O autor do dossiê contra a Santa Casa de Misericórdia do Recife procurou este blog no intuito de obter espaço de resposta às afirmações da instituição. Por meio de uma nota, a Santa Casa falou sobre a demissão do rapaz, em 22 de julho deste ano.
Segundo a instituição, o ex-funcionário foi demitido depois que a Santa Casa teria tomado conhecimento da participação dele em grupos virtuais voltados ao compartilhamento de conteúdos ilegais relacionados à pedofilia e à zoofilia. (veja aqui a íntegra da nota)
Leia maisA este blog, o jovem negou veementemente todas as afirmações da nota enviada pela Santa Casa. Segundo ele, o dossiê também foi produzido por orientação das autoridades eclesiásticas e não deveria ter sido vazado para a imprensa, algo que ele nega ter feito.
Ainda de acordo com o autor do dossiê, ele foi demitido sem justa causa, o que contradiz o argumento da Santa Casa. Em nota, o advogado do jovem ressaltou que as próprias pessoas que o denunciaram por pedofilia e zoofilia negaram tudo diante da polícia.
Defesa
De acordo com a defesa do rapaz, um dos denunciantes desmentiu tudo na Delegacia de Prevenção e Repressão aos Crimes Contra Crianças e Adolescentes, ao ser interrogado no dia 22 de julho deste ano. Segundo o advogado, o ex-funcionário da Santa Casa vem sofrendo perseguições e ameaças, após o vazamento do dossiê.
“O meu cliente, demonstrando profundo zelo pela instituição a qual servia, relatou em caráter confidencial aos seus superiores hierárquicos a ocorrência de vários fatos presenciados por ele na Santa Casa de Misericórdia”, afirma o advogado.
Ainda de acordo com a defesa, o jovem vem sofrendo ofensas contra sua honra “com vídeos e áudios criminosos, agora desmentidos, com o objetivo de desacreditá-lo perante a sofrida família, amigos, sociedade e autoridades. Os responsáveis responderão civil e criminalmente”, garantiu o advogado.
Entenda o caso
A Arquidiocese de Olinda e Recife recebeu um dossiê de 68 páginas, em junho deste ano, contendo diversas denúncias contra a administração da Santa Casa de Misericórdia do Recife. O material foi produzido por um ex-assessor da superintendência da instituição. O rapaz trabalhou no local entre abril de 2024 e maio de 2025. A Arquidiocese informou que investiga o caso.
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