Já dei minha corridinha de 8 km hoje. Foi no Parque dos Eucaliptos, em Garanhuns, onde lanço, a partir das 19 horas, a biografia de Marco Maciel, na Câmara de Vereadores. Mais uma vez, estou encantado com a beleza da cidade à espera do Natal. Garanhuns está linda e preparada para receber milhares de turistas.
A decoração faz alusão aos 20 anos de celebrações natalinas na cidade e conta com mais de 20 pontos de luz e brilho. O Encantos do Natal se estende até 7 de janeiro, por determinação do prefeito Sivaldo Albino. Na abertura, houve um show do acendimento das luzes, em frente ao Palácio Celso Galvão, no centro da cidade.
“Este é um evento que completa agora 20 anos e me recordo quando os ex-prefeitos Dr. Silvino e o saudoso Luiz Carlos pensaram em um evento que pudesse trazer beleza, atrair turistas e movimentar o comércio da cidade. Foi aí que surgiu o então ‘Natal dos Sonhos’. Este ano não será diferente, vamos ter um período muito intenso, onde esperamos que Garanhuns receba muitos turistas, o que vai aquecer a economia, gerar emprego e renda no município durante o fim de ano”, diz Sivaldo.
A programação do Encantos do Natal 2023 conta com desfile natalinos, cantata ao vivo da Ave Maria e Pai Nosso, apresentações musicais, contação de histórias e várias outras novidades. Além disso, a cidade terá pontos de decoração temáticos nas praças Tavares Correia, onde fica o Relógio de Flores; Souto Filho, onde fica a Fonte Luminosa, e Dom Moura; onde o público poderá visitar a Floresta Encantada do Noel, a Floresta Nevada e a Floresta dos Contos.
A Praça Dom Moura também recebeu uma decoração especial, que de forma inédita também foi instalada no Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti.
O governo argentino anunciou uma “investigação urgente” sobre o lançamento de uma criptomoeda promovida pelo presidente Javier Milei na sexta-feira (14). O ativo teve aumento exponencial em seu preço, mas despencou de valor horas depois de uma publicação nas redes sociais do ultraliberal em meio a acusações de fraude e pedidos de um “julgamento político”.
Segundo imagens reproduzidas pela imprensa local, Milei teria postado uma mensagem no X, fixada em seu perfil por mais de cinco horas, com um link para uma iniciativa chamada “Projeto Viva La Libertad”, que emulava seu slogan “Viva a liberdade, caral**”.
“O mundo quer investir na Argentina. $LIBRA”, dizia a mensagem do presidente publicada na sexta-feira, com o nome do token, uma unidade de valor digital baseada na tecnologia blockchain que não é lastreada por dinheiro real.
A criptomoeda $LIBRA era “um projeto privado” que seria dedicado a “incentivar o crescimento da economia argentina, financiando pequenos negócios e startups argentinos”.
Mas economistas e especialistas em criptomoedas na Argentina, bem como representantes do espectro político da oposição, rapidamente criticaram Milei e apontaram que esse ativo digital poderia ser um golpe ou esquema de pirâmide.
Horas depois, o presidente apagou a mensagem promovendo a criptomoeda.
“Eu não estava ciente dos detalhes do projeto e depois de tomar conhecimento dele decidi não continuar a divulgá-lo”, explicou Milei no sábado, no X.
À medida que as críticas aumentavam, a Presidência argentina anunciou na noite de sábado que, “à luz dos acontecimentos”, Milei “decidiu encaminhar imediatamente o assunto ao Escritório Anticorrupção (OA) para determinar se houve conduta imprópria por parte de qualquer membro do governo nacional, incluindo o próprio presidente”.
Ele também anunciou a criação de uma “Força-Tarefa Investigativa” na órbita do presidente, encarregada de “iniciar uma investigação urgente sobre o lançamento da criptomoeda $LIBRA e todas as empresas ou pessoas envolvidas nesta operação”, acrescentou a Presidência em um comunicado no X.
Roubo de US$ 107 milhões?
De acordo com a revista The Kobeissi Letter, especializada no mercado de capitais, quase 80% do ativo $LIBRA estava nas mãos de poucos detentores antes do apoio de Milei.
Seguindo a mensagem do presidente, seu valor cresceu exponencialmente, de décimos para um pico de US$ 4.978 — os detentores originais começaram a vender com lucro de milhões, mas o valor do ativo despencou.
— O que aconteceu é o que no mundo dos títulos negociáveis é chamado de ‘tapete puxado’ — disse à AFP Javier Smaldone, especialista em informática e renomado influenciador digital dedicado a expor esquemas de pirâmide. — Uma criptomoeda é criada, o que também pode ser feito com ações, é dada liquidez inicial para que o que foi criado valha alguma coisa e então uma campanha publicitária de algum tipo é iniciada para atrair pessoas — explicou, sobre o papel que a promoção de Milei poderia ter desempenhado.
O especialista detalhou que, à medida que “as pessoas vão comprando, o valor daquele ativo vai subindo (…) até que chega um momento em que aqueles que administram a liquidez retiram o dinheiro, e a coisa entra em colapso”.
Segundo Smaldone, toda a operação durou “cerca de duas horas” e envolveu um volume de aproximadamente US$ 4,4 bilhões.
— O que foi descoberto até agora é que o dinheiro que eles roubaram em torno de 107 milhões de dólares — disse ele sobre o valor que foi fraudado, acrescentando: — Provavelmente é mais.
Também no sábado, o bloco União pela Pátria, liderado pelo peronismo na Câmara dos Deputados do Congresso Nacional, anunciou que na segunda-feira apresentará “um pedido de impeachment contra o Presidente da Nação” em razão do ocorrido.
Figuras da oposição denunciaram a medida, incluindo a ex-presidente (2007-2015) e líder do peronismo Cristina Kirchner, que em sua conta no X chamou Milei de “golpista de criptomoedas” e disse que ele operava “como um gancho para um golpe digital”.
Em 2021, o então deputado e agora presidente promoveu a plataforma CoinX, que oferecia lucros de 8% ao mês em dólares e agora também está sendo investigada por suposta fraude.
Para o deputado da Coalizão Cívica Maximiliano Ferraro, o que aconteceu com a $LIBRA “foi uma manobra especulativa que poderia ser alavancada no poder político do Presidente e no uso de informações privilegiadas”.
Com a câmera ligada, e alguns questionamentos já gravados, mirei o microfone e perguntei no alvo: “Quem é Vital Farias”? Da boca do filho de Taperóa, a resposta embargada: “Um matuto da roça”! Como chuva no Cariri, dos olhos do trovador desaguaram rios de emoção e nostalgia, transbordando um coração encharcado.
Guardo na viva memória essa cena do meu primeiro encontro com o cantor e compositor de “Veja (Margarida)”. O que, sem avisar, partiu para a “cidade garantida” da eternidade.
Era uma entrevista para o Pingo Quente, um quadro político que apresentava no Jornal da Correio, da TV Correio, em 2010, ano em que o cantador trocou por alguns meses a viola e desafiou as regras prontas do jogo da política e foi rimar seus versos como candidato ao Senado.
Movido pelo instinto de rebeldia cidadã, foi às urnas e obteve delas 58 mil votos pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Por óbvio, não ganhou a eleição. Afinal, já estava eleito, há muito tempo, como mestre do cancioneiro popular do país, com suas “Ai que Saudade de Ocê”, “Saga da Amazônia”, “Caso Você Case”…
A lembrança pessoal sobre a flagrante sensibilidade humana, poética e campesina de Vital foi apenas uma amostra entre tantas. Um homem marcado pela rudeza das lidas da vida, mas profundamente tocado pela beleza das coisas simples. Coisas que cantou e imortalizou em suas letras de protestos, de amor e convites à reflexão.
Com Rolando Boldrin, Vital também não teve vergonha de sangrar os olhos diante de um ‘Senhor Brasil’ inteiro ligado na TV Cultura. Também foi às lágrimas, cantando com a filha Giovana. Numa de suas últimas aparições, no programa de Jessier Quirino, também caiu no choro cantando ao lados dos dois filhos mais novos.
Foi essa humanidade à flor da pele que o transportou do solo árido para o reconhecimento nacional, sem nunca perder a raiz. E, portanto, se mantendo casto, inteiro, interiorano. Ganhou o mundo, sem se perder da sua aldeia.
Em vida, soube ser um cantador do seu tempo, tendo a coragem caririzeira de nadas contra as correntezas do mercado de sucessos fáceis. Na morte, ficou gravado entre nós com canções tão plangentes, quanto seu pranto que nenhuma barragem conseguiu represar. Foi e continua Vital. Mesmo que o arco-íris mude de cor.
O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, comentou neste sábado (15) sua demissão da pasta e as acusações de assédio sexual que sofreu, incluindo as feitas pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Em publicação nas redes sociais, Silvio Almeida afirmou que “tentaram o matar” com uma campanha de difamação, mas que “se o morto levanta, acabou o velório”. O ex-ministro disse ainda que vai retomar as publicações em seu canal no Youtube, voltar a escrever livros e a advogar.
“Tentaram me matar. Mas não deu certo. Tal como se faz no gurufim, minha família, meus amigos, minhas alunas e alunos, meus parceiros de trabalho, tiveram que cantar neste velório que armaram para mim. E, se o morto levanta, acabou o velório”, escreveu o advogado.
Ele foi acusado de assédio sexual pela ministra Anielle Franco e por pelo menos outras cinco mulheres, incluindo ex-alunas da época em que era professor universitário. O caso levou à sua exoneração do ministério, e a uma investigação pela Polícia Federal, ainda em andamento. O ex-ministro nega as acusações.
Silvio Almeida argumentou, na postagem, que foi alvo de uma campanha para transformá-lo em um “monstro” e um “abusador de mulheres”, e apagar seus 30 anos de carreira no direito e no movimento negro. Atribuiu ainda a campanha a disputas políticas e citou o envolvimento de “ONGs suspeitíssimas” – as denúncias foram divulgadas pela ONG Me Too Brasil.
O advogado disse que vai voltar a exercer a função, além de retomar os vídeos que faz para o Youtube e ao menos quatro novos livros. “Eu estou vivo, continuo indignado e não quero compaixão nem ‘segunda chance’. Eu quero justiça”, afirmou.
A fila de espera por cirurgias no SUS cresceu 26% em 2024.
A catarata que comprometeu a visão do olho direito agora ameaça o esquerdo. Sem previsão de quando será operado pelo SUS, o aposentado José Antônio Pereira vai perdendo a esperança de voltar a enxergar bem.
“Eu fico muito preocupado. E uma coisa que revolta a gente é que eles não dão não dão nenhum parecer, falam: ‘você está na fila, você está na fila'”, relata.
Uma fila que não é pequena. Mais de 1,3 milhão de brasileiros aguardam por cirurgias eletivas no SUS, segundo dados oficiais obtidos pelo Jornal Nacional por meio da Lei de Acesso à Informação.
Cirurgias eletivas são as que não são consideradas urgentes. É como se toda a população de Porto Alegre estivesse à espera de atendimento. A maior procura é pela cirurgia de catarata.
Há décadas o SUS convive com filas e o problema se agravou por causa da pandemia de Covid, quando mais de um milhão de cirurgias tiveram que ser canceladas ou adiadas.
Em fevereiro de 2023, o Ministério da Saúde lançou o Programa Nacional de Redução das Filas, com incentivo financeiro para estados e municípios que conseguissem agilizar o atendimento. Mas, em vez de diminuir, a fila para cirurgias eletivas cresceu 26% em 2024, na comparação com 2023.
As maiores filas estão nos estados mais populosos do país. São Paulo e Minas Gerais têm, juntos, mais de 600 mil pacientes à espera de um procedimento cirúrgico. É praticamente metade do total.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirma que o SUS realizou quase 14 milhões de cirurgias eletivas em 2024 — um número recorde. Ainda segundo a ministra, o objetivo, daqui para frente, é reduzir o tempo de espera, que atualmente é de dois anos e quatro meses.
“Sempre nós teremos uma fila. O que é importante é trabalharmos para aumentar a produção de consultas, de exames e de cirurgias e reduzir o tempo de espera. Definimos aquelas especialidades onde havia uma maior espera, situações mais críticas, tratamentos dos cânceres, o período de 30 dias para fechar um diagnóstico e daí o encaminhamento para o procedimento que for necessário e, no caso de outras especialidades, 60 dias”, diz a ministra da saúde, Nísia Trindade.
O médico sanitarista Walter Cintra Ferreira, professor da FGV, defende que o SUS priorize os pacientes mais graves.
“Tem que ser uma fila que seja com critérios não cronológicos simplesmente, mas tem que ser critérios conforme o quadro clínico do paciente. como é por exemplo a fila dos transplantes. Eu acho que isso tem que ser reproduzido para outros procedimentos, como os procedimentos ortopédicos de alta complexidade, os procedimentos neurológicos e outros”, comenta.
Seu José, que já não consegue dirigir e nem sair de casa sozinho, agora torce para que a espera de tantos meses não piore ainda mais a situação dele.
“De repente se falar falasse assim: ‘ó, você vai operar daqui a um ano…’ só me desse uma data, está tudo bem, então não tem o que fazer, né, mas você fica nessa indefinição. Então eu fico com medo. Vai que na hora que me chamarem já não tem mais jeito, né?”, diz.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), teve seus primeiros 15 dias no cargo marcados pelo aumento das expectativas da oposição pela pautação do PL (projeto de lei) que anistia os condenados pelos atos de 8 de Janeiro e pela recorrência do imbróglio sobre as emendas de congressistas.
Desde o início das articulações que o elegeram à presidência da Casa Baixa, Motta se manteve discreto e calado quanto a assuntos que poderiam causar algum ruído, como o PL da anistia. O tema era sensível tanto para a oposição quanto para a base governista, e qualquer declaração do congressista sobre a proposta poderia ameaçar sua eleição.
Depois de eleito, enviou recados, muitos tendo o Executivo como destinatário:
batalha do boné – declarou que o acessório serve para proteger a cabeça e não resolve os problemas do Brasil depois de governistas e congressistas de oposição protagonizarem um duelo de bonés com mensagens;
pede responsabilidade – afirmou que projetos do governo com o objetivo de aumentar a arrecadação enfrentarão resistência entre os deputados e que aumentar impostos é empobrecer o país;
inflação dos alimentos – após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedir ao brasileiro que evite consumir alimentos caros, Motta reagiu: “A população está sofrendo muito com o preço da comida. E a melhor forma de controlar [o] preço do alimento é controlar o gasto público”;
recado direto para Lula – pediu ao petista que não fale apenas para a “bolha” e criticou o sigilo de 100 anos mantido pela atual administração.
Os recados para o Judiciário foram focados no 8 de janeiro:
anistia do 8 de Janeiro – disse um dia depois de ser eleito que o tema “com certeza” será discutido com os líderes partidários, mas depois declarou não haver uma “decisão tomada” sobre pautar ou não pautar;
pena dos condenados – falou que há um desequilíbrio nas condenações dos envolvidos nos ataques do 8 de Janeiro e que não avalia que houve uma tentativa de golpe no início de 2023 –informou que essa é sua opinião pessoal;
reunião com familiar de foragido – Motta recebeu em 11 de fevereiro a mulher de um dos condenados (ele está foragido).
Os posicionamentos de Motta sobre o 8 de Janeiro renderam elogios do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já chamou o novo chefe da Câmara de “cabra da peste” e pediu que “Deus continue iluminando” o deputado do Republicanos.
8 de janeiro e anistia
Motta se posicionou sobre o tema em 7 de fevereiro, quando disse que os atos extremistas às sedes dos Três Poderes não podem ser considerados uma tentativa de golpe de Estado. “Não pode penalizar uma senhora que passou na frente, não jogou uma pedra e condenar a 17 anos. Há um certo desequilíbrio nisso. Devemos punir quem quebrou, mas não dá para exagerar nas penalidades para quem não cometeu atos de tanta gravidade”, declarou.
Internamente, o Palácio do Planalto rechaçou as declarações. No entanto, o governo evitou se manifestar publicamente para manter a ideia de que a gestão de Motta representará uma pacificação em relação à de seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL), que teve atritos com o governo.
O congressista afirmou que a declaração se tratava de uma “opinião”, mas que, como presidente da Casa, não irá se posicionar de forma isolada. Disse por vezes que a votação da anistia dependerá da aprovação de líderes partidários.
A fala de Motta alimentou as expectativas da oposição de que a anistia seja aprovada ainda em 2025. Na terça-feira (11), o presidente da Câmara recebeu em seu gabinete Vanessa Vieira, mulher de Ezequiel Ferreira Luís, um dos condenados e foragidos do 8 de Janeiro.
A mulher, junto aos seus seis filhos, foi levada pela oposição para dar uma entrevista a jornalistas na Câmara. O evento começou com tumulto porque Motta não havia permitido que a fala fosse feita no Salão Verde da Casa, mas os deputados oposicionistas insistiram.
Depois da entrevista, ela foi levada à sala de Motta. No encontro, os congressistas pediram que o PL da anistia voltasse à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). O projeto está pendente de análise em uma comissão especial, ainda não instalada.
Em 2024, Lira transferiu a proposta da comissão como estratégia para ganhar tempo tanto com os governistas, que eram contra o texto, quanto com a oposição. A aprovação na CCJ era tida como certa, mas no plenário, o projeto poderia enfrentar resistência dos deputados.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), diz que espera conseguir apoio suficiente para iniciar a discussão sobre o projeto antes do Carnaval.
Depois da reunião de líderes de quinta-feira (13), o deputado do PL disse que a fala de Motta, a ida de Vanessa a Brasília e as declarações do ministro da Defesa, José Múcio, deixaram a oposição mais otimista quanto ao convencimento de outros líderes partidários.
Emendas
Motta também tem aproveitado os discursos para mandar recados relacionados às emendas de congressistas. O deputado é um típico representante do Centrão, bloco de partidos sem posição ideológica definida que concentra a maioria dos repasses no Congresso.
Ao longo de 2024, os Três Poderes travaram embates sobre a execução das emendas. O STF (Supremo Tribunal Federal) diz que faltam regras de transparência e rastreabilidade para identificar quem as indica e como os recursos são utilizados na ponta final.
O ministro da Corte Flávio Dino suspendeu a liberação das verbas inúmeras vezes. Já os congressistas veem a posição do STF como uma interferência indevida no Legislativo.
Embora o repasse de emendas seja legal e previsto na Constituição, o Executivo pode usá-lo como moeda de troca para aprovar propostas de seu interesse no Congresso. Motta tem feito afirmações em prol da harmonia entre os Poderes em seus primeiros discursos e disse querer mais transparência nos repasses.
Em seu discurso de posse, defendeu as emendas impositivas. Segundo ele, o Congresso “finalmente se encontrou com as origens do projeto constitucional”.
Orçamento
O presidente da Câmara declarou mais de uma vez ao longo dos 15 dias que haverá resistência para aumento de impostos na Câmara.
Em contrapartida, Motta recebeu na Casa Baixa os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, nas suas duas primeiras semanas.
Ambos levaram ao presidente prioridades do governo no Congresso Nacional. A principal é a isenção do IRPF (Imposto de Renda à Pessoa Física) para quem recebe até R$ 5.000,00 mensais. O governo, contudo, ainda não apresentou a forma de compensação e a Casa já demonstrou que haverá dificuldades de se aprovar um projeto que taxe os mais ricos.
A intenção do governo era propor uma compensação por meio da taxação das pessoas que recebem mais de R$ 50.000 mensalmente. Há a sinalização de que isso deve mudar, mas Haddad não quis detalhar sem antes ter a autorização do Palácio do Planalto.
2011 x 2025
O presidente da Câmara apresenta diferenças significativas em seu primeiro discurso em plenário da Casa, em 8 de fevereiro de 2011, e no último, feito durante a abertura do Ano Legislativo de 2025, em 3 de fevereiro deste ano.
No primeiro, Motta relembrou seus antepassados políticos, agradeceu os votos recebidos e delineou suas prioridades. Disse que lutaria pela ampliação do acesso à educação, pela valorização dos profissionais da saúde e que iria trabalhar em prol da segurança. Eis a íntegra do primeiro discurso de Motta segundo os registros da Câmara.
No último, enquanto presidente da Casa Baixa, defendeu a harmonia entre os Três Poderes e pregou convergência entre os deputados. As falas conciliatórias têm sido uma marca dos últimos discursos de Motta.
Minha corridinha diária de 8 km, hoje, foi em Porto de Galinhas, em torno do Malia Beach, um dos mais novos e sofisticados empreendimentos deste paraíso no litoral sul do Estado. Um dos locais mais sensacionais para relaxar sentindo a brisa vinda de um mar calmo, protegido por arrecifes.
Fica em Muro Alto, com estrutura fantástica e imagem linda, num ambiente de muita tranquilidade. Pontuada por belos coqueirais, manguezais e mata Atlântica, Muro Alto é considerada uma das mais belas praias do Brasil, onde viver ou passar férias é um grande privilégio.
Nó Malia, a área de lazer inclui rooftop raia com terraços, piscinas adulto e infantil com jacuzzi, gazebo relax, fire place, ilhas submersas, decks intimistas, river e parque aquático infantil.
Tem também loja de conveniência, restaurante com bar, espaço para churrasco gourmet, Beach Office, Malia Relax, Malia Jogos, Malia Kids com trocador e Malia Gym, além de campinho gramado, playground, petplace, pista de cooper e ciclovia e bicicletário.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem se mostrado insatisfatório até mesmo para os mais fervorosos apoiadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Diversos fatores contribuem para esse descontentamento, refletindo uma gestão pífia e que parece distante das expectativas criadas durante as narrativas de palanques.
A economia brasileira, que deveria ser a prioridade de qualquer governo, encontra-se em estado crítico. Com a inflação de combustíveis e alimentos galopante, o trabalhador está sufocado, enfrentando dificuldades para arcar com as despesas do dia a dia. A promessa de um governo que priorizaria o povo se esvai diante das realidades financeiras que afetam milhões de brasileiros.
Além disso, o governo enfrentou críticas severas em relação à implementação de impostos do sistema PIX. As trapalhadas nesta área evidenciam não apenas a desorganização, mas também a falta de um planejamento eficaz, que tem prejudicado a confiança no sistema financeiro do país.
A gestão atual é marcada por um gasto excessivo e uma comunicação que muitas vezes se revela enganosa. Obras e promessas que deveriam ter sido concretizadas, cito exemplos que se espalha pelo Brasil, como a duplicação da rodovia que liga São Caetano a Serra Talhada, em Pernambuco, mas que permanecem apenas na narrativa.
O discurso de Lula, que antes inspirava esperança, agora soa cansativo e desprovido de inovação, deixando muitos questionando a efetividade de suas políticas.
Em meio a esses desafios, o Brasil também enfrenta um cenário alarmante de violência urbana. O avanço do crime organizado sem precedentes é uma preocupação crescente, com a população clamando por segurança e respostas efetivas do governo. A falta de estratégias claras para combater essa crise agrava ainda mais a percepção de ineficácia na gestão.
Para complicar a situação, a figura de Janja, esposa de Lula, tem sido alvo de controvérsias. Com uma postura que muitos consideram inadequada para alguém sem cargo oficial, ela aparece como uma sombra que parece exercer influência indevida sobre questões de governo. A conduta da Janja é marcada por excessos e mordomias às custas do dinheiro público, e isso levanta questões éticas que não podem ser ignoradas.
Em resumo, o governo Lula, que prometia renovação e avanço, enfrenta um mar de críticas e insatisfação. A população observa, com crescente preocupação, a falta de ação efetiva em áreas importantes, questionando a capacidade de liderança e a ética de seus representantes.
O desafio agora para o Lula e o PT é encontrar alguém que possa corresponder a simpatia da população e ser candidato em 2026, pois o presidente perdeu o controle da situação e demonstra cambalear.
O Fernando Haddad não consegue as soluções que realmente atendam às necessidades do povo brasileiro e revertam a atual trajetória de descontentamento na economia brasileira. O Haddad, politicamente, representa um caso em que, “nunca antes na história deste país”, se viu tanta incompetência.
Divulgada neste sábado (15), a pesquisa Ipec vai ao encontro do que apontou o Datafolha nesta sexta-feira (14) e mostra, entre outros pontos, que o governo Lula (PT) está perdendo terreno na própria base.
Diante do derretimento, aliados do presidente Lula defendem que agora é preciso “ligar o modo eleição”, mudando os rumos do governo e mirando a implementação de medidas que tenham relação direta com o consumo e a renda.
Uma das propostas defendidas por aliados, de acordo com fontes, está pronta: a que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
A promessa da equipe econômica é que o texto seja enviado depois do Carnaval, ainda que em um cenário ruim para o governo.
Para garantir que a proposta tramite sem ser contaminada por narrativas da oposição, o governo entende que precisa melhorar a articulação política e contar com o apoio do centrão à medida.
Como o paraibano Vital Farias, que Deus chamou no último dia 5, as composições de João Silva, quarto personagem focado nesta série sobre os célebres e imortais parceiros de Luiz Gonzaga, eram muito mais conhecidas do que ele próprio. Uma obra maior do que o autor? Impossível! João Silva não teve a mesma sorte de ser apadrinhado pela mídia como Zé Dantas e Humberto Teixeira, cardeais do mundo gonzaguiano.
Em número de canções gravadas pelo Rei do Baião, o plural, inquieto e boêmio sertanejo de Arcoverde bateu de longe a dupla de ouro: enquanto Zé Dantas emplacou 49 músicas e Humberto Teixeira 31, João Silva chegou a 107, entre elas “Danado de bom”, gravada em 1984, num período já escasso de sucessos de Luiz Gonzaga.
Em apenas três meses, vendeu, pasmem, 1,6 milhão de cópias. Antes, porém, Luiz Gonzaga já vinha fazendo sucesso com outra canção muito conhecida: “Pagode russo”. A música foi composta originalmente por Luiz Gonzaga e gravada por ele (em 1947 e 1965) e por Dominguinhos (em 1973), apenas em versão instrumental, sem letra.
“Pagode russo” só estourou mesmo depois que João Silva tornou-se um dos maiores parceiros de Luiz Gonzaga (a partir dos anos 1960) e, juntos, colocaram letra na canção, que a regravou no álbum “Danado de bom”, de 1984. A letra traz um humor inteligente e faz uma brincadeira ao criar uma história para comparar um ritmo ou dança tradicional da Rússia, chamado Trepak.
Trata-se de um allegro rápido, em um compasso de 2/4, que possui como características a batida com os pés, passos de agachamento e saltos de equilíbrio ao Frevo, mais famoso ritmo pernambucano. Trepak era o ritmo russo da tradicional dança dos Cossacos, citados em “Pagode russo”: um povo nativo das estepes das regiões do sudeste europeu (principalmente da Ucrânia e do sul da Rússia), que se estabeleceram mais tarde nas regiões do interior da Rússia asiática.
Os Cossacos eram conhecidos por sua coragem, autossuficiência, força e capacidades militares (especialmente na cavalaria), mas – também – pela crueldade com que atacavam outros povos e aldeias. Só que João Silva e Luiz Gonzaga pegaram a palavra “Cossaco” e fizeram um trocadilho com a expressão em português “com o saco”. Aí é que vem a malícia e o humor de “Pagode russo”:
“Ontem eu sonhei que estava em Moscou/ Dançando pagode russo na boate Cossacou/ Parecia até um frevo, naquele cai e não cai/ Parecia até um frevo, naquele vai e não vai/ Entra cossaco, cossaco dança agora/ Na dança do cossaco, não fica cossaco fora”.
Mas se João Silva foi o recordista em gravações, entre os parceiros de Luiz Gonzaga se revelou o mais brigão. Luiz Gonzaga era temperamental, verdadeiro pavio curto. A primeira desavença ocorreu em 1961, quando Severino Januário gravou a canção “Desavença”, de autoria de Silva, com Miguel Lima, ex-letrista de Gonzagão, que sentiu-se traído por Januário, por ser parente do sanfoneiro.
A segunda contenda, mais grave, ocorreu em 1974, tudo porque Luiz Gonzaga, refratário a álcool, passou a reprimir a vida boêmia e o gosto exagerado de João Silva por água que passarinho não bebe. Ficaram quatro anos intrigados, só retomando a parceria em 1978. E a partir daí, viveram uma lua de mel que fez Gonzagão lançar no mercado grandes sucessos, como “Sanfoninha choradeira”, “Deixa a tanga voar” e, claro, “Pagode russo”.
Segundo Gustavo Alonso, do programa ABC do Forró, quem aproximou João Silva de Luiz Gonzaga foi a forrozeira Marinês, que já havia gravado vários sucessos do amigo, entre eles “A volta do baião”, “Chuvada do Norte”, “ABC do amor” e “Amigo velho tocador”. Tão logo conheceu João Silva, que era extremamente extrovertido, bem-humorado e brincalhão, mas de uma capacidade impressionante para fazer músicas, Luiz Gonzaga pediu para ele compor algo em homenagem a sua sanfona. De um fôlego só, saiu “Garota Todeschini”, a marca da primeira sanfona do Rei do Baião.
“Garota Todeschini, ouça bem essa homenagem/Que um caboclo de coragem, sanfoneiro e cantador/Que nunca cantou vantagem, nem na luta e nem no amor/Você, gauchinha, merece toda minha gratidão/Por fazer essa sanfona pra eu tocar o meu baião/Por fazer esta sanfona pra eu tocar o meu baião/Quando boto ela no peito, sinto o mundo em minha mão/Cada baixo representa um pedacinho do sertão/É dela que tiro o pão, com ela é que eu dou estudo/Garota Todeschini, prenda minha/Com essa gaita e você sou tudo/Com essa gaita e você sou tudo”.
Dois anos antes da morte de Luiz Gonzaga, João Silva compôs e o Rei gravou em 1987 um dos seus maiores sucessos: “Nem se despediu de mim”. Trata-se de uma história de amor vivido pelo autor, retratando a desatenção da sua amada que chegou, saiu e nem sequer deu atenção àquele que lhe dedicava tanto amor, durante o último encontro entre os dois.
Outro grande sucesso da parceria virou uma febre no Nordeste: “Tá danado de bom”. Virou também um festival em Arcoverde, promovido anualmente pela jornalista Amanda Oliveira, em homenagem ao filho ilustre. A letra da música descreve uma festa animada, onde todos estão se divertindo ao som de instrumentos tradicionais como a zabumba, o triângulo e a sanfona. Gonzaga, na parceria, captura a essência do forró, que é marcado pela dança, pela música e pela interação social calorosa.
João Silva morreu no Recife aos 78 anos, no dia 6 de dezembro de 2013. Seu corpo foi encontrado na casa dele por vizinhos depois de três dias sem que ninguém conseguisse contato com ele. O velório ocorreu na Câmara de Vereadores do Recife e o enterro no cemitério de Arcoverde, seu berço natal.
João Silva foi um gigante. Teve seu primeiro contato com o mundo musical aos 7 anos, quando começou a tocar pandeiro. Aos 17 anos, apresentou-se no programa “Domingueira”, no Rio de Janeiro, e acabou se tornando um dos principais parceiros de Luiz Gonzaga. A amizade começou nos anos 1960.
Duas décadas depois, João produziu “Danado de bom”, que vendeu em três meses 1,6 milhão de cópias. Em 71 anos de trajetória, compôs mais de duas mil músicas, gravadas não apenas por Luiz Gonzaga, mas por outras celebridades, como Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Dominguinhos, Marinês e até Vanderley Cardoso, dentre outros.
Antes da parceria com Gonzagão, João Silva compôs um clássico histórico no estilo dor de cotovelo, que ganhou fama e fez sucesso na voz de Ney Matogrosso: “Pra não morrer de tristeza”. “Mulher/ Deixaste tua moradia/ Pra viver de boemia/ E beber nos cabarés/ E eu/ Pra não morrer de tristeza/ Me sento na mesma mesa/ Mesmo sabendo quem és/ E eu/ Pra não morrer de tristeza/ Me sento na mesma mesa/ Mesmo sabendo quem és”.
O poeta José Maria Marques, biógrafo de João Silva, diz que a obra dele – personificada na figura de Luiz Gonzaga – é da mesma linhagem nobre de Humberto Teixeira e Zé Dantas. “Gonzaga, inclusive, atingiu um disco de ouro a partir de João, que conservou o legado”, contou. Lançado em 2009 pelas Edições Bagaço, o livro de Marques é intitulado “Mestre João Silva – Pra não morrer de tristeza – O maior parceiro de Luiz Gonzaga”.
Quase 70% dos brasileiros desejam comprar ou trocar de carro em 2025
O ano passado foi marcado por demanda aquecida e crescimento de produção e vendas no setor automotivo. E 2025 também deve registrar bons números. Segundo levantamento realizado pela Webmotors, portal de negócios e soluções para o segmento, 68% dos brasileiros desejam comprar ou trocar de carro este ano — sendo 37% ainda no primeiro semestre. O dado faz parte da Pesquisa sobre Intenção de Compra realizada anualmente com usuários da plataforma para identificar motivos e preferências na compra de carros no Brasil. Para esta edição, foram ouvidas 2.499 pessoas entre 6 e 17 de janeiro de 2025. Quando perguntados sobre como pretendem pagar pelo novo carro, o financiamento parcial é a opção mais mencionada pelos respondentes (47%). Aliás, as vendas financiadas de veículos totalizaram 563 mil unidades em janeiro deste ano, entre novos e usados, de acordo com dados da B3.
O número, que inclui autos leves, pesados e motos em todo o país, representa uma alta de 0,2% na comparação com o mesmo período de 2024. Em seguida, vem a opção por pagamento à vista (32%), financiamento total (15%) e leasing/consórcio (6%). “Esses dados reforçam a importância de ações de bancos, montadoras e concessionárias que ofereçam vantagens na compra ou troca do automóvel, como bônus na troca pelo usado, pagamento do preço da tabela de mercado ou condições de financiamento favoráveis”, explica Eduardo Jurcevic, CEO da Webmotors.
“Essas iniciativas podem impulsionar a decisão do consumidor pela compra ou troca e fomentar um ambiente mais favorável para esse negócio no país”, ressalta. Entre os motivos apontados para compra ou troca de veículo em 2025, a atualização do modelo foi a mais mencionada (36%), seguida pelo costume de trocar o carro de tempos em tempos (30%), a situação do atual veículo (25%), a necessidade de um carro mais econômico (14%) ou mais potente (13%).
Seminovos e usados – A Pesquisa sobre Intenção de Compra da Webmotors também buscou entender a parcela de interessados em veículos 0km em comparação aos seminovos/usados. Do total de respondentes que pretendem trocar de carro nos próximos meses, 66% afirmaram que devem buscar por um seminovo/usado, enquanto 17% indicaram a preferência por um 0km. Outros 17% ainda não estão decididos. Os modelos SUV seguem na liderança como os mais desejados pelos brasileiros, com 38% das menções. Este número, no entanto, observou redução de 4 pontos percentuais com relação ao mesmo período de 2024, quando os SUVs foram mencionados como mais desejados por 42% dos respondentes. Por outro lado, aumentou em 3 pontos percentuais o desejo por hatches com relação à edição anterior da pesquisa (de 17% para 20%), enquanto a preferência por sedãs se manteve estável (26% nas duas edições).
A combustão ou eletrificado? – Entre os respondentes da pesquisa interessados em comprar ou trocar de carro e que desejam um híbrido ou elétrico em 2025, 59% mencionaram a economia de combustível como principal motivo da escolha. Na sequência, custo-benefício (51%), design moderno e tecnologia avançada (27%), gosto por novas tecnologias (27%) e preocupação com o meio ambiente (21%) completam a lista. Quando perguntados sobre o valor que estariam dispostos a pagar por um híbrido/elétrico, a maior parte dos entrevistados mencionou entre 150 e 200 mil reais (30%), seguida por entre R$ 100 e R$ 150 mil (29%), entre R$ 200 e R$ 250 mil (13%), até R$ 100 mil (12%), entre R$ 250 mil e 300 mil (10%), e acima de R$ 300 mil (6%).
Spark EUV estreia em 2025 no Brasil – A Chevrolet acaba de revelar a identidade do seu mais novo veículo global: o Spark EUV, um SUV compacto urbano. O modelo vem para completar o portfólio da marca, destacando-se principalmente pelo design, tecnologia e performance. Tudo com zero emissão, já que o veículo é elétrico. “O Spark EUV chega ao Brasil em 2025”, prometeu Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul. Na região, o modelo será ofertado exclusivamente em uma configuração sofisticada, numa combinação específica para atender as novas preferências do mercado local. Mais detalhes serão compartilhados oportunamente. O Spark EUV é a primeira revelação dos cinco lançamentos anunciados pela marca para este ano no Brasil. Mas ele, na verdade, é um Baojun Yep Plus, carro chinês que apenas ganhará a logo Chevrolet.
Venda de elétricos e híbridos – E por falar no segmento, vale lembrar: o comércio desses modelos chegou em janeiro a 12.556 unidades (agora representam 8% do mercado nacional). E olhe que estão fora da lista os híbridos-leves, aqueles que têm sistema elétrico alimentado por uma bateria de 48V que funciona como gerador de arranque para o motor de combustão. Com eles, o total de eletrificados vendidos no mês chegaria a 16.502 unidades, correspondendo a 10% do mercado. Nesse contexto, há uma novidade importante, por sinal: os recém lançados Fiat Pulse e Fastback Bio Hybrid não são veículos eletrificados, segundo novo critério adotado pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico, a ABVE. O ajuste de critério de classificação serve para “apresentar números mais fiéis à realidade da eletromobilidade no Brasil”. Eletrificado, agora, somente, além dos elétricos puros, híbridos plug-in e os híbridos fechados com tração elétrica independente em algum grau. Tecnologias que não disponham de motorização elétrica acima de 60V e não tenham tração elétrica capaz de movimentar sozinho o veículo por algum período estarão fora das estatísticas de híbridos. A Fenabrave, a federação dos revendedores, os considera híbridos.
Picapes começam o ano com força – As picapes médias, segmento no qual se destacam Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger e outras, largaram 2025 com boas vendas. Vale lembrar: média é aquela montada sobre chassi e com capacidade de carga em torno de 1 tonelada, o que reduz o universo para 7 no país. No mês passado, foram emplacadas quase 12 mil unidades – uma elevação de 37% sobre o mesmo mês de 2024. Aliás, no ano passado a categoria somou 143 mil emplacamentos, com crescimento de 18%.
Commander também ganha motor a diesel – O SUV grande Jeep Commander chegou à linha 2025 com uma novidade também adotada na Toro e na Ram: o 2.2 turbodiesel. Ele equipa a versão Overland – que, com a motorização anterior, entregava 170 cv de potência e fazia de 0 a 100 km/h em 11,6 segundos. Com o novo motor 2.2, a potência chega a 200cv, 45,9kgfm de torque, com 0 a 100 km/h de 9,7 segundos – uma melhora de 2 segundos graças à melhor relação de peso-potência. Por falar nisso, as retomadas ganharam melhor performance, ultrapassagens mais seguras: de 60 a 100 km/h e 80 a 120 km/h agora são feitas em 6,2 e 7,8 segundos, respectivamente. Preço da versão: R$ 310 mil.
Fiat Toro: 500 mil unidades vendidas no Brasil – Picape consagrada no mercado brasileiro, a Fiat Toro alcançou o marco de 500 mil unidades vendidas no país. Produzida no Polo Automotivo Stellantis de Goiana, em Pernambuco, a Toro inovou, unindo o conforto de um SUV com a versatilidade de uma picape. Com isso, o modelo sustentou a liderança da categoria desde que foi lançada, em 2016. Recentemente, o modelo ficou ainda mais potente com a nova motorização 2.2 turbodiesel, que entrega 200cv de potência e 450 Nm de torque, com mais agilidade e menor consumo de combustível.
Produção de motos é recorde – O segmento de motocicletas também continua em alta. A fabricação no Polo Industrial de Manaus (PIM), por exemplo, alcançou 166 mil unidades em janeiro – o melhor resultado em 13 anos. Comparando com janeiro do ano passado, o aumento foi de 17,6%. Já em relação a dezembro de 2024, a alta foi 34%. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo) projeta uma produção total de 1,88 milhão de motocicletas para 2025, um crescimento de 7,5% em relação ao ano anterior.
Nova Yamaha elétrica custa R$ 34 mil – A Neo’s Connected, primeiro modelo elétrico da Yamaha no Brasil já tem preço definido: R$ 34 mil, além de frete. A nova moto tem um visual minimalista, com acabamento com molduras emborrachadas – que protegem de pequenos arranhões. É alimentada por baterias de lítio e tem um motor elétrico montado no cubo da roda traseira. A chave de presença com Sistema Smart Key garante maior praticidade. E oferece algumas funcionalidades interessantes, como espaço para capacete e aberto porta-objetos dianteiro. O motor elétrico do modelo da Yamaha tem potência máxima de 2,4 kW. São duas baterias de lítio, que entregam um torque máximo de 13,7kgfm.
Nova Tiger Sport 800 – A marca inglesa Triumph confirmou a nova Tiger Sport 800 no Brasil. Ela tem motor tricilíndrico de 798cm³ a gasolina, capaz de entregar 115cv e 8,6kgfm de torque. A transmissão é mecânica de 6 velocidades, com troca rápida bidirecional, chamada de Triumph Shift Assist. A data e o preço, porém, permanecem um mistério. O modelo tem freios com discos duplos flutuantes de 310 mm de diâmetro na dianteira e disco traseiro de 255 mm, ambos equipados com ABS otimizado para curvas. São três modos de pilotagem (sport, road e rain), controle de tração ajustável, acelerador eletrônico, painel multifuncional TFT com conectividade Bluetooth e sistema de navegação curva a curva. O modelo também vem equipado com luzes full LED e para-brisa ajustável manualmente.
Multa herdada – A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que isenta compradores de veículos usados do pagamento de multas cometidas pelo antigo proprietário e lançadas no sistema após a transferência. Na prática, em caso de transferência de propriedade do veículo, a proposta deixa claro que infrações praticadas pelo vendedor e lançadas com atraso no Sistema Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf) serão desvinculadas do veículo e do novo proprietário. A medida, segundo a Agência Câmara de Notícias, também se aplica a veículos registrados em nomes de empresas. O relator do Projeto de Lei 3509/24, deputado Gilberto Abramo (Republicanos-MG), defendeu a aprovação. “O comprador, que cumpriu todas as determinações legais, não deve ser surpreendido com débitos anteriores à compra, principalmente considerando que a quitação de todas as dívidas relacionadas ao veículo é uma exigência para a transferência de propriedade”, observou.
Financiamento de carros – A compra financiada de carro é sempre uma saída quando o consumidor não pode pagar o valor total à vista. No entanto, o valor final a ser pago depende de diversos fatores, como a taxa de juros aplicada, o valor da entrada, o prazo de pagamento e o perfil do comprador. “Com uma análise cuidadosa e uma escolha bem planejada, é possível financiar o carro dos sonhos sem sobrecarregar o orçamento. O segredo está em compreender as condições do financiamento e ajustar as parcelas de acordo com a sua realidade financeira”, comenta Leonardo Furtado, superintendente do Auto Shopping Internacional Guarulhos.
Fatores – O valor final de financiamento de um veículo depende de vários elementos. Um dos principais fatores é a marca e modelo do carro. “Carros de marcas premium ou modelos com mais tecnologia tendem a ter preços mais altos, o que aumenta o montante financiado”, explica.
Tipo de veículo – A motorização e o tipo de tração também têm impacto significativo. “Modelos híbridos, elétricos ou com tração integral podem custar mais e refletir em um financiamento mais alto”, ressalta.
Ano de fabricação – Outros aspectos, como o ano de fabricação do veículo e os itens de série (como central multimídia, sensores e piloto automático), também podem elevar o custo total.
Condições de mercado – A taxa de juros praticada pelas instituições financeiras é um fator que influencia diretamente o valor final das parcelas. “A taxa de juros pode variar conforme o perfil de crédito do comprador e as condições do mercado, por isso é importante fazer uma pesquisa detalhada antes de fechar negócio”, aconselha.
Comprovação de renda – Para obter um financiamento de um veículo, o comprador precisa atender a algumas exigências das instituições financeiras. Entre os principais requisitos estão a comprovação de renda, a qual pode ser feita por meio de holerites, extratos bancários ou declarações de Imposto de Renda, e a análise de crédito, que avalia o histórico financeiro do cliente.
Valor da entrada – Além disso, muitas financeiras exigem um valor de entrada, que pode variar entre 10% e 50% do valor do veículo. “Quanto maior a entrada, menores serão as parcelas e os juros pagos durante o financiamento. O comprador também deve ter no mínimo 18 anos e ter sua documentação regularizada”, pontua. Embora a maioria das instituições financeiras exijam um pagamento inicial, algumas oferecem a possibilidade de financiar até 100% do valor do carro. Contudo, vale lembrar que, nesse caso, as taxas de juros tendem a ser mais altas, o que pode resultar em um custo total maior. “Apesar de não ser obrigatória, a entrada pode ser uma estratégia para reduzir os prazos, taxas e o valor financiado e facilitar o pagamento das parcelas”, destaca.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico
O Partido Progressistas (PP), aliado da governadora Raquel Lyra (PSDB), tentou intermediar a situação entre a gestora e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no episódio da eleição dos presidentes das comissões temáticas da Casa.
O Diretório Estadual da legenda enviou um documento ao presidente em exercício da Alepe, deputado Rodrigo Farias (PSB), na última sexta-feira (14). No texto, o PP fez quatro pedidos a Farias. (veja em anexo abaixo)
O primeiro foi a revogação dos atos 122/2025 e 123/2025, assinados pelo presidente em exercício. O segundo foi a distribuição das Comissões da Alepe entre os partidos e blocos parlamentares de acordo com as indicações realizadas até as 18h do dia 13/02/2025.
O partido solicitou ainda o cancelamento da sessão extraordinária convocada para a manhã deste sábado (15), na qual foram eleitos os novos presidentes das comissões temáticas. Por fim, o PP pediu que houvesse a garantia de que o processo de escolha das comissões ocorresse “em estrita observância às normas regimentais”.
Alerta de erro jurídico
De acordo com o presidente estadual do PP, o deputado federal Eduardo da Fonte, o documento enviado a Rodrigo Farias teve o objetivo de alertar à Casa para a possibilidade de um erro jurídico, algo já feito anteriormente.
“Do mesmo jeito que o PP disse que a Assembleia não deveria ter realizado a eleição antecipada da Mesa Diretora, porque estava errado e poderia ser anulada, como aconteceu, o PP também disse, desta vez, que a Assembleia não agisse da forma como agiu para eleger os presidentes das comissões”, destacou Eduardo da Fonte.
Argumentos enviados a Rodrigo Farias
O PP argumentou que o ato 119/2025, assinado pelo deputado Rodrigo Farias na última quarta-feira (12), determinava que o prazo final para indicação dos representantes das bancadas e blocos para compor as comissões encerrava-se na quinta-feira (13), às 18h, horário no qual o expediente na Casa é finalizado.
No entanto, o presidente em exercício acatou um ofício sem numeração, assinado eletronicamente às 19h10 do mesmo dia 13. O Partido Progressistas refere-se ao ofício do União Brasil que tornou o deputado Antônio Coelho (UB) novamente líder de bancada e fez com que o União Brasil continuasse fora do blocão governista.
“Especificamente, sem amparo regimental, o vice-presidente (Farias) acatou um ofício sem numeração, assinado eletronicamente às 19h10 do dia 13/02/2025, ou seja, o ato do vice-presidente atesta um contrassenso e está alicerçado em um documento regimentalmente INTEMPESTIVO, em consequência alterando-se a formação fora do prazo estabelecido no Ofício Circular 119/2025”, afirma o texto enviado pelo PP a Rodrigo Farias.
“Só há derrotados”, enfatizou Eduardo da Fonte
O deputado Eduardo da Fonte acredita que Pernambuco será prejudicado se a oposição boicotar o Governo Raquel Lyra, a partir de hoje, nas comissões, colocando em votação “pautas-bomba”, por exemplo. A instabilidade política pode afastar investidores do Estado. Para o deputado federal, não houve vitória de ninguém nesse episódio.
“Não tem vencedores no dia de hoje, só derrotados. Estão sendo derrotados a economia e o desenvolvimento do Estado de Pernambuco. À história, caberá responsabilizar os culpados. Essas comissões não têm legitimidade para deliberar, na minha opinião. Precisa que o presidente (Álvaro Porto) volte, chame o feito à ordem e reorganize, porque essas decisões foram tomadas pelo interino. Imagino eu que o presidente Álvaro Porto (PSDB) não tem conhecimento disso”, afirmou Eduardo da Fonte. Ainda segundo ele, o setor jurídico do PP está analisando a questão.
Acordei hoje, sábado, e depois de me certificar que estava vivo, fui às notícias. Tempos confusos, para dizer o mínimo. Esbarrei em Trump, que segue propalando um nacionalismo radical em nome de uma democracia de uma mão só, onde ele manda e os outros obedecem.
Dei uma golada no café, acendi meu cigarro e li que o deputado Nikolas Ferreira convoca o povo para as ruas pelo impeachment de Lula, e que os bolsonaristas estão gestando uma historinha de que a USAID americana financiou a eleição que derrotou Bolsonaro.
Desanimado com a burrice campeando, parti para as notícias locais, e li a eleição das comissões da assembleia estadual e a derrota acachapante dos governistas e de Raquel.
Confesso que a incompetência política da governadora me impressionou pouco. A mim, não me parece que o resultado poderia ser outro, dada a postura autoritária. Sim, é preciso dar o nome certo às coisas, postura autoritária de Raquel, que tenta governar sozinha, sem dialogar.
É fácil perceber que as regras para a governadora somente valem quando lhe beneficiam. Quando não, esbraveja e se diz perseguida, invocando até o falecido tio Fernando Lyra, para sugerir a subversão da democracia.
Minha cabeça deu outra volta. Muito me espanta que Raquel, toda vez que perde, invoque o sagrado respeito à democracia, para atacar seus adversários políticos. Ontem as interferências do governo dentro da Assembleia Legislativa subverteram, diria eu, a independência e autonomia dos poderes.
Raquel, através dos emissários da Casa Civil, sussurrava nos ouvidos dos deputados, insuflando e tangendo para o embate, tudo na base da ameaça. Depois ainda teve uma ação judicial tentando anular o resultado do jogo democrático.
Raquel, assim como Nikolas e Trump, só se lembram da democracia quando essa os favorecem. Quando o jogo democrático dá outro resultado, tentam virar a mesa, ganhar no tapetão, usam a estrutura do Estado em benefício pessoal.
Sim, pessoal, a briga com a Alepe não aproveita em nada o Estado de Pernambuco e compromete a governabilidade. Raquel precisa entender que Pernambuco é dos Pernambucanos.