Revista Mais Nordeste é lançada em Fortaleza

Analisar e discutir os principais problemas do Nordeste, chamar a atenção do poder público para a região. É o que se propõe a revista digital ‘Mais Nordeste’, que está sendo lançada nesta semana, em Fortaleza. Em sua primeira edição, o periódico traz matérias sobre projetos de energia limpa, Inteligência Artificial e melhoria da logística, com a ampliação de portos e a construção da Transnordestina.

A ‘Mais Nordeste’ também vai acompanhar a rica cultura nordestina, muitas vezes esquecida com o tempo. Contará ainda com um blog, um canal de TV no YouTube, disseminação de conteúdo nas redes sociais e a realização de seminários. Trata-se de uma importante contribuição para o debate nacional e para a inserção da região no contexto de um crescimento mais sustentável para o país.

Como parceiro em Pernambuco, a revista de estreia traz textos meus sobre a Missa do Vaqueiro, a bonita amizade entre Luiz Gonzaga e Zé Dantas e Dom Francisco, o Bispo Vermelho de Afogados da Ingazeira. Clique aqui e confira a edição completa da ‘Mais Nordeste’ deste mês.

Está imperdível!

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou, há pouco, sua presença no meu podcast ‘Direto de Brasília’, em parceria com a Folha de Pernambuco, da próxima quarta-feira. Ao vivo, vai ao ar das 18 às 19 horas, com transmissão pelo YouTube da Folha, deste blog e pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM.

Bolsonaro é o segundo entrevistado do podcast, cuja estreia ocorreu na semana passada com o vice-presidente Geraldo Alckmin. Não é a primeira vez que o entrevisto com exclusividade. Na pandemia, como presidente da República, ele participou de uma live pelo Instagram do blog, com ampla repercussão na mídia nacional.

Mais adiante, me recebeu em seu gabinete, no Palácio do Planalto, para uma entrevista ao vivo pela Rede Nordeste de Rádio, a qual se integraram mais de 200 emissoras de rádio do Norte, Centro-Oeste e do próprio Nordeste.

A decisão de bancos norte-americanos de elevar as previsões para um risco de recessão global, frente ao “tarifaço” anunciado pelo presidente Donald Trump, aumentou a preocupação sobre o tema também no governo Luiz Inácio Lula da Silva. As informações são do blog do Valdo Cruz.

A reversão do cenário global acontece justo no ano em que o Banco Central está subindo a taxa de juros para combater a inflação – o que, por si só, já reduz as perspectivas de crescimento da economia brasileira. Ou seja: com a turbulência externa, o desafio do governo Lula de manter a economia num ritmo pelo menos razoável neste ano aumenta ainda mais.

O banco J.P. Morgan já prevê uma queda do PIB dos Estados Unidos de 0,3% em alguns cenários. O Citibank fala em estagnação. Estudos de universidades americanas já apontam que, no curto prazo, o efeito do tarifaço de Trump será mesmo de mais inflação e economia crescendo pouco – podendo até chegar a uma recessão no médio prazo.

Os efeitos positivos esperados por Trump, com aumento da arrecadação com as tarifas, permitindo uma redução de impostos nos EUA, não viriam nem no médio prazo. Isso significa que os americanos vão sofrer muito primeiro, para depois melhorar – se melhorar – a economia dos Estados Unidos.

O cenário enfraquece Trump, principalmente, nas eleições de meio de mandato – com grandes chances de ele perder a maioria já estreita na Câmara de Representantes.

Brasil vê sinais de renegociação

Enquanto isso, no Brasil, a equipe de Lula vê sinais emitidos por assessores de Trump de que pode haver espaço para negociar a flexibilização das novas tarifas.

As sinalizações foram dadas principalmente depois que a China decidiu retaliar os Estados Unidos, criando uma taxa extra de importação de produtos americanos também de 34% – mesmo percentual aplicado pelos EUA em sentido oposto.

Logo após reação chinesa, assessores de Trump passaram a dar declarações de que cerca de 50 países entraram em contato com o governo dos EUA para negociar.

Trump esperava ficar sempre na situação de quem comanda as negociações, e não contava em ser confrontado pela China.

Um dos aliados mais fiéis do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o pernambucano Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, foi um dos políticos mais ovacionados, ontem, durante o ato realizado pelo ex-presidente na Avenida Paulista. Gilson é considerado o braço direito de Bolsonaro em Pernambuco e já conta com o apoio do mesmo para a sua pré-candidatura ao Senado em 2026.

Por Luiz Queiroz – do site Capital Digital

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos, esteve, na última sexta-feira, em Campinas (SP), participando do lançamento do Parque Tecnológico do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer. Teve discurso e até plaquinha com o nome dela e do presidente Lula. Tudo não passaria de mais um evento corriqueiro do setor, não fosse o fato de que o parque é o mesmo que foi inaugurado há 10 anos pelo ex-ministro, Aldo Rebelo, ainda no Governo Dilma Rousseff, em 2015.

O ato de (re)inauguração ocorrido no dia 4 contou com dois momentos inusitados. O primeiro ocorreu quando, durante sua fala, o atual coordenador do parque, o servidor Fernando Ely, ignorou completamente os esforços realizados no período de 2007 a 2015, sonegando a informação de que a obra já existia há 10 anos.

O segundo momento, mais vexatório, foi o descerramento da placa de inauguração. Isso porque a placa original, contendo os nomes da presidente Dilma Rousseff e do ministro Aldo Rebelo, foi sumariamente substituída por uma nova, com os nomes da atual gestão do MCTI Renato Archer e do CTI, que não atuaram na construção do prédio.

Também foi retirada do local a placa que dava ao edifício o nome de José Bonifácio de Andrada e Silva, patriarca da independência e pioneiro da ciência, uma homenagem determinada pelo Ministro Aldo em 2015.

“Esse prédio homenageia José Bonifácio não apenas como líder da Independência, mas também como cientista pioneiro no Brasil”, disse na época Aldo Rebelo em seu discurso durante a solenidade de inauguração. José Bonifácio, segundo contou o ministro, chegou a participar de 18 sociedades científicas pelo mundo e foi o fundador da Academia de Ciências de Portugal. Estudou mineralogia em excursões por São Paulo e realizou pesquisas na Alemanha, na França e na Suécia, além de outros países.

Em 2015 o MCTI gastou R$ 4 milhões para a construção do primeiro prédio do Parque Tecnológico do CTI Renato Archer. Já sobre a reforma feita agora não se tem informações de quanto custou, pois transparência não faz parte ultimamente do vocabulário do MCTI. Sabe-se apenas que quem pagou a conta da obra foi a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), provavelmente com dinheiro do FNDCT.

“Expurgo”

O correto teria sido realizar uma solenidade de reativação da proposta do Parque Tecnológico CTI Renato Archer, já que após o Governo Dilma a instituição foi paralisada, servindo apenas de biblioteca para o Instituto Federal de São Paulo. Na época do ministro Aldo Rebelo e o CTI Renato Archer chegaram a lançar editais para atração de empresas, mas eles não tiveram êxito.

Mas havia um pequeno problema político para a reativação do Parque agora. Após dez anos de existência, mesmo sem ter gerado nenhuma pesquisa nova ou alguma inovação, não ficaria bem para a “comunista” Luciana Santos reativar um prédio que foi lançado pelo seu ex-companheiro de partido (PCdoB) Aldo Rebelo. O mesmo que resolveu dar uma guinada política de 180º e passou a ser apoiador de Jair Bolsonaro, na extrema-direita.

Então, seguindo o mesmo modelo político dos “expurgos de Stalin”, na antiga União Soviética, que desaparecia com adversários até em fotos, o MCTI e o ICT Renato Archer de comum acordo trataram de desaparecer com a placa comemorativa do lançamento do prédio do Parque Tecnológico contendo os nomes da ex-presidente Dilma e do ministro Aldo Rebelo, para colocar uma nova no mesmo local com os de Lula e Luciana Santos.

E foi assim que o MCTI e o CTI Renato Archer resolveram dar um tapa no passado e tratar o evento como inauguração. O próprio noticiário do ministério se encarregou de dar uma nova roupagem oficial para o expurgo político. Agora é tarde, não dá mais para voltar atrás no flagrante desrespeito com a memória científica brasileira.

Só que não dançaram não apenas Aldo Rebelo e Dilma Rousseff na antiga plaquinha. Também acabou indo para o esquecimento político o “Patriarca da Independência”, José Bonifácio de Andrada e Silva. Isso pega bem para um centro científico?

“Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta” – John Galbraith.

O prefeito de Petrolina, Simão Durando, cumpre agenda em Brasília nesta semana, onde participa da 87ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP). O encontro, reúne os gestores de diversas cidades do país para discutir pautas estratégicas e eleger a nova diretoria da FNP para o biênio 2025-2027. O objetivo é debater e promover o desenvolvimento e a inovação nas políticas públicas municipais.

Durante o evento, os prefeitos discutirão sobre temas fundamentais como segurança pública, efeitos climáticos, riscos fiscais, transporte, e oportunidades de parcerias com instituições financeiras e entidades nacionais e internacionais. A reunião contará também com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, além de diversos ministros.

O prefeito Simão destacou a relevância do encontro como um espaço de fortalecimento das políticas públicas municipais. “Participar da reunião da FNP é uma oportunidade de dialogar com prefeitos e prefeitas de todo o Brasil, trocar experiências e discutir soluções conjuntas para desafios comuns, como a segurança pública, que é uma das maiores preocupações da população hoje. Além disso, estamos aproveitando para buscar novas parcerias e projetos que beneficiem diretamente Petrolina”, afirmou o gestor.

A Prefeitura do Recife deu um passo importante para o fortalecimento da administração pública, com a nomeação de 41 novos gestores governamentais neste sábado (05), no Diário Oficial. Esta turma de novos servidores é oriunda do primeiro concurso público específico para o cargo.

“Esses gestores são essenciais para que possamos garantir que os programas e políticas públicas do Recife tenham continuidade, mesmo diante de mudanças administrativas. Eles contribuem para uma gestão mais eficiente, técnica e comprometida com resultados”, destacou o prefeito João Campos.

Do total de nomeados, 23 irão compor a equipe da Secretaria de Administração, enquanto os outros 18 atuarão na Secretaria de Planejamento e Gestão. Esses profissionais, que devem iniciar os trabalhos na Prefeitura a partir de maio, terão como principal missão aprimorar o funcionamento da máquina pública, garantindo a melhoria contínua dos processos internos e qualificação da execução orçamentária.

“Esses novos servidores que estamos convocando são quadros técnicos muito importantes. Eles vão assegurar a implementação de políticas públicas dentro do âmbito da gestão municipal e são profissionais que fazem a diferença no dia a dia, que garantem o azeitamento de toda a estrutura da máquina pública para que se consiga entregar melhores serviços e resultados para a ponta, ou seja, para a população”, salientou a secretária de Administração, Maíra Fischer.

Com a chegada dos novos servidores, o Recife passa a contar com um total de 80 gestores governamentais na área de Administração e 44 na área de Planejamento, formando uma base sólida para a manutenção da memória institucional e a continuidade das políticas públicas ao longo dos ciclos de gestão.

Por Maurício Rands*

Vivemos um momento de mal-estar geral. No mundo, a volta do vale-tudo protecionista de uma guerra comercial em que todos perdem e o aumento das guerras territoriais de limpeza étnica. Junto com a “normalização” de governos autoritários como os de Putin, Netanyahu e Trump. No Brasil, um certo cansaço. Apesar da boa gestão da economia, com crescimento de 3,6% e desocupação em declínio, a sensação térmica percebida pela população não leva em conta esses indicadores (a metáfora é de Wagner Gomes, da CBN). Prevalece a angústia com o preço dos alimentos.

Mas ricos e pobres estão cansados da violência e do trânsito que paralisa as cidades. Da carnificina a que têm que se submeter os entregadores de aplicativos para cumprir metas em suas motos. Das cidades cheias de pedintes. Da educação de baixa qualidade para a maioria do povo pobre. Da saúde que não dá conta do atendimento a quem não pode ter um plano privado. Da apropriação de recursos públicos por setores privados e pelos altos estamentos da burocracia. Da falta de esgotamento sanitário. A sensação é a de que o país é inviável. Problemas estruturais a demandar consensos, ainda que parciais, para enfrentá-los. Soluções que deveriam ser buscadas pelos três poderes. Por todos os entes federados. E pelo setor privado.

A angústia contra tudo isso, lógico, atinge mais quem está no leme do país. Mas todos temos nossas doses de culpas. Querer culpar apenas o Presidente da República é no mínimo ingenuidade. Ou, o mais das vezes, ideologização e politização oportunista do debate sobre o diagnóstico e as soluções para tantos problemas.

A semana que passou trouxe dois exemplos que poderiam indicar caminhos. Um veio do STF, sobre a questão da segurança pública. O irônico é que os ex-pares do atual Ministro da Justiça deram uma resposta ao seu longo blá-blá sobre a tal PEC da Segurança. Provocado, o STF julgou a “ADPF das Favelas”. Estabeleceu um plano para combater a letalidade policial nas operações contra o crime organizado nas comunidades do Rio de Janeiro.

Na sessão, estavam presentes movimentos sociais, a ministra de Igualdade Racial Anielle Franco, o governador Cláudio Castro, o prefeito Eduardo Paes e os deputados Pastor Henrique Vieira e Tarcísio Mota. Visões e interesses diversos. Mas todos apoiando o roteiro traçado pelo STF. A provar ser possível algum consenso parcial em tema tão complexo. Flávio Dino sintetizou o problema: “o crime organizado é estruturado com financiamento das milícias e na lavagem de dinheiro; o que tem de principal no crime organizado no Rio de Janeiro não está nos bairros populares. Não está nos morros, nem nas periferias. Na verdade, está no asfalto; segurança pública não é dar tiros aleatoriamente. Se tiver que dar, eventualmente, fazê-lo com método, uso da força legítima pelo Estado”. O presidente Barroso afirmou que o objetivo é investigar a participação dos grupos criminosos e “suas conexões com agentes públicos, com ênfase na repressão às milícias, aos crimes de tráfico de armas e de drogas e à lavagem de capitais”.

O plano de ação do STF faz determinações na direção correta. Elaboração de um plano de redução da letalidade pelo estado. Elaboração de um plano para retomada de áreas territoriais sob domínio de organizações criminosas. Garantia de recursos à PF para estrutura, equipamentos e pessoal necessários à execução de forças-tarefas. Que a PF instaure um inquérito, com equipe de dedicação exclusiva e permanente, para investigar a atuação dos grupos criminosos violentos em atividade no RJ e suas conexões com agentes públicos. Atuação em conjunto da PF com as polícias estaduais contra as organizações criminosas. Uso de câmeras corporais pelos policiais e suas viaturas. Que a PF abra inquérito para apurar crimes com repercussão interestadual e internacional e violações de direitos humanos nas comunidades pelo crime organizado. Que o Coaf, a Receita Federal e a Secretaria Estadual da Fazenda atendam pedidos nas investigações.

Obrigação de autópsia em casos de mortes decorrentes de ações policiais. Obrigação do estado de criar programas de assistência à saúde mental dos agentes de segurança. Dever de respeito à proporcionalidade no uso da força, especialmente nos horários de entrada e saída das escolas, permitindo-se o ingresso da polícia em casos excepcionais de uso dos estabelecimentos para a prática de crimes

São medidas corretas que foram apoiadas por diferentes atores e forças políticas. Um exemplo do que o país poderia fazer para resolver os graves problemas da educação, da saúde, do saneamento e do trânsito. No mesmo sentido de “crise de sensatez”, o Senado Federal acaba de dar outro exemplo. Por unanimidade aprovou o “Projeto da Reciprocidade” autorizando o governo federal a tomar medidas que respondam à imposição de tarifas e barreiras às exportações brasileiras por governos iliberais como os de Donald Trump.

*Advogado formado pela FDR da UFPE, professor de Direito Constitucional da Unicap, PhD pela Universidade Oxford

Faleceu, na madrugada de hoje, aos 96 anos, em Araripina, no Sertão pernambucano, o professor Vicente Alexandre Alves – um dos mais notáveis nomes da educação, da fé e do desenvolvimento social da Região do Araripe. Católico fervoroso, filósofo, teólogo e pesquisador nato do semiárido, Vicente foi peça central na construção de instituições e valores que moldaram a história de Araripina e municípios vizinhos.

Nascido em 10 de junho de 1928 no Sítio Inácio, Distrito de São Gonçalo (atualmente pertencente a Araripina), era filho de Antonio Alexandre Alves e Isabel Paulina Alves. Cresceu entre nove irmãos, em uma família marcada pela simplicidade e pelos valores cristãos. Desde cedo, destacou-se como um menino estudioso, hábil no trabalho rural e dedicado à Igreja, onde foi coroinha do Padre Luiz Gonzaga Kehrle. As informações são do portal Araripina em Foco.

Vicente seguiu a vocação sacerdotal, sendo enviado ao seminário pelo bispo Dom Avelar Brandão Vilela. Ordenado padre por Dom Antonio Campelo de Aragão, em Petrolina, logo se tornou seu secretário particular, responsável por importantes obras sociais nas áreas da saúde e educação.

Entre suas realizações mais marcantes está a fundação da primeira rádio educativa da região, a Emissora Rural “A Voz do São Francisco”, voltada para a alfabetização rural. Foi um dos protagonistas na construção da Escola Normal Dom Malan e do Hospital e Maternidade Santa Maria, em Araripina, em parceria com as Irmãs Medianeiras da paz.

Homem de visão e ação, Vicente também teve papel fundamental na criação da primeira companhia telefônica de Araripina, atualmente patrimônio da Telemar, e na fundação do Colégio Paulo VI – o primeiro colégio estadual da cidade.

Como educador incansável, liderou o processo de interiorização do ensino superior na região ao fundar a FAFOPA (atual AEDA – Autarquia Educacional do Araripe), hoje referência em educação superior no Sertão pernambucano. Sua atuação se estendeu ainda à criação da Fundação de Ensino Agrícola, embrião da atual FACIAGRA.

Vicente também teve importante papel político e social em outras localidades. Em Serrita, enfrentou o domínio do Coronel Chico Romão e foi uma das vozes principais pela emancipação do então distrito de Sítio dos Moreiras, hoje o município de Moreilândia.

Mesmo com o avançar da idade, permaneceu ativo na vida pública e educacional de Araripina. Era assessor especial do prefeito Valdeir Batista, contribuindo com o projeto de implantação do Centro Universitário da AEDA. Ambientalista comprometido, coordenava o Projeto de Reflorestamento Josias Inojosa, com o mesmo vigor e idealismo de sua juventude.

Professor Vicente era casado com a também educadora Elody Gomes Cordeiro Alves, com quem teve dois filhos: o Dr. Alexsandro Grande Cordeiro Alves, cirurgião dentista e atual Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Araripina; e o Dr. Carlos Antônio Cordeiro Alves, cardiologista e fundador da Clínica do Coração. Deixa ainda os netos Daniel Grande Meira Cordeiro Alves e Gabriel Meira Cordeiro Alves, e as noras Luciana Meira Alves e Suela Delmondes F.C. Alves.

Com a morte do professor Vicente Alexandre Alves, Araripina e o Sertão do Araripe perdem uma de suas mentes mais brilhantes e corações mais generosos. Seu legado, no entanto, continuará vivo nas escolas que ajudou a fundar, nas vozes educadas por seu exemplo, e no amor que sempre demonstrou por sua terra e seu povo.

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

A Galinha Pintadinha é uma criação artística de animação infanto-juvenil dos produtores Juliano Prato e Marcos Luporine

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Lá vem o carro do homem do ovo, acompanhado de um retreta e foguetório. “Direto do granjeiro. Economize comprando e compre economizando. É 20 reais a bandeja com 20 ovos”. A meninada faz festa. As donas de casa batem as panelas. O homem do ovo não dá pra quem quer. É preço de black friday.

O marqueteiro Sidronovsky criou o programa Minha Galinha Poedeira, Minha Vida, para vender ovos baratos e melhorar a imagem do Pastoril do Cordão Encarnado, que estava mais suja que poleiro de galinha de galinha de antigamente.   

Dizei-nos, homem do carro do ovo, qual o segredo para o seu produto ser o best-seller da temporada? É o ovo direto da granja, respondeu. Isto já sabemos. Qual a misteriosa granja? É a Granja do Torto no Planalto Central em Brasília. Além de serem tratadas com amor e carinho, as galinhas poedeiras da Granja do Torto são atendidas por massagistas, fisioterapeutas, psicólogos e se alimentam de ração importada. Cada grupo de 10 poedeiras recebe a assistência técnica sexual de um galo garnizé.

A Galinha Pintadinha, que bota ovos todo dia, graúdos e de muita sustança, será principal estrela do programa.  O presidente Donald Trump taxou os ovos de Galinha Poedeira Pintadinha em 30 % com medo da concorrência com os ovários das galinhas poedeiras americanas.  

O Bompreço/Carrefour fechou várias lojas em Recife por causa da concorrência do homem do ovo. O homem do carro do ovo é o Silvio Santos do baú da felicidade ovípara. Vamos abrir as portas da felicidade do galinheiro.

Aconteceu de a Galinha Pintadinha, uma das mais queridas do rebanho, ficar dodói. Sentia febre e dor no ovário. O Galo Carijó tratou de procurar o parlamentar responsável. Mas, o bicho tinha viajado pras Europas e torrou toda a verba do orçamento secreto. Providenciaram um doutor particular.

A Pintadinha estava acamada. A Galinha Pintadinha foi levada para um hospital veterinário cinco estrelas numa ambulância do SAMU. O doutor disse que não atendia pelo SUS, só no particular. Doutor, será a gripe aviária? De jeito nenhum. O rebanho brasileiro está vacinado. Atualmente respira com ajuda de ar-condicionado split e as funções vitais estão preservadas.

O doutor mediu a pressão arterial do galináceo, pediu um monte de exames e fez o diagnóstico: a Galinha Pintadinha entrou em menopausa. O ovo dela gorou. Não poderá mais botar nenhum ovo por dia. A popularidade do governo despencou e o dólar foi às alturas. O Véio do Cordão Encarnado demitiu o marqueteiro.   

A Galinha Pintadinha gemia ao sentir dor. “Ah esta vida social me cansa. Ninguém me ama, ninguém me quer. Eu sou apenas uma Zé Mané”.  O Véio do Pastoril Encarnado disse que o culpado era Bolsonaro, porque sempre teve um preconceito animalesco”.

*Periodista, escritor e quase poeta