Oposição desconectada das necessidades do povo brasileiro
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
O recesso do Congresso Nacional encerra no dia 1º de agosto. Com isso, deputados e senadores de oposição ao Governo Federal decidiram as prioridades para o segundo semestre deste ano. Com articulação do ex‑presidente Jair Bolsonaro (PL), os congressistas irão se concentrar em três temas principais. Nenhum deles está relacionado à melhoria de vida do povo brasileiro.
O foco da oposição será o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e o avanço da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe o foro privilegiado.
Leia maisAs prioridades da oposição nem incluem demandas reais da população brasileira e tampouco têm chances de serem aprovadas. O impeachment de Alexandre de Moraes é quase um delírio. O pano de fundo é a vingança pessoal da família Bolsonaro contra o ministro, relator de investigações envolvendo Bolsonaro e seus aliados.
Porém, a oposição quer pressionar o Senado a analisar pedidos de impeachment não só contra Moraes, mas de outros ministros. Há mais de 50 pedidos contra membros do STF parados na Casa. A decisão de pautar ou arquivar é do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União‑AP). Nunca um ministro da Corte foi retirado do cargo. Seria algo inédito e Alcolumbre não está com a menor disposição de entrar em contenda com o STF.
Já o projeto da anistia está parado na Câmara desde o final do ano passado e o presidente da Casa, Hugo Motta (RP‑PB), já disse que a anistia não é uma pauta do povo e que “o Brasil é muito maior do que isso”. “Nós temos inúmeros desafios”, afirmou Motta, em abril deste ano.
A aprovação da PEC que trata do fim do foro privilegiado tem o objetivo de reduzir o poder institucional do STF, tirando da Corte a exclusividade de julgar autoridades. Mais uma tentativa de dar o troco no Supremo articulada por Bolsonaro. O foro, por prerrogativa de função, assegura que ministros, senadores, deputados e presidentes só sejam julgados por tribunais superiores, como o STF.
Mas a proposta visa limitar esse benefício apenas aos presidentes e vice‑presidente da República, ao chefe do Judiciário e aos presidentes da Câmara e do Senado. A matéria foi aprovada no Senado, em 2017, e está parada na Câmara desde então. Em resumo, a oposição, composta por deputados e senadores eleitos pelo povo e para trabalharem pelo povo, financiados com o dinheiro do povo, virou um puxadinho defensor dos interesses bolsonaristas.
Objetivo único é agitar a bolha – Jair Bolsonaro e família, assim como as outras lideranças do Partido Liberal, como o deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, sabem que não obterão sucesso com essas prioridades. O objetivo deles é defendê‑las porque funcionam como bandeiras simbólicas para manter a militância mobilizada e tentar pressionar o Congresso a reagir às decisões do Supremo. Vivem do dinheiro público, mas nada fazem por seus financiadores. O importante é manter os militantes ativos em grupos online e redes sociais.

Por falar em Sóstenes – O deputado chamou Alexandre de Moraes, ontem, de “psicopata institucional”. Ao se referir à decisão do ministro de considerar “irregularidade isolada” — o ato de Bolsonaro ao exibir a tornozeleira em uma entrevista — Sóstenes Cavalcante disse nas redes: “uma decisão que só confirma o que muitos já perceberam: estamos lidando com um tirano disfarçado de juiz. Alexandre de Moraes recuou? Não. Ele apenas tentou encobrir a censura grosseira que havia imposto (…) Quando a punição persiste mesmo após o recuo, não estamos diante da lei, mas da perversidade calculada de um psicopata institucional”.
Prioridades do Governo – Não se pode dizer que esta é a melhor gestão do presidente Lula (PT), nem que o petista vive seu momento mais alinhado às necessidades do Brasil. No entanto, quando comparadas as prioridades da oposição e do governo para o segundo semestre no Congresso, fica visível o abismo entre os dois projetos de poder. Na pauta a ser defendida pelo Poder Executivo nas Casas Legislativas a partir de agosto estão a PEC da Segurança Pública; a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; o projeto sobre licença‑paternidade; e o Plano Nacional de Educação. Não há como comparar.
Publicidade do Governo Raquel Lyra (PSD) – A Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE) marcou, para a próxima terça‑feira (29), o julgamento do recurso de embargos de declaração da gestão Raquel Lyra (PSD) sobre a medida cautelar que suspendeu a execução do contrato de publicidade do Governo do Estado. O julgamento será transmitido pelo YouTube do TCE, a partir das 10h. O relator será o conselheiro Eduardo Porto. Devem votar também os conselheiros Rodrigo Novaes e Carlos Neves. O Ministério Público de Contas também participará da sessão, por meio de um procurador.

Prefeita de Lagoa Grande encantada com Os Leões do Norte – A prefeita de Lagoa Grande, no Sertão, Catharina Garziera (MDB), adquiriu Os Leões do Norte, ontem, no posto Cruzeiro de Tacaimbó. A obra, do titular deste blog, serviu de companhia à gestora nas estradas de Pernambuco e o chefe recebeu mensagem dela. “Que livro maravilhoso, meu caro Magno! Comprei no Cruzeiro de Tacaimbó e não paro de ler nesta viagem de regresso a Lagoa Grande. Encontrei muito do que estava precisando conhecer com mais profundidade sobre os nossos governantes, que você com sabedoria os trata de leões”, destacou. Catharina também convidou Magno para lançar o livro em Lagoa Grande.
CURTAS
Acompanhando de perto – O ministro da Previdência, Wolney Queiroz (PDT), visitou a agência dos Correios em Taguatinga (DF), ontem, dia em que teve início o ressarcimento aos aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos em seus benefícios. Até o momento, cerca de 2,5 milhões de pessoas buscaram atendimento sobre os descontos em mais de cinco mil agências dos Correios em todo o país, de acordo com a empresa.
Articulação contra tarifaço – Diante da ameaça de taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos (EUA) às exportações brasileiras de frutas, o prefeito de Petrolina, no Sertão, Simão Durando (UB), se reuniu, na última quarta‑feira (23), com representantes do Sindicato dos Produtores Rurais do município. O encontro teve como foco os impactos da medida sobre a economia da região do Vale do São Francisco, responsável por mais de 90% das exportações nacionais de uva e manga.
Prejuízo pode ser enorme – Reconhecida internacionalmente, a fruticultura irrigada da região do São Francisco movimentou mais de R$ 4 bilhões em 2023. A estimativa para 2025 era alcançar os R$ 5 bilhões, mas o novo cenário pode comprometer o desempenho. Segundo os produtores, cargas de 50 mil toneladas de uvas e mangas estavam prontas para embarque aos EUA em agosto, quase meio bilhão de reais em risco de prejuízo. Simão se comprometeu a levar a pauta a prefeitos de outras cidades produtoras, parlamentares e à governadora, Raquel Lyra (PSD).
Perguntar não ofende: O que falta para a direita lúcida do Brasil largar a mão da família Bolsonaro?
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