Professores aprovados em concurso da rede estadual pedem renovação do certame na Justiça

A poucos dias do fim da validade do concurso público para professores efetivos da rede estadual, mais de 1.500 aprovados aguardam uma definição do Governo de Pernambuco sobre a renovação do certame. O prazo expira em 13 de abril, e até agora não houve posicionamento oficial sobre a prorrogação por mais dois anos, conforme previsto no edital. Em meio ao impasse, cresce a insatisfação entre os candidatos, especialmente após declarações do secretário estadual de Educação, Gilson Monteiro Filho, que entraram em conflito com o posicionamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).

Diante da incerteza, o acadêmico de Direito Aldo Rincoski Cavalcanti, membro da comissão dos aprovados, protocolou uma Ação Popular na 6ª Vara da Fazenda Pública da Capital, solicitando liminar para suspender o prazo de validade do concurso até que o Governo renove oficialmente o certame ou esclareça as irregularidades apontadas. Entre as denúncias estão o descumprimento de itens do edital — como o remanejamento do cadastro de reserva —, a preterição de candidatos, a renovação de contratos temporários em desacordo com orientações do TCE e a falta de transparência sobre nomeações e desistências.

A ação também questiona a ausência de divulgação de uma nova auditoria do TCE (Processo nº 24101002-0) e aponta inconsistências na contabilização das vagas. De acordo com dados do processo TC nº 24100439-, foram identificadas 8.682 vagas, 7.049 aprovados, mas apenas 4.858 foram relacionados para nomeação. O secretário Gilson Monteiro e o conselheiro do TCE, Ranilson Ramos, foram listados como testemunhas para esclarecer os critérios adotados tanto pelo Governo quanto pelo órgão de controle.

Os professores esperam que a Justiça conceda a liminar em tempo hábil, garantindo a suspensão do prazo do concurso enquanto a situação é apurada. Sem a renovação, os candidatos temem perder o direito à nomeação, mesmo diante da existência de vagas e da permanência de contratos temporários em vigor.

A Prefeitura de São José do Egito realizou, na manhã desta segunda-feira (7), a abertura oficial dos Jogos Escolares Municipais no Ginásio Wandelson Barbosa. O evento contou com a presença de autoridades locais, como o prefeito Fredson Brito, o vice-prefeito Zé Marcos de Lima e secretários municipais, além de centenas de estudantes e professores das redes municipal, estadual e privada. O ginásio, que passou por reforma recente, ficou com as arquibancadas lotadas.

Um dos destaques da solenidade foi a condução simbólica da tocha olímpica por alunos com autismo e síndrome de Down, ao lado do atleta de Muay Thai Yago, filho do professor Wagner César. A programação dos jogos segue nos próximos dias com competições em várias modalidades.

Após o confronto entre Sport e Palmeiras, realizado ontem (6), na Ilha do Retiro, o Sport Club do Recife divulgou nota oficial em que manifesta repúdio à atuação da equipe de arbitragem, liderada por Bruno Arleu de Araújo. O clube aponta uma falha grave no uso do VAR em lance decisivo da partida, o que, segundo a diretoria rubro-negra, influenciou diretamente no resultado. O Sport promete acionar formalmente a Comissão de Arbitragem da CBF e cobra providências imediatas para que casos semelhantes não voltem a ocorrer.

Confira a nota na íntegra:

O Sport Club do Recife vem a público manifestar sua total e absoluta indignação diante da atuação desastrosa da equipe de arbitragem comandada pelo Sr. Bruno Arleu de Araújo, no confronto deste domingo (06), na Ilha do Retiro, contra o Palmeiras. O Sport cobrará oficialmente respostas da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol.

A condução da partida foi marcada por um erro crasso, inadmissível em uma competição do porte da Série A do Campeonato Brasileiro, onde a omissão do uso do VAR em lance capital evidencia a falha grave que influenciou diretamente no resultado do jogo.

O Clube exige da Comissão de Arbitragem da CBF providências imediatas e efetivas. A tolerância com erros tão graves precisa acabar. É necessário que haja responsabilização dos envolvidos, a fim de evitar que episódios como este voltem a se repetir.

O Sport Club do Recife seguirá firme e incansável na cobrança por melhorias na arbitragem brasileira, em defesa da transparência, da justiça esportiva e do respeito ao futebol.

Por Blog da Folha

A Executiva Estadual do PSOL de Pernambuco se posicionou contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que aumenta os valores das emendas parlamentares de 0,8% para 2% da Receita Corrente Líquida do estado. A proposta está tramitando na Assembleia Legislativa de Pernambuco e pode ir amanhã para votação.

A Executiva aponta que está em sintonia com a luta nacional do partido, questionando o aumento de valores das emendas parlamentares em todo o país. O partido argumenta que a medida “contribui para o fortalecimento de um modelo de gestão pública que prioriza a distribuição de recursos de forma clientelista, em detrimento das necessidades reais da população”.

Além disso, o PSOL também defende que a PEC das Emendas Parlamentes aumenta os riscos de escândalos de corrupção e prejudica o planejamento financeiro do estado de Pernambuco, “comprometendo a execução de políticas públicas essenciais para o desenvolvimento social e econômico”.

A posição da Executiva está alinhada aos princípios de transparência e eficiência para a administração pública, voltados para as necessidades da maioria, “não para interesses individuais ou partidários”, defende o partido.

O espaço Lounge Music, localizado na Avenida Bernardo Vieira de Melo, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, será palco da primeira edição da festa Forró e Vaquejada, nesta sexta-feira (11). O evento reúne dois nomes de destaque da música nordestina: a tradicional banda Brasas do Forró e o cantor Rey Vaqueiro, conhecido por seu repertório voltado à vaquejada e à cultura sertaneja.

Com ingressos a partir de R$ 50, disponíveis na bilheteria do local e pela plataforma Outgo, a programação busca unir diferentes gerações em torno da valorização da música regional. A expectativa é de que o evento movimente o público da Região Metropolitana do Recife com uma noite dedicada ao forró e às manifestações culturais do sertão.

Por Osvaldo Matos Jr*

Enquanto brasileiros de bem enterram seus filhos vítimas da violência, criminosos reincidentes desfilam livremente pelas ruas, protegidos por um sistema jurídico frouxo, leniente e, muitas vezes, cúmplice. A impunidade no Brasil não é fruto apenas da ação dos bandidos, mas da omissão criminosa de nossos legisladores que, por conveniência ou covardia, se recusam a endurecer leis que hoje funcionam como escudos para o crime.

Segundo o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou mais de 46 mil mortes violentas no último ano — e, embora o número indique queda estatística, permanece um retrato trágico de um país onde vidas são ceifadas com banalidade e onde o criminoso tem mais garantias que a vítima.

O dado mais alarmante talvez seja a taxa de reincidência criminal, que chega a 32%. Isso significa que, de cada 10 presos, ao menos 3 voltarão a cometer crimes — e isso se considerarmos apenas os que são novamente capturados. Os reincidentes são tratados como se tivessem direito a infinitas segundas chances, mesmo após cometerem crimes hediondos. A estrutura penal se mostra incapaz de reeducar e ainda mais incompetente em proteger a sociedade.

Mais escandaloso ainda é o tratamento dado a menores infratores homicidas, que, mesmo após tirar vidas, cumprem no máximo três anos de internação e são liberados com ficha limpa ao atingirem a maioridade. Muitos voltam a matar, como apontam casos que se acumulam nas páginas policiais. Um menor de idade que assassina friamente e, em poucos anos, está solto para matar de novo é o retrato de um sistema falido — e de um parlamento omisso.

Boa parte do problema está na forma como nossas leis são escritas: com brechas, subjetividades e princípios abertos, que permitem interpretações brandas por parte de juízes e tribunais. A responsabilidade disso recai, inevitavelmente, sobre o Congresso Nacional, que, em vez de legislar de forma objetiva e fechada, prefere terceirizar decisões ao Judiciário — transformando juízes em legisladores de toga.

É o caso das audiências de custódia, onde criminosos são presos em flagrante e liberados em menos de 24 horas por “ausência de periculosidade” ou “excesso de prisão preventiva”, mesmo após cometerem crimes violentos. O Judiciário se escora na frouxidão das leis, mas a culpa está em quem as redige: nossos parlamentares.

Por que o Congresso não revisa o ECA? Por que a redução da maioridade penal ainda é tabu? Por que juízes ainda têm tanta margem de interpretação para soltar criminosos perigosos com base em princípios subjetivos como “dignidade” e “ressocialização”, mesmo diante de provas robustas? Porque falta coragem, sobram conveniências e ideologia barata.

O Brasil não mudará enquanto tratarmos bandidos como vítimas sociais. A verdadeira vítima é o cidadão honesto, que vive com medo, trancado em casa, enquanto os criminosos andam soltos, amparados por um sistema penal que não pune, mas acolhe.

É hora de exigir responsabilidade de nossos parlamentares. Ou endurecemos as leis, ou continuaremos a enterrar inocentes em nome de uma justiça “progressista” que só serve aos algozes.

*Empresário; cientista social e político; publicitário; MBA em Inteligência Competitiva e Planejamento Estratégico; especialista em Gestão Pública, Marketing, Comércio Exterior, Comunicação Pública e Turismo.

Aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmam que ele sairia enfraquecido se pautasse o projeto que anistia os envolvidos no 8 de janeiro diante do aumento da pressão do PL, sigla de Jair Bolsonaro. Para líderes de partidos de centro, o PL “errou na mão” ao com os discursos nos atos deste domingo e que ele não deve ceder. Aliados de Motta afirmaram que ele não tem a intenção de pautar a urgência ou mérito do projeto de lei da anistia. Motta repetiu aos líderes mais próximos que “não é o momento” para avançar com a proposta. Em evento em São Paulo nesta segunda-feira, Motta disse que pautar o projeto neste momento pode ampliar a “crise institucional”.

Isso porque, o presidente da Câmara estaria fazendo a vontade do PL. Líderes avaliam que se tudo o que o PL quiser for feito, o partido não terá limites e não respeitará a autoridade de presidente. As informações são do Jornal O Globo.

O líder do PL na Câmara, Sostenes Cavalcante (RJ), afirmou neste domingo, durante ato na avenida Paulista, em São Paulo, que o partido estuda realizar um ato político em João Pessoa (PB), terra de Motta. Sostenes ainda disse que “a anistia será pautada, querendo ou não” e que divulgaria a lista com nomes de deputados que não assinaram o requerimento de urgência para a proposta, ou estão indecisos. A ameaça de divulgação dos parlamentares irritou ainda mais os deputados do Centrão, que já vinham estressados com a postura do PL de “bater o pé”.

Nesta segunda, Motta afirmou em evento na Associação Comercial de São Paulo que não quer aumentar a crise institucional, em uma referência a relação entre Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).

— Defendo dois pontos. Primeiro, a sensibilidade para corrigir algum exagero que vem acontecendo com relação a quem não merece receber uma punição. Acho que essa sensibilidade é necessária, toca a todos nós. E a responsabilidade de poder, na solução desse problema, que é sensível e é justo, nós não aumentarmos uma crise institucional que nós estamos vivendo — afirmou.

Aliados do presidente da Câmara pontuam que se o PL tivesse uma postura diferente, mais negociada e serena, as chances de conseguir avançar com a matéria seriam bem maiores. Motta vinha defendeu junto a líderes de centro que fosse criada uma comissão especial para debater o projeto, se formular um texto que abordasse a dosimetria das penas e depois que a matéria fosse colocada em plenário. A proposta, porém, foi rejeitada por Sostenes Cavalcante que, em mais de uma reunião com Motta, negou a possibilidade de aceitar o colegiado para análise da matéria.

O líder do PL afirma ter 163 assinaturas para pautar o requerimento de urgência, são necessárias 257 para que a proposta tenha a chance de entrar na fila de prioridades do plenário. Mas, mesmo que a legenda conseguisse o total de assinaturas necessário, seja por meio dos líderes ou individualmente, a decisão de colocar o requerimento de urgência e proposta em votação é do presidente da Casa. Hugo Motta não quer arriscar uma relação saudável que vem construindo com o Supremo Tribunal Federal (STF).

Outro ponto destaca pelo líderes aliados de Hugo Motta, porém, é a influencia que os presidentes dos partidos de centro poderão ter sobre a pauta da Câmara. Republicanos, PP e União Brasil tem iniciado as costuras política para 2026, o que passa, principalmente, por uma construção de aliança com Jair Bolsonaro. O apoio do ex-presidente é considerado essencial para direita capitalizar votos.

Por Anthony Santana
Do Blog da Folha

Diante da apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reajusta para 2% a porcentagem da receita corrente líquida do Estado que deverá ser destinada aos deputados como emendas, a gestão Raquel Lyra informou aos deputados da base governista que não terá condições de pagar além do que já ofereceu.

De acordo com o deputado Joãozinho Tenório (PRD), o secretário de Fazenda, Wilson de Paula, detalhou que cada 0,1% de aumento representa R$ 138 milhões no orçamento do Estado.

O deputado federal Fernando Monteiro (Republicanos) se reuniu nesta segunda-feira (7), no Recife, com o presidente da Eletrobras Chesf, João Henrique de Araújo Franklin Neto, para cobrar uma solução definitiva aos problemas de fornecimento de energia elétrica que afetam mais de 35 mil famílias assentadas nos perímetros irrigados do Sistema Itaparica. A audiência aconteceu menos de 48 horas após o parlamentar visitar o município de Orocó, onde ouviu relatos dos produtores locais sobre as dificuldades enfrentadas.

Monteiro destacou que a visita ao Sertão teve como objetivo verificar in loco a realidade dos agricultores e reforçar a urgência por medidas concretas. “A prioridade é resolver, em definitivo, o dilema da energia elétrica. Levei pessoalmente as demandas e a situação dos assentados ao presidente da Chesf”, afirmou o deputado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (7) que o governo federal está “tentando fazer um pouco de justiça social” com a isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas que ganham até R$ 5 mil por mês.

“Um país é muito fácil de ser governado se você resolver governar apenas para uma pequena parcela”, disse para a plateia em cerimônia de expansão da fábrica da Novo Nordisk, em Montes Claros (MG). As informações são do Valor Econômico.

E acrescentou: “Se você quiser governar para todo mundo, começa a ter problema com aqueles que ganham mais”, disse, a respeito da resistência à isenção para pessoas físicas que ganham até R$ 5 mil.

O projeto, que está em tramitação no Congresso, estabelece duas maneiras de compensação para as medidas, que são as cobranças de até 10% para pessoas físicas que ganham mais de R$ 600 mil por ano e de 10% sobre dividendos remetidos para o exterior.

Em sua fala, Lula afirmou que, “muito dinheiro na mão de muitos significa desenvolvimento”.