Cayo Albino visita Hospital Dom Moura e acompanha obras da futura UTI Pediátrica

O deputado estadual Cayo Albino (PSB) visitou o Hospital Regional Dom Moura (HRDM), em Garanhuns, para acompanhar o andamento das obras de implantação da UTI Pediátrica da unidade, que é referência em saúde para 22 municípios do Agreste Meridional. Com a conclusão da obra, a expectativa é que famílias da região não precisem mais se deslocar a Caruaru ou Recife em busca de atendimento pediátrico intensivo.

Segundo Cayo Albino, a construção da unidade foi viabilizada por meio de uma emenda parlamentar do deputado federal Felipe Carreras, no valor de R$ 1,5 milhão, articulada em parceria com o prefeito Sivaldo Albino. “Essa ação é resultado da mobilização de um grupo de mães que reivindicaram seus direitos. O recurso já foi pago e está na conta do Governo do Estado”, afirmou o parlamentar.

Na próxima quinta-feira (27), o distrito de Algodões, em Sertânia, Sertão de Pernambuco, realizará uma Missa Solene em homenagem aos 100 anos da morte do Dr. José da Rocha Carvalho. A cerimônia ocorrerá às 19h, na Capela de São Sebastião, construída com o apoio do próprio médico, que faleceu em 27 de março de 1925. Ele foi o primeiro médico a se instalar na região, tornando-se uma figura de grande relevância social ao oferecer cuidados médicos especialmente à população mais carente.

O Dr. José da Rocha Carvalho chegou a Algodões em 1917, após enfrentar perseguições ligadas à Hecatombe de Garanhuns. Lá, viveu seus últimos anos de vida, dedicando-se à medicina com compromisso e generosidade. Além de ajudar na construção da capela, ergueu sua residência e fundou o primeiro posto de saúde do Sertão, onde prestava atendimento muitas vezes sem cobrar pelos serviços. Contraiu tuberculose ao cuidar de pacientes infectados e morreu em decorrência da doença, sendo sepultado no cemitério Parque das Lágrimas, em Algodões.

Reconhecido por seu trabalho e escuta atenta aos pacientes, o médico deixou um legado marcante na história de Sertânia. Seu nome foi dado a uma rua do distrito, e sua trajetória é lembrada como exemplo de dedicação ao bem-estar coletivo.

O deputado estadual Antonio Coelho (UB) criticou a política de segurança pública do Governo de Pernambuco. Em publicação nas redes sociais e em entrevista à Rádio Cultura do Nordeste, o parlamentar alertou para a redução proporcional dos recursos destinados ao setor, mesmo com o crescimento do orçamento geral do Estado. Segundo ele, essa diminuição compromete as condições de trabalho dos profissionais da área e agrava a violência.

Durante a entrevista ao programa Comando Geral da Notícia, Coelho afirmou que Pernambuco é hoje o segundo estado mais violento do Brasil, com uma taxa de 33,5 homicídios por 100 mil habitantes — número quase sete vezes maior do que o registrado em São Paulo, considerado o estado mais seguro do país. O deputado também destacou que, em valores reais, os investimentos em segurança em 2024 estão no mesmo patamar de 2019.

Outro ponto levantado foi a redução do efetivo de servidores da segurança pública. Para Antonio Coelho, além da falta de investimentos, o governo demonstra ausência de “pulso firme” e de uma gestão eficiente para conter os índices de violência.

“O Estado precisa de um governo que trate a segurança como prioridade e ofereça soluções reais para o dia a dia da população”, declarou. O deputado cobrou uma mudança de postura por parte da gestão estadual e reforçou que é urgente reorganizar os recursos para dar a devida atenção ao setor.

Por Maria Cristina Fernandes
Do Valor Econômico

A exibição do vídeo com uma seleção dos atos mais violentos do 8 de janeiro, bem como dos documentos que comprovam o acesso das pessoas que preparam o golpe ao ex-presidente Jair Bolsonaro foi o ápice do voto do ministro relator, Alexandre de Moraes, que levou duas horas para fazer a leitura detalhada do seu voto.

A unanimidade com a qual a denúncia foi aceita demonstra não apenas o reconhecimento do trabalho do procurador-geral da República, Paulo Gonet, mas também o sucesso de Moraes, secundado pelos ministros Flávio Dino e Carmen Lúcia, em contrapor a “guerra campal” para desfazer a ideia do “passeio no parque” com a qual o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro , que, no primeiro dia do julgamento, foi alvo de questionamento do ministro Luiz Fux.

Moraes recorreu à psicologia para explicar a relativização dos atos, que ele chamou de “viés de positividade”. Atribuiu a uma necessidade de autoproteção do cérebro o viés de lembrar as notícias boas e esquecer as ruins. Referiu-se ao caso de Débora Santos, a cabeleireira condenada a 14 anos de prisão, que não estava entre os réus da sessão, sem mencionar seu nome, como exemplo de “narrativa das velhinhas de bíblia na mão e de pessoas com batom” que “enganam as pessoas de boa fé com viés de positividade”.

A condenação de Débora teve pedido de vista do ministro Luiz Fux, que aludiu a sua decisão durante seu voto. “Em determinadas situações me deparo com penas exacerbadas. Quero analisar o contexto em que a senhora se encontra”, disse, num tom de explicação a Moraes sobre seu pedido. “Julgamos sob violenta emoção (…) debaixo da toga bate um coração”

Ainda que não estivesse em causa o mérito da denúncia, Moraes citou um por um os denunciados, acrescentando passagens da defesa apresentada por seus advogados que questionaram a materialidade da denúncia contra seus clientes.

Exibiu o registro de controle e de saída do Palácio do Alvorada no dia 7 de dezembro de 2022, dia em que foi exibida a minuta golpista aos três comandantes das Forças Armadas para contestar a posição defendida pelo advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, de que não há liame entre o ex-presidente e os atos golpistas: “Não é normal que um presidente da República que acabou de perder uma eleição se reúna com comandantes para tratar de uma minuta de golpe”.

E, numa referência à defesa apresentada por José Luis de Oliveira Lima, advogado do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice-presidente de Bolsonaro, que se queixou de não ter tido acesso à totalidade das provas, leu mensagens que comprovariam a materialidade de seus atos e que estão presentes tanto no relatório dda Polícia Federal quanto na denúncia do PGR.

“Até a máfia tem como código de conduta não envolver a família de seus adversários”, disse, numa referência às mensagens em que Braga Netto dizia a um coronel para infernizar o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Batista Jr. e sua família pela resistência oferecida ao golpe.

Foi seguido pelo ministro Flávio Dino que se valeu do golpe de 1964 para contestar a tentativa de minimização do 8/1 pela inexistência de mortes naquele dia. “É uma desonra à memória nacional”, afirmou, numa referência aos mortos pelos 21 anos de ditadura. E, na mesma linha, mencionou o facismo e o nazismo para contestar a banalização dos acontecimentos. “Aqueles que, nos anos 1920 e 1930 normalizaram Mussolini e Hitler se arrependeram quando viram as consequências nos campos de concentração”.

Fustigou ainda Fux ao mencionar artigo de um colaborador de seu gabinete, Michael Procópio, em defesa da dupla tipificação de crimes. A superposição dos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado foi mencionada por Fux no primeiro dia do julgamento como uma das questões que, a seu ver, têm colaborado para a dosimetria exagerada de penas. “Meus assessores têm total independência, mas o ministro sou eu”, respondeu Fux.

Moraes pegou carona no voto de Dino para também defender a coexistência dos dois crimes citando a Polônia. Disse que houve um atentado contra a Suprema Corte polonesa. E que isso se configurou num atentado contra um dos Poderes constituídos, mas não uma tentativa de golpe de Estado.

Na linha de que não se faz um golpe em um dia, a ministra Cármen Lúcia citou livro que está para ser publicado pela historiadora Heloísa Starling (“Máquina do golpe”) que mostra como o golpe de 1964 começou a ser urdido com a promulgação da Constituição de 1946.

Lembrou a tentativa de obstruir o voto dos eleitores do Nordeste, pela PRF, e que sua sugestão de antecipar a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do dia 19 para o dia 12 resultou da percepção de que se vivia, naquele momento, com o “ruído” debaixo dos pés – “Não foi um passeio na calçada do Forte Apache”.

Ao votar, Fux, rebateu o argumento de Dino de que as penas são fixadas pelo legislador. “É ele quem define mas é magistrado que as fixa”, disse, anunciando que faria a revisão da dosimetria ao longo do julgamento de mérito. Terminou seu voto com um elogio ao voto de Moraes – “Não deixou pedra sobre pedra” – numa postura mais amena do que a adotada no primeiro dia de julgamento quando defendeu a realização de um novo depoimento do delator ao qual gostaria de estar presente.

O presidente do colegiado, Cristiano Zanin, fez o voto mais curto, contestando o argumento da defesa de Bolsonaro sobre a ausência do presidente do Brasil no 8/1 (“Se colaborou, ele responde”), ressaltando a unanimidade daquela Primeira Turma na aceitação da denúncia.

Bolsonaro assistiu o julgamento da sala de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Se sua presença no plenário do STF na véspera, serviu para seus aliados para contrapor a “coragem” do ex-presidente à “covardia” de seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se fixou nos Estados Unidos, desta vez, pareceu sinalizar que é daquela Casa que espera uma resposta ao Supremo. A prioridade do ex-presidente é a eleição de uma bancada majoritária no Senado capaz de votar o impeachment de ministros do STF.

A má notícia da unanimidade para Bolsonaro só concorreu com a nota do presidente americano, Donald Trump, que, ao apresentar uma proposta legislativa para aumentar a segurança do sistema de votação e evitar o voto de estrangeiros, fez um elogio à biometria sistema eleitoral brasileiro. A afronta ao resultado das urnas é um dos motivos pelos quais Bolsonaro foi parar no banco dos réus.

Opresidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, se reúne nesta quinta-feira (27), às 15h, no MDIC, em Brasília, com secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico. O Encontro terá como tema principal a atração de investimentos ao país e como os estados da federação desempenham papel fundamental nesse processo.

Estarão presentes na reunião, além do presidente em exercício e secretários estaduais, a secretária-executiva da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), Marcela Carvalho, e a representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, Annette Killmer. As informações são do gov.br.

Por Marilia Parente
Do Diario de Pernambuco

Quarenta e três câmaras municipais em Pernambuco não contam com quadro de servidores efetivos. Dentre elas, 34 funcionam exclusivamente com servidores comissionados e as nove restantes com comissionados e terceirizados. É o que aponta um levantamento realizado pelo Diario de Pernambuco com os dados de dezembro de 2024, disponibilizados no portal Tome Conta, do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE).

De acordo com a professora de Direito da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Rogéria Gladys, embora não seja ilegal, a ausência de servidores efetivos fere o princípio da moralidade pública, previsto pelo artigo 37, inciso V, da Constituição Federal. Segundo o texto constitucional, “os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento”.

“Esse percentual de comissionados vem incomodando tanto que o Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) já entrou com ação questionando essa quantidade de contratação, porque não tem um mínimo, não tem um limite. Apesar disso, o Supremo Tribunal Federal já decidiu que não há ilegalidade nessa modalidade e que não é preciso criar uma lei nacional para instituir um mínimo de contratações de cargos em comissão”, explica Gladys.

Para a professora, a postura representa uma contradição com a Súmula Vinculante nº 13 da própria corte, que impede a contratação de familiares de agentes públicos até 3º grau para funções de confiança ou cargos comissionados. “Infelizmente, vamos continuar vendo esse excesso de contratações. É importante ressaltar que o cargo comissionado é um cargo de confiança, que acaba tendo todo um viés político”, ressalta.

Além disso, Gladys acredita que as contratações de cargos em comissão precarizam o trabalho no serviço público. Para eles, direitos como aviso prévio, férias e 13º salário dependem do contrato estabelecido pelo órgão. “Alguns órgãos não pagam aviso prévio, pois o comissionado pode ser exonerado a qualquer instante. Sendo assim, eles não têm direito a estabilidade”, diz a professora. Por outro lado, para aqueles que sonham em prestar concurso para atuar nas casas legislativas, sobram poucas oportunidades de ingresso. “Ficam fora do sistema, pois a concorrência nunca será igualitária. Por isso, no meu entendimento, o excesso de comissionados fere também o princípio da proporcionalidade”, completa.

Casas legislativas se tornam instituições sem memória

Para Priscila Lapa, doutora em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), embora a ausência de servidores efetivos não seja uma característica apenas das casas legislativas de Pernambuco, os números levantados pela reportagem do Diario são alarmantes. “O preceito constitucional não está sendo cumprido, no sentido de vencer algumas características da cultura política brasileira, incluindo a apropriação do que é público por interesses privados. Quando você não tem servidores efetivos, perde o senso de continuidade das ações, vinculando claramente a ocupação de cargos públicos a conveniências políticas”, comenta.

A cientista política frisa que a produção de políticas públicas eficientes nas câmaras depende de pessoal qualificado. “Claro que pessoas que não são concursadas podem ter competência para exercício da função, mas obviamente os comissionados têm compromissos e laços pessoais com a classe política, o que pode levar ao enviesamento das análises. Então esse é um dado que contribui muito para uma visão de uma ineficiência do poder legislativo municipal diante do relevante papel que ele possui”, acrescenta.

Com mudanças tão significativas de pessoal a cada legislatura, as câmaras municipais sofrem com a descontinuidade constante dos trabalhos. “Os efetivos guardam a história, a memória e o compromisso com a continuidade das leituras, dos processos e das análises. E, claro, garantem um mínimo de isenção na atuação do poder legislativo. No momento em que perdemos pessoas vinculadas às câmaras, e não aos gabinetes, acabamos herdando leituras mais transitórias e menos comprometidas com um senso de continuidade”, conclui.

UVP diz incentivar a realização de concursos

Procurada pela reportagem, a União dos Vereadores de Pernambuco (UVP) se posicionou sobre o levantamento por meio de nota. A instituição disse que “tem buscado orientar e incentivar a realização de concursos públicos nas Câmaras Municipais”. Segundo a UVP, desde a legislatura passada, diversas casas legislativas realizaram concurso público. Confira o posicionamento na íntegra:

“A União dos Vereadores de Pernambuco tem buscado orientar e incentivar a realização de concursos públicos nas Câmaras Municipais, inclusive desde a legislatura passada diversas Casas Legislativas realizaram concurso público para provimento de cargos efetivos.

Ocorre que, algumas câmaras municipais estão em fase de atualização da estrutura administrativa, que é uma fase preliminar a realização do concurso e que necessita de aprovação do plenário da Câmara Municipal e por esse motivo as vezes ocorre uma morosidade nos atos preliminares ao certame”.

Municípios cujas câmaras municipais não têm servidores efetivos:

1- Afrânio

2- Araçoiaba

3- Barra de Guabiraba

4- Betânia

5- Buenos Aires

6- Carnaubeira da Penha

7- Cedro

8- Chã de Alegria

9- Chã Grande

10- Correntes

11- Cumaru

12- Cupira

13- Dormentes

14- Gameleira

15- Granito

16- Iati

17- Ipubi

18- Itacuruba

19- Itapissuma

20- Jaqueira

21- Jucati

22- Jurema

23- Lagoa Grande

24- Maraial

25- Mirandiba

26- Orocó

27- Panelas

28- Pesqueira

29- Pombos

30- Sairé

31- Salgadinho

32- Saloá

33- Santa Maria da Boa Vista

34- São José da Coroa Grande

35- São José do Belmonte

36- Serrita

37- Sertânia

38- Tacaimbó

39- Tamandaré

40- Tracunhaém

41- Verdejante

42- Custódia

43- Xexéu

A nova secretária de Esportes de Pernambuco, Ivete Lacerda, tomará posse no cargo, nesta quinta-feira (27). A cerimônia será comandada pela governadora em exercício Priscila Krause (PSDB), a partir das 17h, no Palácio do Campo das Princesas. Ivete é diretora da Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE) e chega ao primeiro escalão do Governo por indicação do deputado federal Mendonça Filho (UB).

No final do ano passado, a governadora Raquel Lira (PSD), decidiu desmembrar a área de esportes da secretaria de Educação. Desde então já vinha sendo especulado que Mendonça teria participação na escolha.

Ivete Lacerda é advogada especializada em Gestão Pública, Gerenciamento de Projetos e Neurociência aplicada ao Comportamento. Ela ocupa atualmente o cargo de diretora de Operações e Negócios na Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE). A nova secretária já teve passagens pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), e pelas pastas de Esportes e Turismo de Pernambuco.

Do Blog Dantas Barreto.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mais uma vez ameaçou tomar a Groenlândia. A fala ocorreu nesta quarta-feira (26), um dia antes da chegada de uma comitiva americana à ilha.

“Precisamos da Groenlândia para a segurança internacional. Precisamos dela. Devemos tê-la”, disse Trump. “Odeio dizer isso assim, mas vamos ter que tomar posse deste imenso território ártico”, afirmou Trump a um apresentador de podcast.

O vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, disse na terça-feira (25) que vai acompanhar sua mulher, Usha Vance, e a delegação de altos funcionários do governo dos EUA em viagem ao território cobiçado por Trump e administrado pela Dinamarca. Ele chegará na sexta-feira (28). As informações são da Folha de S. Paulo.

“Ansioso para visitar a Groenlândia na sexta-feira”, escreveu Vance em mensagem na rede social X. A postagem também continha um vídeo de Vance anunciando a visita. “Infelizmente, líderes tanto nos Estados Unidos quanto na Dinamarca, eu acho, ignoraram a Groenlândia por tempo demais.”

Vance afirmou que vários países haviam ameaçado a Groenlândia, usando seus territórios e vias navegáveis para ameaçar os EUA, o Canadá e o povo da ilha. “Vamos verificar como as coisas estão por lá”, disse o vice.

A visita da delegação à base espacial americana de Pittufik, no noroeste da Groenlândia, também incluirá o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Mike Waltz, e o secretário de Energia, Chris Wright. Eles ficam no local de quinta (27) a sábado (29).

O primeiro-ministro interino da Groenlândia, Mute Egede, chamou de interferência estrangeira a visita da delegação americana. “Nossa integridade e nossa democracia devem ser respeitadas sem qualquer interferência estrangeira”, escreveu Mute Egede no Facebook.

Egede afirmou ainda que os americanos foram “claramente informados” de que as reuniões só poderiam ocorrer após a posse do novo governo eleito, o que ainda não aconteceu.

Trump disse repetidamente que os EUA deveriam assumir a Groenlândia, afirmando que a vasta ilha é importante para a segurança nacional do seu país. Ele chegou a dizer que não descartaria o uso da força para conseguir seu objetivo.

Os governos da Groenlândia e da Dinamarca têm se oposto a qualquer tentativa de tomada de seu território autônomo pelos americanos. No fim de janeiro, uma pesquisa encomendada pelo jornal dinamarquês Berlingske e pela publicação groenlandesa Sermitsiaq apontou que 85% da população local (a ilha tem 57 mil habitantes) não querem fazer parte dos EUA.

A Groenlândia tem sido controlada pela Dinamarca por séculos, primeiro como colônia e, atualmente, como um território autônomo.

A ilha está sujeita à Constituição dinamarquesa, o que significa que qualquer mudança em seu status legal exigiria uma emenda constitucional.

O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, propôs ações para acelerar a abertura do mercado japonês à carne bovina do Brasil. A demanda histórica dos produtores brasileiros foi um dos temas do encontro entre Ishiba e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em visita da Estado a Tóquio, capital japonesa.

O premiê sugeriu a formação de um grupo para o acompanhamento do setor e manifestou a disposição de enviar especialistas sanitários para coletar informações e avançar mais rapidamente para as próximas etapas de abertura do mercado. Um dos objetivos da viagem de Lula era, de fato, conseguir o compromisso político do Japão de enviar uma missão técnica para inspecionar as condições da produção de carne bovina do país. As informações são da Agência Brasil.

O Japão importa cerca de 70% da carne bovina que consome, o que representa aproximadamente US$ 4 bilhões ao ano. Desse total, 80% são importados dos Estados Unidos e da Austrália, históricos aliados do país. No caso do Brasil, o processo de negociação para exportar a carne bovina ao Japão vem sendo conduzido há mais de 20 anos. O último protocolo já está sendo debatido há cinco anos.

Em maio de 2024, o Brasil se tornou livre de febre aftosa sem vacinação animal. O status abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como o Japão e a Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação. Por outro lado, o fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados.

A homologação do novo status sanitário deve ocorreu em maio deste ano, durante a assembleia-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, de Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.

A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, do petróleo bruto e minério de ferro.

Por Guilherme Anjos
Do Diario de Pernambuco

Pernambuco possui o segundo menor gasto com presos no país. De acordo com dados do painel Custo do Preso, realizado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Estado gastou, em média, R$ 1.387,45 mensais por cada detento em 2024.

O Estado de Pernambuco ficou à frente apenas do Espírito Santo, cujas despesas mensais com cada detido estão na ordem de R$ 1.105,14, em média. O maior gasto no Brasil foi registrado na Bahia, no valor de R$ 4.367,55.

Gastos dos presídios

Ao todo, as despesas com unidades prisionais em Pernambuco no ano foram de R$ 449 milhões, sendo R$ 227 milhões gastos com pessoal, e R$ 221 milhões em “outras despesas”, como energia, água, alimentação, materiais de higiene, equipamentos de segurança, entre outras.

A maior parte dos gastos totais foram concentradas no presídio de Igarassu, onde foram investidos pouco mais de R$ 85 milhões. A população prisional nesta unidade é de 61.492, a maior do Estado.

Segundo a Senappen, não foi possível calcular o gasto médio por detento em cada unidade prisional, devido à maioria dos estados não possuir capacidade de informar valores tão detalhados.

Oscilação anual

O gasto médio por preso em 2024 registra o terceiro ano consecutivo de grandes oscilações no Estado. Em 2022, Pernambuco gastou, em média, R$ 4.991,90 com cada detento. Já em 2023, o valor médio caiu para apenas R$ 910,58.

Em 2020 e 2021, os valores se mantiveram na faixa dos R$ 1.070.