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Do Brasil de Fato
A informação de que a Venezuela teria passado a cobrar uma taxa de 15% a 77% sobre produtos brasileiros “pegou de surpresa” o Brasil, que diz não ter sido informado sobre a medida. Fontes diplomáticas próximas ao tema consultadas pelo Brasil de Fato tentam remediar a situação com a diplomacia venezuelana e até cogitam um “erro no sistema aduaneiro” do país vizinho.
Isso porque a medida siginficaria o rompimento de um acordo que Caracas e Brasília assinaram em 2012, o Acordo de Complementação Econômica 69 (ACE 69). O documento derrubava justamente o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) e outras taxas sobre produtos brasileiros mediante a apresentação dos certificados do país de origem.
Leia maisA imposição das novas taxas foi denunciada ontem por empresários de Roraima ao governo brasileiro. O estado é o principal exportador de produtos para a Venezuela. Segundo eles, caminhões estão parados na fronteira entre os países esperando a resolução do impasse.
O governo brasileiro, por sua vez, alega que não foi avisado da decisão e entende que o ACE 69 segue em vigor.
Segundo apurou o Brasil de Fato, a diplomacia brasileira tentou contato com o Serviço Nacional Integrado de Administração Aduaneira e Tributária da Venezuela (Seniat), o órgão responsável pela cobrança das tarifas, mas não teve resposta.
Há, no entanto, um decreto de número 5.145, assinado pelo governo da Venezuela e publicado em Diário Oficial em 30 de junho, que derruba a isenção do IVA e de outros impostos para produtos importados. O texto cita o fim da isenção sobre uma série de produtos industrializados e agrícolas, incluindo a soja e o açúcar, principais produtos exportados pelo Brasil à Venezuela.
A expectativa de diplomatas brasileiros ouvidos pela reportagem é de que a medida possa ser um “erro no sistema aduaneiro” e que o país tenha “cobrado de maneira equivocada” o imposto sobre os produtos.
Em nota, o governo de Roraima afirmou que está em contato com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil para resolver o impasse.
De acordo com a plataforma da ONU para comércio global, em 2023, o Brasil exportou cerca de US$ 1,15 bilhão para a Venezuela e registrou uma balança comercial favorável com o país vizinho, que vendeu apenas US$ 468 milhões no mesmo período para os brasileiros.
A Venezuela é o principal destino das exportações de Roraima. Nos últimos 5 anos, o estado vendeu US$ 937 milhões para o país vizinho. Para efeito de comparação, o segundo lugar nesse período foi a China, que importou US$ 100 milhões do estado brsaileiro.
Leia menosA comitiva de senadores que vai tentar negociar as tarifas impostas ao Brasil começou a chegar aos Estados Unidos neste fim de semana. Até a tarde de hoje, seis congressistas já haviam desembarcado em solo norte-americano e se preparam para a agenda de negociações.
Estão em Washington D.C. cinco senadores que fazem parte da comitiva. São eles: Nelsinho Trad (PSD-MS), Tereza Cristina (PP-MS), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Esperidião Amin (PP-SC) e Fernando Farias (MDB-AL). O senador Carlos Viana (Podemos-MG) está nos EUA e deve se juntar aos colegas amanhã. As informações são da CNN Brasil.
Leia maisAinda faltam embarcar os senadores Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, e Rogério Carvalho (PT-SE).
A agenda do grupo começa na manhã de segunda-feira (28), quando os congressistas têm reuniões na Embaixada do Brasil em Washington. Durante a tarde, o grupo vai à sede da U.S. Chamber of Commerce, quando se encontram com lideranças empresariais e representantes do Brazil-U.S. Business Council.
Os senadores que estão nos EUA tentam reverter — ou ao menos postergar — a aplicação das tarifas anunciadas por Donald Trump. No início do mês, o chefe da Casa Branca anunciou tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras a partir de 1º de agosto e relacionou a medida à ação penal em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu.
A missão é organizada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), e foi aprovada por unanimidade pelo Plenário da Casa. O grupo conta com a participação de parlamentares de diferentes partidos, indo desde o PT (Partido dos Trabalhadores) ao PL (Partido Liberal).
Leia menosA banda Limão com Mel, uma das atrações mais aguardadas do Festival Café Cultural 2025, em Taquaritinga do Norte, terá sua apresentação antecipada e agora fará o seu show na primeira noite do evento, na quinta-feira (7/8). Com a antecipação, o show da cantora Tayara Andreza será realizado na sexta-feira (8/8).
A mudança na programação foi motivada por ajustes na agenda do grupo, e anunciada com entusiasmo pela própria banda nas redes sociais. Em nota, Limão com Mel agradeceu à cantora Tayara Andreza, à sua equipe e à Prefeitura de Taquaritinga do Norte pela parceria e compreensão. O Festival Café Cultural acontece entre os dias 4 e 10 de agosto, com uma programação repleta de shows, feiras, exposições e manifestações culturais.
A Arena de Pernambuco dá mais um passo importante em sua missão de ser um espaço mais inclusivo. Durante os jogos deste fim de semana, o Camarote da Inclusão estará disponível, garantindo que pessoas atípicas e seus acompanhantes possam viver a emoção do futebol com conforto, segurança e estrutura adequada. As inscrições já foram encerradas.
Os camarotes estão disponíveis hoje, às 19h30, no jogo Retrô x Ypiranga-RS, pela 14ª rodada da Série C, e amanhã, às 16h, no jogo Santa Cruz x Treze-PB, pela última rodada da primeira fase da Série D. “Acreditamos que o futebol e os eventos esportivos precisam ser vividos por todos. É uma alegria oferecer esse espaço de acolhimento, respeito e inclusão. A Arena é o lugar onde todo mundo tem vez”, destaca a missionária Michele Collins, diretora-presidente da Arena de Pernambuco.
Por Pedro Ivo Bernardes
Do Diário de Pernambuco
O futuro do sistema público de passageiros da Região Metropolitana do Recife (RMR) está nos trilhos — metrô, VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e monotrilhos — a um custo de cerca de R$ 12 bilhões, dos quais R$ 10 bilhões seriam destinados apenas à expansão da atual malha metroviária com a criação de cinco novas linhas. Isso, sem contar os cerca de R$ 1 bilhão necessários para recuperar a atual malha.
Os dados fazem parte das etapas iniciais do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o Ministério das Cidades.
Leia maisO alto custo do projeto, no entanto, termina colocando o Metrô em segundo plano, concentrando os estudos mais avançados em soluções mais factíveis, como o VLT, os monotrilhos e o BRT. Ainda assim, os modais sobre trilhos são predominantes entre as soluções propostas pelo BNDES para a capital pernambucana e cidades vizinhas.
De acordo com a versão mais recente do estudo, o Boletim Informativo nº 4, o Recife tem potencial para mais do que dobrar sua rede de transporte público coletivo de média capacidade (TPC-MAC) nas próximas três décadas, acrescentando 81 quilômetros (km) à sua rede atual, que conta com 68 km.
Ao todo, o levantamento se concentra em seis projetos de sistemas de BRT, VLT ou monotrilho que poderiam ser implementados nas próximas décadas. As propostas foram selecionadas entre 15 soluções avaliadas na primeira etapa do estudo, tendo como base obras já cogitadas, em algum momento, para a RMR.
As intervenções estudadas incluem as linhas Igarassu-Joana Bezerra e Oeste Derby-São Lourenço, de uma eventual expansão do metrô, além do Corredor Norte-Sul (VLT), do Corredor BR-101 (VLT, BRT ou Metrô), do Corredor da Avenida Norte (VLT, BRT ou Metrô) e do Corredor da Avenida Agamenon Magalhães (VLT, BRT ou Metrô). Os três últimos projetos teriam modais sobrepostos.
Já a expansão da rede de trens urbanos operados a diesel pela CBTU, a exemplo da linha Cabo – Suape (Trem); a extensão da linha Sul de Cajueiro Seco a Suape (Metrô) e várias linhas de VLT (como Largo da Paz, Tancredo-Werneck, entre outras) foram descartadas por apresentarem demanda muito baixa.
Projetos
O detalhamento de cada uma das seis intervenções selecionadas ainda será divulgado na próxima etapa do estudo, atualmente em elaboração, pelo Banco de Projetos. Nessa fase, prevista para durar até o fim do próximo mês, cada proposta contará com informações detalhadas sobre traçado, tecnologia, estimativas de investimentos, custos operacionais e benefícios esperados.
Dos 15 projetos iniciais avaliados, quatro são oriundos da Prefeitura do Recife (um VLT e três corredores exclusivos de ônibus), quatro do Governo de Pernambuco (dois BRTs, um VLT e um monotrilho) e sete (já excluindo o trem a diesel) do governo federal (expansão do metrô).
As cinco novas linhas propostas para o Metrô Recife teriam um custo aproximado de R$ 10 bilhões, uma média de R$ 2 bilhões por projeto, enquanto, comparativamente, o VLT do Corredor Norte-Sul custaria R$ 698 milhões. De todos projetos, apenas esse último tem estudo prévio de demanda realizado.
Resultados Esperados
Com a expansão projetada, a malha de transporte coletivo do Grande Recife saltaria para 150 km até 2054, representando um acréscimo de 119% na infraestrutura existente, caso os investimentos necessários sejam viabilizados. Na prática, isso significaria que o número de pessoas atendidas diariamente por corredores de transporte mais eficientes poderia quase dobrar, passando de 462,3 mil para 838,8 mil usuários.
O impacto dessa possível expansão iria além dos números absolutos. O índice PNT (People Near Transit), que mensura o percentual da população que reside no raio de até 1 km de estações de sistemas de transporte público, a proporção de pessoas transportadas poderia passar dos atuais 21,8% da população para 45,9%, mais do que dobrando.
Em outras palavras, quase metade dos moradores da Região Metropolitana do Recife teria acesso facilitado a um sistema de transporte coletivo eficiente, contra o pouco mais de um quinto, atualmente.
“O investimento em corredores de transporte mais eficientes é uma política pública necessária para ampliar o acesso a oportunidades e melhorar a qualidade de vida das pessoas, especialmente das populações mais carentes”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota enviada ao Diario.
Segundo ele, além dos benefícios diretos para a mobilidade, a expansão projetada para Recife poderia ter “efeitos também para redução do número de acidentes e das emissões de poluentes e gases do efeito estufa, além do melhor uso do espaço público”.
Cenário Nacional
A projeção para Recife faz parte de um estudo mais amplo que analisou as 21 maiores regiões metropolitanas do país. No cenário nacional, o ENMU prevê uma possível expansão de aproximadamente 2,5 mil quilômetros nas redes de transporte público coletivo de média e alta capacidade até 2054, incluindo novos trechos de metrôs, trens, VLTs, BRT e corredores exclusivos de ônibus, caso os projetos sejam implementados.
Detalhando essa potencial expansão, o estudo projeta mais 323 km de linhas de metrô, 96 km de trens urbanos, 1.930 km de sistemas de BRT, VLT ou monotrilho, além de 157 km de corredores de ônibus. Atualmente, as 21 regiões metropolitanas pesquisadas, distribuídas nas cinco regiões do país, somam 2.007 km de rede de transporte público.
“Estamos fortalecendo o planejamento urbano com base em dados concretos, que nos permitem identificar prioridades e orientar ações de médio e longo prazo. Nosso foco, com a mobilidade urbana, é tornar o transporte coletivo mais eficiente, dinâmico e sustentável, assegurando qualidade de vida à população. Reduzir o tempo de deslocamento, com conforto e segurança, transforma a forma como as pessoas vivem, acessam oportunidades e se relacionam com as cidades”, destacou o ministro das Cidades, Jader Filho, também por meio de nota.
Confira 15 projetos estudados pelo BNDES:
Prefeitura do Recife
1. Corredor Norte-Sul
Modal: VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)
Extensão: 22,2 km
Demanda estimada: 176.000 passageiros/dia
Responsável: Prefeitura do Recife
Status: Estudo elaborado em 2022, com previsão de implantação para 2030
Abrangência: Município do Recife
2. Arquiteto Luis Nunes
Modal: Corredor Exclusivo de Ônibus
Extensão: 3,3 km
Demanda estimada: Não disponível
Responsável: Prefeitura do Recife
Status: Sem previsão de implantação definida
Abrangência: Município do Recife
3. Binário Antônio Falcão / Félix de Brito
Modal: Corredor Exclusivo de Ônibus
Extensão: 4,0 km
Demanda estimada: Não disponível
Responsável: Prefeitura do Recife
Status: Sem previsão de implantação definida
Abrangência: Município do Recife
4. Binário Jean Emile Favre / Raimundo Diniz
Modal: Corredor Exclusivo de Ônibus
Extensão: 3,6 km
Demanda estimada: Não disponível
Responsável: Prefeitura do Recife
Status: Sem previsão de implantação definida
Abrangência: Município do Recife
Governo de Pernambuco
5. Corredor BR-101
Modal: Inicialmente proposto como BRT (Bus Rapid Transit), mas a tecnologia pode ser reavaliada
Extensão: 30,6 km
Demanda estimada: Não disponível
Responsável: Estado de Pernambuco
Status: Sem previsão de implantação definida
Abrangência: Municípios de Jaboatão dos Guararapes, Recife e Paulista
6. Monotrilho Macaxeira-Pina
Modal: Monotrilho
Extensão: 17,5 km
Demanda estimada: Não disponível
Responsável: Estado de Pernambuco
Status: Estudo elaborado em 2015, sem previsão de implantação definida
Abrangência: Município do Recife
7. Corredor Avenida Norte
Modal: Inicialmente proposto como BRT (Bus Rapid Transit), mas a tecnologia pode ser reavaliada
Extensão: 10,0 km
Demanda estimada: Não disponível
Responsável: Estado de Pernambuco
Status: Sem previsão de implantação definida
Abrangência: Município do Recife
8. Eixo Boa Viagem – Sul
Modal: Inicialmente proposto como VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), mas a tecnologia pode ser reavaliada
Extensão: 15,0 km
Demanda estimada: Não disponível
Responsável: Estado de Pernambuco
Status: Sem previsão de implantação definida
Abrangência: Município do Recife
Governo Federal (CBTU)
9. Linha Cabo – Suape
Modal: Trem Urbano
Extensão: 12,0 km
Número de estações: 5
Custo estimado: R$ 533 milhões
Responsável: CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos)
Status: Estudo elaborado em 2017, sem previsão de implantação definida
Abrangência: Municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca
10. Linha Cajueiro – Macaxeira
Modal: Metrô
Extensão: 19,8 km
Número de estações: 13
Custo estimado: R$ 3,5 Bilhões
Responsável: CBTU
Status: Estudo elaborado em 2017, sem previsão de implantação definida
Abrangência: Municípios de Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Recife
11. Linha Igarassu – Joana Bezerra
Modal: Metrô
Extensão: Não especificada no documento extraído
Responsável: CBTU
Status: Sem previsão de implantação definida
Abrangência: Região Metropolitana do Recife
12. Linha Largo da Paz – Forte do Brum
Modal: VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)
Extensão: 5,0 km
Número de estações: 8
Custo estimado: R$ 330 milhões
Responsável: CBTU
Status: Estudo elaborado em 2017, sem previsão de implantação definida
Abrangência: Município do Recife
13. Linha Cajueiro – Suape
Modal: Metrô
Extensão: 16,0 km
Número de estações: 11
Responsável: CBTU
Status: Sem previsão de implantação definida
Abrangência: Municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca
14. Linha Oeste Derby – São Lourenço
Modal: Metrô
Extensão: 18,0 km
Número de estações: 15
Custo estimado: R$ 2,2 bilhões
Responsável: CBTU
Status: Estudo elaborado em 2017, sem previsão de implantação definida
Abrangência: Municípios de São Lourenço da Mata, Camaragibe e Recife
15. Linha Noroeste Macaxeira – Cruz Cabugá
Modal: Metrô
Extensão: 8,0 km
Número de estações: 10
Responsável: CBTU
Status: Sem previsão de implantação definida
Abrangência: Município do Recife
O cantor sertanejo Almir Matias, condenado em 2022 pelo rolo dos respiradores em Guarujá (SP) e pivô de uma denúncia de desvio de R$ 150 milhões da saúde pública, voltou à cena – agora em Pernambuco.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, Almir já desembarcou 15 vezes no estado nos últimos nove meses, oferecendo Organizações Sociais (OS) “de confiança” a prefeitos recém-eleitos. O método é sempre o mesmo: ele apresenta várias OS, provoca um leilão de preços e, se não fecha negócio, ameaça vazar dossiês e gravações à imprensa. Num encontro em hotel do Recife, chegou a bater na mesa e avisar: “Cadeia não me assusta”.
A Justiça paulista proibiu Almir de atuar em contratos públicos de saúde, mas ele segue negociando bastidores. Prefeitos pernambucanos temem virar os “próximos delatados” — alguns já relatam ameaças de exposição. O Ministério Público Federal em Pernambuco avalia abrir inquérito. Enquanto isso, Almir dispara reuniões e garante que “não tem nada a perder”.
Líder do União Brasil no Senado, o senador paraibano Efraim Filho anunciou ontem que vai ser candidato ao governo do seu estado. Ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), ele anunciou também que fará uma aliança com o PL, que vai indicar o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga como candidato ao Senado pela chapa. “É uma aliança do bem para que a gente possa vencer as eleições”, disse.
O fato chamou a atenção porque Efraim tem indicações no governo federal e é “padrinho” político do ministro das Comunicações, Frederico Siqueira Filho (União Brasil) — ele foi um dos articuladores da escolha do nome após a queda de Juscelino Filho. As informações são do portal UOL.
Leia maisEm discurso durante a inauguração da sede do PL em João Pessoa, Efraim caiu nos braços do bolsonarismo ao criticar o STF (Supremo Tribunal Federal) e evocar a anulação da condenação do presidente Lula (PT) no âmbito da operação Lava Jato.
Logo após o discurso, Efraim deixou claro que estava desembarcando do governo Lula. “Os cargos estão à disposição”, disse, citando que tem duas indicações diretas na Paraíba, para os comandos da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e dos Correios.
Discurso bolsonarista
Durante sua fala ao lado da ex-primeira-dama, Efraim optou por um discurso bolsonarista efusivo, falando sobre votar “sempre contra o aborto”, por exemplo, e fez duros ataques ao STF e às medidas cautelares contra Bolsonaro.
Ele classificou as recentes decisões do STF como “abusos e excessos” que “têm e devem ser combatidos”. “É inadmissível ver o pivô da Lava Jato ser colocado de volta às ruas — onde tem delação, tem vídeo, tem filmagem — nesse que é pior escândalo de corrupção do Brasil; enquanto Jair Bolsonaro é impedido de dar entrevistas”, disse, sem citar o nome de Lula.
“Quando a gente olhava a Venezuela lutando por liberdade, parecia que era algo distante da gente. A nossa luta era por melhorias no desenvolvimento social, geração de emprego, renda, para que o empreendedor não pague tanto imposto. A gente lutava, Michelle, para que o Brasil melhorasse. Hoje, a nossa luta é por liberdade, para depois reencontrar um Brasil que quer crescer”, disse Efraim.
Contexto local
Efraim é opositor do governador João Azevedo (PSB), que por sua vez é aliado de Lula. Reeleito em 2022, Azevedo não pode concorrer, e seu grupo político ainda não decidiu quem será o candidato ao Executivo.
A aliança de Efraim com a extrema direita tende a afastá-lo de outros grupos da oposição estadual, como o do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que também cogita disputar o governo. Veneziano é aliado de Lula e já afirmou que não subiria em palanque com bolsonaristas.
A ação de Efraim gerou forte repercussão política local, e muitos aliados do governo federal tacharam o senador de traidor. “Efraim pode jogar a bola para Lula. Isso não é correto, e nem é ético. Se ele está aderindo ao bloco bolsonarista, vá, mas entregue o que não é dele”, disse a deputada estadual Cida Ramos (PT) à rádio Arapuan.
Leia menosO prefeito Carlos Santana inaugurou a requalificação da Maternidade Municipal Mãe Lídia, em Ipojuca, dobrando a capacidade de partos da unidade e elevando a qualidade do atendimento às gestantes. A entrega marca uma nova fase para a saúde do município, com melhorias estruturais e a ampliação dos serviços oferecidos. “Estamos entregando uma estrutura de ponta, com equipamentos modernos, para garantir mais segurança e dignidade às mães e aos bebês de Ipojuca”, afirmou o prefeito.
A nova estrutura inclui um moderno bloco cirúrgico com mesa de parto, desfibriladores, berços aquecidos e quatro novas enfermarias. Em 2015, durante seu mandato anterior, Santana havia ampliado a capacidade da maternidade de 6 para 20 leitos. Agora, em 2025, ele reforça esse compromisso com mais investimentos na saúde materno-infantil.
A cerimônia de entrega reuniu autoridades locais e estaduais, como a deputada Simone Santana e o secretário municipal de Saúde, Neto Guerra. “Já entramos no segundo semestre com muitas novidades em diversas áreas. Um exemplo é o programa Mãe Coruja, que já está funcionando. A Prefeitura do Ipojuca está fortalecendo a rede de cuidado com o povo”, declarou Simone.
Ainda durante a programação, o prefeito oficializou a posse de 104 novos servidores da área da saúde, entre médicos, técnicos e agentes. “É um momento de muita alegria. Empossar essa turma de peso, de trabalho, é mais compromisso que estamos cumprindo”, afirmou Santana.
Do Estadão Conteúdo
Um voo da Azul Linhas Aéreas, que decolou de Porto, em Portugal, com destino a Campinas (SP), precisou realizar um desvio de rota na tarde de ontem, pousando no Aeroporto Internacional do Recife, após um dos tripulantes apresentar um mal súbito.
A aeronave, um Airbus A330-900, de matrícula PR-ANX, cumpria o voo AD-8803 com destino ao Aeroporto de Viracopos, quando a tripulação declarou emergência médica ao sobrevoar a região de Fortaleza (CE).
Leia maisEm nota enviada ao Estadão, a Azul negou as primeiras informações, de que teria havia um pouso de emergência. “Não foi declarada emergência para pouso, mas sim um alternado, que é a mudança de rota, ação normal na aviação”, afirma a mensagem.
A empresa também negou que o tripulante tivesse apresentado sinais de um possível Acidente Vascular Cerebral (AVC), como foi divulgado inicialmente em um site especializado.
Segundo informações do canal especializado Papa Charlie Golf BR, o tripulante seria um homem de 59 anos, que seria o comandante da aeronave.
A identidade do tripulante não foi revelada oficialmente pela companhia aérea, que, em nota, afirmou que o desvio foi necessário para garantir o suporte médico imediato. “A Azul lamenta eventuais transtornos e ressalta que medidas como essas são necessárias para conferir a segurança de suas operações, valor primordial para a companhia”, informou a empresa.
O pouso ocorreu por volta das 17h, e a aeronave permaneceu no solo por aproximadamente uma hora e meia, partindo novamente às 18h40 com destino a Campinas.
Passageiros relataram nas redes sociais que o pouso foi realizado com tranquilidade e agradeceram ao copiloto pelo comando seguro da operação.
Leia menosApós o Supremo Tribunal Federal (STF) impor ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o uso de tornozeleira eletrônica, entre outras medidas restritivas, os casos dos presos pelo 8 de Janeiro voltam à tona. Vários deles violaram seus equipamentos e passaram a ser considerados foragidos por algum momento.
Um dos “patriotas” que vandalizaram a Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 é Paulo Augusto Bufarah, 55 anos, preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em 26 de junho deste ano, conforme divulgado pela coluna Mirelle Pinheiro. Paulo estava foragido após romper a tornozeleira eletrônica e sair do radar da polícia. O criminoso estava na Argentina e foi preso assim que voltou para o Brasil. As informações são do portal Metrópoles.
Leia maisMas nem só os vândalos foram presos pelo 8 de Janeiro. Integrantes da Polícia Militar do DF (PMDF) também receberam medidas restritivas. Um deles é o ex-comandante Klepter Rosa Gonçalves, que foi detido e liberado sob a condição de utilizar a tornozeleira eletrônica para continuar sendo monitorado.
Em abril deste ano, Klepter teria deixado de usar a tornozeleira, levando o STF a acioná-lo em junho. Os advogados explicaram que o item estava “carregando”. “O monitorado tomou providência imediata para regularização da carga do equipamento”, escreveram à Corte.
Relembre outros casos
Do Metrópoles
O governo Lula deixou de fora das ações judiciais contra sindicatos envolvidos na Farra do INSS duas entidades ligadas à esquerda: a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi).
Respondendo a um pedido de Lei de Acesso à Informação (LAI) formulado pela Liderança da Minoria na Câmara, o INSS se recusou a informar por que não incluiu as duas nas ações movidas. Atualmente, a liderança da minoria é exercida pela deputada Caroline de Toni (PL-SC).
Leia maisAlém da Contag e do Sindnapi, o instituto também optou por não acionar outras duas organizações: a Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais) e a ABCB (Associação Brasileira de Consumidores e Beneficiários).
O Sindnapi tem como vice-presidente o sindicalista José Ferreira da Silva, o Frei Chico. Ele é irmão mais velho do presidente Lula (PT).
As quatro entidades poupadas das ações estão citadas diversas vezes no relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre o tema. Aparecem também nas investigações da Polícia Federal (PF), que resultaram na operação Sem Desconto, deflagrada em abril deste ano.
Na resposta ao pedido da oposição via LAI, o INSS também negou acesso ao processo administrativo que embasou a decisão de excluí-las das medidas judiciais.
As ações foram apresentadas pela Advocacia-Geral da União (AGU), mas a escolha de quem seria processado coube ao INSS. No mês passado, a Justiça determinou o bloqueio de bens de alguns dos investigados, totalizando R$ 2,8 bilhões.
Procurado, o INSS afirmou, em nota, que “as investigações (contra entidades e pessoas envolvidas) continuam” e que “não há impedimento para que novos processos de responsabilização sejam instaurados para outras entidades”, desde que “surjam elementos que justifiquem tal apuração” (leia mais abaixo).
O instituto, no entanto, não explicou por que não incluiu essas quatro organizações nas ações já em curso.
Contag e Sindnapi arrecadaram mais de R$ 500 milhões do INSS
Entre os investigados na “Farra do INSS”, Contag e Sindnapi estão entre os que mais se beneficiaram dos descontos aplicados aos aposentados. Uma das maiores entidades do setor, a Contag recebeu cerca de R$ 435 milhões até maio do ano passado — a maior arrecadação desse tipo entre os alvos da apuração.
Já o Sindnapi recebeu outros R$ 77,1 milhões. Segundo o relatório da CGU, a entidade não conseguiu apresentar a documentação completa de nenhum associado dentro de uma amostra aleatória selecionada pelo órgão.
Em processos e sites de reclamações, beneficiários relataram que os descontos começaram após tentarem contratar empréstimos nas lojas Help!, ligadas ao banco BMG.
O aumento dos repasses ao Sindnapi coincide com o enriquecimento do presidente da entidade, o sindicalista Milton Baptista de Souza, o Milton Cavalo.
Entre 2021 e 2023, ele construiu uma mansão de cerca de 360 metros quadrados, com piscina, em um sítio em Ibiúna, no interior de São Paulo. Procurado, o Sindnapi confirmou que o imóvel pertence a Cavalo, mas afirmou que a propriedade e suas benfeitorias foram feitas com recursos lícitos.
Apesar disso, o sítio — batizado de “Recanto Double Horse” — não está registrado em nome do sindicalista nem de seus familiares.
INSS: nada impede a abertura de novas ações
Em nova manifestação, o INSS disse que os processos foram abertos com base na Lei Anticorrupção e que as apurações continuam em andamento. O órgão reiterou que “o Governo Federal não tem qualquer restrição à abertura de Processos Administrativos de Responsabilização (PAR) contra nenhuma entidade”.
Leia abaixo a íntegra da nota do INSS:
“Foram abertos Processos Administrativos de Responsabilização (PAR) de pessoas jurídicas com base na Lei Anticorrupção contra associações que constaram na Operação Sem Desconto como pagadoras de propina a agentes do INSS, bem como, aquelas tidas como fantasmas e que não tinham condições mínimas para sua existência.
As investigações continuam para se detectar se outras instituições também se enquadram nos casos previstos na Lei Anticorrupção. Portanto, não há impedimento para que novos processos de responsabilização sejam instaurados para outras entidades desde que surjam elementos que justifiquem tal apuração.
O Governo Federal não tem qualquer restrição à abertura de Processos Administrativos de Responsabilização (PAR) contra nenhuma entidade”.
Leia abaixo a íntegra da nota da AGU:
“A Advocacia-Geral da União ajuizou 15 medidas cautelares, pleiteando o bloqueio de bens móveis e imóveis na ordem de R$ 2,8 bilhões contra 12 entidades associativas, seis consultorias, dois escritórios de advocacia e três outras empresas, além de sócios e dirigentes de todas as instituições investigadas por descontos irregulares realizados em benefícios de aposentados e pensionistas segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
Pesam sobre as entidades fortes indícios de terem sido criadas com o único propósito de praticar a fraude (entidade de fachada), com sua constituição utilizando “laranjas”, bem como de servirem como intermediárias ao pagamento de vantagem indevida a agentes públicos para autorizarem os descontos indevidos.
Em desfavor das entidades que compõem o polo passivo das medidas cautelares, houve a instauração de Processos Administrativos de Responsabilização (PARs), considerando a existência de material probatório robusto da prática de atos de corrupção como definido na Lei nº 12.846/2013, sendo este o recorte utilizado para o escopo da providência judicial. Os PARs foram instaurados pelo INSS e avocados pela Controladoria-Geral da União (CGU). Portanto, hoje a competência para apuração dos PARs é da CGU.
A representação judicial no que diz respeito ao ajuizamento de ações depende de provocação por parte da autarquia ou fundação pública federal que pretende ajuizar determinada ação judicial. No contexto da indagação que ora se responde, portanto, a atuação da PGF e da PGU se dá sob demanda do INSS e da CGU, quanto à adoção de medidas judiciais voltadas ao ajuizamento de ação civil pública por ofensa à Lei Anticorrupção.
A proposição de ação judicial pela AGU encontra-se nos limites de suas atribuições e se baseou nas informações enviadas até o presente momento pelo INSS, com os complementos indicados pela CGU. Novos elementos poderão ensejar o ajuizamento de novas ações judiciais”.
Leia menosDo jornal O Globo
A Justiça Eleitoral de Minas Gerais aceitou uma denúncia do Ministério Público Eleitoral que acusa o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e o deputado estadual Bruno Engler (PL) de calúnia contra o ex-prefeito de Belo Horizonte Fuad Noman (PSD) durante as eleições municipais de 2024. A ação penal pode levar à perda dos direitos políticos e ao pagamento de indenização por danos morais a instituições de caridade, a pedido de familiares do ex-prefeito, que morreu em março deste ano.
O MP Eleitoral narra que Nikolas e Engler divulgaram propaganda eleitoral com “fatos sabidamente inverídicos, capazes de exercer influência perante o eleitorado” ao alegarem que o ex-prefeito teria escrito um “livro erótico” e distribuído materiais a menores de idade contendo “nudez, pornografia e satanismo” em um festival de literatura em quadrinhos. A deníuncia também atinge a candidata a vice na chapa de Engler, Coronel Cláudia (PL), e a deputada estadual Delegada Sheila (PL), pela distribuição de conteúdos similares em uma “campanha sistemática de desinformação”.
Leia maisNos vídeos que se tornaram alvo da denúncia na Justiça Eleitoral, Nikolas e Engler faziam críticas ao livro “Cobiça”, escrito por Fuad em 2020. De caráter ficcional, a obra narra a história de uma mulher que viaja ao interior de Minas Gerais e se reconecta com memórias antigas. Em uma passagem, o livro descreve uma cena de estupro coletivo de uma criança de 12 anos, que os adversários passaram a argumentar que se trataria de uma conduta imoral da parte de um escritor.
“Valendo-se de tal narrativa, o denunciado promoveu a deliberada distorção do conteúdo de uma obra de ficção, consistente em classificá-la falsamente como “livro erótico” e em atribuir ao seu autor a descrição e, por conseguinte, a apologia a um crime hediondo, tudo com o claro intuito de associar a imagem de seu adversário a um comportamento imoral e criminoso, de modo a gerar repulsa no eleitorado e, assim, induzi-lo a erro”, escreve a promotoria.
O MP Eleitoral embasa o pedido de condenação em outros pedidos de resposta e de retirada de conteúdo movidos pela campanha de Fuad e deferidos pela Justiça. Um dia após a publicação de vídeo ofensivo de Nikolas, por exemplo, a Justiça Eleitoral determinou a remoção do conteúdo, atendendo a um pedido de direito de resposta feito pela campanha de Fuad. A decisão apontou que Nikolas havia disseminado “informações descontextualizadas e inverídicas, com o claro intuito de prejudicar a imagem do candidato à reeleição”.
O deputado mineiro, contudo, manteve a publicação e, “afrontando ainda mais a autoridade judicial, publicou um novo vídeo” no qual criticava a Justiça Eleitoral e repetia “as mesmas acusações falsas que haviam sido objeto da ordem de remoção”. Segundo o MP, o ato “praticado após ciência inequívoca da ilicitude de sua conduta demonstra o dolo intenso e a persistência na prática delitiva, com o claro objetivo de manter a desinformação circulando na véspera da eleição”.
No caso do evento de quadrinhos, os réus selecionaram obras em exposição no Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte (FIQ) de 2024 para dizer que crianças da rede municipal de educação teriam tido acesso a conteúdo impróprio. O MP Eleitoral aponta que o grupo “omitiu deliberadamente que o evento possuía regras claras de classificação etária e que as visitas de escolas da rede municipal eram acompanhadas por profissionais da educação, conforme amplamente divulgado e documentado”.
O processo está sob responsabilidade do juiz eleitoral Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte. Ainda que os quatro réus sejam condenados em primeira instância, eles podem recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) e adiar os efeitos da sentença. A denúncia foi aceita no dia 23 de julho, com a determinação de que os denunciados respondam à acusação, juntem documentos, especifiquem provas e arrolem testemunhas no prazo de 10 dias.
O GLOBO procurou Nikolas e Engler, mas ainda não teve retorno.
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