Mundiças, apascentai vossos corações!

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

Dedico este artigo ao meu colega o biólogo Mendel, o pai da genética moderna e descobridor das leis da hereditariedade. 

MONTANHAS DA JAQUEIRA – “Apascentai o vosso rebanho”. Estas são palavras sagradas. As seitas estão em fúria. Também seja dito: a natureza dos lobos é serem caçadores ou predadores. Cordeiros são mansos de coração. Nunca haverá pacificação entre cordeiros e lobisomens, entre raposas e galináceos. Os lobisomens e as raposas usam películas 3D de cordeiro e de galo cantante da madrugada no carnaval. Fiquem ligados!

O lobo malvado da seita vermelha anunciou, sem provas, que o amor venceu o ódio. Logo em seguida disse que odiava a responsabilidade fiscal, odiava o presidente do Banco Central, e que amava as ditaduras de Cuba e da Venezuela. Os ex-presidentes do BC, economistas Armínio Fraga e Henrique Meireles, que haviam votado naquele troço, ficaram estatelados. O BNDES será acionado para financiar o amor às ditaduras comunistas.

Assim foi decretado um novo Tratado de Tordesilhas nesta Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira cruz: do lado oeste a seita vermelha e do lado leste a seita do gado, cada qual na sua latitude.

Como parte da guerra ideológica, revogaram as leis da mestiçagem brasileira e insuflaram o ódio entre pardos, brancos, sararás, cafuzos, mamelucos e negros. O que fazer com as leis da genética? Revogaram as leis da Mendel, o pai da genética. Os cromossomos sexuais XX e XY foram chamados de politicamente incorretos e disseram que todas as ervilhas eram vermelhas. Os gêneros são flex, feito motores movidos a gasolina, álcool anidro, GNV e energia elétrica. Corpos humanos assemelham-se a engrenagens de câmbio com sexo variável, segundo a ideologia de gênero. Se você discordar, será odiado.

Rebanhos de mais de 60 milhões de pessoas físicas, pessoas biológicas e pessoas jurídicas são odiadas pela Serasa, SPC e pelo Fisco. Essas o pendências travam a economia, abortam a geração de renda e empregos e geram conflitos sociais. Eu juro por meus bigodes de profeta que Le Man, o homem, deve mais aos fornecedores, ao governo, aos funcionários e de pensões alimentícias às ex-mulheres (os milionários costumam ter, pelo menos, três ex-mulheres, teúdas e manteúdas) do que a soma do que devem as manadas de 60 milhões de infiéis deste Brazil.

Entonces eu proponho o seguinte, monocraticamente: nosso Tio Patinhas assumiria os “papagaios” de todos os devedores da Serasa, SPC e Receita Federal e em retribuição o Governo perdoaria os pecados das Lojas Americanas, da Ambev e das ex-mulheres divorciadas. Dia seguinte, sem débitos na praça, os ex-caloteiros consumiriam toda a produção de cerveja da Ambev e os estoques das Lojas Americanas, a Receita teria recorde de arrecadação e a Bovespa subiria mil pontos.  Tio Patinhas ficaria ainda mais rico e feliz por ter feito uma boa ação na vida.

Taí o meu guru para assuntos tributários, o geólogo Everardo Maciel, coração de Leão, que não me deixa mentir. Arriba, galera!

*Periodista e escritor

Dulino Sistema de ensino

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – A senha já foi dada, basta fazer o login: “integração latino-americana”. Tradução: Vamos abrir as portas da esperança do BNDES para a Argentina falida. As ditaduras de Cuba e da Venezuela e o regime terrorista de Daniel Ortega na Nicarágua entram na fila. “Quem quer dinheiro, quem quer dinheiro?!” dirão os leiloeiros vermelhos a bordo do Baú da Felicidade do BNDES.

“A partir de 2023 vamos voltar a abraçar nossos irmãos cubanos”, disse noutros tempos o comissário do Mensalão, cassado e ainda não descondenado. Os “irmãos cubanos” são o finado ditador Fidel Castro, com licença da palavra, e o energúmeno Raul Castro, vade retro!

Com inflação de quase 100 por cento ao ano e recessão feroz, os argentinos estão matando cachorro a grito para sobreviver. Dizei-me muy amigo presidente Fernandez, qual a garantia de que vosso governo vai pagar ao BNDES o empréstimo de 820 milhões para construção do gasoduto de La Vaca Muerta? La garantia soy Jo! disse Fernandez.

Pobre, pobre de marré deci, Dom Fernandez beijou as mãos do guru vermelho, implorou uma oferta de gratidão, incorporou o ectoplasma de Juan Domingo Peron e saíram a rodopiar nos salões de La Casa Rosada. “Soy loco por te BNDES! Soy loco por te amore!”.

Dou por visto quando a sinhazinha Raquel Lyra bater à porta do BNDES: Ô de casa! Eu gostaria de obter um empréstimo de 1 milhão de dólares para investir no Porto de Suape. Errado, sinhazinha Raquel. A feira de mangaios de Caruaru não vende os charutos Cohiba cubanos, ideal de consumo revolucionário. O comandante-em-chefe Lyra Neto tampouco decretou uma República Socialista na Serra dos Russos.

Que tal financiar o Porto de Cabedelo na Parahyba do Norte? Negativo. A praia de Cabo Branco propaga o bolero capitalista de Ravel para o deleite da burguesia. Deveriam tocar a rumba revolucionária de Ravel para incendiar as paixões socialistas.

Depois que o guia genial dos povos vermelhos e dos sapos barbados determinou que o BNDES irá despejar milhões de dólares no gasoduto da Vaca Morta na Argentina, o Porto comunista de Mariel em Cuba e os projetos falidos de Nicolas Maduro na Venezuela vão entrar na fila. O programa Mais Médicos funciona como refrigério para a ditadura comunista, a mais longeva das Américas. As dívidas serão pagas ao Brazil quando a vaca morta renascer, quando Fidel Castro ressuscitar das fornalhas de enxofre e quando o energúmeno Maduro implantar o paraíso comunista na Venezuela.

“El dia em que quieras, generoso BNDES, em suave murmúrio, acariciar o gasoduto de La Vaca Muerta com 820 milhões de dólares, o vento das campanas cantará o amor das esquerdas brasileiras”.

“Na noche em que os milongueiros derem um calote no BNDES, noves fora as propinas, um raio misterioso dirá que os brasileiros são os Zé Manés que se apaixonaram pela Vaca Muerta peronista”.

Hasta la vista caloteiros, milongueiros e brasileiros!

*Periodista e escritor

Petrolina - O melhor São João do Brasil

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Guardo nas minhas retentivas o canto de guerra e paz do final da década de 1970: Anistia ampla, geral e irrestrita – AAGI. O Brazil de hoje saiu de uma guerra. Minto. A guerra continua. As duas seitas, a seita do gado e a seita vermelha, estão com a faca nos dentes. Pra cima e pra baixo do pescoço tudo é canela. O pescoço é canela.

O galo canta, macaco assovia. O chão está riscado para a guerra. Não pise nos meus calos. Meus calos são as minhas verdades. Eu sou muito brabo. Sou o dono da verdade. Errado. Você é o dono da mentira. Eu sou mais macho do que você. Teje preso! Será censurado e desmonetizado por conta de sua desfeita.

Espelho meu, quem é mais macho do que eu? “No mundo da Eternia, bem distante  daqui/ na luta pela paz um guardião vai surgir.”  “A força e a coragem, ele nasceu para o bem/ Os músculos de aço, nosso herói é He-Man”. “Vamos amigo, unidos venceremos a semente do mal. He-Man com sua espada faz a guerra acabar”. O trunfo é paus. Cuidado, o tigrão quer te pegar!

Nestes zodíacos de radicalizações, intolerâncias, falsidades de amor e ódios recíprocos, o Brazil conclama uma nova anistia, em nome da pacificação nacional,?Triste realidade é prender e censurar em nome das liberdades democráticas. É bonito falar de amor e democracia na literatura, na religião e redes sociais. Vejamos na real.

Nos anos 1970s e desde sempre, ontem e hoje, aqui e agora, havia gritos e sussurros democráticos. Os gritos e sussurros levaram jovens “patriotas equivocados” (expressão do comunista ortodoxo Luís Carlos Prestes) a aderiram à luta armada contra a ditabranda. Os patriotas “equivocados” da esquerda sequestravam, praticavam atos de terrorismo e assaltavam bancos no objetivo de implantar uma ditadura democrática à moda de Cuba.

Os agentes de repressão do sistema prendiam, matavam e torturavam em nome da defesa da “Redentora”. Sob o signo do famigerado Ato Institucional 5 (a dupla face do terrorismo), foram suprimidas as liberdades democráticas, houve a cassação de mandatos parlamentares. O AI 5 vigorou de 13 dezembro de 1968 a 13 outubro de 1978.

OPERAÇÃO CLÃ – Raquel e Priscila – A operação Clã da PF faz o diagnóstico dos assaltos antidemocráticos no setor de saúde em gestões passadas. A vice-governadora Priscila Krause revela que a secretaria gasta um montante de 8 bilhões por ano em saúde, e o governo quer ver aberta a caixa preta para enquadrar os corruptos. Estima-se que roubos foram em torno de 100 milhões de reais.

Milhões de pernambucanos sintam-se roubados em cada esquina. Quem rouba a saúde rouba vidas. Infelizmente a lei anticorrupção no Brazil tornou-se um hímen complacente, principalmente depois da LavaJato.

Pernambuco está em boas mãos limpas e boas cabeças pensantes com Raquel Lyra e Priscila Krause no Palácio dos Príncipes e das Princesas.

*Periodista e escritor    

Ipojuca - No Grau 2025

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

Dedico este artigo ao meu colega o gênio Luís de Camões, que celebrou “as armas e os barões assinalados”     

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Casada com o capitão Duarte Coelho, donatário desta Capitania da Nova Lusitânia, dona Brites-Beatriz de Albuquerque governou esta terra nos tempos coloniais de 1554 a 1584. Convocado pelo Rei Dão Sebastião, Duarte Coelho foi lutar na guerra contra os Mouros em Alcácer-Quibir, na África, saiu ferido e depois faleceu. Dona Brites ficou viúva ainda jovem e com filhos para criar. Duarte Coelho virou uma ponte em Recife. A Sinhazinha Brites, coitada, necas.

Mulher guerreira, a viúva sinhazinha ganhou o título de capitoa. Governou com mão firme, dominou insurreições indígenas, organizou os colonos nativos, construiu e urbanizou moradias nas vilas da capitania. O irmão da Sinhazinha Brites, Jerônimo Albuquerque, era um caçador de rabos de saia. Ficou conhecida como o Adão de Pernambuco por inseminar dezenas de donzelas nestas terras tropicais. Esta é um terra de nobres. Eu sou apenas um pobre Marquês da Rua do Futuro, do Passado e do Presente.

Os fidalgos da Corte de Portus Cale são descritos nas “armas e os barões assinalados” do poema Os Lusíadas de Luís de Camões. Olhai os lírios dos Campos dos Príncipes e das Princesas! Olhai os discípulos de Dudu Beleza! A sinhazinha Raquel Brites Lyra e a Sinhazinha Priscila Beatriz navegam no Palácio Imperial das Princesas.

João Lyra III, sucessor de Lyra II e Fernando Lyra I, é o barão assinalado da Serra das Russas e Caruarui. Lyra III nomeou a regente Raquel para sucedê-lo. Gustavo I, inscrito na galeria dos Baobás da Praça da República e comendador do Parque da Jaqueira, designou pupila Priscila Brites para ser vice-regente do Palácio das Princesas. 

Quando era pobre, Dom Gustavo Krause frequentava a Jaqueira, caminhava duas léguas no parque, conversava com a galera, pagava água de coco para todo mundo e seguia para sua choupana. Depois, sumiu feito Conceição, ninguém sabe, ninguém viu.

Seja dito, sem ilusões, que não dá para recuperar a economia de Pernambuco em quatro anos. Com a quebradeira dos megas projetos da refinaria, do estaleiro e o fiasco do legado da Copa de 2018, o Estado entrou em plano inclinado. O governador Paulo Câmara quedou-se impotente diante da situação, e haja impostos.

Depois de amamentar com milhões em duodécimos as lobas da Assembleia Legislativa e acariciar as castas do Judiciário, Ministério Público e fazendários com salários milionários, sobram apenas migalhas para os invisíveis do serviço público. A Constituição de 1988 é uma mãe para as elites do serviço público.

A economia de Pernambuco está no estaleiro, mesmo sem ser um navio e sem ser o Estaleiro Atlântico Sul. Existem milhões de veleiros monetizados nos aquários dos poderes paralelos. Se o novo governo conseguir desencalhar esses navios, Hosana nas alturas! É impossível dar cavalo de pau na economia. O importante é explorar a derivada positiva.  

Alvíssaras, pernambucanas e pernambucanos, gregos e troianos da Nova Lusitânia!

*Periodista e escritor

Caruaru - São João

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Se multidões nas ruas, nas praças e quartéis mudassem o destino das nações, Argentina hoje seria um potência mundial. Desde as décadas de 1940 e 1950 os empobrecidos argentinos sonham com a ressurreição de Peron, Evita e Carlos Gardel para reinaugurar uma Europa dos Pampas. Os ídolos da Argentina ainda são os mesmos, incluindo Maradona, estrela do futebol e pobre figura humana merecedor de compaixão e que morreu de overdose.

Existe uma lenda de que os portugueses vivem a ver navios na esperança de retorno do Rei Dom Sebastião, o Desejado, figura messiânica que sumiu em 1578 na batalha contra os mouros. Ele seria o provedor de venturas e felicidades para seu País. Esta crença é chamada de Sebastianismo. O Peronismo é o Sebastianismo da Argentina. Portugal hoje é uma nação próspera e acolhedora. A Argentina é um reino de lágrimas por conta de governantes populistas, corruptos e demagógicos. Lady Madonna canta, com voz angelical: “Don’t cry for me, Argentina – Não chore por mim, Argentina”. As esquerdas cumprem sua vocação demolidora de prosperidades e liberdades na América Latina.

Multidão solitária, “The lonely crowd”, na expressão em inglês,  multidões solitárias são tigres de papel. As engrenagens do poder são movidas por canetas mágicas e não se comovem com gritos ou sussurros de multidões. “O capitalismo é um tigre de papel”, dizia, sem provas, o genocida comunista Mao Tzedong. É mentira de Vossa Excelência, grande timoneiro Mao, eu desafio você e seu pareceiro Xi Jinping a me provarem o contrário. O capitalismo engoliu o comunismo no Império chinês. O Império chinês fala em dois sistemas, um só País. O sistema econômico é capitalista, o sistema político é comunista.

O Sebastianismo no Brazil é ter saudades das cenas dos crimes de assalto aos cofres públicos no passado. Na Chuchulândia todos os pecados serão perdoados e convertidos em virtude. Povo nas ruas está mais ligado nos gols do campeonato de futebol. Os deputados de Pernambuco vão incrementar os auxílios-moradia, auxílio-paletó e auxílio-cueca. São chamados de auxílios-democráticos. Se alguém protestar no gradil da Assembleia Legislativa, poderá ser enquadrado por manifestação antidemocrática, censurado e desmonetizado. É assim que a banda toca atualmente.

Somente líderes com dimensão de estadistas redimem uma Nação. A história ensina que fantoches com rabos de palha e suas ideologias igualitárias arruínam as sociedades e levam as multidões solitárias aos caminhos do precipício, vide bula a Argentina, Cuba, Venezuela e Nicarágua. “As esquerdas radicais não esquecem jamais e não aprendem jamais”, diz a sentença.

Adios muchachos latino-americanos, Magnaneanos, troianos e gregos da Nova Lusitânia!

*Periodista e escritor

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – A imagem é recorrente: o Brazil é um vulcão com pele de cordeiro e o vulcão está em erupção. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, é um democrata e um gentil-homem cercado de lobos e carcarás nas latitudes federais. Haverá conciliação nacional, conforme preconizado? Os índios estão pintados de urucum vermelho de guerra.

Mudando de assunto: filho de Seu Dondinho e Dona Celeste, o menino Dico era um negrinho abençoado por Deus e bonito por natureza. Antes dele a bola era quadrada. Pelé inventou a bola redonda, dominou a pelota e tornou-se o Rei do Futebol.

Luizinho, filho de Seu Januário e Dona Santana, era um menino levado da breca nas terras sertanejas do Araripe. Recebeu de presente de Seu Januário uma sanfona feita nas minas de ouro do coração sertanejo. Com sua cara de lua nova sob o brilho do luar sertanejo, Luiz fez-se o Rei do Baião.

Roberto Carlos tinha no peito a sonoridade das cachoeiras de Itapemirim. Com emoção e talento, foi aclamado Rei da Jovem Guarda, Rei da Canção brasileira. É um coração iluminado.

Lampião, rei do cangaço, é a historia escrita pelo avesso. Chico Anísio e Jô Soares são os reis do riso.

Todo o poder da Monarquia tropical emana do talento das almas auriverdes.

Dão Pedro II foi destronado pelo golpe de Estado de República, mas a Monarquia brasileira vive.

Todos os súditos proclamam a nobreza de Pixinguinha, Noel Rosa, Tom Jobim, Villa-Lobos, Waldir Azevedo, João Pernambuco,  Catulo – eles  tangem as cordas de violino de nossos corações. Machado de Assis, Manuel Bandeira, Nelson Rodrigues, Drummond, Castro Alves, Augusto dos Anjos, estes compõem a epopeia das letras nacionais. São os estadistas das letras e das melodias.

O rei da carne de sol, rei das baterias, rei do brega, rei do gado, rainha da sucata, rainha do bumbum , rei da fuleram, quantas majestades e quanta criatividade!

Esta também é uma república povoada por safadões, cafuçus e almas sebosas. Pior são os cafuçus corruptos e autoritários, de índole má.

Se Lampião, rei do cangaço, não tivesse sido massacrado,  torturado e decapitado pelas volantes policiais na gruta de Angicos (SE) em 1938, Maria Bonita seria a nossa rainha-consorte, ou princesa regente na linha da Princesa Izabel. As volantes policiais cometiam tantas atrocidades quando os cangaceiros, tai o historiador Frederico Pernambucano da gema, príncipe dos historiadores, que não me deixa mentir. O cangaceiros foram esfolados e decapitados a sangue frio, a  chamada “gravata vermelha”, em nome da lei e da ordem. As volantes de hoje prendem, arrebentam e censura também em nome da lei e da ordem.

O beato Antônio Conselheiro e seus seguidores também foram massacrados e barbarizados pelas forças republicanas da lei e da ordem. Disseram que eles espalhavam o ódio contra a República porque viviam no Arraial de Canudos, no Interior da Bahia, sem pagar impostos, sem render obediência aos sacramentos da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana e sem puxar cobra para os pés nas fazendas dos coronéis. 25 mil camponeses famélicos foram barbarizados pelas tropas federais em nome da “pax” republicana.

Arriba, leitores Magnaneanos, monarquistas e republicanos da Nova Lusitânia.

*Periodista e escritor 

Cabo de Santo Agostinho - Vem aí

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Existe uma sentença proverbial: governo é governo, oposição é oposição. Nunca jamais em tempo algum, alhures ou algures, esta sentença será revogado. Falar em governo de paz e amor febril, conciliação e beijos entre adversários, são histórias da carochinha. Guru da imprensa altiva e independente, Millor Fernandes decretou uma lei em cláusula pétrea: imprensa é oposição, e o mais é armazém de secos e molhado. Mídia bem comportada é papel do diário oficial.

Não seja por isso. Alguns periodistas devotos da seita vermelha estão doidinhos para serem regulamentados, a bem dizer, para serem censurados, em nome da liberdade de opinião. Eis o duplipensar preconizado pelo escritor inglês George Orwell na Novilíngua, na obra “1984”, escrita em 1949. Palavra mágica do pensamento politicamente correto, “Duplipensar” equivale a pensar pelo avesso ou multiplicar as ideias por menos um. Censura é liberdade, liberdade é manifestação antidemocrática. George Orwell foi um profeta.

Os devotos da seita vermelha e da seita do gado criaram os ministérios da pós-verdade e da verdade animalesca. Há quatro anos a guerra é feroz entre eles e não há prenúncios de armistício. Depois da pandemia, com inflação domada, sem recessão, o PIB cresceu, quando nada, na faixa de 1,5 %. As estatais se tornaram rentáveis, a começar pela Petrobras. Estes são dados de realidade. Contestar, quem há de?

Mesmo assim os radicais vermelhos falam em herança maldita. Os legendários do capitão predizem as maldições do futuro. Como diria o Doutor Chuchu noutros tempos, o passado vos condena. Imaginem a herança amaldiçoada da mulher que estocava ventos, de 13  milhões de desempregados e recessão maior da história.

Drante 365 dias de quatro anos, a mídia da pós-verdade anunciou que o capitão estava planejando um golpe. Foi o planejamento golpista mais prolongado desde os tempos da guerra dos gregos e troianos. Eis o golpe à moda da viúva Porcina, aquele que foi sem nunca ter sido. Os guerrilheiros dizem que o MST invade e depreda as propriedades em nome da paz, fazendo declarações de amor aos donos das terras.

Com um cacho de tripas nas mãos depois de levar uma facada, o capitão foi chamado de genocida, fascista, misógino e até de arroz doce, acusado de disseminar o ódio contra os inocentes pacifistas vermelhos. Injuriaram e demonizaram o cara em nome do amor. Acuse os outros daquilo que você é, reza o catecismo leninista.

A Novilingua estabelece a existência do Crimideia, o crime dos pensamentos ideológicos ilegais. Ele avisa: “O grande irmão está de olho em você”, porém sem perder a ternura jamais. Para usar uma palavra bonita, estas são as coordenadas de uma sociedade distópica, regida pela polícia do pensamento e subordinada ao Ministério da Verdade.

Alvíssaras leitores Magnaneanos, gregos e troianos da Nova Lusitânia! Viva a Pátria e chova arroz neste ano de 2023!

*Periodista e escritor

Toritama - São João da Torre

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

Dedico este artigo ao meu colega o gênio Machado de Assis, descobridor da Casa Verde e revelador da eternidade dos Natais, que não mudam jamais

MONTANHAS DA JAQUEIRA – O Brazil é uma terra de   vulcões e os vulcões estão em erupção. Esta terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira cruz, foi transformada num território de Vesúvios. Os vulcões protestam na mídia eletrônica e nas nuvens daInternet. Prendam os vulcões de sempre com pele de cordeiro, dizem os comissários vermelhos, ao modo do Inspetor do filme Casablanca.

Os comissário decretaram: os vulcões serão anestesiados, desmonetizados e silenciados com uma dose sossega-leão da censura. A bem dizer no modo politicamente correto, serão regulamentados e entubados. Sossega, vulcão! Sossega, vulcão! Se você não sossegar, o tigrão vai te pegar.

Há gritos e sussurros na sala dos vulcões, dos leões e dos anestesistas. O tigrão está de olho em você, assim feito o Doutor Simão Bacamarte da Casa Verde, criação genial de Machado de Assis, no imaginário de O Alienista.

O periodista Tonico Magalhães relatou as insanidades do Doutor Simão Bacamarte no manicômio da Casa Verde em artigo recente nas nuvens de silício deste magnífico Blog.

Jovem médico cobiçado pelas donzelas casamenteiras da Vila de Itaguaí, o doutor Simão preferiu desposar uma senhora de 25 anos, sem atrativos de beleza, digamos sem gordofobia nem feiurofolbia, cujo físico era mais adequado a lutas de sumô na categoria feminina. Mas, foi de caso pensado, para não se deixar enfeitiçar pelos encantos femininos e assim poder dedicar-se de corpo e alma às pesquisas sobre os parafusos frouxos nas mentes da humanidade. Nas noites de lua cheia, enquanto a patroa roncava, o esculápio consumia tratados sobre os abismos da loucura humana.

A cada gesto suspeito de demência, os habitantes da Vila de Itaguaí eram internados no manicômio da Casa Verde em obediência aos diagnósticos monocráticos de loucura emitidos pelo Doutor Simão Bacamarte. Ao trancafiar seus pacientes, o Doutor Simão dizia: “Você enlouqueceu, Zé Mané!

O vereador Canjica foi enjaulado em camisa de força, acusado de conspiração anticientífica, ao protestar contra internações arbitrárias. Sob a mira dos atos atrabiliários do Doutor Bacamarte, a população de Itaguaí vivia atemorizada, temendo ser internada sob a acusação de demência.

Quando as luzes foram acesas descobriu-se que o verdadeiro louco era o Doutor Simão e ele recolheu-se ao hospício que havia criado. Assim também os que censuram e prendem em nome da democracia são os verdadeiros antidemocratas. Elvis vive! O Doutor Simão vive hoje na pele de um tigrão armado de bacamarte.

CEPE/RICARDO LEITÃO – A diretoria da Companhia Editora de Pernambuco, sob a presidência do periodista-executivo Ricardo Leitão, demais diretores e colaboradores, conclui um legado edificante em termos empresariais e editoriais. Consolidada como excelência nacional em qualidade, a Cepe Editora marcou presença nos campos da cultura, artes, política e resgate histórico.

Arriba, magníficos e magnânimos leitores, machadianos, gregos e troianos da Nova Lusitânia!

Palmares - No ritmo do desenvolvimento

Centrão: Eu sou você ontem, Zé Mané! 

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Que tal o Centrão?! Isto é novidade velha. Veio da Constituinte de 1988, de nome palatável Centro Democrático. O deputado pernambucano Ricardo Fiuza (PFL), falecido em 2005, pontificava no centro de gravidade, como articulador e cérebro pensante. O deputado Gilson Machado Filho (PFL) vinha em segundo plano. Havia uma disputa ideológica silenciosa entre eles. 

O artigo a seguir foi publicado em 06.11.1987 no Diario de Pernambuco. Antes o Centrão era ideológico, hoje é fisiológico. Mudou o fenótipo, a forma, o genótipo, o DNA, continua o mesmo. É história viva. Confiram:

“O Centrão, que está à direita, agita a Constituinte. Colhe assinaturas para mudar o regimento e permitir apresentação de novas emendas. As últimas contas indicavam a adesão de 286 parlamentares do total de 587 constituintes. Seriam 286 partidários da direita que investem na desestabilização da Constituinte? Longe disso. Os que assinaram o documento do chamado Centro Democrático vislumbram a perspectiva de modificar o regimento para apresentar novas emendas sem comprometimento ideológico.

“Apesar de estar na moda dizer que a Constituinte gera um monstrengo, cabe reconhecer importantes avanços. Aí é que o Centrão não perdoa. Falar mal da Constituinte é a palavra de ordem, dizer que produz um texto prolixo e contraditório, repleto de absurdos. Em linguagem grosseira a chamam de “Prostituinte”.

Agressão injusta. Sem ser jurista já dá para conferir nos primeiros capítulos. O dos “Direitos e liberdades fundamentais”, por exemplo. Deve ser extenso, mas já dá para enxugá-lo. Vai da livre manifestação de pensamento ao “Habeas Data”, que permite aos cidadãos obterem informações pessoais a seu respeito, em entidades particulares, públicas ou oficiais.

“Num ponto o substitutivo da Constituinte merece críticas unânimes: o detalhismo, a floresta de artigos. Mas dá para podá-los, chegar a um documento mais sintético. Quem investe contra a Constituinte não vai por aí, não quer podar as árvores, quer tocar fogo na floresta. A alegação é que está sendo obra de uma minoria radical. Na Comissão de Sistematização, “minoria radical” quer dizer 47 votos, metade mais um de 93. Num conjunto de 93, sistema de base 10, a aritmética milenar ensina que minoria seria menos ou igual a 46. O que não confere com as contas dos aliados do Centrão. Para estes, a operação preferida é subtrair credibilidade da Constituinte para apostar no pior. A quem interessa dizer que todos os políticos representam uma tragédia? Quem gostaria que fosse fechado o Congresso e imperasse a lei do arbítrio.

“Posicionado à direita, o Centrão vislumbra na maioria insatisfeita uma massa de manobra. Nessa etapa final dos trabalhos na Comissão de Sistematização, os sinais são sintomáticos de que há um esforço redobrado para entornar o caldo. E os setores mais consequentes querem, ao contrário, decantar o caldo”.

Arriba, leitores Magnaneanos, paraibanos, gregos e troianos de Pernambuco, Urbi et Orbi.

*Periodista e escritor