o dos SUVs elétricos premium. O Blazer EV tem estreia prevista para meados do próximo ano nos Estados Unidos. Logo depois, será lançado em outros mercados importantes, como o brasileiro. O mais novo SUV elétrico da Chevrolet se destaca pelo visual esportivo e tecnologias inovadoras de bateria e propulsão. O carro vai ser ofertado em múltiplas configurações de acabamento e desempenho, incluindo uma com mais 530 quilômetros de autonomia. Terá variáveis com tração dianteira, traseira ou integral (AWD). Entre as versões disponíveis, estarão as mais emblemáticas da Chevrolet, como a RS, focada em design, e a SS, que agrega mais performance. Será a primeira vez que a marca terá um veículo elétrico com esse diferencial. O Blazer EV fará parte de uma nova geração de veículos elétricos que inclui o SUV Equinox EV e a picape Silverado EV, cada qual em um estágio diferente de desenvolvimento. Atualmente, a Chevrolet comercializa globalmente modelos como o Bolt EV e o Bolt EUV.

Fiat Fastback – A Stellantis, como no lançamento do Pulse, vem soltando aos poucos os detalhes do novo SUV da Fiat: o Fastback. A imagem divulgada foca novamente no design externo, mostrando a silhueta alongada, com capô maior e traseira levemente levantada próxima ao porta-malas. O modelo é cria do Design Center South America.

Frontier S com motor 2.3 biturbo – A Nissan acaba de pôr nas concessionárias a versão de entrada da sua consagrada picape. A S, primeira na escadinha da SE e XE, já ano/modelo 2023, custa R$ 238.290 e traz as mudanças visuais das demais. E um 2.3 diesel biturbo, igual às parceiras, mas com 163cv (contra os 190cv) e torque de 43,3kgfm (e 45,9 kgfm) e câmbio manual de 6 marchas. Com tração 4×4, claro. O pacote de conforto e segurança é relativamente bom: 6 airbags, bloqueio de diferencial mecânico, controles de descida, de tração e estabilidade e auxílio de partida em rampa. A capacidade de carga chega aos 1.054 litros (1.043kg).
Civic Type R – A japonesa Honda revelou, enfim, a nova geração do Civic Type R – previsto para chegar ao Brasil no ano que vem. A versão usa, segundo a marca, o motor turbo 2.0, com transmissão manual de 6 velocidades, e deve ser a mais potente e rápida vendida no Brasil. Na verdade, os japoneses o festejam como o carro com tração dianteira mais veloz em todo mundo – testado em Nürburgring e Suzuka.
Preço da gasolina cai – Na primeira quinzena de julho, o preço médio da gasolina sofreu grande retração em comparação com o mês de junho. Isso é fruto da redução do ICMS e do PIS/Cofins? Bem, o valor médio da gasolina no país fechou o mês em R$ 6,641, segundo levantamento exclusivo feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas. “Como esperado, a redução do ICMS e do PIS/Cofins resultou neste recuo. Em alguns estados, a queda na bomba superou um dígito, como em Goiás, onde o preço médio caiu em média R$ 1,351”, explica Marcelo Braga, gerente de Produtos e Frotas da ValeCard. Obtidos por meio do registro das transações realizadas entre os dias 1º e 13 de julho com o cartão de abastecimento da ValeCard em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram que os estados brasileiros que registraram as maiores quedas foram Goiás (-18,17%), DF (-17,78%), RJ (-16,63%), PR (-15,77%) e MG (-14,47%). Nenhum estado apresentou altas nos preços, mas as quedas mais tímidas ficaram com AM (-4,90%), MA (-3,88%) e RR (-2,55%).

Recife e seus pilotos – Você gosta de história, de carros antigos, de fotografia? Fique ligado: o Palácio do Comércio vai receber uma exposição sobre a história do automobilismo no Recife, com imagens de diversos circuitos urbanos que aconteciam na cidade entre os anos de 1950 e 1990. Além de fotos, também serão expostos troféus, macacões e vários outros objetos relacionados ao automobilismo recifense. A exposição será promovida pelo piloto Ricardo Bandeira de Melo, que faz parte da terceira geração de pilotos da sua família, em parceria com a Associação Comercial de Pernambuco. Ricardo, entusiasta do automobilismo, trará seu carro de corrida da Paraíba exclusivamente para compor a exposição. Vale reforçar: ele mostrará troféus do acervo de sua família e de vários outros pilotos que fizeram história nas pistas da cidade. A mostra abre no dia 28 de julho, às 17h, no Palacete da Associação Comercial de Pernambuco.

Triumph TE-1: o protótipo – A marca inglesa fabricante de motos Triumph anunciou a conclusão do projeto de desenvolvimento elétrico TE-1, com a apresentação dos resultados finais dos testes de protótipo que superam os objetivos do projeto e demonstram o sucesso da iniciativa.
Autonomia de 161 km – O protótipo superou a autonomia real das motocicletas elétricas equivalentes disponíveis hoje no mundo, com um alcance de 161 km.
Potência – O protótipo TE-1 oferece um incrível padrão de aceleração, levando apenas 3,6 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h.
Carregamento – É de 20 minutos (0-80%), mais rápido do que as motocicletas elétricas equivalentes de hoje.
Peso-potência – Com 220 kg, é 25% mais leve do que motocicletas elétricas comparáveis disponíveis.
Shineray Jef 159s – A montadora chinesa com sede em Pernambuco confirmou a nova Jef 150s, uma alternativa para disputar mercado com as Honda CG 160, Yamaha Factor 150 e Haojue DK 150 etc. Ela tem motor monocilíndrico de 10,3cv 1,4 kgf.m de torque. O foca ao contrário, no chamado visual e linha esportivos (rodas de liga leve e setas em LED).
Setor valoriza menos – O segmento de motocicletas manteve a tendência de alta dos primeiros cinco meses de 2022. No entanto, junho registrou uma variação menor no aumento dos preços novas, seminovas e usadas, de acordo com o Monitor de Variação de Preços da KBB Brasil. Segundo o levantamento, as 0km tiveram 1,37% de aumento médio, enquanto as seminovas (até 3 anos de uso) valorizaram 1,41%. Já as usadas (de 4 a 10 anos) registraram alta de 1,41%, em média. No entanto, o aumento médio mensal se manteve em 1,02% para as 0km, 1,41% para seminovas e 2,32% para usadas. No caso das motos 0km, o MVP observou que os modelos 2023 valorizaram 1,31% ante o 1,22% apontado em maio.

Sistema de suspensão – Se preparando para voltar de carro das férias, com mulher, menino, cachorro e papagaio? Fique atento aos sinais que amortecedores, molas, coxins, pivôs e buchas dão na viagem (ou antes, claro, o que é melhor). O sistema de suspensão, quando comprometido, pode levar à perda de estabilidade – e com isso, acidentes – e ao desconforto. Por isso, Nakata montou um pequeno guia de dicas.
Os amortecedores são os protagonistas da suspensão. E podem acelerar o desgaste de outras peças do sistema, como os pneus.
Vazamentos de fluido, ruídos ao passar por buracos, balanço em excesso nas frenagens e arrancadas e perda de estabilidade em curvas podem indicar sinais de comprometimento dos amortecedores.
Para ajudar a absorver os impactos sofridos pela suspensão, há as molas. Ferrugem, trincas, batidas entre elos, desnível ou arriamento da carroceria apontam problemas nestas peças, comprometendo o comportamento do veículo.
Vibrações e ruídos sentidos na carroceria podem indicar danos no coxim do amortecedor, bucha de bandeja ou barra estabilizadora.
Já um pivô quebrado pode desmontar a suspensão. Por isso, é importante avaliar suas condições e observar se não está com folga excessiva. É bom analisar também o estado da coifa de proteção.
Bieletas com folga ou dano nas coifas devem ser substituídas, pois são fonte geradoras de ruído no automóvel.
Qualquer componente do sistema de suspensão que apresenta folga vai ocasionar alteração nas condições da geometria da direção, comprometendo a dirigibilidade e desgastando prematuramente os pneus.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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