A paralisação dos servidores da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), que estava prevista para ocorrer entre os dias 4 e 8 de agosto, foi suspensa. A decisão foi comunicada hoje pela Associação dos Servidores de Vigilância Sanitária em Pernambuco (AVISAPE), que representa a categoria.
De acordo com a associação, a suspensão se deu após o recebimento de uma liminar do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que proíbe a realização do movimento grevista. A ação foi movida pelo Governo do Estado por meio de uma Ação Declaratória de Ilegalidade e Abusividade de Greve.
Leia maisA determinação judicial impede “qualquer forma de paralisação, suspensão ou mobilização que acarrete prejuízo às atividades essenciais da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária – APEVISA, sob pena de responsabilização legal”, informou a AVISAPE.
A entidade afirmou que irá respeitar a decisão judicial, mas reiterou a legitimidade das demandas da categoria. “A AVISAPE, enquanto entidade representativa comprometida com a legalidade, a ética e a saúde pública, cumprirá integralmente a determinação judicial, ao tempo em que reforça a legitimidade das reivindicações apresentadas, especialmente no que tange à regulamentação da Gratificação de Fiscalização prevista na Lei Estadual nº 13.077/2006”, declarou a diretoria.
Por fim, a associação afirmou que continuará aberta ao diálogo com o Executivo estadual. “Continuaremos empenhados no diálogo institucional e na busca de soluções efetivas junto ao Governo do Estado, reafirmando nosso compromisso com a valorização dos servidores, a transparência e o interesse público.”
Leia menosEm meio a uma crise sem precedentes no plano internacional, entre o Brasil e os Estados Unidos, a maior potência mundial, com riscos de fechamentos de empresas no Brasil e o fim de milhares de empregos, chega a notícia de que o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, comemora seu aniversário de forma completamente fora de contexto, em Mykonos, na Grécia, com as maiores autoridades.
Que acinte! Quem está pagando essa conta? Rueda e seus convidados ilustres parecem não ter a menor noção da crise que o Brasil vive. De costas para o Brasil real, da fome e da miséria, Rueda dá a exata noção da sua insensibilidade social: é como viver no seu gueto, no seu país de ficção.
Com um agravante sério: Rueda é o único presidente de partido que é um lobista partidário, porque no fundo, no fundo, não tem mandato, nunca teve, sempre questionado pela relação com o próprio Luciano Bivar.
Para ser mais claro: muitos membros do partido parecem se sentir extremamente incomodados, enquanto ele se mostra indiferente, muito a vontade diante deste escárnio. Dá a impressão que ele reina num Brasil da mamata.
Por Vitória Floro
Do Blog da Folha
A possibilidade de substituição do superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Danilo Cabral, provocou uma forte reação em Pernambuco. Empresários, deputados, senadores e lideranças políticas de diversos partidos se manifestaram publicamente em defesa do gestor, após rumores de que o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), teria articulado com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sua saída do comando da autarquia.
A articulação teria como pano de fundo a disputa entre os estados cearense e pernambucano pelo traçado e financiamento da ferrovia Transnordestina. Danilo, que é pernambucano, tem atuado com firmeza na defesa da conclusão do trecho da ferrovia que liga Salgueiro ao Porto de Suape, considerado estratégico para a logística regional.
Leia maisAo mesmo tempo, na gestão de Cabral, uma articulação envolvendo Sudene, Tribunal de Contas da União (TCU), Casa Civil e Ministério da Integração Nacional viabilizou a liberação de R$ 3,6 bilhões para a ferrovia, com recursos do FNDE, o que desmonta a narrativa de que a Superintendência estaria dificultando a liberação de recursos para o trecho cearense da ferrovia.
Entidades
A movimentação em favor da permanência de Danilo ganhou força quando cinco entidades com atuação em Pernambuco divulgaram nota conjunta destacando a importância de sua gestão. Assinam o posicionamento a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), o Centro das Indústrias do Estado de Pernambuco (Ciepe), o grupo Atitude PE, o Lide Pernambuco e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE).
“Danilo Cabral tem se consolidado como um parceiro estratégico do setor produtivo, atuando de forma incansável para viabilizar diversos investimentos estruturadores que impactam positivamente toda a região”, afirma a nota.
Congresso
No campo político, o senador Humberto Costa (PT) foi outro a endossar o apoio. Em seu pronunciamento, exaltou a reconstrução institucional da Sudene sob a gestão de Danilo e confirmou estar atuando junto à cúpula do governo federal para garantir sua permanência.
“Tenho tido conversas permanentes com a ministra (da Secretaria de Relações Institucionais) Gleisi (Hoffmann) e outros membros do governo para destacar a importância da sua atuação.”
A senadora Teresa Leitão (PT) destacou que o PT de Pernambuco indicou de forma consensual o nome de Danilo Cabral para a Sudene e disse que viu com “muita estranheza a movimentação de políticos do Ceará e da Bahia no sentido de reivindicar o espaço político e administrativo que coube ao PT de Pernambuco”. “Mais do que nosso apoio, ele conta com nossa articulação política”, assegurou.
Os coordenadores da bancada federal de Pernambuco no Congresso, os deputados Augusto Coutinho (Republicanos) e Carlos Veras (PT), também repudiaram o que classificaram como uma tentativa de “sabotagem” à gestão da Sudene. “Os coordenadores da Bancada se colocam frontalmente contrários a tal injustiça, defendendo o equilíbrio e a isonomia na gestão da Sudene, um patrimônio de todos os nordestinos”, afirmaram os parlamentares.
Pernambuco
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) também formalizou apoio por meio de um manifesto assinado por seu presidente, o deputado Álvaro Porto (PSDB). No texto, assinado em nome de todos os parlamentares estaduais, é destacado os avanços da gestão de Cabral. Os legisladores também cobram respeito à atuação técnica e estratégica de Danilo.
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), também se pronunciou na mesma linha. “(Danilo) Resgatou o protagonismo do órgão e tem atuado com competência para fortalecer o desenvolvimento do Nordeste. Sua permanência é fundamental para que a região siga avançando com planejamento e justiça social”, escreveu em suas redes sociais. Procurado pela reportagem, o superintendente Danilo Cabral não comentou sobre o assunto até o fechamento desta edição.
Leia menosDo jornal O Poder
“Lei não se discute, se cumpre”: o presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, foi o primeiro banqueiro brasileiro a falar, em entrevista à revista Exame, sobre a possível suspensão das atividades bancárias de Alexandre de Moraes na instituição. A declaração provocou uma tempestade de protestos e apoios nas redes sociais — mais protestos que apoios. Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, detonou: “Não somos colônia”. O petista reagiu à fala de Marcelo Noronha e reforçou que o PT vai entrar com ação no STF para barrar sanções dos EUA contra Moraes com base na Lei Magnitsky.
Marcelo Noronha, presidente Bradesco, anunciou, hoje, que pretende aplicar a decisão dos EUA e está consultando juristas no Brasil e Estados Unidos sobre o assunto. Ele afirmou sobre a aplicação da Lei Magnitsky que “lei não se discute, se cumpre”.
O problema é que a Lei Magnitsky proíbe que qualquer instituição que mantenha contato com qualquer dos seus alvos mantenha qualquer tipo de negócios com empresas norte-americanas. Repetindo de lá para cá: proíbe que instituição pública ou privada dos EUA mantenha negócio com quem tem qualquer negócio com os atingidos por ela. Ou seja, traficantes, terroristas, ditadores e violadores dos direitos humanos, pela ótica do governo norte-americano, não podem sequer ter conta bancária nem usar redes sociais.
Ora, todos os bancos, todos, inclusive Banco do Brasil e Caixa, usam tecnologia norte-americana para operar. É possível, em interpretação ampliada da lei, que os bancos possam vir a ter que escolher entre Moraes e a suspensão, ao menos temporárias, de grande parte das suas operações. O sistema bancário brasileiro está sob risco de voltar ao tempo dos telégrafos e depósitos anotados na caderneta do gerente. Sabem as agências bancárias dos filmes de faroeste? Mais ou menos daquele jeito.
Aplicada na última quarta-feira (30) contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a Lei Magnitsky é um mecanismo previsto na legislação estadunidense usado para punir unilateralmente supostos violadores de direitos humanos no exterior. Entre outros pontos, a medida bloqueia bens e empresas dos alvos da sanção nos EUA.
Entre as maiores instituições financeiras brasileiras, é comum que os bancos mantenham operações nos Estados Unidos e “subsidiárias ou dependências” em território americano. São os caso de Bradesco, Itaú Unibanco, BTG Pactual e Banco do Brasil, de acordo com dados do Banco Central (BC).
No Supremo, Alexandre de Moraes adota uma interpretação ampliada da lei, segundo a qual até mesmo quem mantém qualquer tipo de relação com os alvos da Lei Magnitsky pode ser afetado, como mencionado anteriormente.
Leia menosMaria Eduarda Barbosa Matos de Oliveira*
Entre audiências que esgotam e plantões que desafiam o corpo e a alma, entre ruas de barro quente e tribunais onde o tempo às vezes parece suspenso, nasceu um livro que é, antes de tudo, uma tentativa de escuta. “Do lado de dentro da cidade que sussurra” é minha estreia na literatura de ficção — e, embora assuma a forma de romance, foi gestado entre luto, saudade e muitos anos de experiência como advogada militante.
Escrevi como quem precisa respirar. E dedico esta obra ao meu avô, José Dinamérico, que me ensinou, com generosidade e firmeza, que justiça se busca também com ternura — e que estudar, escutar e permanecer são formas de luta.
Leia maisAmbientado em Caruaru, no Agreste pernambucano, o livro atravessa os bastidores do sistema de Justiça e da saúde pública com a lente de quem convive com suas falhas e resistências. Mas o que poderia ser apenas um relato duro, técnico ou institucional se transforma em narrativa sensível — guiada pela escuta, pela observação cotidiana e por uma poesia que cultivo, em silêncio, desde os dez anos.
Maria, a protagonista, é Defensora Pública. É mulher, filha, cuidadora — uma dessas figuras que seguram o mundo nos braços enquanto tentam lembrar quem são. João, médico recém-chegado ao hospital da cidade, cruza o caminho dela num tempo em que ambos já não esperavam muita coisa. O romance entre os dois não é o centro da trama, mas é uma espécie de promessa: a de que ainda é possível encontrar alguém que não vá embora quando tudo parece desabar.
A cidade, Caruaru, não é apenas cenário — é também personagem. Sussurra, acolhe, empurra. Com seus becos, suas instituições corroídas e seus cafés servidos com resistência, revela um Brasil que se vê pouco, mas que pulsa fundo. Logo no preâmbulo do livro, escrevo: “A Defensoria não é fábula. É faxina institucional. Lugar onde o nome vira número, mas o número insiste em voltar a ser nome.”
O livro não tem pretensão de oferecer respostas. Ele se detém, isso sim, no que muitas vezes escapa aos autos: a pausa, o cuidado, o gesto miúdo. Fala da vida de quem cuida e se dissolve no outro. Fala da ternura como força — não como fraqueza.
“Do lado de dentro da cidade que sussurra” conversa, de forma modesta, com autores que admiro imensamente — como Conceição Evaristo, Mia Couto, João Cabral de Melo Neto e Graciliano Ramos. Mas é, sobretudo, fruto de um olhar atento ao cotidiano e de uma tentativa de registrar, com delicadeza, o que não costuma caber nos processos judiciais.
Ao longo dos 20 capítulos, o livro propõe uma escuta: do outro, da cidade, de si. A intimidade se constrói nos silêncios compartilhados, na roupa estendida, no pão de queijo deixado na mesa, nas mãos que seguram o tempo quando ele parece falhar. Maria e João não vivem uma história extraordinária. Vivem — e isso já é muito.
Se há algo que este livro deseja, é lembrar que a permanência, mesmo silenciosa, pode ser o gesto mais amoroso de todos. Que cuidar também é um verbo político. E que algumas histórias, mais do que serem lidas, precisam ser escutadas com o coração.
Serviço:
“Do lado de dentro da cidade que sussurra”
Autora: Maria Eduarda Barbosa Matos de Oliveira
Disponível no site Clube de Autores
*Advogada e escritora
Leia menosEnquanto a governadora Raquel Lyra mantém silêncio diante da possível troca na superintendência da Sudene, o ex-prefeito de Caruaru e presidente do PDT em Pernambuco, Zé Queiroz, decidiu se posicionar. Adversário político de Raquel, Queiroz saiu em defesa de Danilo Cabral, atual chefe da autarquia, e enviou uma carta aberta ao presidente Lula pedindo sua permanência no cargo.
A iniciativa do pedetista se alinha à do prefeito do Recife, João Campos, que também manifestou apoio público a Danilo. Com informações do jornal O Poder.
Veja carta na íntegra:
Leia mais“Caro presidente Lula,
Na qualidade de pernambucano e histórico integrante do campo progressista do nosso estado, venho dar meu testemunho pessoal e também em nome do PDT de Pernambuco ao trabalho competente e inovador do superintendente Danilo Cabral à frente da Sudene.
Na eleições de 2022, foi em torno de Danilo que os nossos partidos se uniram, como candidato a governador. Danilo liderou uma ampla frente em defesa do seu nome na vitoriosa e memorável campanha para presidência da República.
Atualmente, é ele que coordena a agenda plural e desenvolvimentista para o Nordeste. Estamos aqui, publicamente, não somente pedindo pela sua permanência à frente da Sudene, como também para ressaltar o papel central que o órgão vem ocupando para alavancar projetos que garantem o protagonismo da nossa região no cenário nacional.
Receba meu abraço.
Zé Queiroz
Presidente do PDT de Pernambuco”.
Mesmo após Lula sair em defesa da soberania nacional após críticas do presidente dos Estados Unidos Donald Trump ao sistema financeiro brasileiro e impor sobretaxas de importação que chegam a 50%, a popularidade do presidente permanece no patamar dos últimos meses. Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado mostrou que 40% dos entrevistados 40% consideram a gestão do petista ruim ou péssima, enquanto 29% avaliam como ótima ou boa.
Ainda no levantamento, 29% avaliam o governo como regular e 1% não souberam responder. Os dados mostram poucas alterações para a rodada de perguntas anterior, aplicada em junho, quando o governo de Lula tinha 28% de ótimo e bom e os mesmos 40% de ruim e péssimo. O regular passou de 31% para 29%, e 1% não deu opinião. As informações são do jornal O Globo.
A pesquisa foi realizada entre os dias 29 e 30 de julho e ouviu 2.004 brasileiros com mais de 16 anos, em 130 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Por Estadão Conteúdo
O percentual de brasileiros a favor da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado foi de 52%, em abril, para 48% no final de julho, segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem.
Já a quantidade de brasileiros que avaliam que Bolsonaro não deveria ser preso foi de 42% para 46% no mesmo período. Com isso, a diferença entre os que são a favor e contra a pena foi de 10 pontos percentuais para 2 p.p..
Leia maisA diferença, no entanto, é considerada uma oscilação no limite da margem de erro. Tanto em abril como em julho, 6% disseram não saber opinar sobre o tema.
O Datafolha ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais nos dias 29 e 30 de julho. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos
A pesquisa ainda mostra que 51% dos entrevistados acreditam que o ex-presidente não vai ser preso, ante 40% que avaliam que o desfecho será de cadeia.
Bolsonaro já cumpre medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica, determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, depois da ofensiva do presidente americano Donald Trump para livrar o aliado político do processo. O ex-presidente brasileiro ainda será julgado na Corte por participação na suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Veja os dados:
Respostas à pergunta: “Considerando o que foi revelado pelas investigações sobre a tentativa de golpe em 2022 e seus desdobramentos até o momento, na sua opinião, Jair Bolsonaro deveria ou não ser preso?”
– “Sim, deveria”: 48% (eram 52% em abril)
– “Não deveria”: 46% (eram 42%)
– “Não sabe”: 6% (mesmo índice em abril)
Respostas à pergunta: “E na sua opinião, Jair Bolsonaro vai ou não ser preso?”
– “Sim, vai ser preso”: 40% (eram 41% em abril)
– “Não vai ser preso”: 51% (eram 52% em abril)
– “Não sabe”: 8% (eram 7%)
Leia menosDo Metrópoles
Após passar por audiência de custódia, hoje, Gilberto Firmo Ferreira, tio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, recebeu liberdade provisória. O homem foi preso ontem, no Sol Nascente (DF), com uma vasta quantidade de vídeos e fotos de conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.
Na decisão, o juiz responsável pelo caso decretou as seguintes medidas que deverão ser cumpridas por Gilberto:
À Polícia Civil do Distrito Federal, Gilberto, que é surdo, confessou em depoimento, com a ajuda de um intérprete de Libras, que compartilhava os vídeos criminosos em um grupo de Facebook com outras cinco pessoas. O Metrópoles teve acesso à transcrição do depoimento.
No documento, ele afirma que o telefone foi um presente de um amigo, porque o aparelho anterior estava “muito velho” e admite que sabia que havia material de pedofilia salvo no equipamento. Segundo Gilberto, ele recebia de outras pessoas e pedia para que parassem de mandar, mas seu pedido não teria sido atendido.
Ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão expedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), cumprido pela PCDF. Na ocasião, foram encontradas as mídias no celular do suspeito, o que levou à sua prisão em flagrante.
Gilberto era investigado por envolvimento com pornografia infantil após a Polícia Federal verificar que o e-mail dele era usado para compartilhar o conteúdo criminoso. No depoimento, Gilberto alegou que não usava mais o endereço eletrônico.
Leia menosPor Cláudio Soares*
As declarações de Eduardo Bolsonaro têm gerado fissuras no campo conservador. Suas críticas públicas a outros líderes da direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o deputado Nikolas Ferreira, por não se alinharem completamente à sua agenda, evidenciam uma falta de habilidade política e de capacidade de liderança. Em vez de unir, suas declarações acabam por isolá-lo e enfraquecer a força do grupo diante de adversários políticos.
Essa postura tem resultado em um isolamento de Eduardo no Congresso Nacional e no Partido Liberal (PL). Aliados o consideram “ingovernável”, e essa percepção dificulta a articulação política e a construção de alianças. A falta de diálogo e a radicalização de sua pauta têm feito com que o deputado perca espaço em manobras políticas e nas articulações, elementos cruciais para o sucesso em qualquer democracia.
As metáforas polêmicas de Eduardo Bolsonaro também são frequentemente exploradas por seus opositores para rotular a direita como radical e antidemocrática. Um exemplo notório é a metáfora de que o ex-presidente Donald Trump poderia “lançar uma bomba nuclear no Brasil”. Essa linguagem, muitas vezes vista como irresponsável, contribui para a imagem de que o grupo familiar estaria disposto a tudo, mesmo que isso cause um colapso econômico no país.
A combinação de ações controversas, críticas a aliados como Tarcísio de Freitas, Caiado, Ratinho Júnior e Zema e um discurso inflamado tem colocado a própria direita na posição de ter que lidar com as consequências de uma agenda que muitos consideram mais focada em interesses pessoais e familiar do que em um projeto político viável para o Brasil. A questão é se o deputado conseguirá reverter essa situação ou se continuará em uma rota de crescente isolamento político.
*Advogado criminalista e jornalista
O prefeito do Ipojuca, Carlos Santana (Republicanos), entregou oficialmente, ontem, três novas ambulâncias destinadas à renovação da frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no município. A iniciativa é fruto de uma parceria com o Governo Federal, através do Ministério da Saúde.
Das três viaturas, duas atuarão como Unidades de Suporte Básico (USB), equipadas com condutor socorrista e técnico ou auxiliar de enfermagem. A terceira será uma Unidade de Suporte Avançado (USA), mais conhecida como UTI Móvel, composta por médico, enfermeiro e condutor socorrista.
Durante a entrega, o prefeito destacou que a saúde tem sido tratada como prioridade em sua gestão. “Essas ambulâncias representam mais segurança e agilidade no atendimento à população. Em breve, entregaremos outros investimentos importantes, como a base própria do SAMU e o novo bloco cirúrgico do Hospital Municipal Carozita de Brito”, afirmou Carlos Santana.
Por Kiko Nogueira
Do Diário do Centro do Mundo
Eliane Cantanhêde pôde errar, exagerar, distorcer e mentir sobre Lula, Dilma e os governos petistas durante os seus 15 anos como comentarista da GloboNews. Conservadora, nunca foi alvo de cobranças internas por suas opiniões — até cruzar a linha proibida: a crítica ao governo de Israel.
A jornalista foi demitida ontem, semanas após comentar, de maneira factual, a assimetria de mortes no conflito entre Israel e Irã. Sua fala contrariou o dogma de blindagem irrestrita ao apartheid israelense.
Leia maisCantanhêde questionou por que os mísseis disparados por Israel em Gaza resultavam em centenas de mortos, enquanto os lançados pelo Irã causavam baixas ínfimas em território israelense. Foi o bastante.
A retratação pública imposta à jornalista beirou o vexame: colegas de bancada passaram a ler, ao vivo, notas que sugeriam que ela teria cometido “erro grave”, insinuando “antissemitismo”. Foi linchada pelas pessoas com quem dividiu noitadas memoráveis.
A verdade é que Eliane ousou contrariar a versão imposta pelo lobby sionista que comanda o noticiário sobre o assunto na mídia. Outros jornalistas da casa já defenderam ações indefensáveis, como Jorge Pontual, que chegou a justificar ataques israelenses a ambulâncias em Gaza.
Nenhum deles sofreu reprimenda pública ou foi coagido a retratar-se. Cantanhêde, no entanto, teve de ajoelhar no milho, calar a boca e engolir o choro.
Entre outros absurdos, Demétrio Magnolli garantiu que, durante a pandemia, as pessoas tinham “o direito” de se aglomerar no Réveillon. Grosseiro, brigou virtualmente com todos os demais apresentadores. Ele é “polêmico” — mas foge de Israel.
Eliane foi demitida porque, mesmo sem intenção, não suportou mais justificar o genocídio israelense. A coisa saiu como num vômito. Foi atacada, logo depois, pelo porta-voz do Exército sionista nas redes sociais em termos bolsonaristas. Dias depois, o sujeito foi tratado a pão de ló na GloboNews por Daniela Lima e uma outra moça cujo nome ninguém sabe.
➡️ Eliane Cantanhêde pede desculpas após fala polêmica sobre guerra
— Metrópoles (@Metropoles) June 23, 2025
Após questionar por que mísseis iranianos não matam em Israel, Eliane Cantanhêde disse que buscava entender capacidade bélica dos países
Leia: https://t.co/K5lPFKlu2Q pic.twitter.com/kVt8VWQtNU
Se suas amigas de emissora tivessem vergonha, protestariam. Desnecessário dizer que isso jamais acontecerá. Fica o recado para quem se meter, na Globo, a contar o que o mundo está vendo na Faixa de Gaza.
NÃO VOMITEM! @DanielaLima_ se diverte muito com o carniceiro israelense ” Torço para que vcs fiquem em segurança” “As portas estão sempre abertas para vocês” “Vamos falar sobre futebol,sou Botafogo”! As crianças queimam em Gaza,eles riem delas! @GloboNews NEWS NAZISMO! pic.twitter.com/pvquVCx8sk
— Vel Andrade 🇵🇸🚩 (@VAndradeLula) June 23, 2025
Leia menos🚨RETRATAÇÃO: ELIANE CANTANHÊDE PEDE DESCULPAS APÓS FALA POLÊMICA
— Bastidor TV (@OBastidorTV) June 23, 2025
Um comentário feito pela jornalista Eliane Cantanhêde durante o programa Em Pauta, da GloboNews, gerou forte repercussão nas redes sociais. Ao questionar a baixa letalidade dos mísseis iranianos em comparação aos… pic.twitter.com/mXHp0TRqwd