O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, pode decidir, hoje, se as explicações apresentadas pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são suficientes diante do possível descumprimento de medidas cautelares impostas ao ex-chefe do Executivo.
Moraes havia dado prazo de 24 horas, iniciado na última segunda-feira, para que a defesa se pronunciasse. A decisão foi motivada por vídeos divulgados nas redes sociais em que Bolsonaro aparece exibindo a tornozeleira eletrônica e fazendo declarações a jornalistas, apesar de estar proibido de usar as redes sociais, direta ou indiretamente, por ordem do STF.
Leia maisDesde a última sexta-feira, Bolsonaro, réu na ação penal que apura tentativa de golpe de Estado em 2022, está submetido a determinações da Justiça, como o uso de tornozeleira eletrônica. As restrições foram determinadas por Moraes no inquérito que apura a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para pressionar autoridades dos Estados Unidos, durante o governo de Donald Trump (Partido Republicano), em ações contra o STF.
Com a resposta da defesa em mãos, Moraes pode seguir diferentes caminhos. Ele pode encaminhar o caso à Procuradoria Geral da República, que deve emitir um parecer sobre a existência ou não de descumprimento das medidas cautelares. Outra possibilidade é decidir diretamente, avaliando os argumentos da defesa e optando por manter as medidas atuais ou impor novas sanções. Caso entenda que houve violação, o ministro também pode decretar a prisão preventiva do ex-presidente.
Leia menosDiante do clima tenso dos últimos dias e antes de uma nova decisão de Alexandre de Moraes, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) defenderam prudência no caso Bolsonaro. Eles lembram que as medidas necessárias já foram adotadas para evitar que ele continuasse atuando contra a soberania nacional.
Segundo esses magistrados, as medidas cautelares adotadas foram corretas porque havia uma operação em curso contra o Brasil e contra o STF, mas que impedir transcrições de entrevistas em redes sociais hoje não é viável e será apontado como uma censura. As informações são do blog do Valdo Cruz.
Leia maisOntem, o ex-presidente prometeu não dar novas declarações até que o ministro Alexandre de Moraes esclareça o que ele pode ou não fazer. A decisão de Alexandre de Moraes, aprovada pela Primeira Turma, não proíbe o ex-presidente de conceder entrevistas, mas de utilizar suas redes sociais. Gerou dúvidas, porém, uma determinação do ministro de que Bolsonaro poderia ser punido se redes sociais de terceiros fossem usadas para transmitir entrevistas ou fazer recortes de declarações proferidas por ele.
Os ministros ouvidos pelo blog lembraram que Alexandre de Moraes agiu corretamente diante de uma operação criminosa em curso, que configurava um atentado contra a soberania nacional.
Por outro lado, esses ministros destacaram ainda que as especulações de que o ex-presidente Bolsonaro poderia ser preso eram desprovidas de fundamento. Até agora, disseram, não há nada que possa configurar um motivo para a prisão de Bolsonaro.
Eles alegam que não dá para controlar as redes sociais nos dias de hoje, porque elas repercutem tudo o que é dito por autoridades, ainda mais as que estão no foco do noticiário. Proibir as redes sociais de transcrever entrevistas seria associado a um tipo de censura.
Alexandre de Moraes pode tomar uma decisão nesta quinta-feira (23), depois de os advogados de Bolsonaro terem enviado os esclarecimentos solicitados pelo ministro. O relator do caso cobrou esclarecimentos por conta da visita e das declarações de Bolsonaro na saída do Congresso Nacional.
Moraes pode, antes de decidir, solicitar um parecer da Procuradoria Geral da República.
Em um sinal de paz, o ex-presidente Bolsonaro prometeu ficar calado até que o ministro Alexandre de Moraes esclareça o que ele pode ou não fazer. Nas respostas enviadas ao ministro por sua defesa, Bolsonaro lembra que não estava proibido de dar entrevistas e não tem como controlar as redes sociais.
Seus advogados disseram ainda que Bolsonaro parou de usar suas redes sociais e determinou que terceiros também suspendessem qualquer tipo de acesso.
Ao lembrarem que não havia nenhuma proibição de entrevistas, o que contrariaria jurisprudência do STF, os advogados disseram ser “notório que a replicação de declarações por terceiros em redes sociais constitui desdobramento incontrolável das dinâmicas contemporâneas de comunicação digital e, por isso, alheio à vontade ou ingerência” do ex-presidente.
A defesa pediu ainda que seja esclarecido se a proibição de uso de mídias sociais envolve a concessão de entrevistas e que, em sinal de “respeito absoluto”, o ex-presidente não fará qualquer manifestação até que haja o esclarecimento apontado nos presentes embargos”.
Leia menosFolha de São Paulo
Quase 1 milhão de famílias deixaram de receber a ajuda do programa Bolsa Família no mês de julho graças ao aumento da renda do domicílio, segundo dados do MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social), responsável pela gestão da política.
Com isso, o número de beneficiários da política caiu de 20,5 milhões em junho para 19,6 milhões neste mês. Trata-se da menor quantidade de famílias dentro do programa desde a reformulação implementada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em março de 2023.
Leia maisConsiderando o período em que ele foi chamado de Auxílio Brasil, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o número é o menor desde julho de 2022, quando havia 18,1 milhões de famílias contempladas, logo antes do aumento do benefício mínimo de R$ 400 para R$ 600.
A secretária nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino, ressalta que a redução no número de famílias ocorre por razões positivas. Segundo ela, 536 mil famílias atingiram o prazo máximo de 24 meses sob a regra de proteção, que garante 50% do valor do benefício a famílias que ultrapassam o limite de renda para receber o Bolsa (R$ 218 por pessoa), mas ainda ganham abaixo de meio salário mínimo (R$ 759) por pessoa.
O dado indica que esses domicílios não só elevaram seus rendimentos a partir de outras fontes, mas conseguiram manter o ganho extra com alguma estabilidade, a ponto de não precisarem mais da ajuda do governo para sair da situação de pobreza.
Caso essa situação se reverta no futuro e a renda volte a ficar abaixo dos R$ 218 por pessoa, essas famílias têm retorno garantido ao programa, com prioridade na concessão.
Outras 385 mil famílias passaram a ter rendimentos superiores a meio salário mínimo por pessoa e tiveram o benefício cancelado, pois não preenchem os requisitos para ficar sob a regra de proteção. Ao todo, 921 mil famílias deixaram o programa devido ao aumento da renda domiciliar.
“É isso que a gente quer, mesmo. Que a população, em primeiro lugar, não tenha medo de assinar a carteira. A gente está rodando alguns estados e fazendo diálogos, principalmente com as mulheres do Bolsa. Ainda é muito forte na cabeça das pessoas achar que ‘se eu assinar a carteira eu perco o benefício’. A gente está trabalhando para desmistificar isso”, diz a secretária.
Outras 2,68 milhões de famílias ainda estão sob a regra de proteção e, caso mantenham a suas fontes de renda fora do programa, poderão ser desligadas no futuro.
Segundo ela, a divulgação da regra de proteção é uma “informação que precisa chegar na ponta”, para que os beneficiários tenham mais segurança para assumir postos formais de trabalho.
Nos últimos meses, o governo tem feito parcerias com empresas para tentar incentivar a contratação de beneficiários do Bolsa Família e pessoas registradas no CadÚnico. A avaliação no governo é que a iniciativa tem dado resultado.
Das 11,7 milhões de admissões registradas de janeiro a maio de 2025 no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), principal indicador do mercado formal, 2,01 milhões foram de beneficiários do Bolsa Família, segundo cruzamento de dados feito pelo MDS. Isso significa uma proporção de 17,1%.
Já os desligamentos de integrantes do programa somaram 1,4 milhão, o equivalente a 13,1% do total de 10,7 milhões de demissões no mesmo período.
Entre o público do Bolsa, o saldo de emprego formal está positivo em 606,4 mil, o que representa 57,7% do saldo geral do Caged (1,05 milhão). Segundo técnicos do governo, a participação maior no saldo do que nas admissões e demissões indica que a permanência dos beneficiários do programa no mercado de trabalho formal está sendo maior do que nos demais grupos neste momento.
Em meio ao aquecimento do mercado de trabalho, empresários passaram a atribuir ao Bolsa Família as dificuldades de encontrar mão de obra disponível. O argumento é rejeitado pelo governo. “A gente precisa fazer uma reflexão realmente se o problema é a família do Bolsa Família ou se são as condições de trabalho. Que tipo de emprego está tendo no Brasil, principalmente para as mulheres?”, diz a secretária.
Ela reconhece, porém, que ainda há uma questão a ser melhor trabalhada: a elevada informalidade entre beneficiários do programa.
A professora do Insper Laura Müller Machado, colunista da Folha, avalia que o número de famílias que deixaram o Bolsa em julho é representativo, mas seria potencialmente maior caso houvesse um monitoramento mais próximo de famílias que estão, justamente, em situação de informalidade.
Segundo ela, as visitas domiciliares podem ajudar no acompanhamento e atualização da renda, mas os incentivos do programa também precisam de ajustes. Sob o desenho atual, o trabalhador formal acaba sofrendo uma espécie de punição no médio prazo, devido à saída do programa, enquanto os informais conseguem acumular o benefício e a remuneração do traba
“Não é que o programa incentiva o não trabalho. Talvez não seja essa a intenção, mas ele incentiva a informalidade”, afirma Machado.
Para a especialista, seria importante prever um desenho que não transmita esse sinal de punição por encontrar um trabalho. “Quase um milhão de famílias saíram do programa, e que bom, precisa ser celebrado. Mas a família tem que sentir essa celebração. Então, em vez de retirar o benefício, ou reduzir à metade, poderia dar um prêmio a elas e fazer um acordo de saída mais suave”, diz.
Segundo ela, uma possibilidade seria oferecer aos beneficiários um bônus, financeiro ou não, para quem consegue emprego formal, além de uma redução mais gradual do valor do benefício. Hoje, o montante cai de 100% para 50% assim que há a colocação no trabalho com carteira assinada.
Em maio, o governo publicou uma portaria com mudanças na regra de proteção para restringir o acesso e reduzir a duração dos pagamentos. Agora, têm direito ao pagamento os beneficiários com renda entre R$ 218 e R$ 706 por pessoa – ou seja, o teto da regra de proteção não acompanha mais o salário mínimo. O prazo também caiu de 24 para 12 meses.
As novas regras foram aplicadas pela primeira vez no mês de julho. Segundo o MDS, 36 mil famílias preencheram as condições e foram colocadas sob a regra de proteção.
A saída de famílias do Bolsa não significa necessariamente a redução de alcance da política, já que o espaço no Orçamento pode ser usado para conceder novos benefícios a pessoas que estão em situação de pobreza e preenchem os requisitos, mas ainda não estão na folha de pagamento do programa.
Ainda assim, o desempenho de fato ajuda a reduzir a pressão sobre as despesas do governo. No início do ano, o Executivo negociou com o Congresso um corte de R$ 7,7 bilhões na reserva de recursos para o Bolsa em 2025, para acomodar o crescimento de outros gastos.
Leia menosRetomo, hoje, por Flores, no Sertão do Pajeú, a agenda de lançamentos do meu livro ‘Os Leões do Norte’, pela editora Eu Escrevo. A noite de autógrafos, antecipada por uma mini palestra minha, está marcada para o plenário da Câmara de Vereadores, às 19 horas. O evento conta com apoio do prefeito Gilberto Ribeiro (PSD), integrante do grupo do ex-prefeito Marconi Santana (PSD), candidato a deputado estadual.
Amanhã, o périplo continua por Floresta, já no Sertão de Itaparica. O evento, iniciativa da prefeita Rorró Maniçoba (PP), terá como cenário o espaço cultural João Boiadeiro, com início previsto para às 19 horas. Na sexta-feira, a noite de autógrafos será em Serra Talhada.
Leia maisTerra de Agamenon Magalhães, um dos 22 ex-governadores biografados na obra, o lançamento também foi uma proposição da prefeita Márcia Conrado (PT). Ela escolheu a Fundação Cultural, o antigo Cist, como local para o evento, marcado para às 18 horas.
‘Os Leões do Norte’ é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
Com estilo acessível, lança luz sobre trajetórias que extrapolam o cenário local, evidenciando figuras como Miguel Arraes, Agamenon Magalhães, Marco Maciel, Eduardo Campos, entre outros, que influenciaram e foram influenciados pelos rumos da política brasileira.
Há também bastidores e contextos que enriquecem a compreensão sobre as transformações políticas de quase um século. O prefácio é assinado pelo advogado e professor universitário Maurício Rands, que ressalta o valor da obra como registro histórico e instrumento de reflexão crítica sobre o passado e o presente da cultura política pernambucana.
“É uma contribuição necessária para que leitores e pesquisadores tenham mais elementos para interpretar a história do estado e identificar os desafios que ele enfrenta”, afirma.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. ‘Os Leões do Norte’ homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
Em tempos de revisão da história e de busca por referências sólidas, o livro se firma como leitura indispensável para jornalistas, estudantes, pesquisadores e todos os que se interessam pela vida pública pernambucana.
Leia menosO governo Lula prepara uma ofensiva institucional e publicitária em torno do PIX. Depois do ataque de Donald Trump ao sistema de pagamentos e transferência de recursos criado pelo BC – o governo americano abriu investigação por suspeita de práticas anticompetitivas que estariam prejudicando as empresas dos EUA – ficou claro que a Secom viu ali uma mina de ouro para trabalhar. As informações são do blog do Lauro Jardim.
Não perdeu tempo. A conta de Lula no Instagram reproduziu o “O Pix é nosso, my friend!”, um card que o governo tentou viralizar nas redes sociais. Mais: em sua fala em cadeia nacional de rádio e TV na semana passada, Lula mandou um:
Leia mais“O PIX é do Brasil. Não aceitaremos ataques ao PIX, que é um patrimônio do nosso povo. Temos um dos sistemas de pagamento mais avançados do mundo, e vamos protegê-lo”.
Mas isso é apenas o começo. A Secom quer fazer da defesa do PIX uma das bandeiras do governo.
Chega a ser irônico. Em janeiro, o governo Lula viveu um terremoto por causado PIX. Na ocasião, fazia o papel de vilão, pois quis fazer mudanças (mal explicadas) no PIX e levou um clássico 7 x 1 da oposição. Um momento em que Nikolas Ferreira e o seu vídeo batendo no governo chegou a 200 milhões de visualizações.
Agora, o sinal inverteu-se. O governo vai arvorar- se em defensor número 1 do PIX contra as tropas trumpistas – e, melhor ainda para o Palácio do Planalto – tudo isso sob o constrangedor silêncio cúmplice do bolsonarismo.
Leia menosSetor produtivo do Brasil está cansado de confusão na política
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
O senador Efraim Filho, líder do União Brasil na Casa Alta, tocou no ponto-chave da crise nacional do momento, com as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao País. Segundo Efraim Filho, a maior preocupação é com o setor produtivo, porque quem produz no Brasil já convive com um “custo Brasil” enorme.
“O Custo Brasil é fruto da nossa insegurança jurídica, da alta carga tributária e da burocracia interminável típica do Brasil. Agora, chega esse tarifaço de Donald Trump vindo do exterior”, lamentou Efraim Filho, durante o podcast Direto de Brasília, ontem (22), comandado pelo titular deste blog.
Leia maisEm outras palavras, quem produz não quer saber de confusão. Quem produz quer estabilidade e tranquilidade para trabalhar. Quem produz está cansado de ver seu esforço boicotado por políticos que só trabalham em prol de seus interesses particulares e, achando pouco a agitação social que provocam internamente, viajam a outros países para incitar medidas prejudiciais ao povo brasileiro.
Além de não ajudar em absolutamente nada nas reformas necessárias à nação, a família Bolsonaro ainda atrapalha e provoca tumulto. É assim desde quando estava no poder, depois que perdeu as eleições e não aceitou o resultado das urnas, até os dias atuais, quando está focada no seu plano de vingança contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e na anistia a golpistas. Qual a utilidade desse pessoal para quem produz no Brasil? Essa é a reflexão necessária neste momento.
Por outro lado, o Governo Federal precisa ter habilidade e diplomacia, como destacou o senador Efraim Filho. Na opinião dele, há equívocos na política internacional. “Isso justifica o tarifaço de Trump? Não. Mas não dá para passar pano e achar que o Brasil se conduz de forma correta ao se aproximar de Irã, Venezuela e Hamas, deixando, muitas vezes, o diálogo com os Estados Unidos, União Europeia e Israel, por exemplo, em segundo plano”, ressaltou.
De forma lúcida e equilibrada, o senador, que é presidente da Comissão de Orçamento do Congresso, defendeu a reação brasileira por meio do diálogo. Para ele, se o País tem nos Estados Unidos um grande cliente consumidor e um grande exportador de matérias necessárias ao Brasil, não é hora de ter a ideologia como motor dessa relação. “É hora de construir pontes e não muros”, enfatizou.
Relação com Governo Lula (PT) e 2026 – O senador ainda reforçou que o centrão não vai aceitar pressão do presidente Lula para apoiar a busca pela reeleição, em 2026. Segundo ele, o acordo com União Brasil, PP, Republicanos, PSD e MDB é de governabilidade, não de apoio prévio a uma candidatura petista.
O que disse Efraim – “Fomos consultados sobre a reforma ministerial e a palavra foi ‘governabilidade’. O governo queria um compromisso eleitoral, mas os partidos não toparam”, assinalou. Segundo ele, o centrão tem apoiado a agenda econômica, como nas votações da taxação das off‑shores, do arcabouço fiscal, da reforma tributária e da mudança nas regras do ICMS. Mas, a federação União e PP está mais próxima de uma candidatura de oposição do que de uma candidatura do PT. “Se anteciparem essa cobrança, haverá o desembarque”, declarou.
Ficou a dúvida – Na iminência de ser preso por descumprir as medidas cautelares impostas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu, por meio da sua defesa, detalhamento sobre o alcance da decisão que o proibiu de utilizar redes sociais de forma direta ou através de terceiros. De acordo com os advogados, Bolsonaro “jamais considerou” estar proibido de conceder entrevistas, já que as medidas não proibiam declarações à imprensa. A defesa argumenta que as entrevistas não poderiam ser violações, pois a replicação delas nas redes sociais de terceiros é algo que foge do controle do ex-presidente.
Sudene e UFPE estudam implementação de trem – A Sudene vai viabilizar, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), dois estudos para a implantação ou revitalização de trechos ferroviários estratégicos em Pernambuco, entre Recife e Caruaru, no Agreste. As análises integram o esforço do Governo Federal para fortalecer a malha logística da região e impulsionar a competitividade dos arranjos produtivos locais. O anúncio foi feito pelo superintendente, Danilo Cabral, ontem. “É uma ação importante por envolver o polo têxtil, de confecções, além de contribuir significativamente do ponto de vista do turismo e melhorar a mobilidade da BR-232”, destacou.
Barragens abandonadas em PE – Este blog recebeu com exclusividade a informação de que técnicos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca mandaram ofício ao titular da pasta, Cícero Moraes, denunciando a falta de fiscalização do Estado nas barragens pernambucanas. O descaso coloca a população em risco de vida, segundo os técnicos. A manifestação ocorreu após o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) mandar ofícios à secretaria solicitando dados sobre barragens prestes a ruir.
CURTAS
Jaboatão moderna – A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, vai implantar um sistema de tecnologia moderna que visa desburocratizar, agilizar e tornar mais eficiente o processo de aquisição de bens essenciais, com ênfase inicial na área da saúde. Na próxima sexta (25), a partir das 9h, será realizada a cerimônia de lançamento do primeiro edital para implantação da Plataforma de Marketplace. O sistema facilitará a aquisição de medicamentos e materiais médico-hospitalares, atendendo diretamente às Unidades Básicas de Saúde (UBS). O evento será no auditório da Cespu Europa, na Estrada da Batalha, Jardim Jordão.
Compromisso no Agreste – O prefeito de Taquaritinga do Norte, no Agreste, Gena Lins (PP), recebeu o Selo de Transparência nos Festejos Juninos 2025, distinção concedida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) às gestões municipais que se destacam pelo compromisso com a cultura nordestina e a responsabilidade na administração pública.
Os Leões do Norte bombando – Da mesma forma como se deu com o livro de Marco Maciel, escrito pelo titular deste blog, a nova obra, Os Leões do Norte, pela editora Eu Escrevo, é recordista de vendas nos postos Cruzeiro, em Tacaimbó e Arcoverde. O chefe está feliz da vida com a procura pelo livro e comemora o sucesso rumo ao Sertão para lançamentos nas cidades de Flores, Serra Talhada e Floresta.
Perguntar não ofende: Se Lula disparar nas pesquisas, o centrão desembarca mesmo assim e apoia uma candidatura da direita em 2026?
Leia menosPor Ricco Viana – Blog da Folha
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), esteve nesta terça-feira (22) no Recife para um encontro com juízes e desembargadores pernambucanos. A reunião aconteceu na Escola Judicial de Pernambuco (Esmape), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, como parte do programa “Diálogos com a Magistratura”.
O projeto, idealizado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em parceria com o STF e o CNJ, tem como objetivo promover a escuta ativa e o diálogo com magistrados de todos os estados do país.
Leia mais“Ouço reivindicações, explico o que tem sido feito, os projetos da minha gestão, as realizações que nós conseguimos. É uma forma de interação, comunicação e aproximação com os juízes de todos os estados”, afirmou Barroso, que tem cumprido uma agenda de visitas em todo o país.
Durante o encontro, o ministro falou sobre os principais desafios enfrentados pelo Judiciário brasileiro, como o alto volume de processos em tramitação.
“Nós temos, no Brasil, com dados de dezembro do ano passado, 83 milhões e 800 mil processos em curso, que provavelmente é um recorde mundial. Uma das minhas preocupações tem sido enfrentar o excesso de litigiosidade”, destacou.
Também foram discutidos temas como a valorização da magistratura, a remuneração dos juízes e o aprimoramento da gestão judicial. Segundo o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Ricardo Paes Barreto, foi uma oportunidade inédita para os magistrados do estado.
“Pela primeira vez, o TJPE recebe a presença do ministro presidente do STF e do CNJ. Ele falou por um tempo e, em seguida, franqueou a palavra para que todos pudessem tirar dúvidas e ouvir tudo aquilo que o Supremo Tribunal Federal possa esclarecer para a magistratura pernambucana”, disse Paes Barreto.
Leia menosA Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), por meio da Comissão de Defesa e Proteção dos Animais (CDPA), participou, na tarde desta segunda-feira (21), de uma reunião com o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Ricardo Paes Barreto. O encontro teve como objetivo discutir medidas para otimizar a tramitação de processos relacionados à causa animal no estado.
Estiveram presentes pela CDPA o presidente, Cleonildo Lopes, e a vice-presidente, Anaís Araújo. Também representando a OAB-PE, participou o diretor de Interiorização da Escola Superior de Advocacia de Pernambuco (ESA-PE), Marcelo Cumarú. A reunião contou ainda com a presença do deputado federal Lula da Fonte e do advogado especialista em Direito Animal, Anderson Correia.
Leia maisDurante a conversa, foi proposta a criação de uma Vara especializada na proteção dos Direitos dos Animais, a fim de garantir maior celeridade e efetividade no julgamento de ações envolvendo maus-tratos, abandono e outras violações.
“A criação de uma vara especializada representa um avanço histórico na defesa dos direitos dos animais em Pernambuco. É um passo essencial para consolidar o reconhecimento da causa animal como uma pauta jurídica séria e urgente”, afirmou a vice-presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella.
“A Justiça precisa acompanhar a evolução da consciência social em relação ao bem-estar animal. Esta proposta é um marco para o Direito Animal no estado”, completou Cleonildo Lopes, presidente da CDPA.
Leia menosApós a matéria publicada por este blog, na tarde desta terça-feira (22), sobre o dossiê recebido pela Arquidiocese de Olinda e Recife contendo diversas denúncias sobre a Santa Casa de Misericórdia do Recife, a instituição enviou um pronunciamento oficial. No texto, a Santa Casa afirma que as acusações são infundadas.
Confira a íntegra:
“Em nota, Santa Casa do Recife repudia crimes de pedofilia, explica demissão de funcionário envolvido e rebate acusações infundadas
A Santa Casa de Misericórdia do Recife vem a público reafirmar seu compromisso histórico com a ética, a legalidade e a proteção dos direitos humanos, especialmente das crianças e adolescentes, e prestar os devidos esclarecimentos sobre os recentes acontecimentos envolvendo ex-funcionário que atuava na instituição.
Leia maisAssim que a direção da Santa Casa tomou conhecimento de que o ex-funcionário participava ativamente de grupos virtuais voltados ao compartilhamento de conteúdos ilegais relacionados à pedofilia e à zoofilia, foram imediatamente adotadas as seguintes providências:
1. Em sigilo, foram realizadas apurações dos fatos, garantindo a ausência de interferência do ex-funcionário;
2. Com a confirmação das informações — incluindo áudios vazados em que o próprio ex-funcionário expõe sua conduta suspeita – foi determinada a demissão;
3. As evidências e informações apuradas foram imediatamente encaminhadas às autoridades policiais competentes para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
De forma lamentável, após sua demissão, o ex-funcionário passou a promover uma série de ataques difamatórios contra a Santa Casa e seus colaboradores, produzindo e divulgando documentos contendo acusações infundadas, sem qualquer base jurídica ou comprovação. Trata-se de uma tentativa clara e reprovável de retaliação, com o objetivo de manchar a reputação de uma instituição que há 166 anos presta serviços essenciais à população pernambucana com seriedade, compromisso social e respeito à lei.
A Santa Casa reforça que todas as provas de suas condutas foram devidamente apresentadas às autoridades competentes e que não há qualquer respaldo legal ou factual para as acusações disseminadas.
A Santa Casa não tolera, em hipótese alguma, práticas antiéticas ou ilícitas em seu quadro de colaboradores e continuará zelando para que sua missão de servir à sociedade com dignidade, ética e responsabilidade seja preservada. Também adotará todas as medidas legais, inclusive criminais, para resguardar sua honra e integridade institucional e de seus profissionais e colaboradores.
Seguiremos firmes no propósito de cuidar da vida e manter a confiança da população, que é o bem maior conquistado ao longo de nossa história“.
Leia menosPor Manoel Guimarães – Especial para o blog
Presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional e líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB) discorda das acusações de que o Poder Legislativo tomou funções do Executivo por conta das emendas parlamentares impositivas. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins, o senador desmente a ideia de que o empoderamento do Congresso tenha gerado mais escândalos com dinheiro público.
“Claro que fiscalização e punição devem existir. Mas os escândalos já existiam, independente do orçamento ser do Executivo ou do Legislativo. Vários episódios mostram que a corrupção existia. O que temos que avançar são meios de fiscalização e transparência. Quem faz a destinação equivocada deve ser punido. Você tem diversos exemplos de emendas para fazer o bem, sejam postos de saúde ou reformas de creches e escolas. O desvio é sempre ruim, mas tem gente que faz bom uso. Tenho 18 anos de vida pública, nunca respondi a um processo, sou ficha limpa e tenho honrado a Paraíba”, afirmou o senador.
Leia maisSegundo Efraim, a situação decorre da pouca visibilidade que era dada à CMO em décadas anteriores, mas o orçamento vem sendo mais presente na cobertura de mídia pelo perfil dos novos congressistas. “Durante muito tempo a CMO era um nicho de atuação de parlamentares que gostavam de números, de economia, e isso não tomava conta da agenda legislativa. O mundo virou e a pauta da política é o orçamento. Isso traz o conceito de cidadania fiscal, em que as pessoas se aproximam da decisão política que faz diferença nas suas vidas”, analisou Efraim.
“Acredito que o orçamento impositivo foi um avanço, e voltar atrás seria um retrocesso. O tempo do toma lá dá cá, do balcão de negócios, onde o governo aprovava projetos só liberando emendas para quem votasse com ele. O orçamento virou impositivo, seja para governo ou oposição, e o mundo gira, tem alternância de poder. Quando o governo era Bolsonaro, o orçamento impositivo era importante para o PT não ser perseguido. Isso significa transparência na relação, e o governo agora precisa de argumentos para convencer a aprovar, sem o tradicional toma lá dá cá”, concluiu.
Leia menosPor Manoel Guimarães – Especial para o blog
O líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB), advertiu que a relação entre o governo Lula e o centrão — formado por PP, PSD, Republicanos, MDB e União Brasil — corre o risco de romper-se caso o Executivo insista em cobrar compromisso eleitoral para 2026. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins, ele afirmou que o pacto com esses partidos é de governabilidade, não de apoio prévio a uma candidatura petista.
“Fomos consultados sobre a reforma ministerial e a palavra foi ‘governabilidade’. O governo queria um compromisso eleitoral, mas os partidos não toparam. O que tem sido entregue é uma agenda econômica onde boa parte foi aprovada: taxação das off‑shores, arcabouço fiscal, reforma tributária e mudança nas regras do ICMS. A federação (União e PP) está muito mais próxima de uma candidatura de oposição, da direita, do que de uma candidatura do PT. Se anteciparem essa cobrança, haverá o desembarque”, declarou Efraim em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado pelo jornalista Magno Martins.
Para ele, o governo não dispõe de base sólida no Congresso. “A votação do IOF mostrou isso: quando o governo resolveu peitar a decisão do Congresso, teve apenas 98 votos. Aquela é a base que o governo pode chamar de sua, e não chegou a 100 deputados. Se tirar PP ou MDB dos ministérios, vai entregar a quem? Quem vai dar mais votos? O governo já perdeu a condição do PT de 20 anos atrás, que podia impor uma agenda e tinha 400 votos no Congresso. Hoje, no Executivo está quem ganhou eleição, com apoio de 51% dos brasileiros que deram voto a Lula. E no Congresso está 100% da sociedade, quem ganhou e quem perdeu a eleição. Por isso o governo precisa ter coalizão”.
Líder de uma bancada que vai do presidente Davi Alcolumbre ao ex-juiz Sérgio Moro, o paraibano diz atuar como ponto de equilíbrio. E conclui: “Antecipar a discussão eleitoral é ruim para o governo. Deixa a a eleição para 2026 e 2025 para a agenda econômica, para que o cenário político contamine o menos possível. Se o governo exigir essa postura (de adesão), o desembarque poderá ser antecipado, mas é uma decisão que fica para o segundo semestre”.
Por Heron Cid – Mais PB
O deputado estadual Walber Virgolino (PL) disse, na noite desta segunda-feira (21), que uma eventual prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criaria efeito contrário e contribuiria com a vitória da direita nas eleições de 2026 no Brasil. “Eu não vou dizer que estou torcendo que ele seja preso, jamais vou fazer isso com Bolsonaro, mas ele na cadeia ajuda mais que solto, porque vai haver a comoção pública”, analisou o bolsonarista, em entrevista ao programa Hora H, na TV Norte Paraíba.
Virgolino vê Bolsonaro como alvo de uma “perseguição implacável” e considerou que um encarceramento do ex-presidente tende a mobilizar a militância de direita. “Dos atos do dia 8 de janeiro até agora a gente não viu o povo na rua. Com Bolsonaro a gente já viu o povo se manifestando e as pessoas que estavam adormecidas de ir pra rua e pressionar porque o PT e o comunismo não resistem ao povo na rua”, projetou.
Leia maisO parlamentar do PL citou a situação jurídica no Supremo Tribunal Federal como entrave que barra a candidatura do ex-mandatário. Mesmo não concorrendo ao pleito, Bolsonaro terá papel importante no pleito e ajudará muito mais nos bastidores do que até mesmo solto.
‘Quem Bolsonaro indicar ganha de Lula’
“A gente já sabe que ele não será candidato. Está fora do jogo presidencial, mas não está fora da política. Quem ele indicar será um forte concorrente e eu tenho certeza que vai ganhar as eleições de Lula. Bolsonaro não vai está na cabeça, deixa os holofotes e vai trabalhar nos bastidores. Nos bastidores é ele é muito mais importante que batendo de frente”, destacou Walber.
Deputado descarta disputa ao Senado
O deputado estadual afastou qualquer pretensão dele disputar vaga no Senado no próximo ano. Virgolino avaliou que não se arriscaria por acreditar que não teria nenhuma chance de vencer nomes com mais estrutura econômica e política como têm o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), pai do atual presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos).
“Eu só vou disputar com chance para ganhar. Não vou fazer graça e perder meu mandato que anda bem para depois ficar sem mandato e sendo perseguido”, justificou.
Já para a disputa ao Governo, Virgolino aposta em uma candidatura de Marcelo Queiroga (PL).“Para segurar o partido e eleger deputados federais e estaduais tem que ser ele. Ele tem discurso, têm o respeito do ex-presidente Jair Bolsonaro, a liderança do partido e o respeito dos deputados e correligionários. Já foi testado e mostrou pra que veio”, argumentou.
“João perderá eleição para o Senado”
Na entrevista, o deputado Walber Virgolino disse que ‘falta pulso” ao governador João Azevêdo (PSB), o que resulta “bagunça” do grupo governista e que, na avaliação do parlamentar, pode resultar em derrota, caso o socialista dispute o Senado.
“Eu não sei quem vai ganhar, só sei quem vai perder, João Azevêdo”, previu Virgolino.
Defesa por Efraim Filho e poucas chances para Pedro
Walber Virgolino se mostrou simpático a uma aliança com o senador Efraim Filho (União Brasil). Entretanto, Virgolino só acredita que só será possível, se Efraim migrar para o PL.
“Brasília não quer essa composição com o União Brasil e nem Efraim quer. Eu acho que Efraim tem chance e se ele for nosso candidato tem que ser pelo PL, mas isso se Marcelo Queiroga não quiser”, defendeu.
Virgolino tratou o nome do ex-deputado Pedro Cunha Lima como a terceira alternativa para o PL votar em 2026. Apesar de eleitor do ex-tucano em 2022, Walber disse enxergar um viés mais à esquerda em Pedro.
Confira a entrevista completa: