Está no forno o livro “O estilo Marco Maciel”, do jornalista Magno Martins. A publicação é da editora CRV, do Paraná. O lançamento será no dia 24 de agosto, na sede da Academia Brasileira de Letras, numa homenagem ao imortal Marco Maciel.
Brasil já tem 14,8 mil eletropostos em 1,4 mil municípios
O país já possui circulando nas ruas 208 mil veículos a bateria ou híbridos plug-in. Destes, 93,1 mil são totalmente elétricos e 115,3 mil, híbridos plug-in. Mas temos carregadores suficientes para eles? E onde eles estão sendo instalados? Esta semana, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) divulgou um levantamento sobre a infraestrutura de eletromobilidade no país. Segundo a apuração da ABVE, o Brasil conta hoje com 14.827 eletropostos públicos e semi públicos.
Em comparação com o levantamento anterior, realizado em novembro do ano passado, o crescimento no último trimestre foi da ordem de 22%. Naquele mês, 1.263 municípios contavam com eletropostos ou algum tipo de infraestrutura de carregamento. Agora, esse universo foi ampliado para 1.363 localidades — uma elevação de 8%. Isso garante um índice de 14 veículos por eletroposto. Ponto positivo para o Nordeste e o Norte, que estavam ficando para trás nessa corrida. O primeiro, por exemplo, teve variação positiva de 10,9% — e agora tem 326 municípios com algum eletroposto. No Norte, o crescimento foi de 23,7%. Mas apenas 47 cidades têm ponto de carregamento.
A maioria dos eletropostos (84%, ou 12.397) é de recarga lenta, chamados de AC. Apenas 16%, 2.430, são rápidos, os DC. Vale lembrar que a oferta de carregadores rápidos tem aumentado em ritmo mais acelerado. Com relação aos 1.516 contabilizados em novembro no ano passado, o salto foi de 60%. No mesmo período, o número de carregadores lentos avançou 17% — eram 10.621 há três meses. Em Pernambuco, a cidade com mais pontos de carregamento é o Recife, com 167, seguido de Caruaru e Garanhuns (veja quadroabaixo). Na Paraíba, João Pessoa (62) e Campina Grande (60) predominam. No Ceará, Fortaleza tem 40% dos eletropostos (215), seguida de Cascavel e Eusébio.
Blindagem de carros cresce no Nordeste – Em 2024, o Brasil blindou 34.402 veículos. O número, de acordo com a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), representa um novo recorde, pelo quarto ano consecutivo. Em 2021, o país havia registrado pouco mais de 20 mil carros blindados. No ano seguinte, houve um salto para 25.916 unidades. Em 2023, foram blindados 29.296 e, em 2024, um novo crescimento, agora de 17,5%. Atualmente, a frota blindada estimada no Brasil se aproxima dos 400 mil veículos. No ano passado, as cinco marcas que mais tiveram carros blindados foram Toyota, Jeep, BMW, Volkswagen e BYD — o que marca a consolidação dos veículos eletrificados na frota blindada nacional. De acordo com o novo levantamento, os cinco estados que mais blindaram foram São Paulo, que responde por quase 85% das blindagens registradas em 2024 (28.962), seguido por Rio de Janeiro (2.669), Ceará (992) e Pernambuco (843).
Uma das regiões que tem registrado aumento na procura por blindagem automotiva é o Nordeste brasileiro. Em 2024, o PIB da região cresceu 3,8%, superando a média nacional, de acordo com a Resenha Regional do Banco do Brasil, sob a liderança dos estados da Paraíba (PIB de 6,6%) e do Rio Grande do Norte (6,1%). Os índices reforçaram o potencial do mercado consumidor local para setores de alto valor agregado, entre eles, o mercado de carros blindados. De acordo com levantamentos da Abrablin, estados da região Nordeste aparecem com frequência no ranking nacional de blindagem. Ceará e Pernambuco figuram nas terceira e quarta posições pelo menos nos últimos três anos, com o número de unidades blindadas crescente. “A blindagem automotiva já é uma realidade consolidada no Nordeste, mas percebemos um forte potencial de expansão. Embora não existam estimativas precisas para 2025, é razoável projetar um crescimento entre 15% e 25% no número de veículos blindados em estados como Ceará, Pernambuco, além da Paraíba e Alagoas, por exemplo, considerando fatores regionais, como o crescimento econômico e o aumento da percepção de insegurança em áreas urbanas, demandando a busca contínua por soluções de segurança, aproveitando-se da maior acessibilidade aos serviços de blindagem”, explica Denis Valentin, diretor financeiro e operacional da Concept Be Safe.
Yamaha lança nova R3 Connected – A marca japonesa acaba de anunciar a chegada ao Brasil da R3 Connected, modelo com design inspirado na YZR-M1 da MotoGP. Ela passou por atualizações relevantes e ganhou mais tecnologia – e o tempo de lançamento na Europa e por aqui nem foi tão longo assim. O novo visual para 2025 inclui frente mais agressiva, com quatro DRLs integrados à entrada de ar e um potente farol de LED. A carenagem renovada foi mais estreita e mais leve. O motor é o consagrado bicilíndrico de 321cc de quatro tempos, oito válvulas e refrigeração líquida. A tecnologia DiASil, nele adotada, contribui para menor vibração, melhor dissipação de calor e ganho de desempenho. O conjunto entrega 41,3cv de potência e um torque de 3kgfm. A embreagem é assistida e deslizante. O painel de instrumentos é do tipo LCD estilo “Black out”, que abriga uma tomada USB e tem conectividade para smartphone pelo Y-Connect. O modelo chegará aos concessionários da marca agora em março, com preço sugerido de R$ 37 mil (além de frete).
Mulheres de motos – A pesquisa Origem e Destino, realizada pelo Metrô de São Paulo, notou um aumento de mulheres pilotando. Na mesma linha, dados da Abraciclo (a associação dos fabricantes) revelam que o número de mulheres com habilitação para pilotar motocicletas mais do que dobrou nos últimos anos, saltando de 4,5 milhões em 2012 para 8,9 milhões em 2022. Isso demonstra como as motocicletas se apresentam como uma solução econômica e prática de mobilidade – como também, explica este ser um dos segmentos de maior destaque no Sistema de Consórcios com cerca de 3,03 milhões de participantes ativos e cerca de 1,33 milhões de cotas vendidas, segundo o relatório de dezembro da Abac, associação das empresas de consórcios.
Ford Transit ganha garantia estendida – A Ford Pro iniciou a venda da Nova Transit, com previsão de entrega das primeiras unidades agora em março. A van ganhou aprimoramentos tecnológicos, maior oferta de versões e equipamentos de série – principalmente no pacote de segurança. E agora oferece garantia de dois anos, sem limite de quilometragem. As principais mudanças estão no interior, que ficou mais tecnológico e ergonômico. O painel de instrumentos passa a de 8”; central multimídia, de 12”. Destaque ainda para equipamentos de assistência ao motorista, que ajudam a reduzir os riscos de acidentes e evitar a parada do veículo para reparos. A linha traz também duas novas versões com rodado simples: a Furgão Cargo, com PBT de até 4,0 t, e a Vidrada Longa que pode ser usada, por exemplo, em transporte executivo para 18 passageiros ou até van escolar com 29 lugares.
No geral, a Nova Transit conta com 22 modelos das versões chassi, furgão, minibus e elétrica que permitem mais de 60 configurações para diversos tipos de aplicação. Algumas estão bem equipadas mesmo. A Transit Chassi traz até retrovisores com rebatimento elétrico, câmera de ré, sensor de estacionamento dianteiro, farol de neblina, piloto automático, monitoramento de pressão dos pneus, ar-condicionado digital e alarme perimetral, com preço a partir de R$ 282.900. A Transit Minibus ganhou sistema de monitoramento de ponto cego, monitoramento de pressão dos pneus, ar-condicionado digital e alarme perimetral etc. Custa R$ 354.900. A Transit Furgão custa a partir de R$ 297.900. A E-Transit tem preço sob consulta.
BYD com inteligência artificial – A marca chinesa BYD vai implementar o sistema de inteligência artificial DeepSeek em seus veículos. Segundo a agência France Press, o objetivo é auxiliar os sistemas de direção inteligente dos seus carros – incluindo modelos mais baratos. A adoção DeepSeek faz parte de um sistema de direção assistida, chamado de “Olho de Deus”. A nova tecnologia, segundo a BYD, estará em 21 de seus carros, incluindo o pequeno Dolphin Mini, carro elétrico mais barato da marca no Brasil e que custa a partir de R$ 118,8 mil. A versão destinada para carros de entrada, como no Dolphin Mini, utiliza 12 câmeras e 17 sensores espalhados pelo carro. Modelos mais avançados adicionam outros componentes e triplicam a capacidade de processamento de dados, recebidos a partir destes equipamentos. Aliás, outras marcas da China também vão usar a IA DeepSeek, como a Geely, dona da Volvo, por exemplo, e a GWM, da Ora 03 e do Haval H6.
Eclipse Cross linha 2026 – Ainda estamos em fevereiro, mas o SUV da Mitsubishi acaba de ganhar a linha 2026. E com atualizações em itens de série e opcionais. Por exemplo: nova central multimídia, novo desenho das rodas, grade dianteira diferenciada da HPE Black e HPE-S 4×4 Black (esta, com novos spoilers dianteiro e traseiro). Agora, o Eclipse vem com DRL e lanternas traseiras em LED em todas as versões. A versão de entrada Rush custa R$ 169 mil. A topo de linha, a Black, tem preço sugerido de R$ 226 mil. O motor é o 1.5 turbo de 165cv e transmissão CVT que simula oito velocidades.
Cuidado com o Arla 32 adulterado – A qualidade do Arla 32 é essencial para garantir a eficiência dos motores a diesel e a redução de emissões. No entanto, a adulteração desse insumo, também conhecido como agente de ureia, tem se tornado um problema crescente no mercado brasileiro, colocando em risco a operação de veículos diesel, elevando custos de manutenção, além de comprometer a sustentabilidade ambiental. A Usiquímica, uma das pioneiras na produção de Arla 32 no Brasil, alerta para os impactos negativos do uso desse agente fora das especificações e reforça a importância de garantir sua procedência correta. A adulteração ocorre, principalmente, pela substituição da ureia automotiva de alta pureza pela ureia fertilizante, uma prática que pode parecer economicamente vantajosa, mas que gera consequências graves.
“A ureia fertilizante contém aditivos, que, ao serem injetados nos veículos a diesel, danificam catalisadores e comprometem a eficiência do pós-tratamento de emissões. Isso resulta em falhas mecânicas recorrentes, aumento do consumo de combustível, com impactos diretos na qualidade do ar e na saúde”, afirma Everton Minatti, gerente de Operações da Usiquímica. O Brasil segue padrões rigorosos de emissões estabelecidos pelo programa de controle da poluição, o Proconve. “É fundamental que transportadores e frotistas fiquem atentos à procedência do Arla 32 utilizado em seus veículos. Para evitar prejuízos, aconselhamos adquirir o Arla 32 apenas de fornecedores confiáveis, verificar se o produto possui certificação do Inmetro, além de desconfiar de preços muito abaixo do mercado”, alerta Minatti.
Como identificar uma oficina de confiança? – Na hora de fazer a manutenção no carro, seja ela preventiva ou corretiva, é normal tentar levar o veículo em uma oficina de confiança. Tanto para não ter surpresas negativas nos serviços quanto na hora de pagar a conta. A identificação de uma oficina de confiança pode ser feita de diversas formas e aqui trazemos algumas dicas e orientações para deixar essa missão mais simples e assertiva. O dono do carro deve ficar atento a algumas características que indicam a qualidade dos serviços e até a idoneidade da oficina. “Centros automotivos de confiança possuem algumas características em comum. Como, por exemplo, os aspectos das instalações, dos profissionais, dos serviços e do pós-venda são cruciais”, explica Danilo Ribeiro, coordenador do Centro de Tecnologia e Treinamento e Inovação da DPaschoal (CTTi).
Confira as 5 dicas para encontrar lugar confiável
Avaliações – Busque conversar com amigos, colegas e familiares, e pedir indicação de oficinas nas quais já eles tenham realizado manutenções. Pela internet e redes sociais também é possível buscar avaliações e comentários de motoristas que já usaram os serviços para identificar qualidades e pontos de atenção na oficina em que deseja levar o seu carro. Se identificar mais comentários negativos do que positivos, fique atento e evite o local para fazer a manutenção do seu veículo.
Visual – Ao chegar à oficina preste atenção ao ambiente. Veja se o espaço é organizado, bem iluminado e limpo. Essas características demonstram os cuidados com o local, o padrão de profissionalismo e a qualidade dos serviços, além de segurança dos veículos e das pessoas. O centro automotivo também deve estar devidamente registrado junto aos órgãos competentes, como a Prefeitura e a Vigilância Sanitária, caso necessário, com as autorizações de fácil visualização por parte dos clientes.
Qualificação – Os profissionais que irão fazer a manutenção do veículo devem ser capacitados e qualificados para realizar os serviços, além de terem a experiência necessária para a execução dos trabalhos. Os mecânicos devem ter formação técnica e certificações reconhecidas no setor, o que irá garantir que o serviço adequado será realizado no veículo e que estão atualizados frente às novas tecnologias automotivas.
Orçamentos – Esse é um dos aspectos mais importantes para identificar uma oficina de confiança. Ao levar o carro para fazer um orçamento de manutenção, é fundamental que o técnico faça as medições e os testes e os apresente junto com os resultados com transparência ao cliente. Ele deve justificar os serviços que precisam ser feitos e os custos do trabalho, sem valores discrepantes e sem surpresas no final. Nesse momento, o uso de ferramentas de diagnóstico ajuda a ter certeza da necessidade de troca, evitando a subjetividade. Evite oficinas que não forneçam orçamentos detalhados e valores justos, e não realize os serviços caso isso não seja feito. A transparência também inclui os prazos para a realização dos serviços, bem como o seu cumprimento.
Garantia – Oficinas de confiança, que fornecem serviços de qualidade, oferecem garantia por escrito para os serviços realizados (tanto para a mão de obra como para os itens trocados). Não aceite garantia verbal, exija que seja formalizada, pois somente assim ela poderá ser executada em caso de necessidade.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), esteve em Garanhuns neste sábado (22) para a posse da nova diretoria do Consórcio Público para o Desenvolvimento da Região Agreste Meridional de Pernambuco (Codeam). O prefeito de Saloá, Júnior de Rivaldo (PSDB), assumiu a presidência da entidade, que reúne 30 municípios. O evento contou com a presença da governadora Raquel Lyra (PSDB), da vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula (PSD), e outras lideranças políticas.
Durante seu discurso, Costa Filho ressaltou a importância da Codeam para o desenvolvimento regional. “Uma instituição com mais de 58 anos de idade, que representa 30 municípios aqui da região. E ela tem um papel central na agenda do desenvolvimento do Agreste”, afirmou. O ministro elogiou a nova gestão e destacou o potencial da região, especialmente no Turismo de Negócios e de Lazer.
O ministro também defendeu melhorias na infraestrutura aeroportuária do Agreste. “Tenho conversado com a governadora Raquel Lyra para gente fortalecer a aviação aqui da região. O Aeroporto de Garanhuns é estratégico para a cidade, e, junto com o de Caruaru, queremos viabilizar voos para São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília”, disse. Ele destacou ainda a duplicação da BR-423 como um avanço para a mobilidade regional.
Costa Filho ressaltou o compromisso do governo Lula (PT) com Pernambuco e destacou parcerias para investimentos na região. “O futuro do Brasil não está apenas em Brasília, mas nas grandes cidades e nos municípios”, afirmou. Ele citou obras estruturantes em andamento e destacou os esforços para viabilizar a Transnordestina, que, segundo ele, terá impacto significativo em todo o Nordeste.
O papa Francisco “está mais indisposto do que ontem”, informou o Vaticano em um comunicado neste sábado (22), acrescentando que ele sofreu uma “crise respiratória prolongada semelhante à asma” e precisou de transfusões de sangue.
A declaração do Vaticano destacou que o papa, que está sendo tratado no hospital Gemelli, em Roma, está “alerta”, mas apontou que o prognóstico para ele “permanece reservado”.
“A condição do papa continua crítica”, afirmou o comunicado. “O papa não está fora de perigo”.
O Vaticano comunicou que os médicos tiveram que administrar um “alto fluxo” de oxigênio por causa da crise respiratória do pontífice. Além disso, as transfusões de sangue foram necessárias, porque os exames mostraram que ele apresentava uma contagem baixa de plaquetas, associada à anemia.
O papa Francisco foi internado no dia 14 de fevereiro, depois de sentir dificuldade para respirar durante vários dias. Ele, então, foi diagnosticado com pneumonia bilateral, uma infecção grave que afeta os dois pulmões e dificulta a respiração. O Vaticano descreveu a infecção do papa como “complexa”, dizendo que está sendo causada por dois ou mais microrganismos.
Sergio Alfieri, um dos médicos responsáveis pelo tratamento do papa, informou em coletiva de imprensa na sexta-feira (21) que o pontífice “mantém bom humor”, mas reforçou que ele “não está fora de perigo” e deve continuar hospitalizado por pelo menos mais uma semana.
Ainda de acordo com membros da equipe médica, especialmente por conta da idade de Francisco, que tem 88 anos, ele é considerado um paciente “frágil”.
O Vaticano anunciou mais cedo que o chefe máximo da Igreja Católica não aparecerá em público neste domingo (23) para liderar orações. Esta é a segunda semana consecutiva em que ele perderá o evento.
Os moradores do Curado IV, em Jaboatão dos Guararapes, agora contam com um novo espaço de lazer e convivência: a Praça da Rua 19. A inauguração contou com a presença do deputado estadual Nino de Enoque (PL), além dos vereadores Biro Biro (Avante) e Getúlio Belém (PL), presidente da Câmara Municipal.
Durante o evento, Nino de Enoque afirmou que a praça representa uma melhoria para a comunidade e destacou o trabalho do vereador Biro Biro na região. Getúlio Belém também ressaltou a importância da iniciativa e afirmou que a população local será beneficiada com o novo equipamento público.
Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que a Lei Maria da Penha pode ser estendida a casais homoafetivos.
Durante julgamento no plenário virtual da Corte, os ministros também entenderam que a legislação pode ser ampliada a mulheres travestis ou transexuais nas relações intrafamiliares.
No plenário virtual, os ministros apresentam seus votos em uma página do STF, sem a necessidade de julgamento presencial. A análise desse processo teve início no último dia 14 de fevereiro e foi encerrada nessa sexta (21).
Segundo o relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, a ausência de uma norma que estenda a proteção da Lei Maria da Penha a casais homoafetivos masculinos e a mulheres transexuais e travestis “pode gerar uma lacuna na proteção e punição contra a violência doméstica”.
De acordo com relatório recente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o crime mais identificado contra travestis e gays no Brasil foi o de homicídio (80% e 42,5%, respectivamente), enquanto, no caso de lésbicas, foram identificados os crimes com maior incidência a lesão corporal (36%) e a injúria (32%). Mulheres trans apareceram, em maior número, como vítimas de crimes de ameaça (42,9%).
Em seu voto, o magistrado defendeu que “é possível estender a incidência da norma aos casais homoafetivos do sexo masculino, se estiverem presentes fatores contextuais que insiram o homem vítima da violência na posição de subalternidade dentro da relação”.
“Isso porque a identidade de gênero, ainda que social, é um dos aspectos da personalidade e nela estão inseridos o direito à identidade, à intimidade, à privacidade, à liberdade, e ao tratamento isonômico, todos protegidos pelo valor maior da dignidade da pessoa humana”, declarou.
No caso de transexuais e travestis, o ministro argumentou que “a expressão ‘mulher’ contida na lei vale tanto para o sexo feminino quanto para o gênero feminino, já que a conformação física externa é apenas uma mas não a única das características definidoras do gênero”.
“Impõe ao Estado a obrigação de proteger os bens e liberdades dos cidadãos frente às agressões dos outros cidadãos, bem como a necessidade de adoção de medidas de proteção ou de prevenção para se combater as condutas de violência perpetradas no âmbito familiar”, disse Moraes em seu voto.
Lei Maria da Penha
A Lei Maria da Penha foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2006. A norma é considerada um marco na defesa dos direitos das mulheres no Brasil.
Maria da Penha era uma farmacêutica e sobreviveu a uma tentativa de homicídio praticada pelo seu ex-marido.
Por anos, ela precisou lutar para que o agressor fosse punido após os atos de violência que a deixaram paraplégica.
A lei define medidas para proteger as vítimas de violência, como a criação de juizados especiais de violência doméstica, a concessão de medidas protetivas de urgência e a garantia de assistência às vítimas.
A bancada evangélica, uma das maiores do Congresso Nacional, antecipou para terça-feira (25) a eleição do novo presidente do grupo. Com a frente parlamentar rachada, é a primeira vez que os congressistas vão recorrer ao voto para a escolha. Em anos anteriores, a definição foi por consenso, mesmo em cenários inicialmente de impasse.
O pleito foi antecipado em um dia para garantir o quórum de congressistas em um dia de votações presenciais. A proximidade com o feriado de Carnaval deve esvaziar o Legislativo. Os candidatos são os deputados Gilberto Nascimento (PSD-SP), Otoni de Paula (MDB-RJ) e Greyce Elias (Avante-MG).
Procurados pela CNN, os três afirmaram ter boas expectativas sobre a eleição.
Com 219 deputados e 26 senadores, o grupo vive um clima de polarização. Enquanto Nascimento tem perfil mais conservador, Otoni de Paula tem buscado diálogo com o governo – o que tem oposto alas da bancada. A deputada Greyce Elias corre por fora na disputa.
Otoni, no entanto, rejeitou estar alinhado ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas afirmou que se for eleito buscará diálogo com o Executivo. “É um erro você tentar transformar a frente num puxadinho do bolsonarismo ou em subserviente ao governo”, afirmou.
Para ele, a frente precisa “ser mais política sem perder a sua essência” e atuar semelhante à bancada do agronegócio que está em constante negociação com o governo, mesmo sendo formada em grande parte por deputados da oposição e de perfil conservador.
“Impuseram essa polarização lá dentro. Eles impuseram isso e me tacharam como sendo governo. E eu não sou do governo. Nunca fui do governo. Porém, eu tenho diálogo. Coisa que a frente vai passar a ter se eu for eleito. Diálogo político, a gente tem que ter”, declarou Otoni. Ele espera levar ao menos metade dos votos.
Às vésperas da eleição, os outros dois candidatos também atuam para reunir mais apoio. Segundo Gilberto Nascimento, a troca da data da eleição, antes prevista para quarta-feira (26), foi acordada entre os três postulantes. Após o pleito, na quarta-feira, o novo presidente deve conduzir o tradicional culto semestral de Santa Ceia.
“Está indo bem [a expectativa]. Todo mundo muito animado. Quando a gente liga para os colegas dizem: ‘Olha, é a primeira vez que vejo uma frente com eleição’. Mas isso, graças a Deus, é esse movimento de participação. Se pegar, por exemplo, todas as nossas reuniões, elas são bem frequentadas, então é realmente uma frente ativa”, declarou.
Não é a primeira vez que a frente vive um impasse na escolha do novo coordenador. Em 2023, o grupo quase recorreu ao voto para decidir se o comando da bancada ficaria com Eli Borges (PL-TO) ou Silas Câmara (Republicanos-AM). A solução encontrada foi um acordo para alternar o cargo entre os dois a cada seis meses, durante o período de dois anos.
Em suas propostas, Greyce Elias defende que a bancada “precisa ser mais forte e unida” para atuar pelos seus princípios no Congresso. Ela pretende, se eleita, fortalecer a articulação do grupo e ampliar a influência “nas comissões estratégicas e bancadas estaduais”. A deputada reuniu em um documento as suas propostas, que incluem “resgatar o trabalho pastoral” do grupo.
O eleitorado evangélico ganhou peso nos últimos anos e tem sido alvo de estratégias específicas durante as eleições. O governo Lula busca, inclusive, se aproximar do segmento, mas enfrenta resistência. No Congresso, o grupo se posiciona em prol de pautas conservadores, como a proibição do aborto, mesmo nos casos permitidos em lei.
Depois de cinco meses com o pé no acelerador, o preço médio dos alimentos pisou levemente no freio. A variação em janeiro foi de +0,78%, abaixo da aferida em dezembro, que registrou um aumento de +1,8% e de novembro com +3,02%. Um dos itens que continua a influenciar os preços é o café, que aumentou na média nacional +8,56%. Em 12 meses o preço do produto variou +50,34%. Os dados são da AbrasMercado, indicador que acompanha os preços em supermercados e divulgados pela Abras, entidade do setor.
Um dado que preocupa muito é o preço do frango congelado. Desde o Plano Real, o item ocupa um papel de destaque na mesa dos brasileiros, que consumiram em média 45,6 quilos per capita no ano passado, contra 32,5 quilos de carne bovina. O aumento de preços do frango congelado foi +10,33% nos últimos 12 meses, sendo +2,51% em janeiro. Embora inferior a uma série de itens, o frango é um produto clássico na mesa das famílias de baixa renda. A boa notícia é que em janeiro alimentos básicos como leite longa vida (-1,53%), feijão (-1,35%), óleo de soja (-0,87%) e arroz (-0,54%) tiveram redução de preços.
No índice geral, as regiões que apontaram maiores altas em janeiro foram: Norte (+1,40) e Nordeste (+1,08). Esse ponto explica em parte a pressão que o governo vem sofrendo em sua avaliação e a queda brusca de percepção positiva exatamente nas áreas de sustentação eleitoral de Lula.
Comparado com janeiro do ano passado, houve uma evolução no consumo dos lares brasileiros em +2,2%. Em relação a dezembro, o número apresenta uma queda de -11,51%. A comparação com dezembro reflete a sazonalidade das festas de final de ano.
Enquanto a população sofre para pagar o café e a laranja, as fabricantes de ultraprocessados acumulam R$ 15 bilhões em impostos que não foram pagos ao longo de uma década. Levantamento feito pelo Joio com dados oficiais do Ministério da Fazenda mostra que esse é o valor total acumulado em renúncias fiscais somente do governo federal e apenas entre as maiores empresas, entre 2015 e junho de 2024.
À frente da lista está a Recofarma, da Coca-Cola, que amealhou R$ 4,55 bilhões nesse período. A empresa é sediada na Zona Franca de Manaus, onde conta também com isenções de impostos municipais e estaduais. Lá, em tese, fabrica-se o xarope (concentrado) de refrigerante que abastece todo o sistema da corporação no Brasil. Nossas investigações mostram que a empresa se vale não apenas de isenções, como cobra créditos em cima de impostos que jamais foram pagos. Ou seja, o valor total ganho pela Recofarma é ainda maior que o mostrado pelo levantamento.
Não é preciso ir longe para encontrar a segunda maior beneficiária das isenções de impostos federais, com R$ 2,55 bilhões. A Arosuco Aromas e Sucos Ltda. está para a Ambev como a Recofarma está para a Coca-Cola: é a companhia responsável pela fabricação dos concentrados que saem da Zona Franca de Manaus para outros lugares do país.
É importante lembrar que não há qualquer razão tecnológica para que o concentrado seja fabricado na área de livre comércio, nem para que o xarope seja feito em um lugar, e o refrigerante em outro: a razão é meramente um esquema econômico, que vem desde o começo dos anos 1990, para se valer do maior número possível de benefícios fiscais.
“É uma situação que precisa ser olhada com muita atenção, em especial na discussão sobre as alíquotas do imposto seletivo, de forma que os benefícios fiscais não anulem o objetivo da política de desincentivar o consumo”, resumiu Paula Johns, diretora-executiva da ACT Promoção da Saúde.
Na discussão no Congresso sobre reforma tributária, a organização atuou em defesa da aprovação de um imposto seletivo sobre ultraprocessados – ao final, o lobby das corporações fez com que fosse aprovado um tributo apenas sobre refrigerantes e águas saborizadas (como H2OH).
Porém, a alíquota e as regras para a aplicação serão definidas em um projeto de lei complementar que deve tramitar este ano no Legislativo. As grandes isenções obtidas na Zona Franca podem dar margem a Coca-Cola e Ambev para compensar uma eventual elevação da carga tributária. Em resumo, uma manutenção dos preços vigentes dessas bebidas anularia o efeito esperado sobre a redução de consumo e sobre os benefícios à saúde.
“Deveríamos investir em sistemas alimentares saudáveis, solidários e sustentáveis. Essa política é o oposto disso”, continua Paula Johns. “Gosto de imaginar uma região criando políticas públicas de incentivo à produção e ao consumo de frutas regionais, e de plantas alimentícias não comerciais. São modelos de negócios mais alinhados com o que o Brasil e o mundo precisam para enfrentar o cenário atual de múltiplas crises.”.
Quase empatada com a Arosuco está a líder na venda de biscoitos no país. A M Dias Branco, fabricante da linha Piraquê, conseguiu R$ 2,52 bilhões no período analisado. Não é difícil entender de onde veio esse valor: apenas entre 2015 e 2020, a M Dias Branco obteve R$ 402 milhões por estar instalada na região Nordeste – que responde todos os anos pela maior fatia de suas receitas, inclusive.
Essa é, também, a principal razão para a Nestlé figurar entre os maiores beneficiários de isenções. Do R$ 1,5 bilhão obtido pela empresa em cinco CNPJs diferentes, foi o do Nordeste que obteve a maior fatia — R$ 732 milhões apenas por estar instalada na região.
Os recursos dados a corporações ao longo desses nove anos e meio poderiam financiar por três anos o reajuste necessário para recompor perdas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Levantamento divulgado em 2024 pelo Observatório da Alimentação Escolar mostra uma perda acumulada de 42% nos valores federais destinados ao programa, que estavam em R$ 5,7 bilhões, mas deveriam estar próximos de R$ 10 bi.
O repasse anual às fabricantes de ultraprocessados seria suficiente também para beneficiar 100 mil famílias com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). No ano passado, o teto definido pela Companhia Nacional de Abastecimento era de R$ 15 mil por família. Os alimentos comprados dos camponeses beneficiam, na outra ponta, as famílias mais vulneráveis do ponto de vista da segurança alimentar e nutricional.
A discussão sobre isenções fiscais tem uma relação direta com saúde e preço dos alimentos. Desde 2022, os preços de ultraprocessados no Brasil são, na média, mais baratos que os de alimentos frescos e minimamente processados, segundo levantamento conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de São Paulo (USP).
Isso significa que grande parte da população, em particular de baixa renda, pode se ver forçada a adquirir produtos que fazem mal à saúde, e a limitar a ingestão de frutas, legumes, verduras e grãos. Os casos recentes do café, que acumulou uma alta de 39,6% em 2024, e da laranja, que teve uma elevação de 91%, são ilustrativos: são dois dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros.
“Uma coisa que é muito importante para a gente medir o impacto desse subsídio sobre a alimentação no país é comparar esse montante enorme aos principais programas federais de promoção de alimentação saudável”, avalia Rafael Claro, professor do Departamento de Nutrição da Escola de Enfermagem da UFMG e um dos responsáveis pelo estudo sobre preços. “Se pegarmos o Pnae, que é um dos maiores programas do mundo no gênero, você tem praticamente um terço do valor despendido com o subsídio aos ultraprocessados. É bem provável que o valor do subsídio supere em muito o recurso destinado ao consumo alimentar saudável no país.”
Como fizemos o levantamento
Que tenhamos conhecimento, esse é o primeiro levantamento sobre as isenções fiscais do governo na área de alimentação que consegue tomar em conta um período longo. A partir de 2023, a Fazenda começou a divulgar dados de isenção por empresa, algo que até então era rejeitado pelo próprio ministério. Ao longo de 2024 foram divulgadas novas informações, mas de forma pulverizada. Recentemente, o governo publicou uma planilha que permite recontar a série histórica de 2015 a 2024.
A divulgação faz parte da tentativa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de expor os privilégios obtidos por meio das renúncias. Ele não esconde a contrariedade com o montante que é tragado por uma série de isenções cujo papel real no estímulo à economia é nulo ou desconhecido. Porém, esse item não consta da agenda de itens prioritários recém-entregues por Haddad ao novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
Nosso levantamento toma como base a Classificação NOVA, que divide os alimentos pelo grau e pelo propósito de processamento. Criada pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), essa categorização tem ajudado cientistas do mundo inteiro a estudar os males causados particularmente pelos ultraprocessados. Um estudo publicado no ano passado revisou toda a evidência científica disponível e concluiu que esses produtos estão associados a 32 condições de saúde diferentes, incluindo doenças crônicas e morte prematura. No Brasil, as perdas econômicas ligadas ao consumo de ultraprocessados ultrapassam R$ 10 bilhões anuais, o que significa que as isenções fiscais estão incentivando um problema de saúde que onera a rede pública e as famílias.
O próprio governo federal tem adotado medidas em consonância com o Guia Alimentar para a População Brasileira, de 2014, que recomenda a todos evitar o consumo de ultraprocessados. No ano passado, a reforma tributária criou uma cesta básica composta na maioria por produtos saudáveis. Mas o lobby do agronegócio garantiu a manutenção ou a ampliação de uma série de benefícios ao setor – incluindo a política de isenções fiscais, que vai na contramão das diretrizes sobre saúde.
Nosso trabalho consistiu em filtrar os dados relativos às maiores fabricantes de ultraprocessados. Levamos em conta as maiores receitas líquidas do setor, utilizando as informações trazidas por nossa própria reportagem, publicada em janeiro, que mostra como as grandes empresas se valeram da pandemia para crescer e abocanhar mercado.
Foram incluídas apenas corporações que tenham a fabricação de ultraprocessados como aspecto principal do portfólio. A única exceção é a Ajinomoto, que, embora também fabrique esses produtos, figura em nosso levantamento por ser a principal fabricante de um aditivo, glutamato monossódico, presente em uma vasta gama de ultraprocessados na condição de realçador de sabor.
Excluímos aquelas que também fabricam ultraprocessados, mas que têm outros produtos como um item relevante no faturamento – casos da JBS e da BRF, que produzem pratos congelados e margarinas, mas também são processadoras de carne. Por esse mesmo critério, ficaram de fora as gigantes dos grãos, como Bunge e Cargill, que também fabricam margarina. Considerando apenas essas quatro empresas, o total de isenções no período saltaria para R$ 22 bilhões.
Por que isso é importante?
Os números de que agora dispomos permitem ver como as corporações estão sempre em melhor condição de aproveitar benefícios fiscais. Parte dessas isenções é concedida por lobby dessas empresas, por exemplo, por meio da bancada ruralista.
Na prática, essa recorrência das isenções significa uma espécie de subsídio indireto a uma empresa para que consiga avançar sobre o mercado, concentrando fatias cada vez maiores. Sabemos que esse domínio tem efeitos negativos sobre os preços, já que, ao ter o controle desse mercado, uma empresa sem concorrentes ou com poucos concorrentes consegue cobrar mais de seus clientes, ampliando a margem de lucro.
Os R$ 408 milhões obtidos pela M Dias Branco em isenções apenas em 2022 superam os R$ 350 milhões que a própria empresa teria pago naquele ano para comprar a Jasmine, fabricante de produtos com aura de saudável – o valor exato não foi divulgado. Ou seja, os recursos obtidos via isenção podem contribuir para que cada vez menos atores sobrevivam no mercado.
Nosso levantamento permite ter uma dimensão mais precisa do peso das isenções fiscais no lucro das corporações. A Solar Bebidas, que controla a fabricação e a distribuição do sistema Coca-Cola no Norte e no Nordeste, obteve R$ 600 milhões em dois de seus CNPJ (Norsa e Guararapes). Em 2023, o lucro desse grupo foi de R$ 995 milhões. Ou seja, mesmo sem aplicar a inflação e sem considerar outros anos, é como se o governo tivesse dado nove meses de lucro para a empresa ao longo de uma década.
O caso da M Dias Branco é ainda mais gritante. Em 2023, a empresa teve lucro líquido de R$ 888 milhões. Traduzindo, os benefícios do governo equivaleriam a quase três anos de lucro da empresa. Num total de nove anos e meio analisados, seria como se o governo tivesse bancado a empresa durante um terço do tempo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva frustrou seus correligionários, neste sábado, ao não anunciar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, como ministra da Secretaria-Geral da Presidência.
Articuladores esperavam a confirmação durante a celebração dos 45 anos do partido, que ocorre na Zona Portuária do Rio.
Apesar de não ter anunciado sua indicação, teceu elogios a Gleisi e a sua trajetória no partido.
— Graças a Deus o partido compreendeu a necessidade de eleger você. Não teria ninguém mais capaz. Homem nenhum aguentaria o que você aguentou — disse.
O anúncio de Lula destravaria as eleições internas do partido, cujo favorito é o ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva nas eleições internas. Ele chegou a citar Edinho em seu discurso, contando uma conversa que os dois tiveram pela manhã, sobre uma suposta aversão das elites ao partido.
Apesar de contar com a bênção de Lula, Edinho não é um consenso na corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB). Aliados de Gleisi e do secretário de comunicação da legenda, o deputado federal Jilmar Tatto (RS), defendem outros nomes, como o líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), ou o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
Com a indicação iminente de Gleisi, contudo, há uma expectativa de que os ânimos se acalmem.
— O presidente Lula não tem que se envolver nisso. Nós vamos nos resolver. A CNB vai unificar. — disse Edinho ao GLOBO.
Com essa dança das cadeiras, Macedo pode concorrer a tesoureiro, cargo ocupado por Gleide Andrade. O cenário, contudo, não é simples: Gleide quer a reeleição e tem força no partido, sendo uma das principais responsáveis pela nomeação de Macaé Evaristo no Ministério da Igualdade Racial.
Além de Gleisi, outro petista deve alçar voos mais altos na reforma ministerial. Hoje na pasta das relações institucionais, Alexandre Padilha é cotado para assumir o Ministério da Saúde, ocupado por Nísia Trindade, também presente hoje na solenidade.
A reforma ministerial pode fazer com que o PT some mais um cargo de poder, uma vez que o partido deve continuar com o comando das Relações Institucionais.
O que explica esta possibilidade é um desinteresse do centrão. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), chegou a ser cotado para o cargo, mas as negociações não vingaram, diante da queda de popularidade do governo. Um dos nomes que desponta para substituir Padilha é o do atual líder de governo na Câmara, José Guimarães.
Em meio à expectativa por uma reforma ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que uma de suas pastas “não sabia o que nós estamos fazendo”. A declaração foi dada na manhã deste sábado (22), no aniversário do PT no Rio, em meio à confirmação de que Nísia Trindade (Saúde) deixará sua pasta.
— Fiz uma reunião ministerial há vinte dias e descobri na reunião que um ministério do governo não sabe o que nós estamos fazendo. Se o ministério não sabe, o povo muito menos — disse, o presidente, sem deixar claro a qual pasta estava se dirigindo.
A declaração foi dada em um discurso no qual o presidente insinuou que o governo não se comunica bem.
Nísia Trindade, mesmo sem ser filiada ao PT, estava no palco. Por ser uma pasta estratégica, o ministério sempre foi alvo de desejo dos partidos, enquanto a ministra sempre representou uma indicação técnica e não política.
Quem deve substituí-la é o atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), que sentou ao lado de Nísia no ato desde sábado. A reforma ministerial pode fazer com que o PT some mais um cargo de poder, uma vez que o partido deve continuar com o comando das Relações Institucionais.
O que explica esta possibilidade é um desinteresse do centrão. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), chegou a ser cotado para o cargo, mas as negociações não vingaram, diante da queda de popularidade do governo. Um dos nomes que despontam para substituir Padilha é o do atual líder de governo na Câmara, José Guimarães.
O caso de Márcio Macedo envolve a possível indicação da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, para ocupar o seu lugar na Secretaria-Geral da Presidência da República. Neste contexto, ele poderia vir a concorrer ao cargo de tesoureiro.
O cenário, contudo, não é simples: Gleide Andrade, atual tesoureira do partido quer a reeleição e tem força interna, sendo uma das principais responsáveis pela nomeação de Macaé Evaristo no Ministério da Igualdade Racial.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez cobranças ao seu partido e uma autocrítica do governo durante discurso neste sábado (22/2), no evento de aniversário de 45 anos do PT (Partido dos Trabalhadores). As declarações do petista se dão no momento em que ele vive sua pior fase de popularidade de todos os três mandatos.
Lula disse que o PT precisa “gastar a sola de sapato” para voltar a dialogar com a periferia, com as igrejas e com o trabalhador. O petista também destacou que os petistas precisam aprender a falar com os novos trabalhadores, que não querem a carteira assinada.
“O PT precisa entender as demandas dos jovens trabalhadores, que preferem trocar a segurança da carteira assinada pela liberdade de fazer a própria jornada de trabalho”, declarou o presidente.
Ao falar do seu governo, Lula fez uma autocritica sobre a comunicação do governo, e declarou que diversas medidas que foram tomadas nos dois primeiros anos do governo são desconhecidas na sociedade e da própria militância. Para o presidente, se as pessoas “não sabem”, elas “não tem que defender”.
“Precisamos estar atentos às novas formas de comunicação. Precisamos estar atentos às redes sociais. Rebater as fake news com a maior agilidade possível. Posso dizer para vocês que, nesses dois anos, nós já fizemos mais políticas de inclusão social do que nos oito anos anteriores. Lamentavelmente, a gente não conseguiu fazer com que isso chegasse até vocês. E se vocês não sabem, não têm que defender”, discursou o petista.
Lula declarou que tinha um publicitário que dizia que só há uma forma de ganhar “o jogo”: “se as pessoas estiverem falando em um bar sobre os atos do governo”.
“Eu tinha um publicitário que dizia: nós só vamos ganhar o jogo quando as coisas que fizermos estiverem sendo comentadas na mesa de um bar. E o que nós queremos é que vocês saibam cada coisa que nós fizemos”, declarou Lula para a militância do PT.
Por fim, o petista disse que, em uma reunião recente, descobriu que dentro do governo os próprios ministros não sabem das ações do governo. Para ele, isso é um sintoma de que a população não sabe sobre as ações de sua gestão.
“Eu fiz uma reunião ministerial esses dias. E eu descobri na reunião que o ministério do meu governo não sabe o que nós estamos fazendo. E se o ministério não sabe, o povo muito menos”, finalizou.
Na minha choupana, em Arcoverde, a alegria e emoção de receber, ao lado da minha Nayla Valença, o meu amigo Alcymar Monteiro, que logo mais fará um belíssimo show no carnaval antecipado promovido pela Prefeitura. Em torno dele, reuni bons amigos da minha Arcoverde que me adotou. Em agosto, vou lançar a biografia dele, um trabalho de fôlego com meu amigo Renato Riella, jornalista em Brasília.