Tank 300: a ‘arma’ da GWM na ‘guerra’ dos SUVs híbridos off-road

A chinesa GWM pôs na última sexta (4) no ‘front’ do mercado brasileiro de SUVs o seu novo ‘carro de combate’: o Tank 300 Hi4T. E com a pretensão de vencer a guerra — ou, nesse caso específico, liderar o segmento de utilitários-esportivos on ou off-road na faixa de preços de R$ 300 mil para cima. Bem, o Tank 300 Hi4T demonstra, já de cara, capacidade de estratégia: mais de 250 brasileiros fizeram pré-reserva sem ao menos vê-lo ou sequer saber seu preço. E a meta era negociar 100 unidades. Com isso, só nesse processo arrecadou R$ 1,8 milhão. Bem, para acabar com a curiosidade: quem o reservar até o dia 30 de abril (mediante pequena entrada) vai pagar R$ 333 mil. O Tank 300 é do tipo híbrido plug-in (exige uso de tomada elétrico) e tem motor 2.0 turbo com 394 cavalos de potência, com torque de 76,4 kgfm.
Mesmo com suas 2,6 toneladas, vai de 0 a 100 em 6,2 segundos. Com nove marchas, faz 14,5km por litro na estrada e 12,5 na cidade, com os dois motores em funcionamento. O motor elétrico permite uma condução urbana bastante suave e garante pelo menos 100km de autonomia, obtida na regeneração de energia na redução da velocidade e frenagens. O SUV híbrido plug-in da GWM combina um motor 2.0 turbo a gasolina com um motor elétrico dianteiro, entregando 394 cv de potência e 750 Nm de torque. Sua bateria de 37,1 kWh garante autonomia elétrica de até 75 km (pelo padrão Inmetro) ou 106 km (pelo padrão WLTP). Com tração 4×4 (modos 2H, 4H e 4L), 9 modos de condução e condução semi autônoma nível 2+, o Tank 300 estabelece um padrão diferenciado de performance e segurança no segmento.
Ele lembra alguns off-roads que já estão no mercado, mas tem algo a mais: anda no asfalto, na lama e em outros tipos de terreno com o mesmo desempenho e com o conforto de um carro de luxo. Mas além de toda força, o Tank 300 tem um diferencial: é confortável. Não existe a possibilidade dele bater em um buraco ou qualquer outro obstáculo e passageiros e motoristas sentirem “a pancada”. Tem três camadas de vidro e de borrachas no fechamento de suas estruturas, para reduzir o ruído do motor e do próprio deslocamento do carro.
Leia maisStrada e Argo lideram vendas em março – A Fiat encerrou o mês passado com dois modelos entre os mais vendidos do país. A Strada permanece na liderança, com 10.254 unidades emplacadas e 5,5% de market share, e o Argo conquistou a segunda colocação, com 8.248 emplacadas e 4,5% de market share. A Fiat segue como líder absoluta do mercado brasileiro, com 21% de market share e 38.875 unidades emplacadas em março, mais de 8 mil à frente da segunda colocada. Além da Strada, a Fiat também se destacou com outra picape, a Toro, que vendeu 3.629 unidades. Com isso, a Fiat lidera entre as picapes com 39,5% do segmento. No segmento hatch, além da conquista do Argo, o Mobi também foi destaque no mês de março. O modelo registrou 4.682 emplacamentos, colocando a Fiat na liderança da categoria, com 28,7% de segment share. A marca também liderou em vans, com a Fiorino sendo o veículo comercial mais vendido do mês, com 1.732 unidades e 77,2% entre as B-Van.
O novo Mustang GT manual – A Ford revelou a primeira imagem externa do Mustang GT com transmissão manual, depois de divulgar um teaser da manopla do câmbio com a placa numerada que personaliza cada exemplar da edição limitada de 200 unidades. A nova foto, com o ícone visto de cima, indica que ele está mais próximo de chegar ao mercado. As faixas esportivas que percorrem toda a carroceria evidenciam as proporções clássicas com capô longo e traseira curta do Mustang. A transmissão manual é mais um item “raiz” para quem aprecia o prazer de dirigir e a emoção de se conectar de forma mais direta com a máquina. O novo modelo é mais uma inovação da sétima geração do Mustang, que comemorou 60 anos e continua sendo a expressão máxima do “muscle car”.

Kwid 2026: veja mudanças e preços – Ainda estamos em abril, mas a Renault já anunciou a linha 2026 do compacto Kwid. São poucas novidades. Todas as versões saem de fábrica com mais dois alto-falantes na coluna C e uma entrada USB-C no lugar da tomada de 12V. Mas o Kwid 2026 perdeu alguns itens importantes. É o caso do rádio Continental, com Bluetooth, USB e entrada auxiliar, que deixou de ser oferecido na versão de entrada Zen. Agora, há apenas preparação para som. Além disso, a variante Intense perdeu as calotas que simulavam rodas de liga leve e agora tem as mesmas peças do Zen. Quanto às versões oferecidas, o antigo Pack Intense Biton sai de cena e dá lugar à inédita variante Iconic. A configuração tem detalhes externos pintados em amarelo (incluindo pontos da grade e frisos dos retrovisores) e rodas de liga leve de 14’’ escurecidas. A versão topo de linha Outsider recebeu detalhes em amarelo e trocou os protetores laterais das portas por adesivos. O motor é o mesmo 1.0 flex de até 71 cv e torque de 10 kgfm
Veja os preços e versões
Kwid Zen: R$ 78.410
Kwid Intense: R$ 81.620
Kwid Iconic: R$ 85.0220
Kwid Outsider: R$ 85.140

Cronos ganha, enfim, atualização estética – O sedã compacto Cronos, o mais barato do país, finalmente vai ganhar sua primeira reestilização. Fabricado na Argentina há sete anos, ele terá uma forte remodelação da dianteira, segundo as primeiras imagens (ou meras silhuetas) divulgadas pela Fiat.
Os farois são Full LEDs, com uma assinatura luminosa de ponta a ponta – mas esse mimo só deve ser oferecido nas versões mais caras, obviamente. No ano passado, Cronos foi líder desse segmento com 44,4 mil emplacamentos, ou mais da metade da participação do mercado específico — e bem acima do HB20.

Audi confirma a chegada do A6 e-tron – A Audi do Brasil vai trazer o inédito Audi A6 e-tron ao país. O novo modelo 100% elétrico da marca das quatro argolas é o segundo construído na Plataforma Elétrica Premium (PPE), possui uma nova bateria que oferece uma autonomia total de 445 quilômetros, de acordo com o Inmetro, e carregamento de 10% a 80% em apenas 21 minutos. Além disso, o modelo conquistou um recorde impressionante: ele se tornou o veículo mais aerodinâmico da história da fabricante, com coeficiente de arrasto (Cd) de 0,21. O A6 e-tron é também o primeiro modelo da plataforma com um conceito de piso plano. Ele mede 4.928 milímetros de comprimento e 2.137 milímetros de largura, com uma distância entre eixos de 2.946 mm. O modelo Sportback tem 1.487 milímetros de altura. O modelo chega no início do segundo semestre.


Yamaha lança novas MT-03 e MT-07 – As novas motos da Yamaha MT-03 e MT-07 enfim desembarcam no Brasil. As “naked”, como são chamadas aquelas que não têm quase nenhuma carenagem, são do segmento de entrada de média cilindrada e custam, respectivamente, R$ 34 mil e R$ 58 mil. As versões ganham painel digital, com boa conectividade com smartphone, e embreagem mais leve (assistida e deslizante, que evita trancos ao engatar as marchas, mesmo que o piloto solte a alavanca com rapidez). A MT-03 vem para concorrer com a Honda CB 300F Twister. Ela também ganhou novos faróis, com LDRs em LED divididas em dois segmentos e acima do farol (também de LED). O painel 100% digital com tela de LCD disponibiliza informações sobre velocidade, tacômetro, indicador de marcha, marcador de combustível, temperatura e relógio. A MT-07 só desembarca em maio, para enfrentar a Honda CB 650R. O painel da nova MT-07 é de TFT de cinco polegadas, que também pode ser alterado entre os modos diurno e noturno e, como vantagem, mostra o mapa das ruas direto na tela, por meio do aplicativo Y-Connect — o que permite que o piloto se oriente olhando direto no painel.
Linha 2025 da SYM Cruisym – O scooter SYM Cruisym 150, da Dafra, chegou com algumas mudanças — como mais potência e tecnologia. Esse modelo, vale lembrar, representa 55% das vendas de scooter. O motor de 149,6cm³ com 2 válvulas evoluiu para 4 válvulas, ganhando 2cv de potência — e agora fica com 14,3 cv. O torque também foi melhorado de 1,22 kgfm para 1,38 kgf.m. O 150 agora contará com freios ABS de duplo canal, painel full digital LCD colorido. controle de tração,carregador USB e iluminação em LED etc. O preço especial de lançamento será de R$ 19.290 + frete, inferior ao preço praticado nos scooters de 160cc dos principais concorrentes.

Preço médio do diesel cai após 8 meses – A mais nova análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, mostra que o diesel comum no país teve em março valor médio de R$ 6,50, registrando baixa de 0,31% na comparação com a média do mês imediatamente anterior. É a primeira vez desde junho de 2024 que se registra uma queda no preço do combustível. Já o tipo S-10 registrou preço médio de R$ 6,56 no terceiro mês de 2025, após queda de 0,61% na mesma comparação. Para o tipo S-10, a última baixa registrada havia sido em setembro. Após sucessivos meses apresentando alta, o preço do diesel mostrou uma pequena queda.
Porém, ao olhar individualmente para cada região, é possível ver comportamentos diferentes para o preço de ambos os tipos do diesel. Os preços de diesel comum e S-10 mais altos do país em março foram registrados no Norte, onde custaram, em média, R$ 7,07, após baixa de 0,14%, e R$ 6,93, após aumento de 0,29%, respectivamente. A maior alta regional registrada para o preço médio do diesel comum foi no Centro-Oeste, onde o valor médio do combustível subiu 0,76%, sendo vendido a R$ 6,62. Em contrapartida, a maior baixa entre as regiões foi no Nordeste. Os motoristas nordestinos viram o preço médio do combustível cair 0,91%, chegando a R$ 6,53. Em relação ao diesel S-10, o maior preço médio registrado em março também foi do Acre: R$ 7,87, após uma alta de 0,77% ante fevereiro. Em Pernambuco foi identificado o menor preço médio do mês: R$ 6,37, após redução de 1,85% no valor do combustível no estado.
Os jovens e os carros elétricos – Pesquisa da consultoria Economist Impact em 15 cidades dos cinco continentes feita a pedido da Nissan comprova o que já se imaginava, que os jovens estão mais abertos aos veículos elétricos. Na verdade, essa preferência por pessoas de 18 a 30 anos vai aumentar pelo menos 50% nos próximos dez anos. O estudo inclui moradores de São Paulo e de lugares como Bangkok, Londres, Los Angeles, Melbourne, Cidade do México etc. Os jovens urbanos têm conhecimentos sobre as novas tecnologias de eletrificação e metade dos pesquisados deixa claro que elas vão influenciar em suas escolhas de mobilidade. O levantamento também mostra que um terço dos 3,7 mil participantes espera dirigir um veículo elétrico próprio — sendo que a maior demanda aparece nas cidades emergentes. “A constatação sobre a preferência das gerações mais jovens pelos veículos elétricos reforça o trabalho contínuo da Nissan em matéria de eletrificação e seu compromisso com soluções sustentáveis, para satisfazer necessidades em constante mudança”, ressaltou a montadora.
Segundo a pesquisa, 57% dos jovens que vivem em centros urbanos estão dispostos a mudar seus hábitos de transporte para reduzir sua pegada de carbono, enquanto que aqueles que vivem em cidades emergentes veem as preocupações ambientais como um tema urgente para suas escolhas de mobilidade. A Nissan estima que a porcentagem de proprietários de veículos elétricos entre os pesquisados aumente dos 23% atuais para mais de 35% na próxima década. Nas cidades emergentes, 44% dos entrevistados prevêem dirigir seu próprio elétrico nos próximos cinco anos, em comparação com os 31% das cidades desenvolvidas.

Buracos no asfalto: como reduzir riscos e prejuízos – Seis das dez piores rodovias do Brasil estão localizadas no Nordeste. Figuram no ranking os estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte com as PE-545; PE-096; PE-177; PB-400; PB-066 e RN-118. Enfim: a maior parte de suas estradas é regular, ruim ou péssima. Do total de 29.802km avaliados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), apenas 13,3 km estão em ótimas ou boas condições contra os 16,4 mil km em qualidade mediana ou inferior. A característica também é observada nos estados da região: dos nove, somente Alagoas, Pernambuco, Piauí e Sergipe não tiveram mais de 50% de suas rodovias no grupo das três piores. Por isso, elencamos aqui os efeitos dessa calamidade de gestão nos seus veículos. Afinal, danos causados por buracos podem afetar severamente os componentes mecânicos, além de causar acidentes.
- Juliano Caretta, especialista da DRiV, lembra que os buracos estão entre as principais causas de avarias e acidentes de trânsito. Mais do que um simples incômodo ao dirigir, eles podem causar danos reais aos veículos, gerar prejuízos financeiros e, ainda, comprometer a segurança dos motoristas. Por isso, é importante adotar uma condução segura e responsável ao se transitar em vias esburacadas. Juliano Caretta, supervisor de treinamento técnico da DRiV, referência global em soluções para o mercado de reposição, alerta para as causas e consequências desse problema e indica as principais atitudes para enfrentá-lo.
- “Na batalha entre carros e buracos, infelizmente estes últimos levam vantagem”, comenta Juliano Caretta. Desde pneus e rodas danificadas, problemas de alinhamento, até a quebra de componentes da suspensão e de direção, incidentes do tipo podem afetar demais itens, como o sistema de escape, coxins do motor e do câmbio, além de pôr em risco a segurança ao dirigir.
- Como prevenção, Juliano reforça alguns hábitos que contribuem para a redução de danos: “Manter a agenda de revisões periódicas é fundamental. Peças desgastadas ou avariadas perdem sua funcionalidade e não oferecem mais a proteção esperada em condições adversas.
- Amortecedores, componentes de suspensão e direção devem estar em dia, assim como faróis e limpadores de pára-brisa, para permitir a melhor visibilidade em quaisquer condições de viagem.
- Evitar rodar com excesso de peso no carro, assim como manter os pneus devidamente calibrados contribui com o funcionamento do sistema de amortecimento e reduz chances de avarias”.
- Além disso, é importante redobrar a atenção ao trafegar, principalmente em situações de risco, como durante e após uma chuva intensa. Nesses casos, a visualização de um buraco fica mais difícil e se torna uma ameaça oculta. Caretta recomenda reduzir a velocidade, permitindo que, dessa forma, haja tempo hábil para se evitar um possível impacto.
- Não havendo essa possibilidade, o ideal é tirar o pé do acelerador, segurar firmemente a direção e passar sobre o obstáculo em linha reta. Ao contrário do que muitos pensam, frear nesse momento pode agravar o impacto. Isso porque o peso do veículo se desloca para a dianteira, reduzindo a capacidade da suspensão de absorver o choque.
O executivo também traz dicas para identificar possíveis danos provocados após um incidente com um buraco:
- Perda de estabilidade, excesso de balanço, ruídos, estalos e desvio forçado da direção: podem indicar danos aos pneus, rodas e sistemas de suspensão e direção.
- Volante desalinhado: possível falha no sistema de direção.
- Trepidação do volante: pode ser sinal de bolhas nos pneus ou rodas empenadas.
- Ruído excessivo do motor: rachaduras e quebras no sistema de escape.
- Vazamento de fluidos: furos ou quebras de mangueiras e conexões.
Embora não seja possível eliminar todos os riscos, manter a manutenção do veículo em dia e adotar uma direção defensiva são as melhores formas de minimizar danos ao encontrar um buraco na estrada.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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