Enquanto Governo do Estado silencia, Humberto e Teresa trabalham para segurar Danilo na Sudene
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
A possível saída de Danilo Cabral da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), articulada pelo Governo do Ceará e com o apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), pode até acontecer, mas não sem reação do PT de Pernambuco.
Os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão trabalham juntos para “evitar essa injustiça”, usando as mesmas palavras de Teresa. Já Humberto afirmou que tem tido conversas permanentes com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e outros membros do governo para destacar a importância da atuação de Cabral.
Leia mais“Em um cenário marcado por anos de desmonte e esvaziamento das políticas públicas voltadas para o desenvolvimento regional, Danilo foi fundamental para resgatar o papel estratégico da Sudene na promoção de iniciativas estruturantes para o Nordeste”, declarou Costa, por meio de nota.
Danilo foi uma indicação do próprio Humberto Costa ao presidente Lula (PT) e sabe que a saída dele da superintendência seria uma derrota não só do PT local, mas de Pernambuco, por perder um espaço estratégico de estímulo ao desenvolvimento do Estado. Cabral vem defendendo o trecho estadual da ferrovia Transnordestina, o que irritou os cearenses.
Nos bastidores, porém, comenta-se que o Ceará nunca engoliu o protagonismo pernambucano nessa terceira gestão de Lula, ficando também com o Estado a presidência do Banco do Nordeste (BNB), sob a administração do ex-governador Paulo Câmara.
O que se vê é a atuação do Estado do Ceará em prol de seus próprios interesses. O mesmo não acontece em Pernambuco. Diante da ofensiva cearense, não se tem informação do Governo do Estado sobre a tentativa de manter um pernambucano à frente da Sudene, mesmo se tratando de alguém que não integra o campo político da governadora Raquel Lyra (PSD). Essa divergência não deveria ter valor neste momento.
Coube aos senadores petistas, aos deputados federais, às entidades da iniciativa privada, aos deputados estaduais e até ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), o movimento de defesa desse espaço importante para Pernambuco.
Se vai ter luta de alguns para segurar Pernambuco à frente da Sudene, por parte do Poder Executivo assistimos a um profundo desprezo pela questão. Mais uma oportunidade que a governadora perde de demonstrar altivez e comprovar que os interesses dos pernambucanos estão acima das disputas políticas.
Deputados federais em defesa de Danilo – Coordenadores da bancada de Pernambuco no Congresso Nacional, os deputados federais Augusto Coutinho (SD) e Carlos Veras (PT) reafirmaram apoio conjunto ao trabalho de Danilo Cabral na Sudene. Segundo eles, há interferências políticas não só do Ceará, mas da Bahia e do empresário Benjamin Steinbruch, responsável pela construção do trecho cearense da Transnordestina. Os dois deputados assinaram nota na qual ressaltam que o trabalho de Danilo deve continuar.
O que disseram Coutinho e Veras – “Ao longo dos últimos dois anos, Danilo tem tido forte atuação na busca pelo desenvolvimento do Nordeste. Prova disso é que a Superintendência já aplicou R$ 5,6 bilhões na implantação da Transnordestina. Também sob sua regência, a Sudene aprovou R$ 1,5 bilhão em incentivos fiscais para a região, somente no ano de 2024, e definiu a aplicação de R$ 50 bilhões em crédito às empresas nordestinas para 2026. Cientes de que este trabalho precisa continuar, rechaçamos a pressão do empresário Benjamin Steinbruch e de certos agentes públicos cearenses e baianos, visando influenciar uma desnecessária e descabida mudança no órgão”.
Deputados estaduais também na batalha – O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), anunciou, na noite de ontem (1º), um movimento de parlamentares estaduais para manter Danilo Cabral à frente da Sudene. “Diante das especulações recentes na imprensa sobre uma possível substituição do atual superintendente da Sudene, Danilo Cabral, os deputados estaduais da Alepe expressam preocupação com o fato. A atual gestão da Sudene, sob a liderança de Danilo Cabral, representou um divisor de águas para uma autarquia que há anos vinha sendo esvaziada e relegada à irrelevância”, declarou.
Iniciativa privada – Pelo menos cinco instituições privadas com atuação em Pernambuco estão mobilizadas pela permanência de Cabral à frente da Sudene. Juntas, divulgaram nota, ontem, na qual elogiam o trabalho desenvolvido pelo superintendente. Destacaram as parcerias que Danilo Cabral tem estabelecido não só para Pernambuco, mas para todo o Nordeste, desde que foi nomeado, em junho de 2023, “estimulando a economia da região e dando vida a um órgão que estava praticamente esquecido”. Assinaram: Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe); Centro das Indústrias de Pernambuco (Ciepe); Grupos Atitude PE; Lide Pernambuco; Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE).
João usou as redes – Nas redes sociais, o prefeito do Recife, João Campos, defendeu: “Danilo Cabral tem feito um trabalho sério e estratégico à frente da Sudene. Resgatou o protagonismo do órgão e tem atuado com competência para fortalecer o desenvolvimento do Nordeste. Sua permanência é fundamental para que a região siga avançando com planejamento e justiça social”.
CURTAS
Keko candidato – O presidente do Diretório Progressistas do Cabo de Santo Agostinho (Grande Recife), Keko do Armazém, oficializou, na noite de ontem, sua pré-candidatura a deputado federal. O anúncio foi feito durante reunião com o deputado federal e presidente estadual da Federação União Progressista e do Partido Progressistas, Eduardo da Fonte, e com o deputado estadual Jeferson Timóteo.
Boulos no Recife 1 – O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) desembarca no Recife na próxima quinta-feira (7). O parlamentar chega para mobilizar a “Caravana Contra-Ataque”, que visa fortalecer a esquerda para enfrentar a ofensiva conservadora no Brasil. Pernambuco é o primeiro destino da Caravana Contra-Ataque no Nordeste. A ideia é, além de dialogar com um público mais amplo da esquerda, mobilizar movimentos sociais, sindicais e populares.
Boulos no Recife 2 – A agenda pública de Boulos começa às 14h, no Centro de Educação da UFPE, com uma aula magna. No início da noite, Boulos fará o lançamento de seu livro Pra Onde Vai a Esquerda?, na Livraria do Jardim, na Avenida Manoel Borba, bairro da Boa Vista. A articulação tem o objetivo, ainda, de preparar o terreno para as eleições de 2026.
Perguntar não ofende: Qual PT Lula vai atender na “questão Danilo”, o do Ceará ou o de Pernambuco?
Leia menosO presidente da Compesa, Alex Campos, cumpriu agenda no município de Caruaru, ontem (31) e hoje (1), onde vistoriou duas importantes obras relacionadas à Adutora do Agreste e Transposição do Rio São Francisco. Acompanhado do diretor de Produção e Planejamento Operacional da Compesa, Flávio Coutinho, engenheiros e técnicos da empresa, o titular da estatal visitou o canteiro da obra do Lote 4B, da Adutora do Agreste, em execução na Rua João Valdevino Torres, bairro do Salgado, e a nova Estação de Tratamento de Água (ETA) Bela Vista.
“Essas duas ações são essenciais para socorrer as 13 cidades atendidas pelo Sistema Jucazinho, cuja barragem está em situação crítica de armazenamento e, por isso, exige um esforço concentrado das equipes da Compesa e empresas contratadas para acelerar as intervenções para a água chegar à casa das pessoas”, pontua Alex Campos.
A Barragem de Jucazinho, em Surubim, está atualmente com apenas 2,57% da sua capacidade devido à escassez de chuvas na região e sem perspectiva de precipitações pluviométricas para os próximos meses. “Nossos técnicos monitoram diariamente o volume do manancial, e as previsões são que a água armazenada chegue até janeiro, o que tem nos preocupado e nos levado a acelerar o ritmo das obras para atender essas cidades”, ressalta Campos.
Leia maisO trecho da obra do Lote 4B envolve o assentamento de 66 quilômetros de tubulações. Já foram executados 63 quilômetros, restando três quilômetros para conclusão. “É preciso garantir o cumprimento do cronograma e concluir essa etapa da Adutora do Agreste, o trecho Caruaru/Santa Cruz do Capibaribe, passando por Toritama, em novembro, quando será iniciada a fase de testes, para que possamos contar com a água do Rio São Francisco na substituição a Jucazinho e continuar atendendo os municípios que hoje dependem exclusivamente da barragem desse sistema”, afirmou o gestor.
A segunda vistoria da agenda do presidente em Caruaru foi na Estação de Tratamento de Água (ETA) Bela Vista, que está em construção no bairro Encanto da Serra e faz parte do Programa Águas de Pernambuco, onde estão sendo investidos quase R$ 5 milhões. A obra tem o objetivo de trazer flexibilidade operacional ao Sistema de Abastecimento de Água de Caruaru e suporte às ações pela redução dos impactos da crise do sistema Jucazinho.
A unidade tem previsão de entrega para outubro e se soma aos esforços da Compesa, que já aumentou a vazão da Adutora do Agreste para Caruaru, que passou de 200 para 600 litros por segundo, a partir da chegada das águas do Velho Chico na cidade. “Com a conclusão da Adutora do Agreste, os trechos Caruaru/Toritama/Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru/Bezerros, mais a produção da ETA Bela Vista, chegaremos a uma vazão de 1.200 litros de água por segundo da Transposição do Rio São Francisco para atender a cidade e região, explicou Campos.
Leia menosPor Blog da Folha
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) chegará em Recife na próxima quinta-feira (7), como mais um dos destinos da Caravana Contra-Ataque, que objetiva fortalecer a esquerda para enfrentar a ofensiva conservadora no Brasil.
A agenda pública inicia às 14h, no Centro de Educação da UFPE, com uma aula magna. Já às 18h30, Boulos fará lançamento de seu livro “Pra Onde Vai a Esquerda?”, na Livraria do Jardim, localizada na Avenida Manoel Borba, na Boa Vista.
Leia maisPernambuco é o primeiro destino da Caravana Contra-Ataque no Nordeste. A ideia é, além de dialogar com um público mais amplo da esquerda, mobilizar movimentos sociais, sindicais e populares. Também visa promover o engajamento popular e preparar o terreno para as eleições de 2026.
Leia menosA Gerdau, um dos gigantes da siderurgia brasileira, informou nesta sexta-feira (1º) que já demitiu cerca de 1,5 mil funcionários desde o início deste ano, em meio a um cenário considerado “assustador” no setor.
A informação foi divulgada pelo CEO da companhia, Gustavo Werneck, em conversa com jornalistas. Segundo o executivo, as demissões se concentraram nas unidades da Gerdau nas cidades de Pindamonhangaba (SP) e Mogi das Cruzes (SP). As informações são do Metrópoles.
Leia maisNa entrevista coletiva, o CEO da Gerdau confirmou ainda que a empresa está em processo de redução de investimentos no Brasil e que há possibilidade de mais demissões nos próximos meses.
“Vamos promover adequações de capacidade, porque a importação segue crescendo aqui. Esperávamos que o governo implementasse medidas mais duras para o aço importado”, afirmou Werneck.
“Desde o início do ano até agora, nós já promovemos o desligamento de cerca de 1,5 mil pessoas, que têm as suas famílias, que têm um impacto muito grande na sociedade”, lamentou o presidente da companhia.
Ainda segundo Werneck, “assim que o governo federal colocar medidas de defesa comercial, imediatamente a gente pode voltar com essas usinas”.
“Estávamos segurando algumas demissões até a reunião do Gecex [Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior] sobre importados”, relatou Werneck. A reunião aconteceu no dia 24 de julho.
Tarifaço
De acordo com o CEO da Gerdau, a empresa, em princípio, não é tão atingida pelo tarifaço comercial de 50% anunciado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o aço do Brasil.
Como a companhia produz aço nos EUA e não opera como exportadora nesse caso, o impacto deve ser bem menor.
“Produzimos aço diretamente nos EUA e, em tese, não seríamos afetados pela tarifa. Em território americano, operamos como se fôssemos uma empresa americana”, disse Werneck.
Na quinta-feira (31/7), Trump assinou um decreto que amplia as chamadas “tarifas recíprocas” aplicadas a dezenas de países. A medida, que eleva os encargos sobre produtos estrangeiros que entram no mercado norte-americano, é justificada pelo governo como uma resposta a desequilíbrios comerciais e, em alguns casos, a questões de segurança pública.
As novas tarifas, que variam entre 10% e 41%, começarão a ser aplicadas no dia 7 de agosto, e não mais neste dia 1º, como prometido anteriormente. No entanto, mercadorias embarcadas para os EUA antes dessa data e que cheguem ao país até 5 de outubro estarão isentas da nova tributação.
O Brasil manteve a alíquota base de 10% estabelecida em abril. No entanto, com o novo decreto, que impõe sobretaxa de 40% a partir da primeira semana de agosto, com exceção de quase 700 produtos, a maior parte das exportações brasileiras passará a enfrentar tarifas efetivas de até 50%.
Leia menosUm protesto na BR 101 foi registrado na tarde desta sexta-feira (1°), por volta das 12h30, no bairro da Guabiraba, próximo ao CT do Náutico.
Imagens registradas por transeuntes mostram quem ambas as vias, tanto no sentido Paulista quanto Recife, foram interditadas por chamas. As informações são do JC.
Leia maisDe acordo com informações dos próprios manifestantes, o protesto acontece devido a uma abordagem de policiais militares contra um jovem com neuro divergência, na noite de dessa quinta-feira (31), no bairro da Guabiraba.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a obstrução da via seguiu durante toda a tarde. A rodovia começou a ser liberada a por volta das 18h40, com o auxílio do Corpo de Bombeiros.
Segundo a Polícia Militar, uma equipe de moto patrulhamento do 11º BPM abordou dois jovens que estavam em uma região conhecida pelo tráfico de drogas. Um dos homens conseguiu fugir.
A polícia aponta que durante a abordagem, foi encontrado R$ 44,00 com o jovem e, após uma varredura no local, encontrou 47 bigs de uma substância parecida com maconha.
Segundo a PM, a família do homem e populares partiram em defesa dele, tentando impedir a condução da ocorrência.
Em um vídeo gravado pela família do jovem, é possível ouvir pessoas falando que ele teria apanhado dos policiais e que por isso haveria uma manifestação.
Tanto o jovem quanto sua irmã, que, segundo a Polícia, tentou agredir os PMs, foram conduzidos à delegacia. O transtorno psicológico também está sendo averiguado.
Em nota, a polícia militar afirma que “quanto à conduta dos policiais, caso haja indícios de irregularidade, serão adotadas as medidas cabíveis após a devida apuração”.
Leia menosNa manhã desta sexta-feira (1º), o prefeito Evilásio Mateus, o vice-prefeito Bringel Filho e outras autoridades receberam no Aeroporto de Araripina o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Salles, para oficializar o credenciamento do novo serviço de Cardiologia e Hemodinâmica no Hospital e Maternidade Santa Maria. O ato, viabilizado com investimento federal, contou com a presença do senador Fernando Dueire, prefeitos, deputados e representantes da comunidade médica, e foi apresentado como avanço na oferta de assistência especializada na região do Sertão do Araripe.
Com a habilitação, a unidade passará a realizar procedimentos de alta complexidade em cardiologia, incluindo hemodinâmica, o que elimina a necessidade de deslocamento de pacientes para grandes centros urbanos e deve acelerar o diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares. A ampliação do atendimento especializado visa reduzir atrasos em intervenções críticas e ampliar o acesso local a cuidados que antes eram regionalizados fora do sertão.
O prefeito Evilásio Mateus afirmou que “a assinatura desse credenciamento vai mudar a realidade da saúde no nosso município e em toda a região. É uma grande conquista para o nosso povo, resultado de muito diálogo e parceria com o Ministério da Saúde.” Mozart Salles destacou a descentralização dos serviços: “Com esse credenciamento, damos um passo importante para levar atendimento de alta complexidade para perto da população sertaneja. Nossa missão é garantir que brasileiros, em qualquer canto do país, tenham acesso a serviços de saúde com qualidade, dignidade e eficiência”.
Um despacho do juiz eleitoral Rafael Burgarelli Mendonça Telles, publicado na terça-feira (30), anulou todos os votos do Partido Progressistas (PP) nas eleições de 2024 em Ipubi por fraude à cota de gênero, conforme o art. 10, §3º da Lei 9.504/1997. A decisão afeta diretamente a vereadora eleita Doutora Meire, que havia obtido 1.089 votos e garantido assento na Câmara. Com a exclusão dos votos do PP, o quociente eleitoral é recalculado para baixo, e os quocientes partidários mudam, gerando um efeito em cadeia na distribuição das cadeiras proporcionais.
Nesse novo cenário, o PSB alcança um quociente partidário adicional e, por isso, conquista mais uma vaga. Embora Ana Abrantes tenha recebido 690 votos — menos que outras candidatas como Amanda — ela era a segunda mais votada dentro do PSB, e a vaga é atribuída ao partido, não à pessoa com maior votação isolada fora da lógica interna da legenda. Assim, pela recomposição matemática e jurídica da representação, Ana Abrantes passa a ter direito à cadeira que antes cabia a Doutora Meire.
A decisão ainda pode ser contestada nas instâncias superiores: cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) e, eventualmente, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Enquanto o caso segue em tramitação, a composição final da Câmara de Ipubi permanece em suspense, dependendo da confirmação ou reversão da anulação dos votos do PP. Com informações do Blog do Calunguinho.
Por Álvaro Porto*
Diante das especulações recentes na imprensa sobre uma possível substituição do atual superintendente da Sudene, Danilo Cabral, os deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Pernambuco expressam preocupação com o fato. A atual gestão da Sudene, sob a liderança de Danilo Cabral, representou um divisor de águas para uma autarquia que há anos vinha sendo esvaziada e relegada à irrelevância.
Em pouco mais de dois anos, a Sudene recuperou protagonismo, ampliou sua capacidade de articulação e reposicionou-se como um instrumento estratégico do Estado brasileiro para a promoção do desenvolvimento regional. Foram diversas conquistas concretas, que puderam ser verificadas com o trabalho sério e comprometido de Danilo Cabral. Entre elas, podemos destacar:
Leia mais• A retomada do diálogo com governadores, universidades, setor produtivo e sociedade civil organizada, colocando a Sudene no centro das discussões sobre o futuro do Nordeste.
• A reativação do Comitê Regional de Instituições Financeiras (CORIFF), que já resultou na injeção de R$ 10 bilhões em crédito para projetos alinhados à nova política industrial brasileira.
• A valorização e a expansão dos instrumentos de fomento, como o FNE e o FDNE, com a criação de linhas de crédito específicas para mulheres e para requalificação de centros históricos.
• O destravamento dos recursos da Transnordestina, com R$ 1,8 bilhão já liberados para o trecho no Ceará e outros R$ 3,6 bilhões assegurados.
• O apoio técnico e financeiro à retomada da Transnordestina em Pernambuco, com destaque para o financiamento do estudo de viabilidade do ramal entre Petrolina e Salgueiro, além do projeto de trem regional entre Recife e Caruaru.
• A inclusão de projetos estruturantes no Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste e o alinhamento da Sudene com políticas públicas nacionais como o Plano de Transformação Ecológica, o Novo PAC e a Nova Indústria Brasil.
Essa é uma atuação pautada pelo compromisso com o desenvolvimento de todo o Nordeste. Vale a ressalta que a defesa da Transnordestina como eixo estruturante da integração logística é importante não somente para os estados nordestinos, mas para todo País, papel que vem sendo cumprido com maestria pelo atual superintendente. Danilo reinseriu a Sudene no lugar de onde ela nunca deveria ter saído: no centro das decisões sobre o futuro do Brasil profundo.
Reafirmamos nossa confiança na condução técnica e política de Danilo Cabral à frente da instituição e pedimos que se respeite o papel do órgão, do superintendente e, sobretudo, a importância de se pensar o Nordeste como um projeto coletivo.
*Presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco
Leia menosSe o leitor não conseguiu acompanhar a entrevista com o cantor, compositor e sanfoneiro Novinho da Paraíba ao quadro “Sextou”, do programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, não se preocupe. Clique aqui e confira. Está incrível!
O GLOBO
Um dos principais articuladores para que a Lei Magnitsky saísse do papel nos Estados Unidos, o investidor britânico William Browder diz dedicar sua vida à aprovação de normas similares em outros países. Para ele, porém, a inclusão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) na lista dos sancionados é política e injusta.
Em entrevista ao GLOBO, Bill Browder diz, por telefone, que “jamais poderia imaginar” que os Estados Unidos sob o governo de Donald Trump seriam comparáveis a países em que não há Estado Democrático de Direito. Ainda assim, Browder defende que a lei criada para punir abusadores de direitos humanos e corruptos, não deve ser modificada.
Leia maisApesar dos abusos de Trump, o investidor recomenda que Moraes recorra ao Judiciário americano para reverter o que considera uma má aplicação da Lei Magnitsky. Nesta sexta-feira, o ministro afirmou que vai ignorar a sanção americana.
— Essa má aplicação não ajuda a Lei Magnitsky. Se alguém é incluído na lista de sanções por razões políticas, da próxima vez que um assassino em massa entrar na lista, ele vai dizer que isso não significa nada porque a lei está sendo usada com uma série de objetivos diferentes. Vai dizer que não é um assassino — diz Browder.
O inglês, que chegou a ser o maior investidor privado da Rússia no início do governo de Vladimir Putin, tornou-se um dos principais desafetos do regime russo já em meados dos anos 2000. Hoje, vive em Londres, onde diz receber ameaças de morte, mas segue em campanha para aprovar mais leis Magnitsky ao redor do mundo. Browder conta sua versão sobre seu rompimento com o regime russo e a perseguição que alega sofrer nos livros “Alerta vermelho: Como me tornei o inimigo número um de Putin” e “Ordem de bloqueio: Uma história real sobre corrupção e assassinato na Rússia de Putin”, publicadas no Brasil pela Editora Intrínseca.
Leia a entrevista a seguir:
O senhor atuou fortemente para que a Lei Magnitsky fosse aprovada. Por que considera que a aplicação dessa norma ao ministro Alexandre de Moraes é inadequada?
É injusta. É bastante óbvio que a razão pela qual Donald Trump decidiu aplicar a Magnitsky ao ministro Moraes é o presidente americano estar bravo pelo fato de o juiz estar envolvido no processo contra o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro por golpe de Estado. Isso não é base legal, não pode ser a razão para sancionar alguém.
A Lei Magnitsky é uma norma que leva o nome do advogado Sergei Magnitsky, que foi morto pelo regime de Vladimir Putin para encobrir casos de corrupção. É uma lei que foi desenhada para punir pessoas que são claramente culpadas de óbvios e inaceitáveis casos de abusos dos direitos humanos em larga escala. Várias centenas de pessoas têm sido sancionadas ao redor do mundo, e alguns dos piores violadores de direitos humanos entre eles.
Em que casos a lei já foi importante?
A lei sancionou pessoas que estão envolvidas, por exemplo, na organização de campos de concentração em Xinjiang, na China. Também puniu pessoas envolvidas com a execução em massa da minoria Rohingya, em Nianmar. Portanto, é uma lei feita para coibir os mais óbvios e graves abusadores de direitos humanos e garantir que eles não fiquem impunes.
Como um das principais vozes que viabilizaram a lei, como se sente ao ver a deturpação de sua aplicação?
Eu literalmente passei os últimos 15 anos da minha vida viajando em tempo integral ao redor do mundo, realizando encontros com governos e parlamentos para fazer com que leis Magnitsky passem em diferentes países. E de fato, hoje já são 35 países com leis do tipo e tenho trabalhado para que mais países adotem a lei. Tem sido o trabalho da minha vida em memória de Sergei Magnitsky, que morreu aos 37 anos de idade por ter enfrentado a corrupção na Rússia de Putin. Mas é sempre muito importante para mim que só tenham uma Lei Magnitsky aqueles países que tenham Estado Democrático de Direito que possam utilizá-la apropriadamente. Sinceramente, eu jamais poderia imaginar que os Estados Unidos se tornariam um país que, você sabe, seria tão suspeito quanto a Tailândia ou a Turquia, institucionalmente falando.
Embora a lei tenha um propósito nobre, há críticas ao fato de as sanções serem aplicadas por decisão do presidente, sem processo legal. Na sua opinião, o caso de Moraes evidencia uma debilidade da lei?
Não. Acho que a lei é muito clara, estipula quais categorias de delitos e pessoas que devem ser sancionadas. E, até agora, todos os que foram sancionados no marco da Magnitsky se enquadram nesses critérios. Por isso, não penso que a lei precisa ser modificada. Acho que o juiz brasileiro que foi alvo deveria recorrer ao Judiciário e apelar contra as sanções, porque de fato a lei está sendo mal aplicada no caso dele.
Por que Moraes deveria recorrer ao Judiciário americano?
Sim, obviamente as cortes dos Estados Unidos não se reportam ao Donald Trump. E elas têm emitido decisões contra ele em 96% dos casos.
Como o senhor mencionou, há leis similares à Magnitsky em dezenas de países, entre eles Reino Unido, União Europeia e Austrália. Na sua visão, há risco de as sanções a Moraes serem replicadas fora dos EUA?
Eu estou 100% seguro de que outros países não vão aplicar essas sanções a Moraes.
Qual tem sido seu papel na disseminação dessa lei mundo afora?
Meu trabalho tem sido viajar a países que não têm ainda uma Lei Magnitsky e encontrar parlamentares que sejam simpáticos à ideia de aprovar uma norma do tipo. Meu argumento é muito simples: você acha que seu país deve permitir que torturadores e assassinos entrem no país, e deve permitir que eles usem o sistema bancário e gastem seu dinheiro aqui? E em cada país que visito e digo isso tem respondido que obviamente a resposta é não, não devemos permitir torturadores e assassinos.
E qual é o resultado?
Quando pessoas más são sancionadas, realmente ficam bravas, porque pensavam que eram intocáveis e percebem que não o são. Agora, essa má aplicação (no caso de Moraes) não ajuda a Lei Magnitsky. Se alguém é incluído na lista de sanções por razões políticas, da próxima vez que um assassino em massa entrar na lista, ele vai dizer que isso não significa nada porque a lei está sendo usada com uma série de objetivos diferentes. Vai dizer que não é um assassino.
Só nos Estados Unidos, mais de 600 pessoas já foram incluídas na lista de sanções da Magnitsky. O senhor considera que o caso de Moraes é o primeiro em que a lei foi desvirtuada?
Sim, eu penso que sim. É o primeiro abuso claro do uso da Magnitsky.
Críticos da lei dizem que ela tem a ver mais com vingança do que reparação de crimes. Qual a sua visão sobre isso?
A Lei Magnitsky é sobre evitar impunidade. Quando as pessoas de certos países como a Rússia, onde o governo é efetivamente criminoso e as pessoas podem ser assassinadas sem qualquer consequência legal, a lei cria essas consequências. E se fosse sobre vingança, não haveria tantos países no mundo adotando essa lei.
Após as críticas à inclusão de Moraes no marco da Magnitsky, o senhor tem recebido ataques nas redes?
Sim, mas primeiramente, eu não me importo com o que um monte de robôs fakes fale sobre mim no X. Em segundo lugar, eu enfrento muito mais perigo de ataques digitais do governo russo ao longo dos últimos 15 anos, com ameaças de morte, e coisas desse tipo.
O senhor vive em Londres. Teme por sua segurança ainda?
Sim, absolutamente. Eu recebo ameaças.
Leia menosO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (1°) que o presidente Lula pode ligar para ele “a qualquer momento” para discutir tarifas e outros conflitos entre os países.
Em entrevista à jornalistas no jardim da Casa Branca, Trump disse: “Ele pode falar comigo quando quiser. Vamos ver o que acontece, eu amo o povo brasileiro” e finalizou afirmando que “as pessoas que governam o Brasil fizeram a coisa errada”.
Leia maisA fala do presidente americano acontece após a oficialização das tarifas de 50% aos produtos brasileiros na terça-feira (30). O governo dos EUA justificou as tarifas como uma “emergência nacional” em razão das políticas e ações “incomuns” e “extraordinárias” do Brasil.
Cerca de 44,6% das exportações brasileiras foram isentadas do tarifaço, segundo cálculo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
A ordem executiva traz uma lista com cerca de 700 produtos que ficaram de fora da sobretaxa. Entre eles estão aviões, celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro. Para esses itens, continua valendo a tarifa de 10% anunciada em abril.
Na quinta-feira (31), Trump assinou uma ordem executiva impondo tarifas que variam de 10 a 41% a diversos países.
O decreto trata de reajustar as tarifas anunciadas pelo republicano em 2 de abril, que ficou conhecido como Dia da Libertação.
No texto, Trump ainda sinaliza que pode baixar essas tarifas, a depender de acordos celebrados com os parceiros comerciais, tratativas estas que ele reitera estarem avançando.
Leia menosO senador Humberto Costa (PT) afirmou em nota à imprensa que continua atuando para que Danilo Cabral permaneça como presidente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e elogiou o desempenho do gestor à frente do órgão. Segundo o parlamentar, o trabalho de Cabral representa “um importante marco de reconstrução institucional” após anos de desmonte e esvaziamento das políticas públicas regionais, e foi essencial para resgatar o papel estratégico da Sudene no fomento de iniciativas estruturantes para o Nordeste.
Humberto destacou ainda que, “com compromisso, capacidade de articulação e profundo conhecimento da realidade nordestina”, Danilo tem fortalecido projetos voltados ao crescimento econômico, à inclusão social e à redução das desigualdades, contribuindo para a retomada do protagonismo do órgão na região. O senador afirmou ser fundamental reconhecer essa atuação como símbolo de uma gestão dedicada à valorização dos nordestinos.
“Venho trabalhando para que o atual presidente permaneça à frente da instituição. Tenho, inclusive, tido conversas permanentes com a ministra Gleisi e outros membros do governo para destacar a importância da sua atuação”, disse.