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A maioria dos brasileiros aprova a imposição de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, a Jair Bolsonaro (PL).
Para 55%, a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal federal) Alexandre de Moraes foi correta, mesmo índice daqueles que acreditam que o ex-presidente pretendia sair do país antes de ser julgado.
Entre os que aprovam as medidas, 44% dizem fazê-lo totalmente. Já entre os 41% que discordam, 32% são convictos. Não opinaram 3%, e 1% se disse indiferente. As informações são da Folha de S. Paulo.
Leia maisOs dados foram aferidos pelo Datafolha em pesquisa realizada nos dias 29 e 30 de julho com 2.004 pessoas com mais de 16 anos, em 130 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
O ex-mandatário é réu no caso da trama golpista para se manter no poder após perder a eleição para Lula (PT) em 2022, um julgamento que deverá ocorrer em setembro.
Há duas semanas, Moraes determinou a colocação da tornozeleira em Bolsonaro, que também foi proibido de sair de casa à noite e nos fins de semana, além de outras restrições. A decisão ocorreu após o presidente americano, Donald Trump, justificar o anúncio de um tarifaço contra importações brasileiras ao que chamou de “caça às bruxas” contra Bolsonaro.
O episódio tornou-se uma crise diplomática e política ainda em curso, com as tarifas elevadas para 50% sendo decretadas na quarta (30). Moraes considerou que, com seu filho Eduardo atuando diretamente contra o Brasil junto a trumpistas nos EUA, havia risco de Bolsonaro fugir.
Em 2024, o ex-presidente já havia feito aquilo que havia sido visto como um test-drive para evitar a prisão, dormindo dois dias na embaixada da Hungria, país governado pelo seu aliado Viktor Orbán, após ter seu passaporte retido. A operação da Polícia Federal contra Bolsonaro ainda encontrou dólares em espécie em sua casa.
Segundo a pesquisa Datafolha, enquanto 55% dizem acreditar que o ex-presidente tinha intenção de sair do país, 36% disseram o contrário e 10% não opinaram.
A aprovação à tornozeleira e outras restrições é maior entre aqueles menos instruídos (59%) do que entre os que têm ensino superior (51%). O apoio também é mais expressivo entre quem ganha até 2 salários mínimos (57%), enquanto na classe média baixa associada ao bolsonarismo o índice cai a 44%.
Outras divisões seguem as cunhas da polarização brasileira. Evangélicos, grupo identificado com o ex-presidente, são mais críticos das medidas de Moraes: 40% as apoiam e 56% as desaprovam. Homens também discordam mais (44%) do que as mulheres (38%), e o Nordeste, base eleitoral lulista, lidera a aprovação regional das restrições, com 63%.
Após a decretação das medidas, Moraes ainda ameaçou Bolsonaro de prisão porque ele descumpriu a regra de não se pronunciar em redes sociais de forma indireta, ao dar uma entrevista envergando o aparelho no tornozelo para ser fotografado.
O episódio resultou apenas em uma advertência e a clarificação das regras de comportamento do ex-presidente até o julgamento, que ele diz ser uma farsa política com fins persecutórios.
Leia menosPor Rafael Dantas – Algo Mais
A iminente saída de Danilo Cabral da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), articulada nos bastidores pelo Governo do Ceará e com apoio da Casa Civil, segundo reportagem do Diário de Pernambuco, de Pupi Rosenthal, representa mais do que uma simples troca de comando: é uma derrota institucional para Pernambuco e um golpe na gestão estratégica dos fundos de desenvolvimento regional. Cabral é um dos principais defensores da retomada da Ferrovia Transnordestina em sua totalidade — incluindo o trecho pernambucano que já não é mais da responsabilidade da concessionária.
Sob pressão política, o FDNE passou a destinar todos os seus recursos até 2026 para o trecho da Transnordestina que atende exclusivamente ao Ceará, o que já compromete projetos em áreas como energia limpa em outros estados nordestinos, além da linha entre Salgueiro e Suape. A articulação tende a enfraquecer a missão da autarquia e abre espaço para disputas federativas danosas ao desenvolvimento regional.
Leia maisA Algomais denunciou a exclusão do ramal pernambucano na série de reportagens Era uma vez uma ferrovia…, em 2023, e apontou os prejuízos para o Complexo de Suape e para a economia regional. Além disso, todos os argumentos técnicos apontavam para uma realidade: caso fosse necessário escolher apenas um trecho para a Transnordestina, a preferência deveria ser Suape e não Pecém. Danilo Cabral sempre defendeu que ambas as linhas deveriam ser executadas, conforme o projeto inicial, que foi amputado no final do governo Bolsonaro.
Apenas para o Ceará, a Sudene já aplicou R$ 5,6 bilhões na construção da Transnordestina. O projeto, é importante ressaltar, anunciado em 2006 e entregue para a concessionária no primeiro Governo Lula, completará 20 anos em 2026 sem transportar um quilo de nenhum produto.
É importante que a classe empresarial e política pernambucana se mobilize para evitar essa derrota, que não é apenas para o Estado, nem apenas para a ferrovia — que parece cada vez mais um sonho distante —, mas uma queda de braço da economia do Nordeste em detrimento de todo o equilíbrio regional.
Leia menosA bancada federal de Pernambuco confirmou a tentativa do governo do Ceará de afastar Danilo Cabral da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e, há pouco, divulgou nota oficial em apoio à manutenção do pernambucano no cargo, denunciando pressões políticas originadas no Ceará e na Bahia como tentativa de desestabilizar sua gestão. Leia a íntegra:
NOTA OFICIAL – Coordenadores da Bancada de Pernambuco no Congresso Nacional
Os coordenadores da Bancada de Pernambuco no Congresso Nacional – deputados federais Augusto Coutinho e Carlos Veras – reafirmam seu apoio ao trabalho de Danilo Cabral à frente da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e repudiam a tentativa de sabotagem de sua gestão, gerada a partir de pressões políticas originadas no Ceará e na Bahia.
Leia maisAo longo dos últimos dois anos, Danilo tem tido forte atuação na busca pelo desenvolvimento do Nordeste. Prova disso é que a Superintendência já aplicou R$ 5,6 bilhões na implantação da Ferrovia Transnordestina. Também sob sua regência, a Sudene aprovou R$ 1,5 bilhão em incentivos fiscais para a região, somente no ano de 2024, e definiu a aplicação de R$ 50 bilhões em crédito às empresas nordestinas para 2026.
Cientes de que este trabalho precisa continuar, rechaçamos a pressão do empresário Benjamin Steinbruch – responsável pela construção do trecho cearense da Transnordestina – e de certos agentes públicos cearenses e baianos, visando influenciar uma desnecessária e descabida mudança no órgão. Os coordenadores da Bancada se colocam frontalmente contrários a tal injustiça, defendendo o equilíbrio e a isonomia na gestão da Sudene, um patrimônio de todos os nordestinos.
Deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos-PE)
Deputado federal Carlos Veras (PT-PE)
O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Goés, não confirma nem nega que o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, seja afastado da função por contrariar interesses do Governo do Ceará no trecho da ferrovia Transnordestina que vem defendendo para ser retomado em Pernambuco. Falei, há pouco, com um interlocutor do ministro, que confirmou o mal-estar gerado, mas disse que o ministro, pelo menos por enquanto, não vai se posicionar. A Sudene é vinculada ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, teria pedido a substituição de Danilo Cabral em meio a críticas à “falta de agilidade” na liberação de recursos para a Transnordestina e à disputa por influência sobre fundos regionais, especialmente o FDNE e o FNE. Cabral ocupa o cargo por indicação do senador Humberto Costa, que está em Brasília participando do encontro nacional do PT e também não se manifestou sobre os rumores.
Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) discursaram nesta sexta-feira (1º), em sessão de abertura de trabalhos do segundo semestre, em defesa da soberania nacional, da Corte, em solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, e com fortes críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e aliados que atacam a Corte.
A sessão foi marcada por longas falas em defesa da democracia, da legalidade do processo da trama golpista, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e a promessa de Moraes de que todos os réus dessa ação serão julgados ainda neste ano.
Leia maisO pronunciamento dos ministros ocorre após as sanções dos Estados Unidos contra Moraes, ao aplicar a Lei Magnitsky. O governo americano citou os processos contra Bolsonaro e afirmou que o magistrado autorizou detenções preventivas arbitrárias e suprimiu liberdade de expressão.
Todos os ministros participaram da sessão. Dias Toffoli e Nunes Marques acompanharam por videoconferência. A sessão também ocorreu um dia após um jantar oferecido pelo presidente Lula (PT) no Palácio da Alvorada. Estiveram presentes, Luís Roberto Barroso (presidente), Edson Fachin (vice), Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Gilmar Mendes.
Barroso cita ataques e faz defesa de Moraes
A sessão foi aberta por volta das 10h20, com condução do presidente Luís Roberto Barroso. De imediato, anunciou que faria a leitura de um pronunciamento intitulado “O Supremo Tribunal Federal e a defesa da institucionalidade”.
Durante o discurso, Barroso fez um levantamento histórico dos ataques sofridos pelo Judiciário ao longo dos anos no Brasil. “As tentativas de quebra de institucionalidade nos acompanham desde os primeiros passos da República brasileira”, disse.
“Esses episódios revelam facetas da história constitucional e republicana brasileira: presidentes autoritários, militares na política e ameaças ao Supremo”, resumiu.
Apesar dos ataques, que se reproduzem até os dias atuais, conforme Barroso, o sistema de Justiça não conseguiu se opor de forma eficaz diante das ameaças de quebra da constitucionalidade.
O presidente da Corte ainda citou os processos da trama golpista, nos quais Moraes é relator, e afirmou que todos os réus serão julgados com base nas provas produzidas sem qualquer tipo de interferência, em referências às pressões de Donald Trump e aliados de Bolsonaro.
“Faz-se aqui o reconhecimento ao relator das diversas ações penais, o ministro Alexandre de Moraes, por inexcedível empenho, bravura e custos pessoais elevados, conduziu ele às apurações e os processos relacionados aos fatos acima descritos. Nem todos compreendem os riscos que o país correu e a importância de uma atuação firme e rigorosa, mas sempre dentro do devido processo legal”, destacou.
Gilmar critica Eduardo
Logo após a fala do presidente, o ministro Gilmar Mendes — o mais antigo da Corte — pediu a palavra e fez fortes críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por agir contra o país.
Mendes citou que existe uma escalada de ataque contra a Corte, mas que atinge também todo o povo brasileiro. Ele apontou que essas críticas contra o STF são de natureza política em relação à atuação jurisdicional do Supremo.
O ministro manifestou “veemente repúdio” a atos de hostilidades sofridos por Moraes e prestou solidariedade ao ministro. Gilmar disse que “os fatos se revelam ainda mais graves porque decorrem de uma ação orquestrada” por pessoas “avessas” à democracia.
Neste caso, Gilmar Mendes também criticou o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, por fugir “covardemente” do país e “difundir aleivosias contra o Supremo Tribunal Federal”.
Ao falar sobre o caso da trama golpista, o ministro disse que “nossos julgamentos não se curvam a interesses políticos, pressões externas ou simpatias ideológicas. A toga que vestimos simboliza a imparcialidade e o compromisso exclusivo com a Constituição”.
“Que ninguém duvide da imparcialidade e da legitimidade da atuação do STF, e que ninguém ouse desrespeitar a soberania do Brasil. A democracia e as instituições brasileiras são fortes e resilientes”, finalizou Mendes.
Moraes diz que ignorará sanções
Terceiro a discursar, o ministro Alexandre de Moraes fez um discurso contundente em relação às críticas sobre os processos da trama golpista. Além de reforçar a atuação do parlamentar Eduardo Bolsonaro ao referir aos “pseudopatriotas”.
O ministro disse que há uma organização criminosa que age de forma “covarde e traiçoeira” para submeter o funcionamento do STF ao crivo de um Estado estrangeiro. “Pseudopatriotas encontram-se foragidos e escondidos fora do território nacional”, afirmou.
Moraes também falou em “traição à pátria” brasileira, por quem admite que negociou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, decisão formalizada pelos EUA na última quarta-feira (30).
“Traição à pátria […] Como se glória houvesse na traição, assumindo a autoria de verdadeira intermediação com o governo estrangeiro para imposição de medidas econômicas contra o próprio país, resultando na taxação de 50%”, disse.
Segundo o ministro, a atuação de réus e brasileiros que estão instigando ataques às autoridades públicas é comparada a “milicianos do submundo do crime”.
Ele ainda reforçou que o STF não vai se render às ameaças externas. “Acham que estão lidando com pessoas da ‘laia’ deles. Acham que estão lidando também com milicianos. Mas não estão. Estão lidando com ministros da Suprema Corte”, disse.
Próximo ao fim de sua fala, Moraes afirmou que vai “ignorar as sanções que lhe foram aplicadas”, e seguir seu trabalho. “Este relator vai ignorar as sanções que lhe foram aplicadas e continuar trabalhando como vem fazendo, tanto no Plenário quanto na Primeira Turma”, afirmou.
Segundo o ministro, os julgamentos dos quatro núcleos da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado acontecerão ainda neste semestre.
“Esta Corte continuará realizando sua missão Constitucional e, neste segundo semestre, realizará o julgamento e as conclusões dos quatro núcleos das importantes ações penais relacionadas à tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023”, afirmou.
Leia menosPor Fabio Corrêa*
Vivemos uma era em que a toga fala mais alto que o voto e o verbo jurídico se sobrepõem à vontade popular. Em nome da “defesa da democracia”, o Poder Judiciário brasileiro, especialmente sua cúpula, tem assumido um protagonismo que transborda os limites constitucionais e ameaça o próprio equilíbrio republicano.
Hoje, juízes que jamais receberam um único voto popular são os verdadeiros timoneiros da nação, tomando decisões com impacto direto no processo político, legislativo e até mesmo na esfera privada da sociedade civil. Criam doutrinas, reinterpretam princípios, censuram vozes e transformam medidas excepcionais em normas permanentes, tudo sob o pretexto de combater “desinformação”, “ameaças institucionais” ou “discursos de ódio”.
Leia maisMas até onde vai esse poder sem freios? Até onde o Judiciário pode esticar sua influência sem rasgar o tecido da separação de poderes e a soberania constitucional? A democracia brasileira está, hoje, refém de uma versão togada do absolutismo contemporâneo, onde a interpretação pessoal de um ou poucos ministros equivale a leis impositivas, muitas vezes, sem qualquer amparo legal claro, e em flagrante descompasso com o princípio da legalidade e com o devido processo legal.
O que se vê é uma judicialização da política e uma politização do Judiciário, que deixa de ser o árbitro imparcial da Constituição para se tornar agente político ativo, com poder de calar vozes, cassar mandatos, controlar narrativas e submeter os demais poderes à sua vontade. Estamos diante de um Judiciário que extravasa sua função contramajoritária, não mais como guardião da Constituição, mas como um ente acima dela. Um Judiciário que se arvora no direito de definir o que pode ou não ser dito, quem pode ou não exercer o poder, e o que deve ou não ser legislado, atropelando a representatividade do Parlamento e manchando a legitimidade do Executivo.
É chegada a hora de refletirmos seriamente: a democracia que estamos defendendo é mesmo democracia, ou uma paródia institucionalizada, conduzida por uma elite jurídica que se julga acima do povo, da lei, da imprensa e da história? Porque democracia, de verdade, não se constrói com censura, medo, perseguição e autoritarismo judicial. Democracia não se impõe de cima para baixo, por sentenças, portarias e decisões monocráticas.
Democracia se conquista com voto, com diálogo, com freios e contrapesos, nunca com silêncios forçados e verdades únicas decretadas de gabinetes fechados.
Sócrates, que enfrentou a tirania das maiorias e pagou com a própria vida por defender o livre pensamento, jamais conceberia uma democracia fundada no medo, na censura e no autoritarismo ilustrado. Para ele, a verdade nascia do embate racional entre ideias, não da imposição silenciosa de uma única narrativa. Se vivo fosse hoje, talvez Sócrates não tomasse o veneno por ordem da plebe, mas por despacho judicial. Afinal, questionar o poder virou ofensa, divergir virou crime, e pensar livremente se tornou risco processual.
Que democracia é essa, onde o filósofo seria punido não por corromper a juventude, mas por “atentar contra a institucionalidade”? Não, essa não é a democracia que Sócrates idealizou. E tampouco é a democracia que o povo brasileiro merece.
*Advogado
Leia menosA prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), ampliou o número de professores convocados no mês de julho. A gestora nomeou, na noite de ontem, mais 112 profissionais, alcançando a marca de 300 docentes chamados para reforçar a educação no município durante o período.
Com as novas nomeações, o número de professores convocados é de mais de 630 profissionais, nos sete primeiros meses da administração de Mirella. “Os professores vão reforçar ainda mais o ensino em Olinda. Queremos que a educação fique cada vez melhor, com a garantia do nível alto de aprendizagem e de um ótimo ambiente escolar para todos os alunos e professores”, comentou a gestora.
Leia maisO anúncio foi realizado durante evento em reconhecimento aos profissionais das escolas que atingiram boas metas nos exames do Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco (SAEPE) em 2024. Com as novas nomeações, o número de professores convocados é de mais de 630 profissionais, nos sete primeiros meses da gestão de Mirella.
A Prefeitura realizará, ainda, a requalificação de mais escolas da cidade. A rede municipal também conta com oito unidades funcionando em tempo integral, além de aulas de robótica.
Olinda recebeu, no mês passado, uma avaliação positiva do Governo Federal, neste mês, com o registro de que o município superou as médias estadual e nacional em alfabetização ao atingir um índice de 62,29% para alunos alfabetizados. Os números foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC). A avaliação aconteceu para turmas do Segundo Ano do Ensino Fundamental.
Leia menosNa próximo dia 11 de agosto, celebra-se o aniversário da fundação dos cursos jurídicos no Brasil, instituídos em 1827 nas cidades de São Paulo e Olinda (PE). Em alusão à data, a Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (FDR/UFPE) e o Instituto dos Advogados de Pernambuco (IAP) se unem como parceiros no lançamento do ‘Projeto 200 Anos da Faculdade de Direito’, que prevê uma série de atividades comemorativas progressivas. O evento acontecerá no Salão Nobre da Casa de Joaquim Nabuco, a partir das 18h30, com a presença de convidados.
O Projeto 200 Anos da Fundação de Direito tem como objetivo promover ações que conduzam ao bicentenário da instituição, ressaltando a importância histórica e a tradição da Faculdade de Direito do Recife no cenário jurídico, tanto em nível local quanto nacional.
Leia maisDurante o evento, o diretor da instituição, professor Torquato de Castro Júnior, e a presidente do IAP, Érika Ferraz (foto), anunciarão uma novidade: a reinstalação da sede do IAP nas dependências da Faculdade, cujos trâmites já estão em andamento. O Instituto já funcionou no local por um longo período, antes de se transferir para sua sede atual.
“Formalizaremos o retorno da sede do IAP para a Faculdade de Direito, num movimento de retorno às origens. Que seja bem-vinda de volta”, destaca Torquato. “Temos uma história maravilhosa, pontuada de parcerias, e essa decisão se constitui em um marco simbólico que reforça os laços entre a advocacia pernambucana e a tradição jurídica do Estado”, acrescenta Érika.
Ela ressalta ainda que “são 174 anos de tradição e atividades do IAP, fundado em 11 de maio de 1851, o segundo instituto mais antigo do país, precedido apenas pelo Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), em São Paulo. O IAP permanece ativo e comprometido com os avanços da categoria, tendo um papel importante no debate sobre valores e princípios constitucionais”. O Instituto dos Advogados de Pernambuco é uma associação civil sem fins lucrativos.
Leia menosPor Patrícia Raposo – Folha de Pernambuco
O presidente do Sindaçúcar-PE e da NovaBio, Renato Cunha, classificou como grave a decisão do governo norte-americano de impor uma tarifa de 50% sobre o açúcar importado, medida anunciada nesta quarta-feira (30) por Donald Trump. A medida atinge diretamente a cota brasileira, com impactos severos na economia do Norte e Nordeste.
Segundo Cunha, a nova alíquota representa uma quebra de previsibilidade num comércio tradicionalmente regido por regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). “Essa cota é amparada por lei brasileira desde 1996 e distribuída pelo Ministério da Agricultura entre os produtores do Norte e Nordeste. Representa mais de R$ 1 bilhão de faturamento para a região”, afirmou. O Brasil exporta cerca de 150 mil toneladas de açúcar dentro da cota, que pode chegar a 220 mil toneladas quando outros países não conseguem cumprir seus compromissos. Atualmente, 39 países participam dessa divisão.
Leia maisO impacto da tarifa é direto: até 2023, o imposto era zero. Em abril de 2024 subiu para 10%, e agora chega a 50%. Fora da cota, a tarifa pode chegar a 90%, o que praticamente inviabiliza as exportações. “Essa cota tem liquidez e é valorizada no mercado. Com o novo imposto, o modelo de negócios fica comprometido e desestimula os embarques, que tradicionalmente ocorrem pelo Terminal Açucareiro de Recife”, explicou.
Cunha destacou ainda que a produção do Nordeste supera 3,8 milhões de toneladas de açúcar por safra, sendo a cota apenas uma fração simbólica, mas estratégica. “Ela assegura emprego e renda em mais de 250 municípios e gera até 260 mil postos de trabalho. Não é só economia, é estabilidade social.”
A medida dos EUA foi classificada como política e sem justificativas técnicas. “Faltou consideração. Não houve negociação. Pegou todos de surpresa. Até o parlamento americano reconhece que não se tratou de uma questão comercial”, afirmou Cunha, que acompanhou a missão de senadores brasileiros a Washington na tentativa de reverter a decisão.
Os senadores brasileiros, com apoio técnico da NovaBio, se reuniram com oito parlamentares norte-americanos, inclusive republicanos, para defender a suspensão ou flexibilização da medida. Mas o anúncio oficial manteve o tarifaço, que entra em vigor na próxima semana.
Cunha disse que agora o setor vai analisar o cenário e finalizou alertando para os efeitos econômicos e geopolíticos. “Os Estados Unidos não são autossuficientes em açúcar. Precisam importar pelo menos 1,5 milhão de toneladas. Vamos ver como vão recompor seus estoques. E, se foi uma decisão emergencial, esperamos que seja revista o quanto antes”.
Leia menosPor Rudolfo Lago – Correio da Manhã
“Minha especialidade é anestesia”. Com seu peculiar senso de humor, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin resumiu com maestria na manhã de quinta-feira (31) no programa de Ana Maria Braga o que ele fez para mitigar os efeitos do tarifaço ameaçado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na economia brasileira.
Alckmin agiu para diminuir a dor que a sobretaxação provocaria em todos os brasileiros. E é inegável que teve sucesso. Com as quase 700 exceções na lista, a intensidade do tarifaço foi fortemente atenuada. A forma como o dr. Alckmin agiu para anestesiar a sobretaxa ameaçada por Trump foi antecipada aqui no Correio Político, na coluna do dia 25 de julho com a ajuda dos empresários.
Leia maisOs instrumentadores do vice-presidente na sala de cirurgia foram os empresários, do Brasil e dos Estados Unidos. Nas últimas semanas, Alckmin reuniu-se com mais de cem empresários ou associações que os representam, tanto brasileiros como norte-americanos.
Diante do fechamento de qualquer canal político ou diplomático, Alckmin apostou na pressão feita pelo setor privado. Por uma razão clara: se Trump sobretaxasse todos os produtos que o Brasil exporta para os EUA, o prejuízo não seria somente para o Brasil.
A indústria aeronáutica é o melhor exemplo do estrago que um tarifaço total provocaria aos EUA. Os aviões da Embraer dominam completamente a aviação doméstica regional do país. Algumas linhas que operam em aeroportos menores exigem que as aeronaves tenham, no máximo, 39 toneladas. E são poucos os aviões no mundo com número maior de assentos com essa característica. A linha E1 da Embraer a tem. Por conta disso, a SkyWest, que opera mais de 2,5 mil voos diários, tem 265 aviões E175, da Embraer. É mais da metade da sua frota, de 502 aeronaves. Ainda que não comprasse novos aviões, a SkyWest teria de comprar peças.
Tais peças ficariam mais caras. E, naturalmente, a empresa repassaria o custo maior aos consumidores. As passagens ficariam mais caras. E se a linha E1 é boa para esse tipo de voo, novos aviões seriam comprados. De fato: já havia 181 pedidos novos de companhias dos EUA.
Os eventuais prejuízos não parariam aí. Não é toda a linha de montagem da Embraer que fica na sua sede, em São José dos Campos (SP). Parte da produção dos aviões é feita nos EUA. Com funcionários dos EUA. Que ganham salário e consomem nos EUA.
Ou seja, no extremo, o tarifaço poderia levar a demissões nos próprios Estados Unidos. Raciocínio semelhante vale para a cadeia do suco de laranja. Praticamente ninguém no país de Trump pega uma laranja e espreme na cozinha para tomar o suco.
O suco é industrializado. Então, a laranja faz parte de uma cadeia produtiva que envolve milhares de pessoas. Seja de uma empresa grande como a Coca-Cola ou de fabricantes menores da bebida. Assim, aplicou-se a anestesia também no país de Trump. Só uma picadinha.
Leia menosO ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, hoje, que a Corte não irá se “envergar a ameaças covardes e infrutíferas” e que pretende ignorar as sanções aplicadas contra ele pelo governo dos Estados Unidos.
“As ações prosseguirão. O rito processual do STF não se adiantará, não se atrasará. O rito processual do STF irá ignorar as sanções praticadas. Esse relator vai ignorar as sanções que lhe foram aplicadas e continuar trabalhando, como vem fazendo, no plenário, na Primeira Turma, sempre de forma colegiada”, disse Moraes.
Leia maisEle prosseguiu: “Esta Corte vem e continuará realizando sua missão constitucional. Em especial, neste segundo semestre, realizará os julgamentos e as conclusões dos quatro núcleos das importantes ações penais relacionadas à tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro”.
Moraes fez o pronunciamento durante a cerimônia de abertura do semestre do Judiciário, após o recesso. Esta é a primeira fala pública do ministro após ser incluído na lista de sancionados pela Lei Magnitsky, norma do governo dos EUA para punir estrangeiros.
“Acham que estão lidando com pessoas da laia deles. Acham que estão falando também com milicianos. Mas não estão, estão falando com ministros da Suprema Corte brasileira”, disse Moraes.
Antes disso, o ministro agradeceu as palavras do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e do decano Gilmar Mendes em defesa dele – diante das sanções impostas pelos Estados Unidos.
Leia menosDiário de Pernambuco
A Prefeitura de Bom Conselho, no Agreste pernambucano, confirmou, ontem, que o incêndio que destruiu 16 veículos em um galpão municipal, na madrugada de 20 de junho, foi provocado de forma intencional. A informação consta em laudo técnico elaborado pela Polícia Científica de Pernambuco, que caracteriza o episódio como um ato criminoso.
Segundo o documento, assinado pelo perito criminal Kleber Rosalvo Alencar Cardoso, o fogo teve múltiplos focos distintos e independentes, o que descarta a hipótese de acidente. “O incêndio analisado apresenta características predominantes de ação criminosa em face da existência de origens distintas e independentes entre si”, aponta o laudo.
Leia maisO sinistro ocorreu por volta das 3h da manhã, na garagem da prefeitura. No total, foram destruídos 16 veículos, entre ônibus escolares, caminhões e tratores, 13 deles estavam estacionados a uma distância inferior a um metro uns dos outros, o que contribuiu para a propagação rápida das chamas. Dois ônibus escolares estavam afastados do grupo principal e também foram consumidos pelo fogo, sem que houvesse uma “ponte térmica” natural entre eles e os demais. Isso reforçou a conclusão da perícia de que o incêndio foi provocado de forma deliberada.
As investigações iniciais indicaram que as chamas teriam começado em um caminhão de transporte de merenda escolar, estacionado no local. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conteve o fogo. No entanto, o calor intenso e a rápida propagação impediram que os veículos fossem salvos. A Polícia Militar isolou a área e a Polícia Civil iniciou os trabalhos investigativos ainda no dia do ocorrido.
Imagens de drone, divulgadas nas redes sociais da Prefeitura de Bom Conselho, mostraram a extensão dos danos e as carcaças dos veículos carbonizados. No local, havia câmeras de videomonitoramento, cujas imagens estão sendo analisadas.
De acordo com a perícia, o local não estava preservado quando os técnicos chegaram, já que o combate às chamas alterou vestígios importantes. Ainda assim, os peritos puderam constatar que não havia fonte elétrica nos pontos onde os veículos estavam estacionados e não foi identificada nenhuma ignição acidental. O relatório também descartou que a queima tenha sido causada por propagação natural do fogo, inclusive com influência do vento.
Em nota oficial, a Prefeitura lamentou os prejuízos ao patrimônio público e os impactos diretos sobre os serviços prestados à população. “O fato também é compreendido pela administração como um ataque ao trabalho sério que vem sendo realizado ao longo destes sete meses. Por esta razão, repudia com veemência o ato criminoso e agradece à Polícia Civil pela investigação conduzida de forma técnica e rigorosa”, afirmou a gestão municipal.
O laudo não estimou o valor do prejuízo financeiro causado pelo incêndio. A administração municipal também não detalhou como será feita a recomposição da frota destruída. No entanto, informou que continuará acompanhando de perto os desdobramentos da investigação e que não medirá esforços para que os responsáveis pelo crime sejam identificados e responsabilizados.
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