Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
Autora do pedido de abertura de CPI para apuração de indícios de irregularidades nos contratos de publicidade do Governo do Estado, a deputada Dani Portela (Psol) afirmou, na tarde desta segunda-feira (4), que após postar no Instagram um vídeo com as denúncias sobre a licitação, na semana passada, outras informações chegaram à sua equipe.
Por enquanto, a deputada disse não poder divulgar quais são as novas acusações, para não correr o risco de ser leviana, mas destacou que as novas informações foram fundamentais para concretizar o pedido de instalação de CPI na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe).
Leia maisA Casa aprovou hoje a solicitação. A CPI será composta por nove membros titulares e nove suplentes, com prazo inicial de 120 dias para a conclusão dos trabalhos. Nos próximos dez dias, as lideranças dos partidos apontarão os membros da CPI e após as indicações a Casa tem dez dias para instaurar a Comissão.
Denúncias
O pedido tem como base um conjunto de denúncias que já motivaram investigações no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e provocaram repercussão na opinião pública. (veja aqui). Segundo Dani Portela, há cerca de dez dias vários deputados receberam um e-mail anônimo com várias denúncias contendo indícios de irregularidades em contratos de publicidade do Estado. A partir disso, a parlamentar se debruçou sobre as informações do TCE relativas ao tema.
“Esse e-mail chama atenção para algumas coincidências. Por exemplo: nunca na história do Estado de Pernambuco se fez um contrato de publicidade com um tempo tão longo, de dez anos. Geralmente, são quatro anos mais um, para poder ser prorrogado. Além disso, não é qualquer valor. Estamos falando de mais de R$ 1 bilhão e com uma empresa que muitas pessoas não conheciam”, afirmou Dani Portela.
Endereço em Pernambuco
A parlamentar frisou que a empresa ganhadora da licitação precisava apresentar endereço em Pernambuco para assumir o contrato bilionário de dez anos, já que a sede é em São Paulo, e que as salas alugadas por essa empresa pertencem a pessoas ligadas à governadora Raquel Lyra (PSD).
Dani Portela reforçou que os contratos da administração pública precisam de legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência. “Vários desses princípios podem ser comprometidos se for comprovado um favorecimento de pessoas ligadas, como familiares próximos, à governadora”, reforçou.
Leia menos